Sombras de Cerejeira escrita por Mrs Flynn


Capítulo 9
Anjo de branco


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, tão grande quando o anterior, haha. Não estou desistindo da fic, para que saibam caso pensem. É que a faculdade está apertando um pouco, rs Bjos Boa leitura. (:



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Cécile Fontaine era uma mulher tímida. Ela nutria uma paixão por Francis desde que o vira pela primeira vez com sua personalidade imbatível, calorosa, forte. Ela mesma não sabia explicar porque, mas era óbvio que a mulher admirava nele o que ela não conseguia ser. Inspirava-se nele para tentar burlar sua timidez assoladora que a impedia até mesmo que falar com o homem normalmente.

Cécile queria que Francis fosse feliz, era tudo que ela sabia. Ela nutria por ele um sentimento de empatia muito forte, quase que obsessivo e também de gratidão por sua família, mas no fundo ela sentia-se confortável desde que Francis conseguisse realizar seus desejos. Cécile achava que, se tinha alguém no mundo que merecia ser feliz, era o homem. Ela via a simplicidade de seu sorriso caloroso encher o ar de vigorosa coragem e imaginava se um dia ela poderia mudar e correr atrás do que queria.

Ela havia vindo para a plantação em busca de um emprego, não fazia muitos anos, dizendo ter sido deserdada e ficado sem casa para morar. Aubrey, como uma gentil mulher que era, abrigou a menina e deu-lhe um emprego no campo. Laurent, perspicaz como era, percebera logo de início como os olhos azuis perolados quase brancos e estranhos daquela mulher olhavam para Francis. Eles o dissecavam, suas bochechas coravam e ela evitava olhar nos olhos do seu amigo. Então ele sempre fazia brincadeiras quando a mulher não estava. Falava para Francis que ela poderia comê-lo vivo se ele deixasse. Principalmente quando Francis o atazanava, ele o perturbava com essas brincadeiras. Sabia que o amigo já achava a jovem estranha, e curiosamente, Francis sentia-se observado por ela. Mas nem pensava em dizer para Laurent, ou o amigo teria mais munição.

Cécile tinha um vício. Ficava no celeiro, nas horas vagas, olhando Francis a “conversar” com os belos cavalos da família. Ela sabia que aquilo era estranho, constrangedor, por isso se escondia e ficava a lamentar que não tivesse coragem sequer de falar com ele quando ambos estavam a sós. Francis ficava quase o tempo inteiro sem blusa, com o corpo levemente rosado do sol, imprudentemente lascivo. Portanto no celeiro não era diferente. E Cécile ficava lá, olhando aquele corpo delgado sossegando, por vezes até mesmo dormindo no celeiro enorme. Via o peito do homem inflar e secar como se fosse uma obra prima ali, descansando. Ela podia sentir uma atração quase que infinita emanar de seu corpo quando via-o dormir. Sentia-se envergonhada e logo corria para dentro da casa ou para a plantação, respirando ofegantemente, sentando na terra e olhando para o céu imaginando como poderia existir um homem tão bonito.

Não era uma mulher de todo simples. Em sua casa, antes de perdê-la depois da morte de seus pais, pois eles a tinha deserdado, eles tinham modos apurados e uma casa bonita e clássica. Cécile era acostumada com alguns modos de dama. Mas depois que chegou ao campo, ela sentiu que podia ser livre. Deixou de mão seus modos apurados que os pais tanto davam valor e que por falta de interesse neles, a deserdaram, e começou a sentir a chuva cair em seu rosto, o calor do sol a queimá-la, o roçar das plantas da lavanda a coçá-la mais confortavelmente. Cécile achou que ali era o seu lar. Principalmente, é claro por causa daquele homem a quem não conhecia direito, mas por quem tinha fissuração.

Naquele dia, no entanto, ela viu que fazia um frio indescritível e a neve surrava a plantação da fazenda de lavandas. Aquelas plantas ficariam todas cobertas de neve, enregeladas, frias e desprotegidas. Mas o mais impressionante, era que elas voltavam como se nada tivesse acontecido, na primavera. Era um símbolo de superação.

