No Matter What escrita por Lennister


Capítulo 4
Capitulo IV


Notas iniciais do capítulo

Então, sei que demorei e peço desculpas! Esses últimos dias foram... Complicados! Mas enfim, capitulo novo pra vocês, espero que gostem e aproveitem! *_*



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Capitulo 4 - Punição

Isso era estranho e muito, mais muito constrangedor.

Pra todo o lugar que eu olhava tinha um par de olhos me observando, alguns pareciam admirados, mais a maioria era raivoso, eu sabia que tinha feito uma grande merda ao entrar naquele labirinto, tinha plena noção disso agora, mas não tinha como voltar atrás e a única coisa que eu queria fazer nesse momento era me esconder, mas era um pouco difícil.

Depois de um café da manhã, com Brittany me perguntando sobre o que tinha acontecido e como tínhamos matado o verdugo, ela me levou até uma das pequenas casinhas de madeira. Assim que entramos encontrei sete pessoas sentadas em uma fileira, no meio delas tinha uma cadeira, que eu imaginei ser pra mim, e do lado esquerdo ao lado de Santana tinha outra vaga que eu imaginei ser de Brittany.

Observei a pequena casa de madeira e vi uma janela aberta, o sol entrava e praticamente batia na cadeira vazia em que eu provavelmente me sentaria, talvez essa fosse minha punição, queimar no sol.

Balancei a cabeça, observei as garotas sentadas, na ponta esquerda tinha um a garota branca, de olhos extremamente azuis e cabelos castanhos, ela tinha um pequeno sorriso no rosto e seu olhar parecia tão infantil que eu me senti um pouco melhor, talvez as coisas não fosse tão ruins assim, do lado dela tinha uma garota asiatica, seus cabelos eram cumpridos e ela parecia praticamente dormir na cadeira, a próxima era Mercedes ela me deu um leve aceno e eu vi seus lábios se mexerem em um leve 'acalme-se' assenti como resposta, do lado dela estava Quinn, seus olhos encontraram os meus e eu senti minhas bochechas corarem, eu não sabia o que fazer agora depois do que houve, estava tudo tão confuso, desviei meu olhar e do lado de Quinn estava Santana, ela me olhava como se fosse pular em cima de mim, olhei pro lado, depois da cadeira vazia estava uma garota,negra e magra, ela tinha os cabelos cacheados e curtos, mas que a deixavam muito bonita, seu olhar era duro, mas ela não me repreendia apenas me estudava como se tentasse descobrir algo, a ultima pessoa que estava lá me fez dar um passo pra trás, a tal Kitty que me atacou hoje de manhã estava ali sentada com os braços cruzados e um olhar tão mortal que fazia meu estômago revirar.

– Senta fedelha, não temos o dia todo - Desviei meu olhar de Kitty ao escutar a voz extremamente fria de Santana, respirei fundo e Brittany apertou meu ombro como apoio, me aproximei do lugar vago e sentei, Brittany se sentou ao lado de Santana e apertou o braço da latina, olhei pra Quinn em busca de seu olhar, mas ela estava com a cabeça abaixada e tinha um pequeno caderno em mãos.

O clima ficou tenso, e eu senti dificuldade em respirar, estava com medo, muito medo do que aconteceria ali.

– Vamos começar então - Santana voltou a falar, seu olhar duro não desviou de mim por nenhum segundo - Quinn? - a loira não respondeu e a latina bufou acertando um tapa na nuca de Quinn.

– Hey, o que? - Santana mandou um olhar e Quinn soltou um pigarro e seus olhos encontraram os meus, mas ela desviou rapidamente me deixando frustrada, ela não estava ajudando em nada - Ok, estamos aqui por que a fedelha quebrou uma de nossas regras e...

– A regra mais importante você quer dizer - Kitty resmungou com a sua voz extremamente raivosa.

– Sim Kitty, e por isso eu convoquei esse Conclave, para que possamos conversar sobre isso.

– Vamos puni-la? - a voz fina e alta me fez olhar pro lado esquerdo, Marley parecia confusa com aquilo tudo e eu tive a impressão de que ela achava aquilo desnecessário.

