Unconditionally escrita por Jéssica Belantoni


Capítulo 5
Adormeceu?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591816/chapter/5

–—Voltou a faculdade? — Perguntou David me encontrando cercada de livros.

—Sim!

—Por que mudou de ideia? — Continuou ele olhando meu caderno — Sua letra é muito feia.

—Você não tem nada melhor pra fazer David? — Irritei-me enquanto sentia as pontas dos cabelos de David tocar meu rosto. — Por que não vai cortar o cabelo.

—Você também com isso? A Annelise sempre me diz isso, mas eu adoro meu cabelo.

—Desculpe! — Pedi percebendo o ponto fraco de David —Na verdade não consigo te imaginar de cabelo curto, esse estilo combina muito mais com você.

—Serio mesmo? — Perguntou ele sorrindo —Eu fico “Bad Boy” com ele não fico?

—Vou voltar a estudar! — Respondi segurando o riso enquanto pegava um dos livros colocando em meu rosto.

—Pode rir, sua letra vai continuar feia. —Atacou ele.

—Como se a sua fosse linda. —Respondi cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha.

David sorriu com ar de vitória sentou sobre a mesa pegando meu caderno e copiando uma parte do texto, assim que terminou o pequeno trecho me entregou o caderno me surpreendendo com uma letra inexplicavelmente impecável.

—Serio isso? —Espantei me.

—Eu escrevo muito.

—Eu sempre te vejo de terno, mas o que realmente você faz? —Perguntei confusa.

—O traje é apenas para agradar minha esposa, eu odeio isso, agora digamos que eu trabalho com pessoas —Sorriu ele. —E sou escritor nas horas vagas.

—Escritor? Serio mesmo? —Meus olhos brilharam de admiração.

—Minha família toda era, você não é nenhum pouco curiosa por isso não percebeu os autores dos livros da vitrine.

—Você está brincando. — Respondi correndo até a vitrine encontrando alguns livros — Eles são da vovó e aqueles que levei para casa aquele dia, eles são seus.

—E você leu não é mesmo? Como pode não ter percebido.

—Eu não imaginava David, mas aquele dia você havia comprado os livros eu vi o recibo.

—Eles eram presentes para Annelise, não percebi quando os deixei, fiquei frustrado, mas depois percebi que ela não os leria mesmo, ela diz aos amigos que eu sou advogado. —Sorriu ele constrangido —Ela tem vergonha do próprio marido.

—Ela é muito burra! —Soltei— Desculpa, eu não quis dizer isso, é só que ela é muito boba em não prestar atenção no homem que tem em casa.

David nada me respondeu apenas sorriu e caminhou para casa da avó.

Durante aquela tarde David não desceu na loja, cuidou o tempo todo da vovó que estava um pouco adoentada, só o vi quando ele desceu fechar a loja para eu poder ir para casa.

Minha rotina havia continuado a mesma, cheguei em casa, tomei um banho rápido enquanto a agua do café fervia, mulher é sempre acostumada a fazer muitas coisas ao mesmo tempo aprendi isso com a minha mãe que me ajudava com o dever de casa enquanto preparava a janta terminando de limpar a cozinha.

Peguei minha câmera nova e coloquei em sua própria bolsa, a mochila estava cheia, provavelmente ainda estariam em aulas teóricas, mas o costume me fazia levar a câmera assim como meus pais faziam.

Com uniforme no corpo peguei o ônibus a duas quadras de casa para ir a faculdade, no ônibus encontrei colega de curso a garota mais cobiçada. Karina parecia rainha de bateria de carnaval, mulata sorridente amiga de todos, eu mesma nunca a vi brigando com alguém.

—Pequena Ana por onde andou sua sumida.

—Olá Karina.

—Voltou pro curso? Você perdeu muita coisa.

—Verdade, vou ter que conversar com o coordenador e tentar me atualizar nas matérias.

—Quanto a isso nem se preocupe Ana, tivemos uma rebelião com professores e mais da metade foram transferidos a umas duas semanas, você tem sorte ainda nem começaram com seus reais propósitos.