Os olhos azuis quase anil de Cécile fitavam o vidro da janela da pequena casinha que lhe fora cedida por Aubrey, perto do casarão da fazendo. Ela estava esperando que Francis passasse por ali. Mas a neve empoava quase todo o lugar e a deixava aflita. Francis demorava.

Então, quando ela já estava desistindo e ia levantar para se aquecer mais com a nevasca a gelar seus ossos, avistou um pequeno vulto pela janela, todo vestido de preto, ao longe. Era Francis.

O rosto dela iluminou-se. Ela foi então abrir a porta de sua casa. Ia todas as noites perguntar se Aubrey não queria nada. Só para ver Francis, era verdade. Aubrey era uma mulher ativa e não era ainda uma idosa. Mas ainda não era noite. Francis chegara cedo. Apesar de Cécile saber que era sem motivo a sua ida até a casa naquela hora, estranhamente seu coração pulsava forte como se ela fosse se engasgar e morrer a qualquer momento se não visse o amado Francis.

Esperou um pouco na soleira da porta enquanto levava neve a empoar seu casaco grosso com pele marrom e depois andou sobre a neve já grossa daquele início de inverno com suas botas de neve. Ela correu a sorrir, o coração batendo num ritmo frenético na ansiedade de contemplar o seu Francis.

~

Francis havia entrado em sua casa depois de limpar as botas na soleira da porta do casarão. Os cabelos loiros tinham pequenas pontinhas de neve, na parte que ficava de fora da touca de lã preta.

–-- Mãe? –indagou ele, com a voz baixa.

Francis queria tirar de sua memória o casamento, mas não tinha jeito. Ele acaba trincando os dentes pensando no porque de ele ao menos não dizer para Sakura o que sentia. Aquele não era ele. Francis queria dizer para ela que o amor dele estava ali. Ainda que ela se casasse com outro. Ele não suportava a ideia de perdê-la sem ao menos dizer o que sentia.

Mas então dentro dele, com profunda resignação vinha a sensação de que ela amava Laurent e de que o amigo precisava dela. De que ele a acolheria, diferente do que ele fazia com as outras mulheres.

Quando viu a mãe, ele teve certeza de que estava fazendo a coisa certa. Sua mãe o diria para deixar que os dois se casassem. Laurent era seu amigo de infância, e Sakura, bem, ele certamente a amava. Outra coisa não o faria ter aquele aperto que sufocava o peito quando pensava em perdê-la. Ele deveria fazer a coisa certa. Não iria ser egoísta.

–-- Francis, querido... –Aubrey sussurrou. –O que há com você? –indagou ela, pegando as mãos dele, depois que ele ficou em silêncio, olhando o chão do casarão.

O homem ficou em silêncio e depois fitou a mãe com um rosto sério.

–-- Será que eu vou querer mudar o passado se persistir na decisão que tomei agora? –indagou ele, sôfrego de repente com aquela pergunta que fazia mais a si mesmo.

Francis estava num estado de resignação estranho. A tristeza ficava e o tornava leve, circunspecto, são.

Aubrey franziu as sobrancelhas.

–-- Querido... –mumurou ela, sentindo em seu coração a tristeza do filho. –Me conte.

–-- Mãe, eu amo a noiva do Laurent. –disse Francis, olhando freneticamente para a mãe. –Mas sei... Que não é certo interferir.

–-- Oh, Francis... –disse a mãe, pondo as duas mãos na boca.

Aubrey andou de um lado para o outro, sem saber o que dizer. Mas ela sabia o que era a coisa certa. Mas antes que ela pudesse abrir a boca para aconselhar o filho, ouviu levemente o seu nome, do outro lado da porta.

–-- Aubrey? –indagou Cécile contendo o sorriso e o ardor nas bochechas quando aproximou-se da porta.

Deu duas batidas.