– É claro que vamos sua trolha - a garota rolou os olhos diante do comentário de Kitty

– Por que você não cala um pouco a boca Kitty? - A garota asiatica bufou cruzando os braços, olhei pra Kitty e vi a mesma fechar as mãos em punho com força, ela tentou se levantar, mas a garota negra ao seu lado puxou seu braço com força a fazendo sentar e quase cair da cadeira.

– Será que dá pra calarem a boca? - Quinn gritou irritada, Kitty bufou e todas ficaram em silencio - Bom antes de começarmos a discutir sobre isso, eu quero fazer as devidas apresentações ok? - olhou pra mim. Assenti. Quinn se levantou e respirou fundo, começou pela garota da esquerda - Essa é Marley ela é encarregada da agricultura - Marley acenou alegremente - A asiatica ai é a Tina é uma construtora - ela mal me olhou enquanto continuava jogada no assento.

– Por que você sempre precisa falar a asiatica? isso é preconceito sabia - resmungou de olhos fechados, Quinn rolou os olhos.

– A outra você já conhece, a nossa querida e tão amada cozinheira

Mercedes sorriu e acertou um tapa na bunda de Quinn que pulou e olhou pra negra, indignada.

– Hey - reclamou

– Tenha mais educação Loira se não te deixo sem comida - sorriu e se virou piscando pra mim, deixei um riso baixo sair.

– Essa é a Santana, mas você também já conhece ela é encarregada das corredoras - a latina apenas rolou os olhos - Aqui a Brittany, mas você também conhece e como já deve ter percebido ela é encarregada das socorristas - a loira acenou alegremente e eu ri da animação dela, a proxima é Charlotte, mas todos chamam de Charlie ela fica encarregada com a organização e me ajuda muito aqui - a garota continuou inexpressiva - E por ultimo a Kitty, vocês tiveram a honra de se conhecerem essa manhã, ela é a retalhadora, a garota responsável por matar os pobres animaizinhos que aqui chegam.

Kitty apenas resmungou alguma coisa e me deu mais um de seus olhares raivosos e assustadores. Engoli em seco, então ela era a responsável por matar os animais? Ela realmente parece assustadora.

– E bom eu sou a Quinn, mas isso é irrelevante.

Ela pegou o caderno e tirou uma pequena caneta do bolso.

– E como isso aqui vai funcionar? - perguntei, minha voz saiu bem mais segura do que eu pensei que sairia, Santana me olhou como se eu fosse uma idiota, Kitty parecia que ia pular em mim, mas isso não era novidade.

Quinn levantou a cabeça.

– Bom - coçou a nuca - Nós vamos falar e você apenas diz algo quando te perguntarmos certo? - Assenti, Quinn sorriu satisfeita - Ótimo eu declaro a nossa reunião iniciada. Vamos conversar por você Marley tem algo pra dizer?

A garota sorriu.

– Por que devemos puni-la?

– Qual a parte do quebrar a regra mais importante você não entendeu? - Kitty gritou.

– Kitty é a vez da Marley, você vai ter a sua chance - Quinn disse irritada, Kitty bufou - Marley.

– Obrigada, quero dizer, sim ela quebrou a regra, mas é uma novata, todos nós já fomos novatos e cometemos erros.

– É mais ninguém invadiu o labirinto e quase matou a Quinn.

Agora quem bufou foi eu, Kitty já estava me dando no saco, será que ela não conseguia ficar quieta?

– Como eu ia dizendo, eu acho isso tudo muito idiota, não acho que ela mereça uma punição, mas não podemos deixar que isso se torne frequente, então eu acho que ela deveria passar uma tarde no amansador assim as outras veriam que ela foi punida e ninguém tentaria fazer isso de novo, por que por mais louco que pareça sabemos que existem pessoas aqui dentro que morrem de vontade de fazer isso, e a garota... Rachel, certo? - assenti - "aprenderia a lição" - fez aspas com as mãos.

– Certo - Quinn anotou no caderno - Tina? - Todos olharam pra garota que agora praticamente babava em sua cadeira, Quinn rolou os olhos - Tina? - Mercedes bufou e chutou a perna da garota que se levantou assustada.

