Red escrita por Kori Hime


Capítulo 6
For some reason I can't explain


Notas iniciais do capítulo

Dia 6 - Viva La vida

Que musica difícil! Eu escolhi pelo título mesmo, nunca tinha parado para entender a letra. Espertíssima. Mas adoro a melodia dessa música, então me baseei mais em duas frases destacadas no texto e o carinha cantando euhehue

Não tô betando gente, se eu ler, vou mudar tudo, dai não rola de postar 1 capítulo por dia.



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Oh who would ever want to be king?

Retornar para a quinta divisão significava rebaixar sua patente. De tenente, Renji passou a ser um soldado em experiência. Seria avaliado pelo capitão Sousuke, que indicaria o posto ao qual Renji ocuparia.

Ele não reclamou, embora estivesse com um sapo atravessado na garganta. Seguiu as ordens de seu novo capitão durante toda a semana, sem questionar ou fazer cara feia. No final do dia, retornava para casa, sentindo-se como se fosse um boneco e Aizen era o ventríloquo.

Guardava aquele sentimento para si, tinha medo de falar algo sobre o assunto com qualquer um dos membros da divisão. Eles eram cegos diante de Aizen Sousuke, sua palavra era lei. É claro que Renji compreendia a devoção de todos ali, ele mesmo era bastante devotado para com se último capitão. Queria poder fingir que não era mais, só que não dava para se enganar sempre.

Renji treinava com Koji, um jovem bastante habilidoso, eles terminaram a luta e Koji pegou uma garrafa de água e jogou no rosto.

— Estou exausto, você é muito rápido Renji-senpai. — Koji caiu sentado na grama, alongando as pernas curtas.

— Você também é muito bom, com mais treino, vai conseguir bloquear meus golpes rapidamente. Precisa se concentrar mais. — Renji abaixou-se e sentou na grama, sempre com Zabimaru ao seu lado, sentia-se mais seguro quando pousava a mão sobre a espada, e ali permanecia até deixar a quinta divisão.

Aquela sensação estranha não o abandonava.

— Vou me esforçar mais, senpai. — Koji balançou a cabeça, fazendo seus cabelos cor de chocolate caírem para frente, tampando seu rosto magro.

— Koji, posso perguntar uma coisa? — Renji olhou para os lados, certificando-se de que estavam realmente a sós. Aizen estava fora, na companha de Gin. Hinamori passou há meia hora com uma pilha de avaliações, não iria aparecer ali tão cedo. E os demais, bem, eles estavam em algum lugar venerando uma fotografia de Sousuke.

— Sim, sim.

— Hmm... você já visitou o pavimento oeste?

— Não. — Koji ergueu a cabeça, olhando para o céu, pensativo. — Poucas pessoas vão lá.

— Entendo. — Renji queria fazer mais perguntas, só que não poderia se mostrar muito curioso, ou melhor, xereta. — É que eu ouvi alguém falando que ia treinar lá, pensei que fosse algum lugar que pudéssemos ir também.

— Sugoi! Será que podemos? — os olhinhos inocentes do rapaz brilharam.

— Acho que sim, afinal, somos da mesma divisão, certo?

— Hai!

Koji estava animado, ele caminhava a passos largos, quase correndo. Enquanto Renji olhava atentamente para tudo que era lado para ter certeza de que ninguém os observava.

Chegaram rapidamente no pavimento, estava silencioso. O segredo de Aizen, se é que ele teria um, estava atrás daquelas portas. Renji aproximou-se cautelosamente, enquanto Koji imitava seus movimentos.

— É um treinamento, você precisa me seguir e fazer tudo o que eu fizer.

Koji confirmou com a cabeça, observando Renji empunha Zabimaru, o rapaz arregalou os olhos e abriu a boca para questioná-lo, mas Renji tampou sua boca, antes que dissesse alguma coisa.

Ele ouviu vozes do lado de dentro. Renji levou o dedo até a própria boca, pedindo silêncio. Koji parecia assustado, estava claro em seus olhos tremendo e as mãos ansiosas.

Mais um passo, e Renji poderia ver tudo o que estava acontecendo lá dentro. Ele respirou fundo e, quando virou-se, foi surpreendido pelo capitão Sousuke.

