Evolução X - Livro I: Guerra Mundial escrita por Guilherme Nunes


Capítulo 21
A Guerra Pela Evolução


Notas iniciais do capítulo

A guerra começou e é inevitável. Heróis, parceiros, rivais e vilões terão de se juntar para derrotar os invasores e reivindicar o que é deles por direito... O planeta Terra.



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—Então gente, a hora chegou. Passei grande parte da minha vida com a maioria de vocês aqui. Amigos, rivais, inimigos. Mas hoje estamos todos do mesmo lado e vamos usar todas as nossas forças para derrotar esses lagartos alienígenas e mostrarem á eles que a Terra não é a casa da mãe Joana. – discursou Ciclope dentro do Aero-porta-aviões da S.H.I.E.L.D. junto dos demais heróis, Magneto, Mística e Blink. —Quero que saibam que se eu não sair dessa com vida, foi uma honra estar ao lado de vocês.
—Não fala isso cara, tá me fazendo chorar. – Bobby criou cubinhos de gelo que caiem de seus olhos.
—Só estou preparando vocês, principalmente os mais novos. – olhou para Kevin, Anya, Jhoan, Crist, Litthie, Thitan e Meghanny. —Sei que devem estar ansiosos e com um frio na barriga, isso é normal. Vocês são menos preparados que nós, mas tem um potencial extremo. Eu digo isso por que vi cada um de vocês em ação, com exceção de outros, mas sei que também farão o seu melhor para ajudar as pessoas lá em baixo. Bom, eu não queria falar demais, mas acabou saindo sem a minha intenção. O Tony vai separar as equipes e passar as missões para cada um de vocês.
—Obrigado Scott. – tocou no ombro do Summers. —Então galera, essa aqui é a nave mãe. – mostrou em um enorme holograma que saiu do chão. —É provavelmente aí que está o gerador que controla todas essas coisas. A Hill analisou o perímetro entorno da nave e rastreou uma enorme quantidade de energia cósmica vinda de lá.
—A Fênix. – comentou Jean com um pesar na voz.
—Exatamente! Supomos que essas coisas funcionam com a energia da entidade. Se destruirmos o gerador, acabaremos com essas coisas.
—Mas e os Sentinelas de Adamantium? – comentou Johnny. —Aquelas coisas são surreais.
—Adamantium é um metal como qualquer outro, meu caro. É só me colocarem no meio daqueles monstros que eu vou mostrá-los porque me chamam de mestre do magnetismo. – indicou-se.
—Ótimo, então já temos alguém para dar conta dos robôs. Agora falta...
—A Emma. – Anya o interrompeu. —Não podemos deixá-la sabe-se lá onde.
—Claro, mas não temos ideia de onde ela e o Xavier possam estar.
—Na verdade, temos sim. – Fera o contradisse, pegando um pequeno controle com um visor em sua mão. —Quando o Professor foi levado eu lancei um rastreador no Sentinela que o sequestrou.
—E aonde ele está? – perguntou Ororo aflita.
—Na nave mãe. – respondeu preocupado.

Um silencio toma conta do lugar, restando apenas entreolhares aflitos e nervosos dos menos experientes. Anya respira fundo e permanece calada. Kevin, que estava ao seu lado, segura sua mão com força, sorrindo e lançando um olhar tranquilizador, que é retribuído com um sorriso leve.

—Lembre-se do que o Professor disse... Esperança. –sussurrou a ela que consente com a cabeça, pondo-se de pé e colocando-se de frente á Tony.
—A Emma deve ter sido levada para lá também. – supôs. —Stark, me coloque no grupo que vai resgatá-los.
—Eu não ia fazer um grupo para isso... – calou-se ao ver a expressão furiosa da garota. —Mas já estou providenciando.
—Eu também vou. – Litthie pôs-se ao lado de Anya. —Não posso deixar minha rainha branca em apuros.

A russa sorri para o amigo agradecida, virando-se e notando as irmãs Stepford isoladas dos demais. Ela se aproxima das telepatas e fica parada de frente á elas em silencio. Colocando a mão sobre a boca e pigarreando para chamar a atenção das loiras que a encaram com pesar em seus olhares marcados pelo luto recente.

