Casa Branca...

A cena de guerra persiste, heróis contra heróis. Após duas horas de pura pancadaria, demonstração de poderes e habilidades. Um portal, já relatado nesta estória inúmeras vezes, surge no meio do campo que já se fora verde.

—Minha santa Aquerupita! – exclamou Bobby retirando as palavras da boca do Fera que o olha de lado. —Porque não me chamaram?
—Hulk esmaga pedra falante. – o monstro pulava sobre o outro que já se afundava no solo.

—O que houve aqui? – indaga Jhoan que se apoiava nos ombros de Kevin.
—Eu não sei, mas isso tem que parar, agora. – respondeu Kevin.

Deadpool assiste as cenas com um óculos 3D que retirara do bolso da calça enquanto comia pipoca de um enorme saco de papel. Um vento forte passa por ele derrubando sua pipoca de sua mão.
—Vai ficar só assistindo? – Pietro parou á sua frente.
—Porra ligeirinho, minha pipoca! – ajoelhou-se diante da mesma, abrindo os braços e gritando como se estivesse perdido alguém que amasse.
—Esse cara é louco.
—Você quer lutar? Pois então, venha. – pegou sua metralhadora, beijando-a e apontando para o velocista. —Mercúrio, não é? Sabe, eu também gosto de metais, deixe-me te mostrar minha coleção de balas que guardo nessa ilustríssima metralhadora. – disparou contra ele.

Pietro desvia dos disparos com tranquilidade e facilidade, como se estivesse desviando de carros sendo dirigidos por velhinhas.

—Ah claro, agora você é mais rápido que uma bala. – revirou os olhos. —Eu vi o filme, isso deveria ter te matado.
—Do que você está falando? – parou dando-lhe atenção.
—Não se preocupe, vão entender a referência. – jogou sua metralhadora no chão. —Você corre na velocidade do som, correto? Sabe, eu fico pensando, será que você é rápido assim na cama também? – movimentou a virilha. —“Zoom... Gozei”. – imitou a voz do mutante que arqueia sua sobrancelha.
—Nossa essa foi boa! – fingiu ter achado graça.

Mercúrio corre em torno do mercenário que cai sobre seus joelhos novamente, com as mãos no pescoço, perdendo seu oxigênio.

—C-chama isso de velocidade? – continuou á falar mesmo quase se asfixiando. —Até a Gwen Stacy foi mais rápida quando caiu até a morte. – colocou a mão no bolso, alcançando uma granada. —Boa garota, eu teria todo prazer de transar com ela, mas o Parker não serve nem para segurar uma mulher. Literalmente. – retirou o pino e lançou contra o vulto do mutante que é lançado á metros de distancia. —Ah... Hey teioso! – cumprimentou-o.

—Fica na sua, Wade. – gritou com voz de choro. —Então Jhonny, você quer revanche?
—Revanche não, cara. Vou lhe humilhar novamente. – gabou-se o Storm.
—Sonha.

O Aranha lança teia na cara do loiro que grita seu bordão clássico usado sempre antes de aquecer-se.

—Em Chamas!

Voando, ela dispara rajada de fogo em Peter que foge, soltando sua teia no loiro e puxando-o contra o solo. Ele já se levanta jogando bolas de fogo contra o amigão da vizinhança. Juntando as mãos, ele faz uma rede de sua teia e gruda entre duas árvores, servindo para parar as bolas de fogo que são jogadas contra ele novamente.

—Temos que parar com isso! – Anya olhou em sua volta, colocando as mãos sobre a cabeça e soltando um impacto psíquico que chama a atenção dos heróis que lutavam entre si. —Obrigada pela atenção.
—Anya?! – Ororo que enfrentava Thor no céu nublado e trovejante, pousa próxima á loira. —O que houve?

A garota chega a abrir a boca para explicar, mas uma sombra surge no céu, chamando sua atenção. Passando sobre o terreno da Casa Branca, todos os carros e objetos de metais começam a chacoalhar. Guardas sacam suas armas e apontam para Magneto que flutua de frente á casa.

—Parado. – gritou um dos guardas apontando sua arma com a mão tremula de medo.

—Eu deveria ser humilde e dizer que me surpreendi ao ver que estão usando armas de metal, mas estaria mentindo, pois sei que sua espécie não aprende com suas consequências e insistem em tentar enfiar um projétil de metal em minha cabeça, mesmo estando diante do mestre do magnetismo. – zombou, fazendo-os abaixarem as armas, o que lhe faz sorrir enaltecido. —O que houve minha cara, é que estamos sendo enganados. – respondeu á Ororo que franze o cenho. O mutante avista sua companheira mutante pela janela da sala oval, sendo puxada por guardas que exigiam que “o presidente” os seguia para um lugar mais seguro. Ele faz um sinal para ela, e a mesma vai até ele do lado de fora, passando direto pelos guardas. —Que honra a minha em ter a sua presença, senhor presidente.