—Serio? Não acredito! Mas então o que foi que eu perdi?

—Alunos novos muitos alunos, não só no nosso curso como nos outros também, eu fico perdida até um namorado já arranjei.

—Karina pra você conseguir um namorado é só sorrir pra ele.

—Besteira menina, falando em namorado, o Eduardo está noivo.

—Noivo? —Espantei me.

—Ele engravidou uma novata e o pai dela é general, ela anda com ele na coleira o tempo todo, sinto muito acho que não há chance de você e ele, você sabe.

—Eu não quero voltar com o Eduardo, longe disso.

—Como não ele vive dizendo que você está morrendo depressiva por que ele terminou com você.

—O que? Isso nunca aconteceu, eu nunca amei o Eduardo, ele é louco e foi por isso que eu terminei com ele, eu terminei não ele.

—Nossa Ana você está em maus lençóis, você parou de frequentar a faculdade, todos acreditam que é por que ele te deu um fora.

—Eu vou matar o Eduardo.

Não pude ter uma conversa descente com Karine, meu coração gritava de ódio, minha vontade era de matar o Eduardo e essa vontade aumentou assim que o vi conversando com o pessoal do nosso grupo, logo eu já estava parada a sua frente com o olhar flamejando.

—Ana. —Resmungou ele ao me ver.

—Que história é essa que eu estou morrendo de depressão por que você terminou comigo? — Perguntei atraindo olhares curiosos em minha direção. —Eu estive muito ocupada por isso havia trancado a faculdade, mas olhe bem eu pareço doente?

—Querida você precisa superar isso, eu terminei com você por que me apaixonei pela Mônica. — Mentiu ele.

—Mônica? Isso é sério Eduardo e Mônica?

—Ana já conversamos sobre isso eu não te trai com a Mônica me envolvi com ela quando terminamos. — Respondeu ele sorrindo.

—Eu terminei com você Eduardo, eu, quem chorou foi você!

—Por que você terminaria comigo? Claro vai dizer que não me amava.

—Mas eu não te amava mesmo, nunca te amei.

—Okay querida, se eu confirmar que foi você que terminou comigo você para de me ligar de madrugada chorando dizendo que vai se matar? — Continuou ele causando risos no grupo.

—Qual é Eduardo, por que está fazendo tudo isso? Nunca houve um nós eu nunca te amei, e já virei a página, ou não, por que na verdade eu nunca deixei o destino escrever algo sobre nós, e quer saber eu estou muito bem, já tenho uma pessoa em minha vida.

—Não precisa inventar amores Ana isso não me importa. — Sorriu ele.

—Ela está falando a verdade! — Respondeu Marcos se aproximando de mãos dadas com Karina— Ela tem uma relação muito boa com o novo patrão dela, eles estão muito felizes, não é mesmo Ana?

—É isso mesmo! — Respondi sem saber se Marcos estava me ajudando ou me metendo em uma confusão.

—Isso é mesmo verdade? —Perguntou Eduardo apertando agressivamente meu braço causando dor.

—Achei que isso não te importasse, agora me solte tenho que estudar. — Respondi puxando o braço.

Marcos havia retirado um peso gigantesco de minhas costas, suspirei aliviada assim que sentei em meu devido lugar, reparei alguns rostos novos, garotos realmente desejáveis, garotas parecendo modelos internacionais.

—O coordenador vai dar a primeira aula hoje. — Lembrou Marcos.

Coloquei meu caderno sobre a mesa, reli umas marcações e comparei com as marcações de Karina que estava a minha frente.

—Boa noite turma. —Saudou o coordenador entrando na sala me deixando horrorizada enquanto Marcos gargalhava. —Ana que bom que veio, presumo que está um pouco surpresa em descobrir que seu coordenador é o seu patrão.

Eu estava em choque, ouvi cochichos pela sala, senti meu rosto queimar, fui muito tola em pensar que Marcos estava me ajudando.

