Red escrita por Kori Hime


Capítulo 28
O fortuna velut luna


Notas iniciais do capítulo

Dia 28 - O Fortuna

Sugiro que ouçam a música, mas cuidado com o volume, ela é bem alta hehe

https://www.youtube.com/watch?v=GXFSK0ogeg4&list=PLLCufZnCiU1FWt7OzUQZLbT51iuHY0FSI&index=28



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Os olhos de Renji estavam tão pesados que ele não conseguia mais mantê-los abertos. Mesmo assim, ainda podia ouvir a voz de Rukia gritar seu nome, mesmo que parecesse que ela estava muito longe.

De repente, a dor que sentia pressionar seu corpo foi se dissipando, até que não sentiu mais nada. A dor havia acabado, seu corpo estava mais leve e a voz de Rukia cada vez mais distante.

Renji abriu os olhos e se acostumou rapidamente com a claridade. Ele se levantou, notando que vestia roupas diferentes das que estava vestindo na batalha. Além do mais, Zabimaru não encontrava-se no lugar de costume.

Ele girou no mesmo lugar, abrindo os braços e procurando por sua espada. Não entendia o que estava acontecendo naquele lugar, era muito estranho. Caso tenha sido removido pela equipe de salvamento de Unohana, o mais correto era estar sob os cuidados dos membros da quarta divisão.

Mas o lugar nada se parecia com a quarta divisão. Embora ainda fosse tranquilo e acolhedor.

Renji olhou ao redor, buscando mais informações e resposta para suas dúvidas. Estava sozinho, pelo menos permaneceu sozinho por mais alguns minutos. Ou foram horas?

— Oh! Acordou. — uma voz desconhecida fez o ruivo virar-se imediatamente em posição de defesa. — Calma, não vou te machucar. — disse um rapaz de cabelos castanhos. Ele vestia uma yukata azul-marinho, tabi e sandálias.

Parecia a vontade naquele lugar, o que fez Renji pensar que ele vivia ali e poderia responder suas perguntas.

— Onde eu estou? Preciso retornar para a batalha, meu capitão... ele foi ferido.

— Seu capitão? — o rapaz olhou-o atentamente.

— Sim. Kuchiki Byakuya, capitão da sexta divisão. Eu sou o tenente, Abarai Renji.

— Abarai-san, é um prazer. Eu sou Hanako. — ele fez uma leve mesura.

— Não quero parecer grosseiro, mas preciso mesmo retornar. — Renji caminhou até Hanako, teve a sensação de que já o vira antes, mas não se recordava de onde seria.

— Hmm... eu sinto muito, mas não tem como retornar. Você agora pertence a esse lugar.

Renji não queria ter que usar a força contra aquele rapaz, ele parecia ser uma pessoa boa, mas se ficasse em seu caminho, teria que dar um jeito nisso.

— Apenas me diga para qual caminho eu devo seguir. — falou, tentando controlar o tom da voz, não queria causar nenhum tipo de situação desnecessária.

Hanako moveu o a cabeça, levando as mãos para trás do corpo, muito tranquilamente.

— Você não entendeu. — ele sorriu — Não existe nenhum caminho.

— Então eu terei que criar um com minhas mãos. — Anunciou o ruivo, mostrando os punhos. Hanako não se surpreendeu, nem sequer tentou se afastar de Renji quando ele decidiu partir na direção que achava mais apropriada, ou que pensava que fora de lá que Hanako viera.

Mas quando se deu conta, estava no mesmo lugar.

— O que é isso? — Perguntou, parando de frente para Hanako.

Novamente, Renji decidiu ir por outro caminho, mas acabou chegando no mesmo ponto de partida. E de novo, dessa vez ele foi correndo, mas chegou mais rápido no mesmo lugar em que Hanako estava.

— Que espécie de prisão é essa? — Renji ofegava, queria respostas imediatamente.

— Não é uma prisão, Abarai-san. — Hanako ergueu a mão, apontando para a direção de onde Renji acabara de chegar. — Ali e aqui, não a mesma coisa.

— Que papo maluco é esse? — Renji começava a perder a paciência. Não havia outra pessoa ali para levá-lo de volta, senão Hanako. E ele iria obrigá-lo a fazer.

