Projeto X-5 escrita por Biana


Capítulo 2
O Despertar


Notas iniciais do capítulo

Agora sim um capítulo com um pouco de ação para vocês. Espero que gostem. Boa leitura!



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B.G. 3 de março de 2014. O Projeto X-5 é retirado da criogenia e colocado em uma cama envidraçada em forma de casulo para mais estudos e testes com o vírus X-5. Havia cinco cientistas no laboratório mais o chefe do setor de testes.

– Existe algum risco dela acordar durante as analises? – Perguntou o chefe do setor para um dos cientistas enquanto olhava para a câmara.

– As chances são mínimas, ela está sedada. E caso venha a acordar não corremos nenhum risco. O vidro é temperado e reforçado. – Respondeu o cientista ajustando os controles da câmara.

As analises e testes foram iniciados. Eu comecei a ter visões e a ver flashes de luz como se fossem algum tipo de pesadelo, imagens perturbadoras que não conseguia entender. Comecei a ter espasmos musculares e a tremer na cama.

– O que está acontecendo? – O chefe do setor perguntou preocupado.

– Nada de mais, fique tranquilo. É só uma reação do corpo ao soro que injetamos para dilatação das veias.

As imagens e flashes não sessavam em minha mente. O que estava acontecendo? Eu só queria que aquilo parasse.

Então eu levantei repentinamente em um forte suspiro ficando sentada na cama. Todos no laboratório se espantaram com minha reação inusitada. Meus olhos doíam, tive que cobri-los com minha mão por alguns segundos até a dor diminuir.

Onde eu estava? O que era tudo aquilo? E quem era aquela gente? Eu não fazia a mínima ideia do que se passava ali. Depois de alguns segundos olhando ao redor agoniada eu encostei meu rosto no vidro me apoiando com as mãos os observando. Só uma coisa se passava em minha mente naquele momento, sair dali.

O chefe do setor se aproximou da câmara fascinado e curioso a meu respeito.

– É melhor não se aproximar muito senhor. – Um dos cientistas alertou.

– Está tudo bem, acabou de me informar que a câmara é segura. E, além disso, ela não parece que irá criar problemas. – O chefe do setor disse aproximando o rosto bem perto do vidro me admirando.

Observei-o por alguns segundos. Ele sorriu para mim como se eu fosse algum animal de zoológico e eu sorri de volta só que maliciosamente e em seguida soquei o vidro o quebrando e agarrando o homem pelo colarinho e o puxei com força o fazendo bater a cabeça na câmara e cair desmaiado. Os cientistas ficaram espantados e sem reação no momento.

Eu retirei com muita dificuldade a agulha de sonda que estava inserida na parte lateral da minha cabeça me fazendo gritar de dor, em seguida arranquei o restante das sondas que havia em meus braços e quebrei o restante do vidro saindo da câmara. Minha mão sangrava por causa dos cacos de vidro, mas a dor era quase nula.

Encarei os cientistas da sala por alguns segundos, mas mesmo estando amedrontados um deles acionou discretamente o alarme. As sirenes do alarme começaram a disparar e as saídas foram lacradas automaticamente. Eu senti vontade de estrangular aquele miserável que disparou o alarme, mas eu não teria tempo para isto, pois sabia que logo mandariam reforços.

Olhei para todos os cantos desesperada a procura de uma saída quando avistei o duto de ventilação que ficava a alguns poucos metros de altura. Dei um salto me pendurando na grade do duto fazendo com que ela caísse junto comigo. Ao pousar no chão um dos cientistas tentou me segurar por trás, eu o cabeceei jogando minha cabeça para trás o fazendo cair de joelhos e rapidamente me virei chutando com o joelho seu rosto o deixando desacordado.

Foi o tempo que deu para um pelotão de soldados do complexo aparecer pela entrada principal da sala.

– Parada! – Um dos soldados gritou enquanto todos tinham suas miras apontadas para mim.

Eu mais que depressa me pendurei na entrada do duto de ventilação me jogando para dentro dele enquanto os soldados começaram a disparar suas armas. Me arrastei depressa, mas começaram a atirar no duto. Continuei sem diminuir o ritmo e logo a frente vi que o duto faria uma descida então me joguei escorregando de cabeça por ele.

Assim que os soldados cessaram fogo eles abriram espaço entre eles e Dominic Lynch entrou no laboratório e ficou observando o lugar por alguns segundos.

