Infame escrita por Apiolho


Capítulo 2
Capítulo 2 - Papagaio em pessoa


Notas iniciais do capítulo

BOOOOOA NOITE! :3

A minha estreia foi muito bem recebida com queridos leitores que comentaram, favoritaram e acompanharam. Primeiramente agradeço a Julia Vitória, Gaby Uchiha, deehmarruccia, Kylie Galen123 por mandar maravilhosos reviews. Depois a hans, Elise Walker, Kylie Galen123 e Paula Trzinski por favoritar e Kylie Galen123 e Gaby Uchiha por acompanhar.

Logo irei respondê-las, mas é que tive de fazer o segundo. Confesso que como é no começo sei que o pensamento voa, porém depois ficará dificil postar rápido. Então quero me desculpar desde hoje se eu demorar.



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Capítulo dois

Papagaio em pessoa

"Desafiar o estigma de que rainhas da beleza são apenas rostos bonitos me estimula."

(Melinda Bam, Miss África do Sul - 2012)

 

Quero morrer!

Mas não cortando os meus pulsos. Como eu disse, nunca fui disso. A melhor maneira seria pular do prédio da escola mesmo, até porque nada é mais magnifico que estragar um pouco a imagem desse colégio.

Era isso que eu pensava quando eu percebi que o professor não havia chegado e a monitora veio para avisar que teremos de fazer os 100 exercícios da página 8 da apostila.

— Charlotte. — gritou alguém.

Olhei para a porta onde estava e notei ser a quinta da lista.

— É... O Joshua está ai? — a expressão envergonhada.

— Ninguém pode sair agora. — explicou a que estava cuidando da nossa sala antes dele sequer falar algo.

— Mas é urgente. — tentou argumentar.

— Então podem ir, mas rápido.

Ia deixar mesmo?

— Essa é a maior mentira que eu já ouvi. — berrei do nada.

“Cala a boca!” Repreendi a mim mesma.

— Quem é você? — quis saber.

— Número 4. — disse sem perceber.

— O quê? — e a guria ficou a ver navios.

— Na verdade não estou interessada em dizer meu nome a uma pseudosanta como você. Quero saber qual é esse assunto tão inadiável assim que não pode nem esperar o intervalo. — rebati.

— Vamos Josh. — jura que vai me ignorar?

O garoto ficou sem saber o que fazer enquanto parecia a barata tonta, que andava de um lado para o outro a cada alfinetada.

— Agora eu também estou curiosa pela sua resposta.

“Amei” essa inspetora. E, sou obrigada a anunciar, toma essa vadia.

— E-eu não consigo abrir essa garrafa de água antes da educação física começar. E só ele pode fazê-lo por mim. — gaguejou, foi falsa.

O Q.I dela com essa desculpa desceu para 55. Sabem o que significa? Que se ela e um macaco competissem, o primata venceria com certeza.

— Faça isso agora para ela e depois volte a sentar.

Iam para fora da sala.

— É para fazer isso aqui. Não sabia?

— Mas...

— Porém nada, você estão é tramando alguma coisa. Matar aula seria uma dessas. Bem possível que... — parei no meio da frase.

Fui correndo em direção a eles e pequei o celular do dito cujo.

“Meus pais estão se separando e ficaram brigando direto hoje pela manhã, foi igual estar no inferno. Como passou pela mesma situação poderia conversar contigo sobre isso? Não tenho mais ninguém com quem contar. Por favor, me ajuda! :’(” — Char.

Foi mandado umas 8h15 da manhã.

Ele respondeu algo como: “sim, até porque o professor faltou.”

Assim como os dois, também passei por isso, tanto que minha mãe pegou alguns traumas pelos planos que fazia enquanto tentava salvar o casamento – em quase todas incluía a minha pessoa.

Isso me faria querer com toda a certeza não ferrá-los, até porque nunca tive ajuda de algum colega quando isso ocorreu. Minha vontade era tanta disso que fui de maneira desajeitada e rápida para a carteira após devolver o aparelho a ele e coloquei uma fita transparente na boca para que não falasse. De forma discreta, claro, para depois deitar minha cabeça na carteira.

— O que houve? — quis saber a monitora.

Escrevi um grande “nada!” na folha de papel e fingi que estava realizando os exercícios. O que é ribossomos e RNA mesmo?

— Podem ir, até porque são apenas atividades hoje. — respondeu.

O que um rosto bonito e covinhas não fazem em? Foi o que notei quando uma das mulheres mais autoritárias parecia se derreter quando o Joshua a olhava.

Olhava-me no espelho daquele colégio imundo e sentia-me cada vez mais suja por dentro. Apesar de eu ter olhos azuis, um cabelo liso, castanho médio, aquela imagem em nada me agradava. Lembrava-me a figura do meu pai, o homem que nos humilhou antes de ir embora com outra mulher.

— Pervertida. — sussurrou uma pessoa no meu ouvido.

Mal entrei no banheiro e um guri vem me abordar? Além de ter pregado chiclete na cruz, também devo ter ajudado a colocar fogo em Roma.

