My World In War - Thalico/Nicalia (REFORMULADA) escrita por Maylla


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora!
Não vou falar muito, vamos ao MAIOR capitulo desta historia, que é o minimo que eu devo a vocês.

Boa Leitura!



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Nico

Ouço ao longe sussurros e gritos de desespero. Sinto meu corpo em chamas e nada enxergo. Penso em abrir os olhos, mas meu comando não é obedecido. Continuo a ouvir as vozes, e chego a sentir um toque nos ombros.

— Nico – Ouço meu nome sendo repetido varias vezes em um tom de desespero – Não se vá...

Uma angustia toma meu corpo “Será que eu estou morto” Penso incomodado.

— Por favor, abra os olhos – Thalia é quem esta falando. Sinto através de sua voz um desespero quê me surpreende e cativa. Penso em seu sorriso, em seus olhos, em suas atitudes e uma força surgi em mim, fazendo com que meus olhos e abram.

Vejo a minha frente um lindo anjo de olhos elétricos e cabelos rebeldes com impressionantes lagrimas escorrendo pelo rosto. Ela estava chorando por mim.

— Anjo – Sussurro para ela, chamando sua atenção.

— Você está vivo! – Exclama, se lançando em meus braços.

— Esta me sufocando – Sussurro após alguns segundos.

— Eu achei que você tinha morrido – Me aperta ainda mais – Seu coração não estava batendo e você não respirava.

— Thalia, você esta sufocando ele, o garoto acabou de acordar e você já quer botar ele pra dormir de novo? – Interfere Jason – Se controla mulher!

Só deste modo ela me solta ainda que relutantemente.

— O que é isso? – Pergunta Percy, surpreso – É impressão minha ou você está em desespero pela situação do Di Ângelo? – Pergunta de modo idiota.

— Você é muito lerdo filho – Diz Poseidon a Percy– Demorou realmente esse tempo todo pra notar que eles estão de namoro?

— Como é que é?

— O que você disse? – Pergunta Thalia em choque.

— Ah, o que é Lia? Achou que estava nos enganando? Todo mundo sabia que vocês estavam namorando escondido – Jason

— Quando vocês descobriram?

— No dia que vocês se esconderam na floresta depois de um dos treinamentos – Responde Atena – Vocês acharam que nos estávamos distraídos com a guerra de bola de neve, mas ela rapidamente acabou e nós vimos que vocês não estavam ali. Passados uns minutos vocês voltaram quase que ao mesmo tempo de direções diferentes da floresta, estava óbvio.

— Então por que foi que eu não notei? – Questiona Percy.

— Como é que eu vou saber? – Diz Atena.

Eles continuaram em uma discussão. Aos poucos eu fui vendo tudo turvo, e percebi que estava novamente desmaiando.

— Gente, o Nico não está passando bem – Algum diz em meio a toda a conversa – O coração dele está fraco. Eu acho que ele está morrendo.

— Alguém faz alguma coisa, ele não está bem! Nico, você está me ouvindo? – Vejo três Thalias a minha frente, todas com o mesmo olhar de desespero.

Eu queria tanto ter forças para acalma-la, mas tudo o que eu consigo fazer é soltar um gemido de frustação, e logo em seguida a escuridão me engole de novo.

[...]

— Ele está acordando – Alguém diz a minha esquerda – Acho melhor você parar Poseidon, cuidado para não transferir demais.

— Só mais um pouco.

Sinto-me dentro de uma bola de fogo que está indo rumo ao sol. Tudo ao meu redor queima, e em desespero começo a gritar, mas nenhum som sai de minha boca. Tento me mexer e pedir para alguém me ajudar, mas mais uma vez não tenho sucesso.

Após alguns segundos tudo para, meus ouvidos estão zumbindo, meu corpo estremece e minha cabeça dói. Todo o meu corpo dói.

— Acho que ele está acordando de novo.

— Temos que ser rápidos, não nos resta muito tempo antes que mais deles voltem.

— Nicolas, acorda – Alguém me chama – Volta pra gente.

Percebo aos poucos que essa voz é desconhecida, que não é de Thalia nem de nenhum de meus amigos.