— Seu tempo acabou. Agora este é o seu lugar temporário. Não se preocupe, logo mais você irá para outro lugar ainda melhor.

— Eu não quero ir para outro lugar melhor. — Renji gritou, irritado. — Quero retornar de onde vim.

— Não posso realizar seu desejo, você compreenderá tudo em breve. Quanto mais cedo fizer, mais cedo será melhor.

E ele sumiu.

Renji berrou com todas as forças que pode. Ameaçou e ordenou que o deixassem ir embora, mas nada aconteceu. O tempo estava passando e a vida de seus amigos poderiam estar por um fio. E ele ali, preso naquele lugar maluco.

Mais uma vez, Renji não soube quanto tempo se passou desde a conversa com Hanako. Ele estava deitado no chão, passando os dedos pela grama. Pelo menos aquilo era real. Queria se apegar a alguma coisa que lhe transmitisse veracidade. Embora ele tivesse cogitado a possibilidade de viver um sonho, ou melhor, um pesadelo terrível.

— Como vai, Abarai-san?

— Você voltou. — Renji se levantou imediatamente. — Por favor, eu imploro que me deixe ir embora. Todos estão contando comigo, meus amigos… meu capitão. Não posso deixá-los na mão.

Hanako analisou a expressão desesperada de Renji, e voltou a sorri. Aquilo tirou o ruivo do sério, ele avançou em Hanako, que desviou de um golpe sem muita dificuldade.

— Você ainda não entendeu.

— Entender o que? Me explica. — Renji maquinava alguma maneira de atacar Hanako, mas em sua mente, todas as tentativas eram sem sucesso. Ele estava começando a desistir.

— Somente você pode responder essa pergunta.

Renji não se abalou quando Hanako desapareceu das suas vistas. Ele pensou em Rukia, a última imagem que tinha da amiga era ela correndo em sua direção. Seus amigos e companheiros lutavam ao seu redor.

Abarai não se recordava muito bem como tudo aconteceu, senão aquela angustiante sensação de ser ferido. Ele não viu quem o feriu, mas viu quem ele queria proteger. Kuchiki Byakuya estava caído no chão, pertinho dele, poderia alcançar se esticasse um pouco o braço.

Ele ouviu a voz de Rukia gritar pelo seu nome mais uma vez.

Renji fechou os olhos pesados demais para os manterem abertos.

— Não, não. Eu preciso ver. Eu preciso saber o que aconteceu com ele. — Renji se esforçava para abrir os olhos e poder ver, nem que fosse mais uma vez, Byakuya.

Quando seus olhos se abriram, ele estava diante de Hanako. Sem nenhum questionamento, Renji se levantou e encarou o rapaz.

— Eu te conheço? — Renji perguntou, apenas para saciar sua última curiosidade. Já que ele estava começando a entender que lugar era aquele e o que ele estava fazendo ali.

— Sim. — Hanako respondeu, dando um leve sorriso e tocando o ombro de Renji — Faz muito tempo desde que nós corremos por Inuzuri. E mesmo que não estivesse mais lá, eu o acompanhei durante toda sua vida.

Renji suspirou, sentindo o coração ser preenchido por um sentimento caloroso, estava contente por ter um amigo ao seu lado.

— Como eu não o reconheci antes? Talvez seja porque você não está com o nariz escorrendo, como era quando criança.

Hanako gargalhou, e eles começaram a caminhar sem um destino certo. Pelo menos Renji não sabia para onde ia. Mas, dessa vez, não retornou para o mesmo lugar.

— Posso perguntar uma coisa? Só uma. — Renji abaixou a cabeça, olhando para os próprios pés pisarem na grama. — Eu posso ver uma pessoa, como você me viu?

— Você vai descobrir isso logo.

— Isso não responde minha pergunta, mas eu vou descobrir.

Renji ergueu a cabeça, visualizando a nova paisagem, estava em um outro lugar, era como retornar para Inuzuri, só que dessa vez não havia tristeza, solidão, dor e medo. Ele havia voltado para casa.


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Notas finais do capítulo

ACABOU 28 capítulos em um mês. Tudo é possível ehehehe
Tô tão feliz, ainda mais porque eu fiquei doente e mal conseguia enxergar a bula do remédio KKKK

Beijos se você é vitorioso e chegou até aqui comigo.



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