Ikebukuro - Interativa escrita por Áron


Capítulo 7
Caça ao Tesouro


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que comentar, mas espero que gostem ^^
Ah, e não tirem conclusões precipitadas xD



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– Vou repetir... Não vou falar nada sobre o motoqueiro negro!! - Ayano gritou para um grupo de faixas brancas que a cercavam, no centro de Ikebukuro. A mulditão ajudava a disfarças aquela ação.

Novamente, Ayano havia posto seu precioso "filhote" em risco. Ela era um alvo pintado para os Faixas Brancas, pois constantemente era vista com o motoqueiro negro. Andando com Saito, se ela tivesse sido vista com ele, não iria ser estranho de Saito fosse atacado para revelar onde ela estava, ou ser relacionado com o motoqueiro negro.

Ayano costumava a trabalhar, até os boatos se espalharem, como uma ajudante de Celty, a quem conheçeu através de Erika Karisawa, em uma loja de mangás. Quando o lado de Celty começou a complicar, ela passou a andar com a gangue de Kadota, por questões de segurança.

Mas agora, ela tinha posto tudo a perder.

– Olha garota, não duvide das coisas que podemos fazer com você para lhe fazer falar... - Um dos homens passou a mão no cabelo de Ayano, que retirou a mão quase na mesma hora. - Por isso, acho que é melhor contar logo.

– Eu prefiro morrer do que contar algo para uma gangue repulsiva como vocês! - Ayano falou, decidida.

– Prefere, é? - O mesmo homem que passou a mão no cabelo dela puxou uma pistola e encostou na nuca de Ayano. - Então que tal fazer essas palavras verdade?

Ayano não mudou a face e nem o corpo por um segundo sequer.

– Para com isso cara, não vamos deixae uma testemunha boa ir assim! - Um dos caras abaixou a arma do outro.

– He he, estava brincando, mas parece que ela é osso duro. - O tiro não chegou a ser efetuado. - Olha, garota. Se a gente quiser, podemos usar qualquer um a sua volta para te fazer falar, você acha que não, mas já temos tantas pessoas na lista... Aqueles 4 daquela van, o carinha no qual você estava andando com...

– Quantas vezes eu preciso falar?!! Não vou falar nada!! - Ayano novamente gritou, atraindo a atenção de alguns passantes.

– Ora, ora... Então acho que podemos te usar como provocação para o motoqueiro aparecer. - A arma foi novamente estendida, e quase ao mesmo tempo, o som de um tiro assustou aquele centro de Ikebukuro.

...

– Eu desisto! - Um garoto loiro se jogou no chão, com uma mochila nas costas. Um outro, que estava ao seu lado, fez o mesmo.

O dito tal chão de terra fofa, em um parquinho onde várias outras crianças brincavam nos brinquedos ou com os amigos, adultos jogavam conversa fora ou apresentavam seus filhos para as amigas, os dois garotos estavam despejados no chão de terra, cansados como se tivessem corrido uma maratona.

– Não vale... Eles escondem isso em lugares muito difíceis de achar... - Ele respondeu.

– Ei, não vão me dizer que já desistiram... Sabe, eu descobrir onde eles esconderam o tesouro, mas não quero dividí-los com fracotes desistentes como vocês. - Uma garota, parecendo um pouco mais velha que os dois, virou o rosto, com um pouco de raiva.

– Ei!! Desculpa Ayacchi, mas não deixa a gente sem o tesouro! - O garoto loiro rastejou até os joelhos dela.

– É, a gente procurou por mais de três horas também!! - Foi a vez do garoto de cabelo castanho implorar.

– Tudo bem! Mas se o Saicchi e o Obocchi desistirem assim de novo, eu expulso vocês do grupo!! - A garota levantou a mão e apontou para o céu. - Agora me sigam!! Vamos achar esse tesouro!!

– Sim!! - Os dois se levantaram, e correram atrás da garota.

Saito, Ayano, e um amigo deles de infância, Oboro, ainda crianças da creche e Ayano no primário. Os três corriam naquela quente tarde de verão pela pequena cidade onde viviam; pois seus pais haviam escondido um "tesouro" para os três. Eles correram um pouco, em uma energia que parecia não ter fim.

Então, toparam com uma grande escadaria. Era bem conhecida por eles, o coreto da cidade, onde pessoas sempre subiam para tocar seus instrumentos na calada noite, junto do barulho dos insetos. Eram cerca de 100 degraus de margem de cerca de 30cm de margem.

– Eh?? Vamos ter que subir tudo isso?? Mas não é proibido para crianças da nossa idade?? - Saito perguntou, olhando amedrontado lá para cima.

– É por isso que eu vou ficar aqui para vigiar se tem alguém vindo! Essa é a cerimônia de passagem de vocês, subir até o coreto! Então, deixarão de ser bebês e se tornaram crianças grandinhas! - Ayano estava animada, e apontou para o topo.

– Vamos, Saicchi!! - Oboro, o garoto de cabelos castanhos, gritou animado

– Vamos!! - Saito deu um soco no ar.

– Um... Dois... Três... Vão!! - Ayano deu o sinal de largada.

Saito, que era um pouco mais alto que o colega, subia quase que saltando de degrau para degrau, correndo ansioso pelas escadas. Oboro, que era menor, parecia escalar as escadas; segurava um degrau mais em cima e usava como impulso para subir um degrau. E assim, as duas crianças iam.

Depois de perceber que os dois sequer olhariam para ela, tamanha empolgação e concentração, ela deu a volta para a parte detrás do coreto; foi até uma rampa que havia ali.

– Meninos são tão bobos! - Ela riu, e começou a subir a rampa, correndo. - Ainda bem que eu já vim aqui antes!

A rampa era bastante íngreme, para não ocupar muito espaço. Ayano foi subindo a mesma correndo, para chegar antes dos garotos e tirar sarro deles. Mas, por um minuto, ela gelou de preocupação.

O que ela tinha feito...? Os dois só tinham sete aninhos, não conseguiriam subir aquela escada! E... E se eles caíssem do topo? E se eles se machucassem? Ayano não iria conseguir não se culpar se algo de ruim acontecesse com eles, afinal, foi ela que falou para eles fazerem aquilo.

Ayano subiu a rampa, correndo de preocupação. Mas para sua sorte, ou azar, os dois garotos já estavam gritando de comemoração no topo do coreto, melados de suor segurando uma pequena caixinha. Mas, o tesouro para eles dois era o que parecia importar menos, junto do fato de terem sido enganados.

– Ayacchi!! Subimos, subimos!! Agora somos crianças grandes, não somos??? - Saito gritou para Ayano, enquanto Oboro balançava a bandana que usava na cabeça para o seu cabelo não cair nos olhos.

– Sim! Agora vocês passaram de crianças para crianças grandes!! - Ayano se aliviou instantâneamente com a animação deles.

E, sem sequer abrir a caixa onde estava o tesouro, os três adormeceram naquele final de tarde agradável dentro do coreto. Saito, a esquerda, dormia com o joelhos levantados, e mordendo o polegar. Oboro, já deitava-se todo espatifado, agraciado pelo escuro que o cabelo em seus olhos produzia; Ayano dormia no meio dos dois garotos, como uma leoa protegendo seus filhos.

Era como uma leoa que queria poder sempre proteger seus filhos, e desejando que aquele momento fosse eterno.


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Notas finais do capítulo

Até! o/



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