Viva la vida escrita por slytherina


Capítulo 7
River flows in you


Notas iniciais do capítulo

1ª temporada. Episódio 14. Sam tem pesadelos que o atormentam e Dean procura consolá-lo.



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– Eu tenho esses estranhos pesadelos, e algumas vezes eles se tornam verdade.


– Como é que é?


– Eu não consigo controlar isso, Dean. Eu vi Jéssica ser morta antes de acontecer. Vi o que acontecia em nossa casa, para aquela família que se mudou para lá. E agora tenho tido visões de assassinatos que não posso mudar. Pra que ter sonhos premonitórios se não posso mudar o futuro?


– Eu não sei, Sammy.


– E todas as vezes sinto essa horrível dor de cabeça.


– Calma aí, sasquatch. Eu estou do seu lado, ok? Qualquer que seja essa visão, o mais horrível e sangrento pesadelo, eu estou aqui ao seu lado. Pode se apoiar em mim. Não irei te deixar na mão.


Sam olhou aliviado para Dean. Ele já era literalmente um homem grande, mas ainda tinha os medos e receios de uma criança. Não é todo dia que você sonha com pessoas asfixiadas, decapitadas e mutiladas de alguma forma, e ainda consegue seguir com sua rotina normal depois disso. E quando você sabe que estes são sonhos premonitórios sobre crimes que irão acontecer, tudo fica tremendamente pior. Sua tábua de salvação era Dean. Ele o acalmava e lhe dava autoconfiança de que poderia salvar algumas daquelas pessoas. Isso era inestimável.


Max Miller fora uma criança molestada. Vítima do próprio pai e tio, com a conivência da madrasta. Não havia ninguém para vigiar por ele, protegê-lo e amá-lo. Max Miller sobreviveu a sua infância traumática, mas o homem que ele poderia ser estava perdido para sempre. Ele não tinha autocontrole, empatia, compaixão e amor-próprio.Poderia se dizer que ele assumira o perfil destruidor e perverso de sua família.


Sam tentou salvá-lo da voragem de sua vingança e sede de sangue. Sim, Sam se via em Max Miller. Compartilhavam a mesma tragédia familiar, a mesma orfandade, o mesmo misterioso dom sobrenatural. Mas ao contrário de Sam, Max estava enlouquecido. Ele sentia necessidade de exterminar tudo o que lhe causara dor no passado, não se importando em matar Dean ou Sam, se eles estivessem no caminho.


Perder a vida de Max parecia perder a si mesmo um pouquinho. Sam sabia que havia algo errado consigo mesmo, afinal, você não desenvolve premonição e telecinese impunemente. Havia um preço a pagar por isso e não era a dor de cabeça. Talvez algo muito pior.


– Por que esse demônio faz essas coisas?


– O que, Sammy?


– Por que ele matou a mamãe, Jéssica e a mãe do Max? O que ele quer com isso? Talvez ele esteja atrás de gente como eu e Max, aberrações.


– Sammy, se esse demônio estivesse atrás de você, já teria te levado. A única coisa que devemos nos preocupar é em achá-lo e matá-lo.


– Você não se preocupa? Não se preocupa que eu me transforme em alguém como Max e tente te matar?


– Não! Não mesmo. E sabe por que?


– Não. Por que?


– Por que você tem algo que Max não tinha.


– O que? Papai? Se for nosso pai, ele não está aqui, Dean.


– Não! Eu. Enquanto eu estiver por perto, nada de mal acontecerá com você. Eu te garanto isso, Sammy.


Sam o olhou agradecido e confortado.


– Se há um caminho para você trilhar, ele passa pelo seu coração, Sammy. Você deve fortalecer-se e confiar mais em si mesmo. Você mora aqui no meu coração. Está seguro comigo. Eu quero que você também pense assim. Que tenha um lugarzinho pra mim, aí com você, e que eu seja seu porto seguro.


Sam baixou os olhos, com as faces rosadas. Deu um meio sorriso.


– É pra rir ou pra chorar, Dean? - Sam falou gaiato, mas ele estava tocado pelo que seu irmão dissera.


– Ri logo duma vez, tranqueira. - Dean reclamou.


Entraram no Impala. A viagem para a próxima cidade seguiu amena. Sam adormeceu e instintivamente encostou sua cabeça no ombro de Dean, que continuou dirigindo em uma velocidade constante, com os vidros abertos, aproveitando a brisa do amanhecer.


Eles seguiam pelas estradas da América em um fluxo ritímico, como se navegassem ao sabor da correnteza do rio. Dean amparava seu irmão mais novo e sentia-se feliz com isso, por ter uma família novamente, alguém a quem cuidar e proteger.



River flows in you (Yruma)

If there is a road made just for you
That road is right there in your heart
If you can, endure it through
Then put all of your soul into trusting it

Holding you, holding you, it´s in you, river flows in you
Slowly more slowly
There is a river flowing inside me
Holding you, holding you, it´s in you, river flows in you
Waiting the waiting
Will I be there then?

I want to throw my heart to you
So that I can always feel you
If you can, hold onto it just a bit longer
Then try to put all your heart into it


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