Red escrita por Kori Hime


Capítulo 10
A cidade


Notas iniciais do capítulo

Dia 10 - Envelheço na cidade.
Opa, atrasada 4 minutos hehehe
Cade os RenBya do site?? Antigamente só dava a gente, sdds.

Esse é parte do conto em Universo Alternativo.



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— Faz um pedido.

— Quero que você pare de fazer essa cara. Eu não vou assoprar essa vela. — Grimmjow falou aborrecido, fazendo Renji gargalhar. — Vou desejar que você pule da Grande Muralha. — então ele assoprou a vela.

— Não seja ridículo. — o ruivo tirou a vela branca de dentro do bolo de nozes que havia comprado naquela manhã. Ele cortou dois pedaços, entregando um para o aniversariante mais mal humorado que já conheceu em sua vida. — Feliz aniversário, come, tá gostoso.

Mesmo contrariado, e ainda fazendo um olhar de ameaças, Grimmjow acabou comendo o pedaço de bolo e repetiu a dose.

Eles compartilhavam um banco de madeira em um parque, o dia estava ensolarado e dava para sair de casa sem aquelas máscaras no rosto. Embora o medidor de ar puro estivesse informando que a qualidade do ar era baixa.

Renji limpou as mãos no guardanapo e arremessou no cesto de lixo.

Morar em Hong Kong estava sendo excitante, já estava ali há alguns meses, mas ainda se sentia como um turista. Seu primeiro emprego não foi dos mais emocionantes, trabalhou como garçom, depois em um supermercado e então numa loja de eletrônicos. Dali três dias ele faria uma entrevista que poderia mudar sua vida profissional. Um colega de faculdade conseguiu o telefone de alguns contatos na China e passou para Renji. Era uma oportunidade e tanto. Não poderia deixar passar.

Depois que comeram todo o bolo, os dois foram andando para casa, levou pouco mais de vinte minutos. Estavam dividindo um apartamento em um prédio bastante concorrido no bairro. Era uma construção nova e moderna. O valor do aluguel era salgado, mas Grimmjow conseguiu um acordo, se trabalhasse na manutenção do prédio. Do poço do elevador, ao terraço mais alto, ele dava um jeito para resolver os problemas que apareciam.

Renji nem sabia como aquilo deu certo. Os dois viverem juntos esse tempo. Para falar a verdade, eles nunca conversaram a sério sobre o assunto, foram ficando juntos até então... sem sentar e fazer planos.

O dia da entrevista chegou e Renji terminava de se arrumar em frente ao espelho, ajeitando a gravata. Grimmjow abriu a porta do quarto, carregando uma caixa de ferramentas e um cinto com um martelo pendurado, entre outros aparatos que utilizaria.

— Uou... você fica gostoso assim todo engravatado. — ele aproximou-se, deixando a caixa de ferramentas no chão. — Tem alguns minutos sobrando pra mim?

— Na verdade não, estou quase atrasado. O que você acha que eu faço com meu cabelo? Prendo ou deixo solto?

— Que tal cortar?

Renji balançou a cabeça, rolando os olhos. Ele decidiu amarrar. Após um beijo rápido, ele partiu. Não estava exatamente atrasado, mas sabia o que significava alguns minutos com Grimmjow, e precisava realmente daquele emprego.

Renji não sabia muito sobre o cargo que a empresa oferecia, mas estava disposto a aceitar qualquer cargo que fosse ofertado.

Ele se identificou na recepção e fez o registro para poder entrar. Não demorou muito para ser atendido por uma secretária simpática, que ofereceu algo para beber. Aceito apenas água gelada.

— O senhor será atendido agora pelo representante da corporação no Japão, ele está aguardando nesta sala.

Renji agradeceu e prontamente entrou na sala, fechando a porta. Sua surpresa ficou estampada em seu rosto quando ele caminhou pela sala até a cadeira e sentou. O homem sentado na outra cadeira olhava atentamente para uma ficha, provavelmente era o currículo de Renji.

E, quando ergueu o olhar, a expressão de surpresa foi compartilhada.

— Quanto tempo, sensei.

— Renji. — Kuchiki Byakuya olhou novamente para a ficha. — O nome era familiar, mas não pensei que tal coincidência fosse possível.

— Pois é, imagina só, a gente se encontrar em Hong Kong.

— Você está morando aqui há muito tempo? — Byakuya reclinou-se na cadeira e tirou os óculos de leitura, colocando sobre a mesa de vidro.

— Vejamos, seis meses. Estou me adaptando bem, mas, e o senhor? O que faz aqui?

— Eu deixei de lecionar há pouco tempo e estou trabalhando em outro ramo.

— Desistiu de dar aulas? — Renji perguntou curioso. Não podia negar que estava recordando-se de um passado não tão distante assim.

— Não desisti, apenas dei um tempo. — Byakuya decidiu mudar o rumo daquela conversa, para evitar constrangimentos. Eles conversaram sobre a empresa e o projeto de parceria entre China e Japão, Byakuya precisava de um assistente para acompanhá-lo em algumas viagens enquanto estivesse na China. Falando em voz alta, a ideia não parecia ser muito bom, pelo menos não quando o candidato à vaga fora seu amante.

— Eu vou aguardar ansioso seu retorno. Foi muito bom revê-lo.

Renji se levantou bastante confiante. Era mesmo uma grande coincidência aquele encontro. Agora Renji não sabia se estava muito feliz pelo emprego - que ainda não conseguiu - ou por ter reencontrado seu antigo professor. Talvez ele pudesse contar com a sorte, só um pouquinho.


Continua...


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Notas finais do capítulo

beijos