Diamond: A história de uma loba escrita por meriesha


Capítulo 38
Lembranças do passado


Notas iniciais do capítulo

K K K EAE GALERA
então, eu já dei mil explicações sobre porque me ausentei lá no meu facebook. basicamente eu tinha um planejamento pra fic mas meu telefone foi roubado e papapa perdi o planejamento fiquei desanimada e demorei muito tempo pra voltar a escrever
outra coisa que contribuiu pro meu desanimo foi que eu notei, ao reler alguns caps, que eu baguncei mt nas idades dos lobos aaAAAAAAAAAAAAA
steph do passado vc é muito burra DKJAHSDKJAHD rindo de nervoso
enfim, eu tive que ir checando de cap em cap pra consertar essa cagada minha, peço perdao
mas
escrevi todos os capitulos da fic 0: sim, estao todos prontos
a fic esta.... "terminada", por assim dizer, mas nao vou postar todos de uma vez, claro. darei tempo para voces lerem.
enfim, eu espero que gostem! nesse cap iremos dar inicio a um novo arco~

((MUITO OBRIGADA PELAS 6000+ VIEWS AAAAAAAAAAAAAAAA ISSO É MTA COISA EU FIQUEI MT FELIZ QUANDO VI!!!!!!!))



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Diamond

Meses depois

 

Eu e Radius havíamos derrubado um cervo e nos deliciávamos com sua carne. Não era um cervo muito grande, mas seria mais que suficiente para nós dois. Radius era tão gracioso caçando, seus movimentos eram extremamente ágeis e precisos. Me perguntei se ele adquiriu todas essas habilidades durante o ano que passou, ou se simplesmente já as tinha, porém nunca fez questão de dizer.

Olhei para ele, que abocanhava grandes pedaços de carne. Seu focinho e patas estavam sujos de sangue. Radius era tão esfomeado!

— Como pode caber tanta comida aí dentro? – perguntei-o, em tom de brincadeira.

— Não julgue meu estômago. – o lobo retrucou, ainda com a boca cheia.

Dei um sorriso e rolei meus olhos, e antes que pudesse reagir, Radius saltou em cima de mim me jogando no chão, enquanto mordiscava minhas orelhas e manchava meu pelo branco. Ficamos algum tempo assim, apenas brincando juntos. Ele havia retornado já fazia alguns meses, mas ainda era tão surreal para mim que ele realmente estava vivo. Seu olhar tranquilo, seu pelo macio, tudo estava bem ali. Era tão bom poder tê-lo na alcateia, ele se dá bem com todos. É a vida que tanto sonhei. Às vezes apenas gostaria de ter uma cerimônia de companheiros apropriada. Não pudemos ter devido às circunstâncias passadas. Mas tudo bem, estamos juntos, e é o que importa.

— Tudo bem? – ele questionou, percebendo que eu havia parado de rir repentinamente.

— Tudo perfeitamente bem. – lambi a pontinha de seu focinho e ele me deixou levantar. Ele sorriu e foi comer mais um pedaço do cadáver ao nosso lado. Já havia saciado minha fome, então apenas continuei fitando-o. Mesmo já satisfeito, ainda sobrava alguma carne. Ele lambeu minha bochecha e quase que automaticamente saímos para caminhar. Não trocamos palavras, não era necessário. Estávamos apenas andando pela floresta, calmamente, sem receios. E era bom.

Involuntariamente, diversas vezes eu voltava meu olhar para ele. Radius era tão bonito. Seu pelo continha algumas cicatrizes, especialmente no dorso. Mas não eram muito visíveis. No seu focinho também haviam leves marcas. Senti um pequeno aperto em meu coração ao lembrar da provável razão delas estarem ali, e me aconcheguei nele enquanto andávamos.

— Estou aqui, princesa. – ele falou quase que num sussurro, como se lesse meus pensamentos ruins.

— Eu sei, eu sei.

