Infame escrita por Apiolho


Capítulo 17
Capítulo 17 - Dormindo em um caixão


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Desculpem-me pela demora, mas é que eu realmente não tive tempo para fazer o capítulo da fic.

Quero agradecer a karol e jemystarkxD por comentarem no anterior! Realmente muito significa para mim, com toda a certeza. Dão um gás a mais a continuar essa história, assim como para mim como para a Sunshine.

E onde estão meus outros leitores? Estou muito com saudades! E quem for novo e resolver aparecer será bem vindo demais, por isso podem vir que essa fic é para vocês!

Muito obrigada a Ana Araujo e Cher Bear por favoritar e a Uncrowned Princess e Aniie Granger por acompanhar. Adorei demais por saber que mais pessoas derão crédito e resolveram ler a minha estório.



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Capítulo dezessete

 Dormindo em um caixão

"Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?"

(Quase sem querer - Legião Urbana)

 

Não acredito no que eu ouvi!

Quer dizer que a “Mole” morreu? E a culpa é minha?

— Quem é ela? — sussurrou a garota ruiva e pequena.

Isso quer dizer, Charlotte.

Desde quando ela estava aqui?

— Se for no velório saberá. — respondi-a de maneira irritada.

— E por que a enfermeira disse que foi por sua causa que ela morreu? — quis saber.

— Não te interessa, mas apenas digo que isso nem é verdade.

Após isso nem quis saber de nada e tentei ir embora.

— Dá para ser mais simpática? Eu estou tentando te ajudar. — gritou.

— Estou com pressa. — confirmei.

Ao notar que as pessoas estavam me fitando de maneira acusadora eu mandei o dedo do meio para eles e, felizmente, pude ir até o esconderijo e ver o Phil ainda sentado naquele lugar. Sua roupa estava um pouco rasgada e um roxo se encontrava em seu rosto.

— Você tem que cuidar desse machucado. — comentei.

— E acha que não fui na enfermaria? Mas ela nem sequer me atendeu. — murmurou.

— A filha dela morreu. — esclareci a situação.

Sou um poço de gentileza.

— O quê? A Molly? — parecia completamente surpreso e triste com o que ouviu.

— Sim, porém se falarem que a culpa é minha não acredite. — revidei.

— Essa lição eu aprendi. — sussurrou.

E ao entender o que estava falando fiquei mais irritada ainda. Só que comigo.

— Sim. — balbuciei enquanto engolia a seco.

— Vai no enterro dela? — questionou sem muito interesse.

— Queria ir sim, mas possivelmente a mãe dela não vai permitir.

— Então que tal irmos e vermos de longe?

— Quem sabe. — respondi-o.

Dei o sanduiche para ele e fui correndo para a sala de aula. Não queria ficar mais ali e conversar sobre essa tragédia ou ter de lembrar que eu tinha divulgado a lista toda a vez que o olhasse.

E aquele “quem sabe” virou um “com certeza”.

— Sinto muito. — ouvi alguém dizer para a enfermeira da escola.

Encontrava-me no meio do pessoal que nem sequer tinha visto algum dia, tentando de todas as maneiras ver se realmente era a Molly naquele caixão, quando um garoto puxou-me em direção a sala das comidas.

— Phil, pare com is-

— Não é ele, graças a Deus. — nem conhecia essa voz, mas virei-me rapidamente em sua direção.

As suas últimas palavras tinham me deixado muito irritada.

— Quem é você? — disse com escarnio.

Realmente não o conhecia.

— Eu já estou culpado o bastante e você ainda fala isso?

— Não tenho a menor obrigação de saber seu nome e nem quero. Então me dá licença? — pedi.

Ia para a sala novamente e ele me pegou pelo braço e me rodou rapidamente para ficarmos frente a frente. A centímetros de distância um do outro, mas o rosto dele continuava sério.

— Fui eu, não você! — gritou.

— Do que está falando? — agora realmente comecei a me interessar na conversa.

— Se eu não tivesse a dispensado de uma maneira tão... tão...

Então lembrei da primeira vez que falei com a garota que se suicidou. A face dele logo entrou em minha mente e quão mal falou do Fernando Pessoa. Naquele dia fiquei com vontade de dar uma voadora, porque ninguém pode chamar uma frase de um poeta como ele de “idiota”.

— Machista? Cruel? — dei duas opções.

— Sim, nem deveria ter falado que nunca ia me apaixonar por ela. Depois daquele dia a vi dançando funk no intervalo e nos outros dias não apareceu mais, apenas tendo noticia dela quando disseram que tinha morrido. — sussurrou perto de mim, encostando a cabeça em meu ombro.

Notei que seus braços se enlaçaram em mim.

— Dá para se afastar?

— Se eu pudesse voltar no tempo e...

Sabe o que ocorreu?

Querem que eu descreva mesmo?

Aquele inútil tentou enfiar a língua dentro da minha boca! E ainda assim ficou me segurando para que eu não me soltasse, senti um gosto de sangue e meus lábios doerem sangue pela maneira bruta que usou para me agarrar.

Isso poderia ser chamado de primeiro beijo?

Senti nojo, ânsia e mordi aquela coisa gosmenta e vermelha para que parasse. Um pouco depois de eu largar um punho foi dado no olho dele. Só que eu nada fiquei arrependida por isso, estava na verdade preparada para encomendar outro caixão.

— Amie, o que aconteceu? — O Jordan parecia preocupado.

