Oportunidades escrita por Laren


Capítulo 4
▸Listen to your heart.


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei muitão de escrever esse capítulo, e fiz até rápido UAHUAHAUHAUHAUHAH E essa música (Listen to your heart - Roxette) dá uns feels pro drama, mas não queria tratar dessa questão de arrependimentos futuros. Então fiquem com algo mais leve, e escrito com muito carinho.

Boa leitura!



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Havia diversos tipos de amor. Amor passional — rico em desejo, em carnal, em corpo e vontade —, amor fraternal — o querer a alguém numa forma mais pura e cheia de cuidados — e muitos outros. E também havia o amor intenso, a junção de todos os tipos num chorrilho de ideias, ideais, mudanças e adaptações. Era o entregar-se de corpo e alma para a vida ao lado da pessoa amada. Ou não, pois tal amor supera fronteiras e limites, estando presente sempre em nossos corações. E era para a vida toda; só algo muito forte poderia quebrar esse amor. Da mesma forma que não eram todos que tinham a oportunidade de conhecê-lo, por ser bastante raro. O melhor tipo de sentimento expresso numa só palavra: infinito. Uma intensa e duradoura sensação de infinito.

Por ser uma criança, Shikadai não entendia muito bem dessas coisas, mas quando ia com seu pai visitar Ino (que incitava-o a chamá-la de tia), às vezes flagrava a loira em momentos doces — até demais — falando sobre amor com seu marido e/ou filho. E, nessas horas, Shikadai se perguntava o que realmente era o amor. Já tinha quase 5 anos e se considerava uma pessoa inteligente o suficiente para entender, embora alguns o subestimassem com frases como "Isso não é coisa de criança" e etc. Ele já estava grandinho! Seus próprios pais diziam isso (no sentido de que o tempo passou rápido desde que nascera, mas ele não percebeu), então por que outros continuava a negar-lhe informações? Assim teria que tirar suas próprias conclusões.

Interessante era observar seus pais. Eles não eram como outros casais, não ficavam melosos um com o outro o tempo inteiro, prometendo amarem-se sempre e com sorrisos enormes (e, muitas vezes, falsos) no rosto. Na verdade, a expressão de Shikamaru sempre pendia para algo mais relaxado e sonolento, enquanto Temari parecia mais rígida e séria. Entretando, não era a ausência de sentimento que provocava isso. Via, acidentalmente, seus pais se beijarem (ainda não entendeu como poderiam gostar disso) e isso era marca registrada de casal. E eles tinham sim momentos de afeto, mesmo que sem muita frequência. E eram felizes, embora não sorrissem 24h por dia. E foi nisso que Shikadai escolheu se espelhar para definir o amar.

O pequeno garotinho desconhecia, mas diversas vezes antes do seu nascimento seus pais discutiram e enfrentaram obstáculos que ousavam tentar destruir um simples pedacinho do amor nutrido por eles. E o laço, de tão forte e firme, não se partia, principalmente pela luta interna para ouvirem seus corações. E o ciclo se fechava, dando início a novas chances e eliminando arrependimentos — que quase não exisitam.

— Shikadai, venha almoçar! — sua mãe gritou o fazendo dar um salto.

Esqueceu tudo aquilo sobre amor intenso, Shikamaru e Temari. Afinal, quando a fome falava mais alto, nada mais tinha vez.


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