– O que? Não foi eu, eu juro que não comi seu sanduíche Santana - todos olharam pra asiática que percebeu o que tinha falado e sorriu constrangida.

– Espera foi você que comeu meu sanduíche?

– Olha Santana, eu juro que...

– Isso não importa, diz a sua opinião logo Tina.

A asiática pareceu perdida por um momento até se lembrar do que estava acontecendo.

– Ah eu não tenho nenhuma opinião sobre isso, tanto faz pra mim, voto na opinião da Marley.

– Opinião da Marley? Você nem sabe o que ela disse.

– Eu confio na Marley, Kitty e sei que ela daria uma opinião justa diferente de você que parece querer matar a garota, agora eu não sei se é por que ela desobedeceu a regra ou por que passou a noite inteira com a Quinn

Me engasguei com a própria saliva e Quinn corou feito um pimentão, Santana gargalhou e Kitty se levantou pra avançar na asiática, que voltou a se sentar em sua cadeira, fechando os olhos. A tal Charlie segurou a loira e a jogou na cadeira novamente, respirei fundo e Quinn que ainda corava voltou a escrever no papel.

Depois de Santana finalmente parar de rir, Quinn soltou um pigarro.

– Mercedes, sua vez

– Bom eu concordo com a Marley, acho que não precisávamos disso, mas como é uma coisa necessária e para evitar que algo acontece, não vejo problema em coloca-la lá por um dia lá.

Quinn assentiu e escreveu no papel, voltando a se sentar.

– Santana - Quinn olhou pra garota

– Posso chutar o traseiro dela? - Quinn negou com a cabeça e Santana bufou - Só um pouquinho aposto que nem vai doer já viu o tamanho do traseiro dela?
Corei. A única coisa que eu queria era enfiar minha cabeça em um buraco.

Brittany deu um tapa no braço de Santana e Quinn segurava o lápis com força, ela parecia muito irritada e com ciúmes? Sorri por dentro, meu coração acelerou.

– Ok, ok - Santana ergueu as mãos rendidas - eu queria dar um soco nela, mas não posso, então eu concordo com a olhos esbugalhados

– Pare de me chamar assim Santana

– Tanto faz! Podíamos deixa-la o resto desse dia e a noite também amanhã você vai mostrar o local e ela vai ter que encontrar um trabalho, qual o mal dela passar uma noite sozinha? E todo mundo sabe que o Amansador é o lugar mais seguro daqui. Por isso não se preocupe anã nenhum monstro vai te atacar durante a noite.

Rolei os olhos. Garota idiota.

Quinn deu de ombros

– Eu concordo, com a Marley - Brittany gritou antes que Quinn a chamasse, a loira de cabelos curtos observou o semblante calmo e sorridente da de olhos azuis e sorriu, anotando no caderno.

– Charlie?

A negra cruzou os braços, e continuou me olhando com indiferença, provavelmente ela odiava isso aqui.

– Só deixa ela presa, não faz diferença pra mim - Quinn assentiu anotando no caderno, ela suspirou e olhou pra Kitty que agora parecia animada em finalmente poder dizer algo, engoli em seco eu sabia que não vinha coisa boa dali.

– Ok Kitty - disse com um suspiro - Fala.

– Até que enfim - abriu um sorriso cruel - Ela deve ser expulsa.

Arregalei os olhos assustada, Ok eu sabia que ela me odiava, mas não a esse ponto, as outras garotas estavam na mesma situação até mesmo Charlie, demonstrou algo além de indiferença e encarou a loira como se ela fosse louca.

– Espera me expulsar? Pra onde? Pro labirinto? - o desespero voltou a tomar conta e eu procurei os olhos de Quinn desesperadamente, eu precisava sentir a segurança que ela me passou na noite passada, mas ela tinha os olhos fixos em Kitty.

– Cala a boca fedelha, você só fala quando mandarmos - olhei pra Kitty, depois pra Quinn buscando algo, mas ela não me olhava.

– Ela tem razão espere sua vez Rachel - meu peito afundou, ela sequer mandou um olhar pra mim e isso estava machucando - Kitty eu entendo que você não achou certo o que ela fez, mas expulsar é um pouco demais até mesmo pra você.

