O tempo em que poderiam passar sozinhos e com tranquilidade era pequeno, devido às atividades do exame chuunin. Entretanto, mesmo sendo pouco o período dos dois relaxarem em meio a todo trabalho, aproveitavam para sair numa espécie de encontro — convidá-la, inicialmente, era a pior parte. Temari era um furacão de sentimentos, recomendando-se acompanhar com cautela. Assim como ela, inicialmente, não via grande coisa em Shikamaru, ou apenas negava seus sentimentos. E então, as coisas evoluíram até ficarem um de olho no outro, um apaixonado pelo outro.

E agora estavam casados.

Engraçado pensar que tal afeição surgiu "sem querer", ainda que os dois não fossem bem amáveis ou carinhosos desde o início. Aliás, às vezes era mesmo difícil de acreditar que eram uma família; havia ocasiões em que aparentavam estar brigando feio. Mas não durava o suficiente, logo estavam em meio a carícias e juras silenciosas de amor. Para os outros podia ser qualquer coisa; para eles era uma felicidade incrível. Como exemplo, o pequeno pedaço de ausência instalado em Shikamaru quando a kunoichi de Suna voltava para sua terra natal. E a presença dos dois no mesmo espaço rendia atenção, rendia palavras, jogos, distrações. Valeu a pena tudo o que passaram para, enfim, surgir um símbolo e fruto de suas vidas já conectadas. E era esse o maior símbolo que não podia ser evitado, não podia deixar de ser olhado. Capturava os dois, envolvia-os em sentimentos desconhecidos.

Um filho era o presente. O resto, a recompensa.