Meu nome é Lenna Heine, e essa é minha história. Ou o que sobrou dela...

Há mais ou menos dois anos e meio atrás eu era uma cientista da área biológica do CADMUS. Para entrar na organização eu tive que renunciar à minha vida e quem eu era e assumir identidade e vida falsos para não levantar suspeitas.

Lenna Heine foi a identidade falsa que assumi, em minha vida forjada eu era uma cientista da área da saúde do CADMUS, casada com Andrew Richards, outro cientista com quem trabalhava na organização. Eu trabalhava na base central do CADMUS e fazia parte de um importante projeto, o “futuro” como os diretores preferiam chamar. Desenvolvíamos uma poderosa arma biológica, um novo tipo de vírus geneticamente modificado que era capaz de evoluir as capacidades do corpo humano como força, agilidade, resistência, capacidade de cura etc. ao dobro e dar habilidades únicas aos que fossem expostos a ele. O denominamos “Vírus X-5”. Mas o vírus era instável e provocava falha genética na assinatura de DNA causando graves mutações em seus hospedeiros e por fim os levando a morte.

Passamos meses e meses tentando estabilizar o vírus e corrigir seu erro genético, mas sem sucesso.

O grande objetivo do CADMUS com esse projeto era criarem uma espécie de super soldados praticamente invencíveis, capazes do impossível a serviço da organização.

Se eu sabia sobre o objetivo deles e o destino que eles queriam dar à aquela arma? Acho que é meio óbvia a resposta. Mas nunca os questionei, pois afinal, aquele era meu trabalho.Talvez tenha sido um dos meus maiores erros...

Um dia houve um acidente no laboratório em que realizávamos testes com o vírus, uma grande explosão fazendo com que o mesmo contaminasse toda a área dos laboratórios que se encontrava no subsolo das instalações. Todos os cientistas, inclusive eu foram contaminados com o Vírus X-5.

Todas as áreas contaminadas foram isoladas e lacradas. E todos os infectados foram levados para uma zona de quarentena, afinal não havia nada mais a ser feito já que não tivemos chance de criar um antivírus.

Depois de alguns dias, todos os infectados estavam mortos, ou melhor, quase todos... Quando Amanda Waller descobriu que fui a única a sobreviver ao vírus e que fui a única cujo o DNA não rejeitou o vírus, não perdeu tempo em me colocar em estado vegetativo em uma câmara criogênica me transformando em um maldito rato de laboratório para que pudessem me analisar e fazer mais testes com o vírus. Resumindo, eles encontraram a cobaia perfeita me denominando: Projeto X-5.

Quando souberam que o governo dos estados Unidos e a Liga da Justiça passara a investiga-los mais a fundo por causa de rumores deste novo projeto, trataram de transferir tudo relacionado ao projeto, relatórios, amostras, cobaias, inclusive eu e qualquer vestígio daquele maldito projeto para diferentes bases ultrassecretas, localizadas distantemente umas das outras para não correrem o risco de caso uma delas fossem invadidas perderem tudo o que haviam conseguido.

Fui levada para uma base subterrânea da organização localizada no deserto de Gobi, na Ásia (B.G. – Base Gobi) que ficava sob o comando de Dominic Lynch, um dos grandes colaboradores do CADMUS, que a partir daquele momento passaria a chefiar o projeto do Vírus X-5.