– Senhor, o Projeto X-5 escapou. – Relatou o capitão do pelotão.

– Por que eu não estou surpreso? – Dominic disse seriamente ainda analisando a confusão no laboratório. – Chame reforços e bloqueie todas as saídas desta base, ela não irá muito longe.

– Sim senhor. – O capitão respondeu enquanto Dominic deixava a sala.

Enquanto isso eu havia caído alguns andares mais abaixo em um largo corredor branco. Me levantei com dificuldade do chão e comecei a observar cautelosamente o lugar onde eu estava. O corredor era longo, de um lado havia uma grande porta automática e do outro lado outra grande porta. Mas no corredor também havia algumas portas automáticas menores.

Olhei para cima e vi câmeras nas duas extremidades do corredor, mas assim que pensei em sair dali ouvi o som dos autofalantes internos da instalação serem ligados. Era tarde demais, já haviam me localizado pelas câmeras.

– As saídas estão bloqueadas, não há para onde ir. Renda-se Projeto X-5. – Dominic falava pela sala de monitoramento enquanto olhava para mim pelo sistema de câmeras.

Projeto X-5? O que era aquilo? O que isso tinha a ver comigo? Era só o que ecoava em minha mente naquele momento.

– Quem diabos é você?! Por que estão fazendo isso comigo?! – Gritei desesperada esperando uma resposta.

– Não importa quem sou. Só o que precisa saber é que você é propriedade do CADMUS e caso não queira trazer sérios problemas para si mesma é melhor se render agora.

CADMUS. Aquela palavra não me era estranha, mas eu não conseguia me lembrar de onde. Fiquei em silencio por alguns segundos pensando em uma maneira de sair dali.

– Esse é o ultimo aviso X-5. Renda-se agora. – Dominic falou seriamente sem tirar os olhos do sistema de câmeras.

– Eu prefiro morrer. – Disse seriamente e corri em direção a porta mais próxima.

Naquele instante Dominic olhou para um dos controladores que estavam na sala e fez um sinal com a cabeça. O controlador digitou rapidamente algo no computador e assim que ele deu Enter minha cabeça começou a doer fazendo com que eu caísse no chão. Era uma dor agoniante, eu sentia como se minha cabeça fosse explodir a qualquer momento. Eu segurava forte minha cabeça me debatendo no chão e gemendo de dor.

Eu precisava sair dali, eu precisava fazer alguma coisa. Naquele momento a única coisa que consegui fazer foi esticar meu braço com muita dificuldade até o controle do lado da porta e pressionar o botão para abri-la. Em seguida me arrastei quase sem forças para dentro da sala o que não adiantou de nada, pois a dor não cessava. Então eu finalmente desmaiei.

Na sala onde eu estava desacordada também havia uma câmera. Assim que Dominic viu que eu havia desmaiado fez um sinal para o operador para parar aquela transmissão.

Dominic contatou um capitão de um dos pelotões de soldados pelo rádio dizendo com um sorriso irônico:

– Podem ir pega-la.

Ele observava pelo sistema de monitoramento satisfeito o corpo inerte no chão quando de repente a transmissão da câmera da sala onde eu estava caiu. O sorriso rapidamente sumiu de seu rosto.

– O que está acontecendo?! – Ele perguntou enraivecido para o operador.

– Não sabemos senhor, perdemos contato com a câmera da sala dez.

Em seguida a transmissão das câmeras localizadas no corredor também caiu.

– Perdemos contato com as câmeras do corredor dois senhor. – Disse outro operador preocupado. – Perdemos a transmissão de todas as câmeras do complexo senhor.

Dominic pegou o rádio e gritou para o capitão dos soldados que se dirigiam à sala dez:

– Leve todos os soldados para a sala dez do 3º andar agora! Temos um intruso no complexo!

Depois de tudo aquilo eu só tive forças para abrir os olhos por alguns instantes e ver que estava sendo carregada por um homem, eu não pude ver seu rosto direito, mas pude notar que ele estava usando a mesma farda que os soldados daquela instalação estavam usando. Depois disso eu desmaiei completamente...


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Notas finais do capítulo

Observações Cenário:

Roupa que Lenna estava usando dentro das instalações do CADMUS - http://i1119.photobucket.com/albums/k624/Fabianim/Projeto%20X-5/fifth-dimension-costume2_zpsepgmbdhy.jpg

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