— Renji-san... — Aizen pareceu se materializar do nada na frente do ruivo que ficou com o corpo estancado. — O que faz aqui empunhando sua espada, algum problema? — perguntou, transmitindo uma serenidade na voz. E porque será que Renji ouvia como uma ameaça?

— Eu estou apenas mostrando para o Koji como surpreender o inimigo.

— Sim, Aizen-sama. Estamos treinando. — Koji falou com o rosto vermelho como tomate.

— Mas não temos inimigos aqui, não é? — lá vinha aquela voz de veludo.

— Não, senhor. Sinto muito por incomodar. — Renji afastou-se, enquanto Koji comentava sobre o que aprendera naquela tarde. Aizen ouviu tudo com uma paciência descomunal e depois sorriu, agradecendo Renji pela ajuda.

Em casa, a sensação de ameaça ainda estava no ar. Renji não poderia simplesmente denunciar Aizen por ele parecer falso, ou coisa do tipo. Ou poderia?

O ruivo deitou no futon, pensando na única pessoa que sentia-se a vontade de contar o que pensava. Mas, onde estava Rukia?

Antes que pudesse pensar mais alguma coisa, alguém bateu em sua porta. Renji cogitou a possibilidade de mandar voltar mais tarde, mas pensou que poderia ser uma boa alguém o distrair.

Entretanto, talvez Kuchiki Byakya não fosse muito bom em distrações.

— Senhor, o que faz aqui?

— Sinto muito invadir sua residência pela noite... — Byakuya deu um passo para frente e completou, com um olhar confuso — mais uma vez.

Renji afastou-se e deixou que o ex-capitão entrasse em sua casa.

— O senhor é bem vindo na minha casa, mas dessa vez eu não tenho chá para oferecer, sinto muito, meu salário está congelado, até que eu seja totalmente aceito na divisão do capitão Aizen.

— É sobre isso que eu vim falar. Você foi recusado por ele.

— O que? — Renji perguntou indignado. — Como assim?

— Recebi um pedido para aceitá-lo novamente sob meu comando. — Byakuya dava a notícia como se não fosse nada muito importante, o que ofendeu Renji.

— Não.

— O que? — dessa vez foi Byakuya quem demonstrou surpresa.

— Não quero retornar. Seja lá qual foi o motivo que o senhor me mandou embora, eu não vou voltar pois eu não acredito que tenha deitado sua cabeça no travesseiro e pensado que foi uma bobagem o que fez e vai mudar sua palavra. O senhor é um homem de hora, que cumpre o que diz.

Byakuya pareceu estarrecido, se não fosse pela expressão única em sua cara.

— Tem razão, Renji. — Byakuya virou-se aguardou ser convidado a sentar-se nas almofadas, como o convite não foi feito, ele permaneceu em pé. — Nas últimas semanas eu não tenho agido de forma condizente a minha posição. Estou envergonhado pelos meus atos, você não merecia passar por isso, quando o problema era unicamente meu.

Aquele desabado pegou Renji de surpresa. Era a primeira vez que Byakuya demonstrava um pouco de intimidade em sua presença.

— Eu só queria saber o motivo, senhor. — Renji cogitou uma aproximação, mas ficou com medo de parecer muito ousado.

— Eu não posso revelar, não agora. — aquele momento passou muito rapidamente, Renji notou a expressão do capitão mudar, foi algo muito leve, como se os olhos cinzas de Byakuya se tornassem mais rígidos, como deveria ser. Ou, pelo menos, ele achava que precisava ser. — A única coisa que posso dizer neste momento, é que eu me excedi. Agi levianamente, e você pode decidir não retornar a posição de tenente, sob meu comando. Eu vou entender.

Naquele momento, o coração de Renji bateu mais forte. Aquela sensação familiar de estar no lugar certo e com a pessoa certa.

— Vou respeitar o seu tempo, capitão, mas eu não quero ser abandonado novamente, não pelo senhor.

— E não será, Renji. Eu prometo.


But that was when I ruled the world


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Notas finais do capítulo

#VoltaRenji