Então voltamos ao silêncio, mas não era desconfortável ou nada do tipo. Era agradável. Nos sentamos enquanto sentíamos a brisa em nossos pelos. Seu semblante demonstrava uma certa... inquietude, eu acho? Talvez ele quisesse dizer algo, não tinha certeza. Até que abriu sua boca:

— Diamond, eu queria te perguntar uma coisa.

— O que é? – estava curiosa.

— Só... queria saber um pouco mais sobre você e sua família. Mesmo convivendo com vocês, sei muito pouco, somente o que você me conta.

— Bom, eu poderia dizer o mesmo sobre você. – retruquei e ele se calou.

Família, por alguma razão, não era um assunto muito abordado por nenhum de nós dois. Lembro-me que falava razoavelmente sobre Mike e Nix para Radius, mas do resto... Também não sabia praticamente nada sobre suas origens, mas por ele ter ido embora de sua alcateia, sempre achei melhor não tocar nesse assunto.

— Desculpe, tem razão. – sua cabeça estava baixa. – Prometo que irei te contar tudo que precisa saber quando eu conseguir.

Suspirei.

— Tudo bem. – me aproximei do lobo, que parecia um tanto distante agora. – O que quer saber?

Ele me encarou com seus olhos castanho-esverdeados e abriu um pequeno sorriso.

— Nada demais. Eu só reparei alguma tensão entre você e Midnight de vez em quando. Vocês não são nada próximas, pelo que parece... E eu queria entender, porque é visível que te machuca. 

Então era aí que ele queria chegar. Teria que cavar em minhas memórias não tão boas para contar a ele sobre minha relação conturbada com minha irmã, mas não sentia mais um medo tão grande de falar sobre isso. Sentia que estava tudo bem em ele saber o que aconteceu.

— Olha, eu e Midnight não somos as melhores amigas do mundo, muito pelo contrário. Nossos laços praticamente se romperam há bastante tempo. O pequeno fio que nos une é o fato de sermos irmãs.

Radius me lançou um olhar preocupado. Ele queria saber mais, porém apenas se eu me sentisse à vontade com isso.

— Isso é algo do passado. Mas vou te contar.

 

“Era somente mais uma manhã tranquila em Slough Creek, na pequena toca onde se encontravam cinco filhotes e seus pais protetores. Eram Shadow e Julie, cuidando de suas pequenas bolinhas de pelo. A rotina diária era praticamente sempre a mesma: Julie saía para caçar enquanto o lobo negro ficava na toca, vigiando os pequeninos, muito travessos, por sinal. Mas Shadow já estava habituado e os filhotes pararam de tentar realizar grandes artimanhas.

Até que um dia, as coisas mudaram.

Diamond descansava ao lado do irmão, Mike. Nix tentava capturar um pequeno inseto que se assemelhava a um grilo, e Midnight brincava de lutinha com Moony, que estava perdendo. Próximo a eles, Shadow e Julie conversavam sobre algo. A loba dizia estar sem disposição para caçar devido a um chute que levara da última vez. Shadow concordava e dizia que ela deveria ficar na toca, e que ele iria caçar. Logo, eles foram avisar aos filhotes.

— Escutem, pequenos. – Shadow pigarreou. Rapidamente a atenção dos cinco voltou-se aos pais. – Hoje eu irei caçar. A mãe de vocês está muito cansada e ficará em casa, cuidando de vocês. Não aprontem muito e não se afastem demais.

Seu tom de voz era rígido e sério, e nenhum dos filhotes ousou dizer nada. Após uma breve despedida, ele partiu. Julie permaneceu deitada, observando sua prole, que brincava incessantemente. Os cinco, então, se reuniram e passaram a falar em cochichos.

— Eu e Diamond vamos sair desta vez. – Moony disse. – Aposto que agora conseguimos ir mais longe. Vocês distraem a mamãe.

— Tem certeza disso, Moon? – a lobinha branca perguntou. – Sempre costuma sair com Midnight.