Minha mente estava bagunçada, minhas emoções estavam avançando sobre meu rosto, as pessoas estavam rindo de mim, algumas garotas estavam irritadas, eu sabia que se saísse da sala David viria atrás de mim e a encrenca seria maior, apenas olhei para ele e sorri entrando em colapso ao ver que ele estava totalmente diferente do comum, ou pela primeira vez eu o vi comum com jeans e uma gola V, deixando a mostra seus braços fortes tatuados, eu odeio tatuagem, mas nele eu amava tudo. Meu coração gritou.

Aquele David eu não conhecia, aquele David era o verdadeiro, ele explicou tudo e eu não entendi nada, não conseguia desviar o olhar de seu sorriso, seu cabelo bagunçado caindo em seu rosto era a moldura perfeita para aquela arte.

Assim que o intervalo chegou eu corri me esconder, não sabia um lugar melhor que a biblioteca ninguém a frequentava desde que montaram a sala de informática a biblioteca foi abandonada pelos estudantes, corri até o fundo onde uma lâmpada estava com defeito, debrucei sobre a mesa, não conseguia chorar, a imagem de David me bagunçou por completa, seu sorriso e aqueles olhos azuis a me encarar, eu queria aquele David.

—Você está bem?

Levantei rapidamente assim que ouvi a voz de David batendo sobre a prateleira atrás de mim.

—Ana o que ouve, na sala você estava estranha. — Disse ele sentando na mesa.

—Não foi nada.

—Foi o Eduardo ou o Marcos?

—Os dois, mas isso não vem ao caso, a quanto tempo trabalha aqui?

— Há algum tempo, desculpe não te contar. —Respondeu ele me olhando estranhamente— É engraçado te ver vestida assim parece até uma menininha.

—Então, esse é você? —Perguntei me aproximando e tocando a camisa preta.

—Não gostou?

—Você tem tatuagem, eu nunca as vi antes.

—Annelise não permite a aparição delas.

—Ela é mesmo muito burra, você é perfeito assim— Respondi tocando seu rosto.

—Aqui é meu trabalho. —Respondeu ele percebendo minha aproximação.

—Eu estou ficando louca não estou? — Toquei seus cabelos.

David segurou minha mão sobre seu rosto e a beijou.

—Você é a minha aluna, desculpe. —Respondeu ele.

Algo nele me transformava em outra pessoa, eu não conseguia respeitar os desejos dele somente os meus encostei meus lábios nos dele, por um instante pensei que ficaríamos apenas assim, ele olhava no fundo dos meus olhos, seus olhos azuis brilhavam como cristais em meio a escuridão, brilhavam como na noite da festa e no beco. Senti suas mãos segurar meu rosto, elas estavam quentes e as minhas frias sobre a mesa, ele sorriu segundos antes de encaixar seus lábios nos meus delicadamente, pude sentir que David estava no seu limite.

—Não podemos Ana. —Parou ele.

—Ninguém vai nos ver aqui! —Respondi.

—Ana eu sou casado.

David despedaçou meu coração com tais palavras, senti a raiva me tomar, me afastei grosseiramente, ameacei correr mas David me puxou pelo braço, me debati em seus braços, mas ele me prensou nas prateleiras e tornou a me beijar, respirou um pouco e me beijou novamente até que eu tive força para empurra-lo.

—Você diz que é casado e me beija mais uma vez, você acha que eu não sei no que estou me metendo?

—Eu não posso fazer isso com você Ana. —Suspirou ele— Você é importante para mim.

—Verifique o grau de importância para você David, estou cansada desses joguinhos, você diz para sua mulher que sou como uma irmã para você, pede para que sejamos apenas amigos, amigos não se beijam David.

—Eu nunca disse que te via como irmã, pelo contrário Ana você é a mulher perfeita para estar comigo.

—Mas já tem alguém ocupando esse lugar David por isso eu tomo a decisão aqui, eu não quero mais essa ligação entre nós dois, não vou criar esperanças, eu não quero nenhuma aproximação sua.

—Se quer mesmo isso eu vou me afastar Ana.