Olhei para ele a Annabelle e ergui a sobrancelha.

— Eu é que quero saber, eu poderia muito bem cuidar disso sozinha! — exclamei.

Sim, o orgulho é meu melhor amigo.

— Garota, deixa de ser mal agradecida. É claro que se meu namorado não tivesse te ajudado você ia é estar sendo estuprada agora. — revidou.

— Aposta quanto? — provoquei-a.

— 10 salgadinhos. — sabia que eu amei essa ideia?

— Posso escolher? — estava muito animada.

— Sim.

— Então está fechado. — concordei.

— Mas se não conseguir tem de me dar um salto alto. — respondeu-me.

Peguei o garoto que estava imobilizado pelo Jordan e o soltei, pegando-o pelo braço e dando uma joelhada em suas partes intimas. Minha raiva era tão grande que depois disso não tinha certeza se ia ter filhos no futuro.

— Puta! — gritou.

Jogou-se no chão e ficou com a mão no local.

— Pode me trazer dois de queijo nacho e presunto, um de bacon, um de cebola e dois de churrasco. Espero que tenha anotado, pois quero para amanhã, por favor. — sussurrei para a boneca assustadora.

Aprendam, nada é mais eficiente que isso para nocautear um homem tão rápido.

— E por que veio aqui? — quis saber o meu ex pretendente.

— Ver se ela tinha morrido mesmo. É a “Mole” ali?

— Infelizmente sim, a Belle era prima dela. — declarou.

Dei de ombros.

— Agora tenho de ir. — dei um tchau de “miss” e fui até a saída daquele local.

Não sem anteriormente ouvir o berro de uma mãe desesperada e os outros a consolando. E as bolachas? Aproveitei para pegar um pouco também. Mas a última coisa que fiz ao entrar na sala e me retirar daquele cubiculo que fui "beijada" a força foi dar um sorriso maquiavélico na direção do garoto, que nem sabia o nome, antes de dar as costas.

“Está onde?” — Joshua.

Eu pensando que era aquele do cabelo roxo, mas não.

“No velório.” — Amie.

Foi só o que respondi.

“Cadê você? Pensei que os góticos fossem os primeiros a aparecer.” — Amie.

Um carro parou na frente da onde estava e uma pessoa saiu de dentro dele. Era Lindsay e o Josh. Isso mesmo, esses dois vieram para se despedir da Molly juntos.

Ela só tentou beijá-lo, porque o senhor-sou-gostoso virou o rosto.

Toma essa vadia!

“Eu fui, mas quando vi aquele rosto sem vida passei mal! Tadinha dela, tanta vida pela frente, tanto bofes lindos para pegar ainda.” — Phil.

— Boa tarde. — esse era o Deboni.

— Não fala comigo. — respondi-o, apontando para aquela loira de farmácia.

“Agradeceria se parasse de ser gay e ouvisse Lady Gaga. Perdoe-me também pela redundância.” — Amie.

E ele, como o obediente que é, não me mandou mais mensagens.

— Você me... — tapei a boca dele com a mão e olhei para a garota que estava do seu lado.

— O que essa fofoqueira está fazendo aqui? — questionei.

— Melhor do que ser vadia. — revidou.

— Não fique tão feliz querida, pois além de ser fuxiqueira você é vagabunda e mentirosa. — devolvi.

— Acho que está é trocando de figura. Não fui eu que ficou espalhando para todos que beijei um tal de Nate e acabou com um namoro.

— Se fosse você não falaria isso, mas me agradeceria. Se eu contasse que estava dando em cima do Joshua seria bem pior!

— Dá para pararem? — disse o envolvido.

Ela foi para cima de mim e eu não fugi, meti minhas mãos em seu cabelo e o puxei com toda a força. Na verdade quando brigo pego primeiro no que tenho o acesso mais fácil, deve ser por isso que é sempre o pelo da cabeça que mais sofre quando duas garotas vão para o ringue.

— Eureca! — gritei.

Em minhas mãos estavam o que eu desconfiava o tempo todo e minha descoberta fez todos rirem. Nelas continham meias, algodão e alguns papeis amassados. Era o que a “gostosa” da Lindsay usava para parecer mais turbinada.

Nem eu, neste tempo, tinha notado que tantas pessoas já estavam na rua.

— Eu colocarei silicone. — isso só serviu para gargalharem mais dela.

E, sinceramente, o seio dela parecia de criança agora, todavia pelo menos não se encontrava tão esquisito quanto antes.

Bem no momento que eu estava distraída olhando para a sorte que eu tive o caixão saiu pela porta e a Ross me empurrou em direção a ele. Fui atropelada por algo que nunca pensei que fosse possível me acertar, ainda mais tive de ver a falecida “Mole” ir ao chão quando o sarcófago se abriu com o esbarro, parando bem perto de mim.

Vi aqueles olhos fechados e engoli em seco. Só que depois disso eu não conseguia nem ver minhas mãos direito, ainda mais conseguir me levantar. Nem ajuda-la poderia, porque eu tive a ação ou efeito de desmaiar, desfaleci, ou seja, tive a famosa síncope.


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam?

A imagem não é minha. E se tiver algum erro podem me avisar.

Quem deseja comentar? Sério, muuuuuito me faz feliz receber review dos meus leitores. E alguém quer recomendar que nem as divas da Melodia Enlouquecida e Maze Queen? As autoras que vos escreve com certeza ficaram mega contentes se ocorrer! Por favor.

Obrigada e até a próxima.