— Sim, vai ser divertido!

Apesar de os filhotes já estarem relativamente crescidos, o número de coiotes na região havia crescido muito. Foi a partir daí que os lobos adultos tomaram a política de manter sempre todos os filhotes na toca, onde poderiam ficar de olho. Mas, obviamente, eles não gostaram muito.

— Fique perto da Diamond. – Midnight avisou. Moon poderia ser aventureira, mas era frágil como um floco de neve, e seus reflexos não eram os mais rápidos. A loba negra sabia que Diamond era mais veloz que a pequena Moony, então praticamente ordenou que elas não se desgrudassem.

— Tá bem, tá bem. – ela rolou os olhos. – Vamos!

Julie ficava cada vez mais desconfiada dos sussurros, e resolveu intervir, chegando mais perto dos filhotes.

— O que estão fazendo? – ela perguntou.

— Nada! – Moony tentou disfarçar. – Só brincando.

A mãe loba sorriu e se deitou novamente. Tudo estava bem. Até que Julie detectou algo por perto, e focou sua atenção nisso. Moony e Diamond aproveitaram e saíram em disparada, de forma cautelosa. Mesmo que ainda estivessem no raio de visão de sua mãe, estavam longe.

Julie farejou o ar algumas vezes até encontrar um odor: coiote.

— Filhotes, escondam-se! Há um coiote por perto! – e saiu para encontrá-lo.

Antes fosse apenas um – eram três coiotes famintos. As duas irmãs não ouviram direito o que sua mãe disse e simplesmente continuaram andando.

— Voltem! Coiote! – Mike gritou.

Diamond e Moony rapidamente ficaram assustadas e tentaram voltar para a toca o mais rápido que podiam. Julie havia matado dois dos invasores e estava retornando para seus filhotes. O problema é que o terceiro vinha atrás das duas pequenas. Assim que deram conta, começaram a correr. Mas Moony tropeçou e caiu no chão. Diamond chorava e simplesmente continuou correndo em pânico. Só notara o que acontecera segundos depois.

O coiote conseguira pegar Moony.

Os quatro irmãos ficaram em choque. No mesmo instante, Julie voltara. Seu coração se partiu em mil pedaços. Ela sabia que não havia o que fazer, e preferiu ficar com o resto da cria até Shadow voltar, com medo de outro coiote aparecer.

Assim que o lobo negro chegou, com uma grande perna de alce na boca, as notícias foram ditas. Ele procurou por rastros do coiote por toda parte, mas não encontrou nada. Nem rastros do que poderiam ser tufos de pelo ou... restos do corpo de Moony. Nada. Tudo que os restou foi lamentar.

— Isso é culpa sua! – Midnight gritava, frustração invadia seu peito enquanto lágrimas percorriam seu focinho. – Deveria ter protegido Moon! Deixou ela pra trás!

— Me... desculpa... – a loba continuava em choque. Seu olhar se tornara vazio.

— Middy, por favor... pare. – Julie pediu com a voz rouca. – Isso não foi culpa de ninguém...

A partir daquele dia, tudo se tornou diferente.”

 

— E Midnight sempre me culpou pela morte de Moony, e passou a me detestar. – conclui minha história.

— Princesa, isso é horrível! Eu sinto muito! – Radius lambeu algumas lágrimas que escorriam de meus olhos. Nem havia notado a presença delas.

Não disse mais nada, somente deixei que Radius me consolasse. Havia cutucado uma ferida muito profunda, não me sentia muito bem. Contudo, foi bom, de certa forma, botar tudo pra fora.

Mas eu entendo Midnight. Afinal, se eu tivesse ajudado Moon, ela estaria viva.  


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Notas finais do capítulo

aAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA FINALMENTE COMEÇAMOS O ARCO DA MOON
agr vcs finalmente sabem o que aconteceu ha taaanto tempo atras
aleluia


bicho sera q ainda tem alguem aqui :C



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