—Não finja se importar a única peça descartável aqui sou eu, você vai para sua casa e dormir ao lado da sua esposa e eu vou continuar a minha vida sozinha.

David nada respondeu apenas se retirou da sala assim que duas alunas do meu grupo entraram.

—Então é verdade você tem mesmo um caso com ele. —Resmungou a garota mais alta— Ele é casado não viu a grossura da aliança dele?

—O mundo todo decidiu ficar no meu pé hoje? —Irritei me.

—Só estamos te alertando! —Debochou a outra menina.

—Não me lembro de ter pedido algo semelhante.

—Olha garota eu não conheço você, mas tenha certeza que eu não gostei de você.

—Faço das suas as minhas palavras. —Respondi— Agora dê me licença preciso voltar para aula.

—Você é sempre ignorante assim? —Continuou a mais alta seguindo meus passos para fora da biblioteca.

—Com idiotas sim! —Respondi segundos antes de agarrarem meu cabelo.

Tentei unhar o rosto da garota mais alta, mas a segunda garota me derrubou ao chão, uma já estava difícil imagine com as duas, não demorou muito para os garotos desgrudarem as meninas de mim.

—Que merda está acontecendo aqui? —Perguntou a grande responsável da faculdade.

—Essa mini vadia nos ofendeu. — Respondeu uma das garotas.

—A única ofendida aqui fui eu! — Gritei.

—Ninguém te ofendeu garota, tudo que estão dizendo ao seu respeito é verdade.

Tentei agarrar novamente a garota, mas Marcos entrou em minha frente e eu acabei acertando seu rosto com ódio florescendo em meu peito era tudo culpa do infeliz.

—Senhorita Ana quero você em minha sala agora. — Ordenou a mulher.

Eu deveria tudo que a diretora havia me dito, mas nada entrava em minha cabeça, eu estava revoltada, dei graças o momento em que peguei minhas coisas e pude ir embora descansar meu corpo dolorido adormecendo na cama de meus pais.

Acordei atrasada como de costume, olhei o mesmo céu cinzento de outono estava alertando chuva, peguei todas as minhas coisas e corri até a livraria sem graça de todos os dias, essa manhã estava estranha, a loja ainda estava fechada bati a porta sem obter respostas, eu não queria ligar para David, mas não me restou outra opção.

“Ana” — Respondeu ele do outro lado da linha.

“Estou na frente da loja, não tem ninguém onde a vovó está?”

“Desculpe, eu não consegui te ligar, a vovó está com pneumonia, eu a trouxe ao hospital, como eles a internaram eu acabei ficando por aqui, pode ir descansar por hoje.”

“Eu já chego ai!” — Respondi assustada não conseguia pensar em perder a vovó minha única família.

“Não precisa”

Eu não disse mais nada apenas desliguei o celular e corri o mais rápido que pude para o hospital, no meio do caminho fui surpreendida por uma chuva forte armei o guarda-chuva que aguentou uns vinte minutos antes que um forte vento o arregaçasse para trás, tentei de todas as formas desentorta-lo, vendo o quanto eu já estava molhada larguei o guarda-chuva ali mesmo no meio da rua e tornei a correr feito uma louca, cheguei ao hospital sem folego, antes que pudessem me atender eu corri para ala particular os seguranças sofreram para me acompanhar assim que vi David sentado de cabeça baixa me aproximei sendo surpreendida por um dos seguranças segurar meu braço ferido.

—Está me machucando! — Alertei.

—A senhorita não pode entrar aqui.

—Está tudo bem ela esta comigo. — Respondeu David forçando o segurança me soltar — Eu disse para não vir!

—Você não manda em mim.

—Você está ensopada.

—Logo minha roupa seca.

—Assim vai acabar doente também — Respondeu ele com a expressão fria —Fique aqui vou buscar algo para vestir.

David me deixou sozinha por alguns minutos voltando com sua mochila em mãos.

—Meu moletom está aqui, troque se rápido e coloque a sua roupa molhada aqui dentro— Disse ele.