– Até mesmo pra mim? - se virou indignada pra Quinn - Essa garota é um problema, ela já provou isso desde que a vimos pela primeira vez, é petulante e desobediente, você disse pra ela não entrar e o que ela fez? Entrou, então não me diga que isso é demais, por que ela não pensou nas consequências ao entrar naquele lugar e arrastar você junto.

– Eu fui por que eu quis Kitty - Quinn se levantou impaciente - Ela só está assustada, do mesmo jeito que todas nós ficamos quando chegamos aqui, você se lembra não é? Se lembra que chorou por dois dias inteiros feito um bebe, quando chegou?

Kitty se levantou com raiva, as outras observavam a cena cautelosamente.

– Não me lembre disso eu estava frágil o que você esperava? Que eu entrasse no labirinto feito essa fedelha e arriscasse a minha vida?

– É claro que não, não seja idiota Kitty, eu só quero provar que seu ponto é exagerado, ela não precisa ser expulsa.

Kitty se aproximou de Quinn a analisando.

– Por que está tão preocupada com essa fedelha?

Quinn engoliu em seco e eu a vi apertar as mãos em punho.

– Deixa ela em paz - minha voz saiu mais raivosa do que eu pensei, Kitty e Quinn me olharam assustadas, irritada me levantei e me coloquei entre as duas loiras meu corpo encostou no de Quinn e um arrepio subiu pela minha espinha, respirei fundo.

– Por que me odeia tanto?

– Eu já disse! Você é um problema e problemas precisam ser eliminados - Quinn puxou meu braço e se colocou na minha frente

– Não fale assim - rosnou

Kitty se aproximou seu rosto praticamente colado no de Quinn, as outras garotas começaram a se levantar.

– O que houve entre vocês lá? - Kitty apontou o dedo batendo no peito de Quinn, então os olhos dela saltaram em compreensão e ela se afastou com um riso incrédulo - Vocês se beijaram não é?

Merda.

Arregalei os olhos e todas as garotas olharam pra mim enquanto eu corava furiosamente.

– Não aconteceu nada - a voz de Quinn pareceu sair tão alta que eu acabei me assustando - não houve nada entre a gente Kitty, acha que teria tempo pra alguma coisa? Estávamos na merda do labirinto e tínhamos que lutar pra sobreviver, não tinha tempo pra beijar a fedelha - Quinn olhou pra mim, e por um momento eu vi algo em seus olhos, um brilho de arrependimento, mas então sua boca se abriu dizendo as palavras que quebraram de vez meu coração - Eu nunca ficaria com uma fedelha como essa, ela não faz o meu tipo.

Senti vontade de chorar, mas me segurei e apenas empinei meu queixo e abri um sorriso irônico.

– Como se você valesse a pena Quinn.

Ouvi alguns resmungos chocados, e eu as olhei, todas me encaravam como se eu fosse louca, mas eu não liguei apenas dei de ombros e me sentei.

Kitty pareceu satisfeita ela abriu um sorriso irônico e nojento. Enquanto Quinn apenas me encarava, mas eu desviava de seu olhar, ouvi um suspiro e as cadeiras se mexendo de novo, então a voz de Quinn voltou e agora estava fria, muito fria.

– Então já temos a punição, você teve o direito a sua opinião Kitty, e nós ouvimos, mas como a maioria vence, Rachel vai passar o resto desse dia e a noite no amansador, todas concordam?

Ouvi vozes de concordância e alguma piada irônica de Santana, Kitty murmurou algo, mas eu não me dignei a ouvir, já tinha me cansado dela.

– Achei que eu teria direito de falar - abri um sorriso irônico, Quinn olhou pra mim com aqueles olhos frios e disse completamente irritada.

– Quer direito de falar? Ótimo, fale!

Meu sorriso sumiu e eu fiquei sem saber o que dizer por um momento.

– Só queria dizer que eu não queria machucar ninguém ou causar isso, eu só estava com medo, apenas isso.

Quinn rolou os olhos.

– Só isso? Essa é a sua defesa? Sorte sua que não demos ouvidos a opinião da Kitty e nem ligamos pra sua defesa, se não você estava definitivamente fodida, Santana vai te levar pro amansador.