—Senhor entre, não é seguro aqui fora. – gritou Rogers, fazendo Magneto rir.
—O que é isso, Capitão? Não confia em mim? – ironizou. —Acho que o seu presidente tem algo para revelar á todos vocês. – fez um sinal positivo para Mística, direcionando todas as câmeras de TV para ela.

O topo da cabeça do homem começa a se desfazer em escamas, mostrando outra forma. Uma azul e escamosa mulher que não se traje com nenhuma peça de roupa sequer.

—Mística?! – Tony retira o visor de seu traje para ver melhor.

—Que novidade. – sussurra Vampira assoprando as unhas.

—Isso mesmo, cidadãos americanos. Mutantes e humanos, seu tão glorificado governante é uma mutante. Vocês humanos devem estar se perguntando: “O que será de nós agora com um monstro no poder?”. Queiram saber que se essa maravilha da natureza estava disfarçada e escondida no lugar do presidente, é porque alguém planejou isso tudo. E eu vos digo que esse alguém é o farsante, Imperador Khan. – palestrou diante as câmeras de TV.

—Que novidade. – a sulista repete, agora mais alto.

Nave Mãe, não muito distante dali...

—Ele revelou tudo, senhor.
—Como eu pensei que ele faria.
—E o que vamos fazer agora? Os Vingadores não ficarão mais do nosso lado. – questionou um dos servos do Imperador.
—E não vamos precisar mais deles mesmo. – levantou-se de sua enorme cadeira. —Capturaram a entidade cósmica?
—Sim, mestre... Os fragmentos foram levados para o gerador e estão prontos para ativar os Mega-X.
—Perfeito. E os telepatas?
—Foram abduzidos, senhor. – acompanhou-o que saia da sala de comandos. —A mulher foi levada para o laboratório de pesquisas no lado sul da nave e o outro está na cela no andar inferior norte, com um inibidor mental, assim ele não pode usar seus poderes.
—Ótimo, traga-o para mim, tenho algo para revelá-lo.

Casa Branca...

—Como assim a mansão foi invadida? – indagou Ciclope.
—Sentinelas de adamantium desceram do céu e botaram pra quebrar. Literalmente. – disse Bobby ilustrando a cena com sons e gestos com as mãos.
—E o Professor? – questionou Ororo que olha para o rosto decepcionado de cada um deles.
—Ele foi levado. – respondeu Jean que estava por trás de todos, escondendo-se.
—Jean? Que bom que está bem... – ia abraçá-la, parando ao vê-la vestida de Fênix. —Não me diga que...
—Eu não consegui me controlar com o Professor sendo levado e acabei deixando-a me controlar, mas não se preocupe, ela foi retirada de mim, eu não tenho mais a Fênix.
—As sentinelas retiraram a Fênix de você? – perguntou Capitão.
—Exatamente. Além de serem quase indestrutíveis, eles estavam preparados para tudo.
—Mas quem criou essas criaturas? – questionou novamente.
—Foi eu. – Stark ergueu a mão.
—Claro que foi. – Steve suspirou. —Por que?
—Era um dos nossos projetos. Lembram? Sentinelas de adamantium que foram mostrados á todos vocês no começo da coletiva.
—Isso não tem graça, Stark. Como pode construir uma arma dessas?
—Ah me desculpe, Rogers. Por ter usado minha genialidade para criar uma arma contra seres alienígenas inimigos que supostamente iriam atacar a Terra. – ironizou. —Como se eu tivesse sido o único enganado. Senhor, “cuidado senhor presidente”.
—Hey, calma garotões. – Vampira entrou no meio de ambos, separando-os. —Matar um ao outro não vai dar em nada, vamos precisar de todos vivos para enfrentar essas coisas.
—A Vampira tem razão. – Scott pronunciou-se. —Porque você veio até aqui, Magneto?
—Digamos que eu não gosto de ficar sentado enquanto irmãos mutantes são atacados. – dizia tranquilamente.
—Fale a verdade. – desconfiava do mutante. —Como sabia que a escola estava sendo atacada.
—Tenho minhas fontes. – olhou para Blink que sorri para ele. —Mas não foi apenas a Mansão.
—Emma. – Anya colocou a mão sobre o peito, sentindo um aperto no coração. —Ela foi levada também, não foi?
—Exatamente. Nem precisou de seus poderes. – confirmou, batendo o dedo indicador sobre seu elmo.
—Emma Frost e Charles Xavier? O que o Khan pretende fazer com dois telepatas. – indagou Susan.
—Não só dois telepatas, minha querida, dois dos maiores telepatas e a Força Fênix. – completou Reed olhando para Jean que fica cabisbaixa.
—Ele está se preparando. Uma guerra está por vir, uma tão grande que teremos que esquecer nossas diferenças e trabalhar-mos juntos para enfrentá-los. Unidos. – Magnus estendeu sua mão.
—Eu não confio muito em você, mas tem razão. – Rogers foi o primeiro.
—Se prepara Erik, porque eu já estou. Pois, uma faca está sobre suas costas á espera da hora em que você decidir nos trair para ser cravada em seu corpo imundo. – sussurrou Vampira no ouvido do mutante, antes de colocar sua mão sobre a dos outros.