—Eu sei que não somos amigas e tal... –calou-se, segurando suas próprias mãos com força enquanto as gêmeas continuavam a ouvir. —Mas, eu queria que soubessem que podem contar comigo com o que precisarem. Não estou pedindo para virarmos melhores amigas e essas coisas. Só não quero mais persistir com esse clima entre nós.
—Obrigada. –ouviu-se de Celeste. —Mas se quer que nós façamos parte da missão de resgate da Emma, pode contar com a gente. –disse pelas duas. —Já levaram a Mindee, e a cena ainda ecoa em nossas mentes. E, na verdade, acho que nunca irá sair... Pudemos sentir cada segundo de sua dor, de seu medo, de sua agonia. O desgraçado nem ao menos deu uma morte rápida a ela. Ele preferiu deixá-la sofrer com seus ferimentos até não aguentar mais, e isso nos destruiu por dentro... – retornou a chorar. —Foi aterrorizante e não queremos o mesmo para a Frost.
—Obrigado. –abraçou-as.
—Não estamos fazendo isso por você... Estamos fazendo pela Mindee. A morte dela não pode ter sido em vão. – esclareceu Phoebe. —Stark, estamos dentro.

—Tudo bem, então essas são as formações: Anya, Litthie e as Stepford vão resgatar Emma e Charles. Ciclope, Homem-Aranha e eu vamos dar um jeito no gerador. Os demais vão ficar na cidade, ajudando os civis e derrotando o máximo de clones que puderem. Precisaremos de todo poder e esforço para derrotar essas coisas. Hoje não existe X-Men, Quarteto Fantástico, Vingadores e X-Force. Hoje somos apenas heróis salvando o planeta.

Todos se dão as mãos e se preparam para irem á luta.

Nave mãe...

Charles aperta com força suas mãos sobre o apoio de braço de sua cadeira, enquanto resistia aos ataques do soldado alienígena. Seus olhos são comprimidos enquanto o outro usa seus poderes sem demonstrar uma emoção sequer.

Aero-Porta-Aviões da S.H.I.E.L.D...

Comportas são abertas por toda a base. E delas, algumas pequenas naves partem levando os heróis que não voam e agentes da corporação. Levando-os até o solo, para ajudar as pessoas a fugirem. Enquanto os que voam saiam percorrendo o céu e descendo até a cidade de Nova Iorque que era atacada.

—A Nave Mãe saiu de Washington, passando por um portal e já está a poucos metros da Estatua da Liberdade. – disse Fury ao comunicador enquanto vários agentes passavam correndo para todos os lados, tentando fazer algo para ajudar. —Blink vai levar o grupo de resgate e o de execução do gerador para dentro da nave. Magneto já está na cidade e está cumprindo a sua palavra.

Uma sentinela de Adamantium pousa brutalmente próximo a um civil humano, que é jogado a alguns metros pelo impacto. Kevin, que estava próximo, vê e corre até ele.

—Tudo bem? – ajudou o homem a si levantar. —Vamos, eu te ajudo.

O robô estende sua mão para os dois e dispara contra eles, mas Kevin é mais ágil e faz um carro parar na frente do raio de calor, defendendo-os.

—Fique calmo, vou tirá-lo daqui. – tentou tranquilizar o homem que tentava se soltar dele.
—Me larga mutuna, eu me viro. – deu-lhe um soco, o que faz o garoto cair, abaixando a guarda para o sentinela que vai até ele enquanto o homem foge, tropeçando em destroços espalhados pelo chão.

O loiro abre os olhos lentamente, tocando o machucado e assustando-se ao ver que o robô se desmontava por inteiro, antes de esmagá-lo.

—Aí está o motivo do porque eu faço o que faço em prol dos mutantes. Mesmo diante das dificuldades eles insistem em nós atacar. Você pode deixar seu sangue escorrer por eles, que agradecerão bebendo do mesmo. – estendeu-lhe a mão. —Eu não sou um monstro, mas sim um homem que cansou de ter esperança nos humanos. Me diga, você concorda mesmo com tudo que o Xavier diz?