Será que eu morri? Eu passei daquela pra uma melhor?

— Por favor Nic, volta pra mim.

Nic, só tem uma pessoa que me chama de Nic. Bianca.

Agora eu tenho certeza de que eu morri, eu só posso ter ido para o céu para está  ouvindo a voz de minha linda irmã.  Aos poucos a dor no meu corpo vai diminuindo, e eu vou me concentrando cada vez mais na voz dá minha irmã, nas coisas positivas que ela fala pra mim.

Abro os olhos.

Bianca está na minha frente, com o rosto banhado em lágrimas, e com constantes soluços saído de sua boca, coisa que eu não tinha percebido desacordado.

— Bi – Ela se lança em meus braços, e eu aos poucos vou tentando me ajustar. Tento ignorar a dor e aproveitar o abraço de minha irmã.

— Oh meus Deus! Eu não acredito que é você Bi – Falo emocionado, deixando as lágrimas brotarem nos meus olhos.

— Sou eu mesma Nic – Chora – Eu senti tanto a sua falta!

— Gente, esse abraço de vocês está lindo, está tudo muito bom, mas nós temos que ir, não vai demorar muito para aparecer mais monstros por aqui – Annabeth.

— Vamos Nic, eu tenho que encontrar algumas amigas, elas já estão lá encima, se apoia em mim.

Me levanto de vez do chão e vou me apoiando em Bianca até as escadas. Foi à subida mais cansativa da minha vida. Se não fosse pela ajuda de Jason e Percy eu não teria conseguido. Poseidon estava se apoiando em Atena, acho que ele se feriu. Thalia está caminhando ao lado de Piper e Annabeth.  Bianca subiu na frente, para encontrar com as amigas.

Ao chegarmos ao galpão eu me surpreendi com a quantidade de pessoas que lotou o lugar que há horas atrás, quando chegamos estava vazio. Fomos atrás de Bianca, que logo perdemos de vista. Várias pessoas estavam sendo atendidas ali mesmo. O lugar está intransitável. Seguimos com muita dificuldade pelo caminho que nós acreditamos ser o que Bianca tomou.

Após alguns passos percebemos que acertamos em cheio.

A cena que eu vejo é triste. Só nesse momento é que eu noto a falta de Leo, por que agora o vejo. Ele está ajoelhado ao lado de uma garota morena de cabelos castanhos. Atrás dele está Bianca abraçada à outra garota, as duas estão chorando.

Nos aproximamos assim que a morena fecha os olhos e Leo se debruça sobre ela, aos prantos. Thalia vai a frente e chama a atenção do Valdez, que ainda desnorteado pega o corpo da garota no colo, vindo em nossa direção.

Para mim não resta dúvidas de que essa era a namorada dele, Reyna. Sinto uma dor no peito e uma enorme vontade de puxar Thalia para meus braços e não soltar nunca mais. No entanto quem procura por meu abraço aos prantos é Bianca.

Seguimos mudos rumando à saída, todos solidários a perda de Leo, que vem ao lado de Thalia e Piper, que largou de Jason e foi consolar o irmão postiço. Percebo que Thalia está me encarando receosa, meio capenga com a perna machucada, coisa que eu não havia percebido antes.

Faço um sinal de cabeça lhe chamando para perto, abrindo o braço direito oferecendo um abraço.

Após um segundo de hesitação ela vem para mim. Abraço-a o mais apertado que eu consigo, beijo sua testa e viro o rosto para fazer a mesma coisa com Bianca, que está do meu lado esquerdo.

Respiro aliviado por saber que as pessoas mais importantes deste mundo para mim, estão em segurança. Mas ao me lembra do sonho macabro que eu tive há semanas onde eu tinha que escolher entre uma das duas preciosidades que estão em meus braços, meu coração acelera.

E eu me pergunto por quanto tempo eu vou poder desfrutar de minha família.

***Dois meses depois***

 

Bianca

— Obrigado Leo – Agradeço a meu mais novo amigo, que acabou de me dar uma caneca de chocolate quente.