—E então, o que vamos fazer? – indagou Bobby.

Nave mãe...

—Sr. Charles Xavier, que honra recebê-lo aqui. Uma das mentes mais poderosas do planeta. E ainda carrega a maravilha da natureza que é o gene X. – Khan adentrou na prisão aonde Professor X estava sobre uma cadeira, com um capacete metálico semelhante ao usado no Cerebro, que inibia seus poderes. —Reconhece algo? Acho que você e os poderes da Fênix não foram as únicas coisas retiradas da sua propriedade. – bateu o dedo de leve sobre o elmo. —Esse elmo foi modificado para inibir e repelir seus poderes mentais, então por favor tente usá-los contra mim, que ficarei honrado em vê-lo engasgar com o próprio veneno. Mas vamos ao que interessa. – chamou a Arma Kratho que estava parado á porta, entrar. —Reconhece ele? – indicou uma cadeira de frente á Charles para o soldado que senta sem falar uma palavra sequer, quase nem piscava. —Vamos lá, olhos amarelos, sangue Shi’ar com mutante. O senhor é mesmo galanteador não é. – soltou uma gargalhada enquanto o tutor esboçava uma face surpresa.
—Lilandra... Esse é... – balbuciou quase fraco.
—Seu filho? Sim. Nosso soldado? Claro. – encostou-se ao ombro do jovem. —Vou lhe contar uma historia... Era uma vez um telepata que conheceu e se apaixonou por uma Imperatriz alienígena, a moça também tinha poderes psíquicos, e quando não podiam se ver, os pombinhos matavam a saudade com conversas telepáticas. Um dia, um poderoso Império, abaixo apenas dos Shi’ar ataca o planeta Aerie, no mesmo dia em que um bebe de olhos amarelados e pele pálida nascia da Imperatriz Lilandra. Bom a morte do planeta não vem ao caso, mas sim o recado que a sua amada lhe mandou antes de chegarmos até ela e matá-la, capturando o bebê e levando-o junto de nós.
—A mensagem de socorro que ela me mandou então se tratava de vocês.
—Exatamente. – gritou demonstrando felicidade pela compreensão.
—Então... A nave que nos atacara e os fragmentos de memórias que eu e meus alunos primários temos se trata de você e sua frota ter nos capturado e levados até seus laboratórios, mas por que?
—E descobriu tudo isso sem ler minha mente! Estou maravilhado. – ironizou. —Testes, para isso que os capturamos... Testes. Compreender melhor o gene mutante e poder modificar algumas amostras que retiramos de vocês para serem inseridas em um ser Shi’ar que já contem a habilidade natural de ter força sobre-humana e proteção corpórea para transformá-lo em uma arma ainda mais poderosa. Mas os genes dele rejeitaram os dos seus alunos e não o seu, pois batia com o dele, e para nossa surpresa, além de também ter gene X, continha o DNA igual ao seu. Olha que ironia do destino, dedicou todos esses anos de sua vida cuidando de filhos de outras pessoas, mas deixou o seu largado no espaço á fora, mas que pai exemplar você é, não? – gargalhou. —Bom, tenho assuntos mais importantes para resolver, vou deixar você conhecer melhor o seu filho. – aproximou-se do ouvido da Arma Kratho. —Sonde a mente dele e o destrua até não sobrar uma célula viva sequer. –sussurrou deixando-os sozinhos na sala.

O esverdeado encara Charles usando sua telepatia e invadindo sua mente, fazendo o mutante tentar resistir ao ataque, que falhava horrivelmente.

Andar de cima...

—Liguem o gerador. – ordenou Khan entrando na sala de comandos e sentando sobre sua cadeira. —Desperte os Mega-X e os liberem, deixem eles expelirem o terror e o caos sobre esses seres menos evoluídos. Pois a partir de hoje o homo sapiens não existirá mais e o homo superior dará mais um passo na evolução com a ajuda do Império Khan.

As comportas da nave se abrem e inúmeros seres saem do mesmo voando, como um enxame de abelhas, os Mega-X, seres modificados com os poderes dos cinco X-Men originais. A aparência de um Mega-X é facilmente descrevida como clones pálidos, carecas, com listras negras sobre o corpo, olhos vermelhos fundos e sem boca. As criaturas sobrevoam a cidade com as asas do X-Man Anjo e usando os poderes de criocinese do Homem de Gelo, telecinese da Jean Grey, raios óticos do líder Ciclope e agilidade e força do Fera.

—Que a era do Império Kratho comece.

Fim da parte III...