Eu tentei não apertar a mão do Klaus mas foi um ato falho, quando estávamos a ponto de entrar pela porta do grande salão meu celular tocou.
– Se você quiser entrar pode ir Klaus – eu disse.
– Mesmo?
– Mesmo – respondi e ele adentrou o salão me deixando sozinha, andei rapidamente até uma parte do jardim de entrada que estava iluminado pelas luzes coloridas, e então olhei para o visor do meu celular era um numero restrito.
– Alô – perguntei mas ninguém respondeu – quem é? – falei novamente e já ia desligar quando um barulho do outro lado da linha me impediu.
– Eu sugiro que você se afaste dele – uma voz dizia e então a ligação ficou terrivelmente ruim e acabou caindo.
Depois de ficar parada olhando o visor do celular na esperança de receber outra ligação resolvi entrar, eu estava encabulada com os olhares que as pessoas a volta me lançavam mas mesmo assim mantive a cabeça erguida e fiquei procurando Klaus com os olhos até acha-lo a um canto afastado conversando com alguém.
Sem hesitar fui em direção a ele, e só quando me aproximei vi que ele estava com uma expressão nervosa e parecia exaltado, parei por um momento e pude ouvir parte da conversa.
– Você não vai chegar perto dela você me ouviu? – ele falou rude e soava como uma ameaça – se não eu acabo com você!
– Você sabe que não tenho medo de você Niklaus! – o homem com quem ele falava disse.
– Klaus? – eu o chamei e ele me olhou assustado e tentou se normalizar o que foi sem sucesso.
– Caroline é uma honra conhece-la – o homem com quem Klaus conversava tentou beijar minha mão, mas Klaus o impediu me puxando para o jardim, ele estava apertando meu braço forte aquilo estava me machucando.
– Me solta – eu puxei meu braço e Klaus e olhava como um maluco. – o que foi?
– Não quero você perto dele.
– Mas eu nem conheço ele! – eu disse.
– É melhor não conhecer! – ele praticamente gritou comigo, eu estava confusa com tudo aquilo, eu só queria sair dali e foi o que eu fiz entrei no salão novamente deixando Klaus para trás. Eu estava com raiva por ele não me falar nada e por ter feito aquela cena ridícula na frente de todos quando uma garçonete passou com uma bandeja de wisky eu arranquei da mão dela e comecei a beber os 6 copos que estavam na bandeja, logo depois fui para o bar que estava em um dos cantos do salão.
– Me de a coisa mais forte que você tiver – eu disse para o barman que atendeu meu pedido e buscou uma bebida vermelha.
– Você não devia tomar isso – o homem que discutia a pouco com Klaus disse se sentando ao meu lado, eu olhei e ignorei seu comentário virando a bebida de uma só vez, ela desceu queimando e eu senti o meu corpo se aquecer assim como quando eu era humana.
– Quem é você?
– Desculpe a indelicadeza, sou Marcel Gerard – ele disse agora pegando minha mãe e a beijando.
– Creio que não preciso me apresentar – eu disse em tom simpático.
– Você é namorada de Klaus, ele se exaltou um pouco com a minha presença não o culpe.
– O que você fez pra ele? – eu perguntei sem papas na língua, porem eu tinha um jeito de perguntar que soava doce.
– Te conto tudo se você dançar comigo – ele se levantou e estendeu a mão para mim que a peguei, eu iria saber o porque de Klaus estar daquele jeito.
E então ele me conduziu para o meio do salão pousando a mão em minha cintura e segurando com a outra minha mão, ele era parecido com Klaus seu olhar tinha mistério e isso me instigava.
– De onde você conhece Klaus?
– Direta – ele deu um sorriso de lado – foi ele quem me transformou em vampiro.
– Isso faz muito tempo?
– Melhor você não saber – eu o encarei. – agora eu entendo porque Klaus é louco por você, é realmente encantadora e de um certo modo repulsiva ao mesmo tempo.
– Se você acha – concordei e percebi que seu olhar tinha um brilho... Apaixonado talvez?
– Estou atrapalhando? – uma voz disse em tom de raiva ao nosso lado.
– Na verdade esta – Marcel disse – mas calma amigão é uma simples dança. – Klaus estava tenso e cerrou os punhos e percebi que a qualquer momento iria atacar Marcel.
– Chega Klaus, vem – eu segurei sua mão e o senti relaxar e então o conduzi para o lado de fora, onde estávamos momentos atrás.
Ele estava em silêncio e parecia pensar em varias coisas, o que estava até me deixando curiosa, e eu odiava ficar curiosa.
– Porque você ta assim? – eu disse o virando para mim. – se você quiser vamos embora.
– Não quero estragar a noite, não até os fogos iluminarem os céus – ele disse me olhando nos olhos e eu consegui sorrir, isso que eu gostava em Klaus seu jeito doce e durão de ser.
– Então pare de agir assim! – disparei suavemente.
Ele não respondeu e varias pessoas começaram a ir para onde estávamos então olhei para o relógio faltavam 5 minutos para meia noite eu olhei para Klaus e sorri um sorriso sincero, e resolvi deixar todas as minhas perguntas e incertezas para outro momento, agora eu só queria ficar ali olhando os fogos estourarem e dizem Bem Vindo ao ano que esta para se iniciar. Quando os fogos começaram a estourar e as pessoas dizerem umas para as outras “Feliz Ano Novo”, abracei Klaus sentindo seu cheiro e fechando os meus olhos, era bom sentir ele tão perto de mim.
– Feliz ano novo Caroline – Klaus disse ao meu ouvido.
– Feliz ano novo – eu respondi separando o abraço e o beijando, um beijo apaixonado indicando que qualquer coisa que pudesse acontecer não nos separaria ele então me ergueu e me girou
– Te amarei para sempre! – ele disse, e eu sabia que aquilo não era só uma declaração mas sim uma promessa.