Hoje faz dois meses que eu estou aqui, nesse acampamento improvisado por magia que Poseidon e Atena fizeram. Faz dois meses que eu reencontrei meu irmão, e faz dois meses que Reyna morreu, minha melhor amiga e salvadora.

Esse é o tempo mais rápido e curto dos meus últimos dez anos. As primeiras semanas passaram como um flash. Com o acampamento lotado de pessoas e o risco eminente de um ataque surpresa, eu mal consegui dormir. No entanto depois disso tudo parecia um martilho, cada hora parecia um ano.

De dia tentei aproveitar ao máximo o tempo com meu irmão e sua namorada. Já pela noite eu saia da barraca que divido com Marcela (minha antiga colega de sela), para pegar um ar entre as raízes de uma árvore próxima ao acampamento. Foi em uma destas noites que eu encontrei com o Leo.

Ele estava sozinho encostado em uma árvore vizinha observando o céu negro de Quebec, com os pés atolados na neve, o que me fez perceber que ele estava ali há muito tempo.

 

Flashback on:

Eu sei tudo sobre o Leo. Reyna era apaixonada por ele, não falava de outra coisa logo que nos tornamos amigas. Ela tinha um enorme arrependimento por não ter se declarado devidamente para ele quando teve chance, e apesar de ela ter tido a oportunidade de dizer o que queria em seus minutos finais de vida, eu me sinto ainda assim na obrigação de expor ainda mais isso para o homem que ela amava. Sem contar que eu estou precisando de alguém que entenda a minha dor, que compartilhe deste sentimento tanto quanto eu.

Após alguns minutos parada, tomo coragem suficiente para ir ao encontro de Leo. Encosto-me na árvore ao seu lado e ali fico por alguns minutos, os dois em silêncio.

— Ela te amava – Tomo a iniciativa.

— Eu sei – Diz em uma voz rouca ao meu lado.

Ficamos em silêncio por um tempo, e eu começo a me arrepender por ter me aproximado, mesmo assim insisto.

— Sabe, ela salvou a minha vida – Continuo – Logo quando eu cheguei lá, tentei fugir e quase fui morta por um dos guardas. Ela se meteu na frente do monstro e matou ele pra me defender. Ficou por um mês na solitária. Quando ela voltou eu nem sequer sabia como agradecer o favor, ela simplesmente pediu minha lealdade, coisa que claro, eu lhe dei e que está com ela até agora, onde quer que ela esteja.

— É bem o estilo dela mesmo – Diz de modo amargurado.

Mais silêncio.

— Eu disse que ela te amava, e vim até aqui por que apesar de minha lealdade para com ela, eu ainda me sinto em dívida – Resolvi desabafar – Ela falava muito de você, e de como estava arrependida por não ter dito o quanto te amava vezes o bastante. Ela se culpava o tempo todo por isso – Começo a chorar, não consigo me conter – Sabe, todo dia quando ela acordava ela beijava sua foto, que ficava embaixo do travesseiro dela. E eu posso jurar que te conheço a anos pois sei tudo sobre você, sobre vocês.

"Ela me contou de como vocês se conheceram, como ela te odiou no primeiro momento, como ela se apaixonou por você e como foi difícil para ela ir naquela missão te deixando para trás. Eu sei de có e salteado suas cantadas,  sei todas as suas desavenças amorosas, sei sobre sua mãe e seu pai, sobra a Piper e a relação que vocês têm.

Sua cor favorita é marrom, por que te lembra dos olhos de sua mãe; Se você pudesse ser um animal você seria uma mosca pra poder se esconder em qualquer canto até mesmo no banheiro feminino; Eu sei que você adora mexer com as coisas e sei que você fábrica armas e brinquedos e eu não posso acreditar que você está aqui agora, e ela não! É tão irreal que me deixa sufocada para gritar para o mundo o quanto eu estou angustiada com isso!

Eu estou feliz de ver o meu irmão, de está com ele! Estou feliz por está enfim solta! Mas sem a Reyna tudo fica tão confuso! Eu passei meus últimos dez anos ao lado dela, e saber que ela morreu no dia de nossa libertação é a pior coisa do mundo pra mim! Eu não posso falar isso com mais ninguém, porque ninguém me entende! Nem a Marcela me entende! Mas eu sei que você me entende por que você também a amava!”