— Digo o mesmo, só que que ao contrário de mim você possivelmente veio aqui por ser assim não é?

Notei um ser pequeno, ruiva e com os olhos chorosos aparecer ao seu lado.

— Você é a Amie Young. Acertei?

Sim, essa é a Charlotte.

— Por que acha isso? — questionei.

— Primeiramente pensei que era uma fã do Joshua, mas depois com os cochichos deduzi que apenas era a matraca que todos falam na escola.

— E o que ele está fazendo aqui? — a indiferença estampada em cada letra dita enquanto apontava para a sua direção.

— Entrou por conta própria. — explicou ao lavar as mãos e o rosto.

Já o outro se encontrava na parede perto da porta.

— Antes de ir tenho um recado a dar. — sussurrei.

— O quê?

— Ele não merece seu esforço, então desista dele. — dei um conselho em voz baixa.

— Está preocupada comigo por acaso? — a animação no tom.

— Não, só é péssimo e insensato você aparecer na sala enquanto ainda estávamos em aula. E é muito estupido da sua parte ficar fingindo ser fofa quando está perto dele, na verdade chega a ser irritante. Da próxima vez tente abordá-lo no intervalo.

— Você não o conhece, e nem a mim! — aumentou um pouco o tom.

— Não fale tão alto, se não alguém irá escutar. — ao sinalizar para o local com a cabeça.

Olhou para o lado e se assustou, para depois mudar a expressão.

— Está me esperando Josh? — questionou enquanto virava o rosto e ficava rubra.

— Na verdade... não. — respondeu.

Dei as costas ao presenciar esse teatro todo e consegui sair, mas infelizmente tinha a certeza que alguém me seguia.

— Que foi?

Como falei? De maneira rude, óbvio.

— Se sabe pelo que está passando por que falou daquele jeito com ela?

— Não sei de nada.

— Você não me engana, vi que leu as mensagens. — já partiu para a violência e apertou o meu braço com força quando notou que eu ia fugir dessa conversa insignificante.

— E o que tem? Aquilo não tem nada a ver comigo.

— Mesmo assim obrigado. — foi tão doce que me deixou um pouco surpresa.

Nada disse, apenas torcia para que me soltasse e deixasse eu ir.

— Por ter nos deixado sair da sala aquela hora. — completou por conta do silêncio.

Se eu continuar aqui capaz de eu contar sobre a separação dos meus pais. Possivelmente em duas horas de papo com alguém eu seria como um livro aberto.

— Quero saber uma coisa.

— Continua. — foi o que soou dos meus lábios.

— Por que foi no banheiro hoje?

— Com certeza não foi para te ver pelado.

— Então por qual motivo?

— Não posso fazer nada se aquela placa era tão minúscula que não vi, entrei nele sem querer.

Ser tão sincera as vezes é doido.

Ele apenas começou a rir de mim tão alto que me deu uma vontade de bater nele até que parasse.

— Eu te vi desde do momento que entrei lá. — respondeu como se estivesse falando com um amigo de infância.

— Por isso não transou com aquela Valerie? Porque do jeito que ela falasse tinha a certeza que toparia tudo o que quisesse. — declarei sem parar.

— Você é realmente uma matraca Amy. — dando aquele sorriso que desvendavam as suas enormes covinhas.

Saiu no mesmo instante.

— Entenda uma coisa, Joshua: Apelidos não são permitidos por mim em hipótese alguma. — gritei para ele.

Deixou cair perto de mim como se fosse o sapato da Cinderela, antes de partir e sumir da minha vista de vez. E ao pegar aquele papel amassado percebi algo que me deixou meia curiosa – até porque pessoas como ele não me são importantes.

Janeiro de 2015.

Billy – R$15,00.

Brandon - R$15,00.

Carter - R$15,00.

George - R$15,00.

Ethan - R$15,00.

Fevereiro de 2015.

Billy – R$10,00.

Brandon - R$10,00.

Carter - R$10,00.

George - R$10,00.

Ethan - R$10,00.”

O que eu queria saber era: Por que Joshua pagaria para eles? Será que são as pessoas que andam direto com ele ou outros? Apenas tinha a certeza que minhas questões teriam resposta, e logo. Endireitei a minha mochila nas costas com rapidez e agradeci por poder finalmente ir para a casa.


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Notas finais do capítulo

O que me dizem? Algum palpite ao que ela encontrou no papel? Acharam péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo? Digam em uma avaliação de um a cinco. AIUEHAUIHEAUIHEUIAHUIEHAUIEUIAUIEHAUIHEUIHAUIEHIUAHUIHAUIEHUIAHUEHAUIEHUIAHUIHE. Dei uma de doida agora.

A imagem não é minha. Repito que logo as responderei amores. Desculpem se tiver erros de português.

Recomendação seria? Quem quiser me mandar algum dia também ficarei bem feliz, assim como comentários.

Espero que fique muito melhor essa fanfic. Agradeço muito a opinião de vocês!

Até uma próxima, se der.