– Por que eu?

– Por sim, agora vai - a latina rolou os olhos e Quinn fechou o caderno - Eu declaro essa reunião terminada.

Santana me levava - digo me arrastava - pelo braço rapidamente, assim que Quinn declarou como terminada a bendita reunião, Santana me puxou pelo braço e eu quase cai diversas durante o percurso, caminhávamos pro lado da floresta onde havia um monte cheio de grama, pode ver de longe uma pequena grade de madeira, engoli em seco, ok eu iria ficar presa? Então isso era um amansador? Nome mais estranho.

– Sei o que está pensando - virei meu rosto pra Santana que ainda me arrastava, ela não tinha dito uma palavra desde que saímos de lá, mas eu via pela sua postura que ela queria dizer alguma coisa - O nome é estranho, mas faz sentido se você olhar pelo ângulo certo.

Abri a boca pra perguntar qual ângulo seria este, mas o olhar repreensivo dela me fez calar a boca.

– Não se preocupe, você vai ter tempo de sobra pra descobrir o ângulo sozinha

– Achei que você fosse me matar - confessei.

Santana parou de andar e eu trombei nela sem querer, balancei a cabeça pra me recuperar e percebi seu olhar em mim.

– E por que acha isso? - sua voz dura me fez suspirar.

Dei de ombros, arrependida por dizer aquilo, mas agora não dava pra voltar a atrás.

– Bom por que você estava me dando um conselho quando eu fugi e entrei no labirinto.

Ela se aproximou como tinha feito ontem antes de eu entrar no labirinto, recuei e acabei tropeçando, caindo no chão.

– Não pense que o fato de eu não ter apoiado a Kitty, não queira dizer que eu não quero você fora, na verdade depois da Kitty eu sou a segunda pessoa que não gosta de você.

Engoli em seco

– Eu...

– Eu sabia que você ia causar problemas, sempre soube desde a primeira vez que te vi - Ela se aproximou com fúria, me arrastei pelo chão tentando me afastar, mas estava em desvantagem - Na verdade eu já te vi antes fedelha.

Meu olhos se arregalaram e eu me levantei.

– Você me viu? Como? Espera como você se lembra? Quinn disse que...

– Sim, Quinn não mentiu - rolou os olhos impaciente - Mas quando você é picado por uma daquelas coisas você passa por um processo e nesse processo você vê coisas, eu vi você - ficou perigosamente perto, engoli em seco - Eu não sei o que você estava fazendo, com quem ou onde estava, mas eu me lembro de ouvir que você era um deles, era uma das preferidas, e que tinha feito algo e escute anã, eu vou descobrir o que é, está me entendo e pelo seu bem eu acho melhor você começar a rezar para que você não tenha feito nada que pudesse ter trazido a gente pra cá ou interferido nisso, por que se tiver, eu mesma faço questão de acabar com você.

Fechei minhas mãos com força sentindo as unhas entrarem em minha pele, Santana continuou me analisando por alguns segundos, antes de voltar a me puxar com força, mas eu não liguei dessa vez estava desnorteada demais.

Santana tinha me visto e disse que eu era um deles, olhei pro seu rosto procurando algum sinal de que ela estava mentindo ou brincando comigo, mas seu rosto continuava serio, o maxilar tenso, e o aperto firme.

Ela não estava mentindo.

E era isso que mais me assustava.

Assim que chegamos ao tal amansador, ela abriu a grade e me jogou lá dentro sem nenhuma delicadeza, cai de costas, Santana fechou a grade e saiu pisando duro, me levantei e corri até a grade, minhas mãos seguraram a madeira e eu fiquei na ponta dos pés para ver algo, Santana corria pra longe.

Me virei e observei o lugar, era um pouco grande uma especie de buraco, mas bem feito e arrumado, não possuía nada.

Deixei um suspiro sair de meus lábios e me sentei em um canto encolhida.

Eu tinha muita coisa pra pensar e muito tempo também. Afinal um dia e uma noite num lugar como esse parecia a eternidade.


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Notas finais do capítulo

Então.... Belezinha?