Todos saímos do quarto para Sophie poder descansar. Quando eu estava do lado de fora tia Alexandra me chamou:
– Pode ajuda-lá a limpar o rosto? Eu preciso manter a calma lá em baixo! - ela falou e eu fiquei receoso.
– Não acho que ela vá querer a minha ajuda!
– Confie em mim! Uma mãe conhece o seu filho! - ela falou e eu assenti, pegando o pano de suas mãos. Ela se virou e quando estava começando a descer as escadas eu a chamei.
– Porque você esta me ajudando? Eu magoei ela!
– Mas não fez porque quis, fez? - eu não precisa responder a pergunta. Ela já sabia a resposta. Me deixando ali ela virou novamente e desceu as escadas. Respirei fundo e bati na porta.
– Entra!
Abri a porta, vagarosamente, esperando que ela me enxota-se dali, mas ela não fez.
– Sua mãe achou que você fosse precisar de ajuda com... - falei apontando para a lateral do seu rosto. Ela colocou a mão nos ouvidos e fez uma cara de confusa, acho que ate aquele momento ela não havia percebido que seu rosto estava sujo de sangue.
– Obrigada! - falou pegando o pano de minhas mãos e limpando o seu ouvido.
– Eu sinto muito! - falei.
– Pelo o que? - perguntou. Sentei-me na lateral da sua cama, perto dos seus pés.
– É um grande fardo! Ninguém deveria ter que suportar isso!
– Eu só queria ser uma pessoa normal! - ela falou e eu sorri.
– Ser normal entre amigos com poderes não legal! Acredite eu passo por isso todo o dia! - comentei.
– Jade não tem poderes! - falou.
– Ta brincando? A inteligência que ela tem... Pode não ter sido alterada fisicamente, mas a radiação no seu gene mexeu em alguma coisa no cérebro dela.
–E Camille?
– Com uma mira daquela ninguém precisa de super poder!
– E você Drake! Você pega qualquer pedaço de metal e transforma naquilo que a gente precisa! Ninguém entende de tecnologia como você! Precisamos de você! - falou enquanto me devolvia o pano.
– Você sempre me entendeu! - Falei e ela sorriu. - Obrigado.
– De nada. Me desculpe por mais cedo?
– Não há o que desculpar! No fim das contas você está certa! Eu deveria ter Vindo aqui pra conversar com você e não te mandado presentes! Ta Tudo bem! - Falei me levantando e indo ate a porta.
– Drake? - chamou-me.
– Sim.
– Dorme comigo? To com medo! - eu sabia que assim que eu saísse pela porta ela desabaria.
– Eu não sei se seu pai...
– Por favor... - me pediu com o fio de voz que ainda existia em sua garganta. Ela ia chorar. Fechei a porta novamente e voltei para a cama, ela chegou para o lado e levantou a coberta me dando espaço. Deitei-me ao seu lado puxando a coberta sobre nós dois. Ela em encarou e colocou a mão sobre meu peito.
– Não quero terminar! - murmurou.
– Você não vai se livrar de mim tão fácil! - falei e ela sorriu. - Vou ser mais presente, eu prometo. - ela sorriu, encostando a cabeça no meu ombro e então fechou os olhos e antes de adormecer murmurou para mim: eu te amo.