—Vai molhar as suas coisas.

—Não faz mal.

Peguei a mochila, procurei o banheiro que estava no fim do corredor, troquei minhas roupas por um moletom cinza claro gigante para mim, o cós da calça dobrei várias vezes puxando o elástico em um nó forte para que não caísse quando eu andasse, a blusa terminava na metade de minhas coxas, assim que sai do banheiro percebi que David segurou o riso.

—Estou horrível!

—Pior que não está! — Respondeu ele me olhando assustado —O que é isso em seu rosto parecem arranhões.

—Você ainda não viu os hematomas nos braços.

—Não me diga que era você que estava brigando ontem na faculdade.

—Eu mesma! —Assumi.

—Que merda Ana você só se mete em confusão.

—Eu sei.

—Por que ela te bateu?

—Elas! —Corrigi.

—Você está brincando.

—Jamais!

—E por qual motivo você apanhou de mais de uma menina?

—Ontem o Eduardo e eu brigamos na entrada, o Marcos acabou inventando que eu namorava o meu patrão, eu pensei que ele estava me salvando, eu jamais imaginei que você era o coordenador do curso, quando você disse que era o meu patrão tudo desmoronou, pensam que eu sou sua amante, elas vieram com palavras irritantes na biblioteca, minha língua afiada deu a minha sentença, eu vou acabar com tudo isso quando eu voltar, afinal isso pode cair nos ouvidos da diretoria, ou pior da sua mulher.

—Você apanhou por minha causa?

—Oi? — Espantei me, ele parecia não ter ouvido a parte em que a faculdade toda pensava que ele tinha uma amante.

—Um bando de vadia te agrediu e a culpa é minha?

—Duas! Não é culpa sua, fui eu que causei tudo isso.

O doutor chamou David em um canto antes que continuássemos nossa conversa, percebi seu olhar congelar enquanto o homem colocava a mão em seu ombro, meu coração apertou, estremeci o momento em que David acertou um murro na parede, assim que me aproximei ele me abraçou, beijou minha testa e tomou minha mão entre as suas.

—Ele me disse que a Vovó não vai aguentar, ela quer nos ver.

Meu coração se partiu o choro veio sem trava alguma, David me abraçou apertado.

—Não chore, ela não quer te ver assim.

—Vou ficar sozinha de novo.

—Você tem a mim, eu nunca vou te deixar Ana, eu sei que no fundo você não quer isso, eu terei apenas você e você terá a mim.

Eu não conseguia entender, assim que entramos no quarto lá estava ela, tão fraca na cama, sorriu assim que nos viu.

—Meus queridos, estou preocupando vocês. —Disse ela com muita dificuldade.

—Vovó não fale muito a senhora precisa descansar. —Respondeu David tocando a mão da velhinha.

—Filho, eu sei o que está acontecendo comigo, logo vou poder ver sua mãe e seu avô mais uma vez, eu estou com tanta saudade deles, filho você precisa mandar na sua vida você não é feliz assim, eu planejei tantas coisas para você David eu não consegui te ajudar meu filho, a vovó te ama muito, quando Deus levou sua mãe eu sofri muito, sofro até hoje te ver crescer acalmou meu coração, mas eu só fui feliz agora meu filho, quando essa menina entrou pela nossa livraria sua vida mudou, você pode ser você mesmo, seus olhos brilham quando estão com ela, você a ama e nem sabe disso, por isso vou te dizer mais uma vez o que venho te dizendo todo esse tempo, liberta suas correntes e abra os braços para seu verdadeiro amor David.

—Vovó. — Interrompeu ele.

—Não discuta David, Ana querida, quando eu encontrar seus pais vou dizer que você se tornou uma linda mulher, educada, a nora dos meus sonhos, eu amo você menina como minha filha, obrigada por alegrar a minha vida com seu sorriso, eu amo muito vocês crianças, eu vou cuidar de vocês de lá de cima.

A vovó adormeceu depois de alguns minutos adormeceu sorrindo, adormeceu eternamente


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unconditionally" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.