O garoto vira a face, não respondendo a pergunta.

—Obrigado. – apenas levantou-se, limpando sua roupa.
—Pense no que eu lhe disse, meu jovem. Não desperdice sua juventude lutando contra uma coisa sem futuro, como meu velho amigo fez.

—A cavalaria está chegando! – gritou Ben alertando á todos enquanto vários Mega-X iam em suas direções.

Coisa ergue uma pedra de concreto de algum prédio destruído que estava no chão e lança contra a multidão de clones, derrubando alguns. Mercúrio corre entre eles, esbarrando em todos e lançando-os com o seu impacto e velocidade. Susan cria vários campos de força em formato de plataformas enormes que surgem no céu, caindo cada um sobre vários inimigos.

Nave Mãe... Ala Sul

Anya segue na frente de seu grupo, passando por vários corredores até parar de frente á um.

—Sentiram isso? – indagou a loira que olha fixamente para uma enorme porta no final do corredor.
—Não tem como não sentir. – respondeu Phoebe. —Será que é ela?
—Com toda certeza é. – falou Litthie indo na frente das garotas.

Eles começam a seguir até a porta, mas são impulsionados por um forte impacto telepático que os lançam para o começo do corredor.

—Ai... Minha cabeça. – reclamou Celeste, forçando a mão sobre a testa.
—Emma?! – Anya levantou primeiro vendo a mãe caminhar até ela com um olhar frio e sem vida. —Estão controlando ela, tenham cuidado.

A Frost apressa seus passos e entra em sua forma de diamante, socando Litthie que vai ao chão e pulando, agarrando suas pernas no pescoço de Celeste e virando para trás, fazendo a garota bater de cara contra o chão.

—Ótimo, sem telepatia. – Phoebe afastava-se da Emma que se aproximava delas lentamente enquanto estalava o pescoço. —O que vamos fazer?
—Lutar. – Anya ficou com os olhos acesos, criando energia psíquica que salta de seus olhos e envolve seu corpo em um campo de força inquebrável, deixando-a com um visual idêntico á proteção de Emma, sendo tão resistente quanto. —Que relacionamento legal que nos temos, não é? – ironizou antes de ir até Emma e direcionando um soco que se encontra com o de sua mãe.

Andar acima...

—Filho, n-não faça isso, reaja. – continuava resistindo ao ataque. —Eles então te controlando, escute minha voz. Pare com isso, pare com isso... AGORA. – gritou soltando um impacto psíquico que ultrapassa os bloqueios do elmo sobre sua cabeça e lança o soldado contra a parede.

Ele olha pasmo para o que acabara de fazer. Ter destruído um inibidor psíquico com seus poderes.

Centro de Nova Iorque...

Miss Marvel sobrevoa o imenso mar de clones disparando raios de fóton que derruba alguns. Sem ver, ela é derrubada por um raio ótico de um deles, caindo no meio dos inimigos. Vampira vê a cena e toca em Hulk, voando rapidamente e entrando no meio dos Mega-X que atacavam a loira. Com os poderes do monstro verde absorvido. Ela fica mais forte, ficando com o tom de pele verde e seus músculos maiores, chegando a rasgar seu uniforme. A sulista distribui socos e pesadas contra os clones que lançam rajadas de gelo e impulsos telecinéticos. Resistindo, ela agarra a rival e sai voando até um lugar mais seguro.

—Você está bem? – esperou-a recobrar a consciência.
—Sim. – levantou-se. —Obrigada.

As duas soltam sorrisos sinceros uma para outra, mas o sorriso é arrancado de suas faces quando um enxame de naves Krathônicas invade os céus.

—Que droga é essa?! – exclamou Ben Grimm.
—Foco nos clones. Deixem as naves com a S.H.I.E.L.D. – ordenou Reed. —Ben, me dá uma ajudinha aqui.
—É pra já, Reed.

O Sr. Fantástico altera a forma de seu corpo, virando uma espécie de martelo que é empunhado pelo Coisa, que roda no meio dos clones, lançando-os para longe.

Ala sul da Nave Mãe...