Caio de joelhos na neve e tapo meu rosto com minhas mãos na tentativa de conter os soluços. Após alguns segundos sinto braços me envolvendo e gotas de água caindo em meus cabelos. Ficamos assim por não sei quanto tempo, só nos abraçamos e choramos por Reyna.

Flashback off:

Deste dia em diante nós nos encontramos em minha arvore e falamos sobre Reyna, sobre a vida. Ao longo destas seis semanas nos tornamos amigos próximos graças a nossa dor. Eu pela perda de uma irmã do coração e ele pelo amor de sua vida. Nas primeiras quatro semanas eu me senti melhor por poder me consolar consolando o Leo, mas agora tudo o que eu mais quero é fugir dele.

Nas últimas duas semanas eu tenho me sentido diferente em relação ao Valdez, e eu estou começando a me sentir mal com isso. Eu acho que estou começando a gosta dele, e isso não podia ser pior!

Leo Valdez foi e sempre será o amor de minha irmã, não importa se ela não está mais aqui, eu sinto como se eu estivesse traindo ela, traindo a nossa amizade. Tudo o que eu prometi para Reyna foi minha lealdade, e não é me apaixonando por Leo que eu vou manter essa promessa.

Na tentativa de me sentir bem e ao lado de Reyna acabei arrumando um jeito de me afastar dela. O problema é que ninguém sabe disso, muito menos o Leo. Na verdade nem eu sei disso! Eu não tenho nenhuma experiência com relacionamentos, muito menos com sentimentos. Talvez esse frio na barriga que eu sinto toda vez que ele está perto, ou essa enorme vontade de ficar com ele o tempo todo, essa vontade de ganhar um olhar mais profundo vindo dele, ou essa corrente elétrica que passa por meu corpo toda vez que ele me toca não sejam sintoma de paixonite aguda, pode ser que eu esteja com gripe.

 – Você está bem? – Pergunta Leo ao meu lado – Parece meio aérea.

— Só estou preocupada com você. Leo eu já disse que você precisa comer, não tem como viver assim! 

— Para Bianca, eu já disse que sou grandinho o bastante para saber o que é certo e o que é errado pra mim – Responde grosso.

Leo não come direito desde o dia da morte de Reyna. O máximo que ele come é uma maçã aqui, e outra ali. Talvez uma maçã por dia, com sorte. Ele esta emagrecendo rapidamente, e ostenta profundas olheiras abaixo dos olhos, coisa que de uma semana pra cá eu também tenho adotado. 

Todos estão muito preocupados, Atena já tentou de tudo, mas Leo não come de jeito nenhum. Há alguns dias ele desmaiou no meio do treino (porque ainda tem isso, ele treina como um condenado) e Poseidon usou de seu secreto poder ancestral pra acordar ele com mais força, assim como ele fez com Nico no galpão.

De qualquer modo Leo não tem estado bem de jeito nenhum, e por mais que nos mantenhamos conversando sempre que ele não está treinando, eu posso perceber que ele, ao contrario de mim, continua o mesmo de seis semanas atrás, distante e difícil de alcançar.

Um alarme dispara. Em poucos segundos todos saem de suas barracas já armados prontos para o combate. No primeiro momento eu acredito se tratar de mais um alarme falso, mas assim que um urro é ouvido nos limites do acampamento meu sangue congela e meu coração para por um segundo. 

Minha mão voa rumo a lança mais próxima, e eu posso perceber que Leo também se levanta puxando sua espada da bainha. Penso em tentar lhe impedir de lutar nesse estado, mas antes mesmo que eu possa fazer qualquer movimento Leo sai andando apressadamente para junto dos outros guerreiros que estão formando uma barreira de proteção ao redor do acampamento. Sem alternativa, ajusto minha lança, pego duas adagas no reservatório mais próximo e saio de perto do banco que a pouco eu estava sentada.

Vou para a luta.


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Notas finais do capítulo

Calma gente, o Leo vai ficar com a Bianca, mas tudo no seu tempo.

Até a próxima!



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