Phoebe entra em sua forma de diamante e se junta á Anya contra sua tutora. As duas fazem ataques em sincronia, evitando os da Frost e atacando-a ao mesmo tempo com movimentos rápidos.

—Não temos chances contra ela. – desanimou-se Phoebe já cansada.
—Pode até ser, mas temos que fazer algo. – parou para pensar em um plano, logo correndo até Litthie e Celeste, acordando-os com sua telepatia. —Temos que nos unir se quisermos derrotá-la.
—Pode contar comigo, Anya. – disse o garoto, secando um sangue que escorria de sua boca.
—E o que vamos fazer? Ela está blindada. – comentou Celeste.
—Ataque telepático sincronizado. A blindagem dela não pode resistir o ataque de quatro telepatas Ômegas.
—Faz sentido. – analisou. —Mas é arriscado.
—Melhor que nada. – Celeste se preparou. —Vamos gente, não temos o dia todo.

Eles se colocam um do lado do outro enquanto a tutora para, observando o ato dos jovens. Os olhos de cada um deles brilham na mesma intensidade, tão forte quanto a luz de um farol. O ataque dos jovens inicia a formação de várias rachaduras na blindagem de diamante de Emma que começa a sentir dores na cabeça, chegando ao ponto dela se ajoelhar e gritar enquanto as fissuras aumentavam. Eles persistem no ataque, até que a blindagem da loira se desfaz e ela cai inconsciente ao chão.

—Conseguimos! – comemoraram.
—Agora temos que achar o Professor. – disse Anya ajeitando uma mecha de cabelo por trás da orelha.

Andar de cima...

Charles tenta encontrar algum modo de escapar enquanto seu filho ainda estava desacordado. Mas, desperdiçando seu tempo, o garoto acorda. Ainda sem recobrar completamente a consciência, ele tenta se levantar, balbuciando algumas palavras.

—O-onde eu estou? – repetia varias vezes.
—Não se lembra de nada? – indagou, tendo sua resposta com o olhar confuso do jovem esverdeado. —Vou lhe ajudar. – ele usa seus poderes, ajudando o garoto a recobrar as lembranças de tudo o que fizera quando era manipulado. Suas memorias começam a fluir como um rio, tudo começa a se esclarecer á ele. E assim, cenas já esquecidas são projetadas em sua mente.

Ele termina o processo e aguarda a reação do filho que deixava algumas lagrimas cair de seus olhos.

—Eu fiz tudo isso? – olhou no fundo de seus olhos.

Ele apenas consente com a cabeça.

—Me desculpa. – virou a face, sentindo-se desonrado.
—Você não tem que se desculpar com nada, você não teve culpa. – consolou-o.

Um tremor chama a atenção de ambos.

—Tenho que tirá-lo daqui. – levantou-se, abrindo a porta e vasculhando se o corredor estava livre.
—Eu não posso, estou sem minha cadeira de rodas.
—Não tem importância, te levo nos meus braços. – ia até ele.
—Não, você vai precisar deles para lutar.
—Tem razão. – parou, lembrando de alguns protótipos guardados em uma sala á poucos metros deles. —Venha comigo. – ergueu-o em seus braços, indo até a sala.

Ele arromba a porta com um único chute, empurrando a mesma com as costas para passar e ascendo a luz, erguendo seu pai em um só braço.

—É isso! Acha que dá pra você?
—Vamos testar.

O jovem sai na frente olhando o corredor e sussurrando, permitindo a saída do velho mutante. Charles sai andando em uma prótese metálica que revestia todo seu corpo, contendo algumas armas e luvas de metal que aumentavam a sua força.

—Já não lembrava mais de como era. –lacrimejou os olhos sobre um enorme sorriso.

Guardas cercam o corredor e ambos se preparam para atacar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo eu queria me desculpar por ter ficado tanto tempo sem atualizar. Primeiro eu tive problemas com meu computador aonde estava os últimos capítulos prontos e acabei por perder alguns. Ainda estou sem o meu computador, mas consegui recuperar alguns capítulos e reescrevi outros. Como está na reta final, irei postar dois capítulos hoje e dois amanhã. Espero que gostem :)



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