Aubrey abriu prontamente a porta e sorriu ao ver Cécile. O rosto branco da mulher enregelado pela neve, vermelho, aparecendo sob o cabelo preto.

–-- Olá, Cécile, querida. –disse Aubrey, com o pensamento embaralhado.

Francis virou-se para a porta e fitou a mulher com o olhar penetrante. Ela logo baixou o olhar e fitou o chão.

Ele mordeu o lábio e suspirou. Seria um aviso? Cécile Fontaine ali na porta, na hora em que ele fraquejava? Francis apenas mandou que seu coração se calasse e criou coragem.

–-- Entre, Cécile. Eu preciso mesmo falar com você. –disse ele, com um sorriso amarelo.

A mulher arregalou os olhos e ficou paralisada na porta. Aubrey olhou para o filho, pensativa.

–-- Ah... Ah... Fran- Francis... –Cécile se odiava. Ela não conseguia falar o nome dele de uma vez.

–-- Entre. –disse ele, sentando-se no sofá na sala e a chamando.

Cécile não podia acreditar. Ela andou com todas as forças para o sofá. Não imaginava nem em seus melhores sonhos que o homem estaria na sala de sua casa. Ele sempre passava direto e ela contentava-se em vê-lo na mesa de jantar onde também sentava e o via apenas pela visão periférica. E nem que fosse ao céu imaginaria que seria tão bom quanto ouvir a voz dele chamá-la.

–-- Vou ser direto. Eu sou direto... –murmurou para si mesmo. –Vamos ao casamento do meu amigo Laurent comigo? –indagou ele, meio envergonhado de fazer aquela proposta daquela maneira, súbita.

Cécile pôs as mãos na boca. Ela suou frio e quase desmaiou. Mas então se recompôs.

–-- Va- vamos... –disse ela, por fim. –Eu fico mesmo solitária as vezes, será bom tomar um ar. –disse ela, sorrindo fragilmente.

Cécile Fontaine sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. Mas estava feito. Ela conseguira dizer sim ao convite. Ela não imaginava forma melhor de terminar aquele dia.

Francis iria àquele casamento, acabaria logo com suas esperanças diante de seus olhos.

~

Sakura era maquiada e sentia os pincéis em seu rosto como se fossem de seda. Estava muito feliz. Laurent era para ela como um sonho. Apesar de o homem a tratar mal por vezes, ela simplesmente não conseguia se desvencilhar da espécie de dependência que sentia por ele.

Mas Annelise estava preocupada com aquele sentimento. Ela sentia uma angústia inexplicável ao ver a filha se casar com um Blanc. Naquela noite, depois de Sakura já ter casado no civil com o homem e ter consumado de vez o casamento, ela fumava muito em seu quarto, enquanto Sakura estava no SPA, atrasada para o casamento.

Arthur bateu na porta e entrou, vendo que a mesma não estava trancada.

–-- Mon amour... Vamos rápido para a igreja.

O vestido foi apresentado a Sakura. Era simplesmente um luxo. Bordado no torso até a cintura e cravejado de pérolas originais. O tecido no mais puro branco, como a mais limpa neve que poderia cair lá fora. Por cima dos ombros, havia uma manta de plumas peludas alvíssimas. Tinha mangas longas até o antebraço, de seda, com bordados em pérolas. Da cintura para baixo caía uma saia volumosa no estilo princesa, toda em seda pura.

–-- Oh, é lindo! –disse Catherine, a maquiadora. –É tão... luxuoso. –disse por fim.

Sakura deu um lindo sorriso.

–-- Vamos me ajudar a vestir? Preciso ser rápida. A limusine já está lá fora.

As mulheres a ajudaram a vestir-se.

–-- Não esqueça as luvas e o buquê. –disse uma delas, entregando a Sakura.

–-- Olhe só os cabelos rosa dela! –disse uma mulher, abismada.

Catherine pôs as mãos na boca. Era uma visão de um anjo.

Os cabelos de Sakura, que de lisos passaram a pouco volumosos na altura dos ombros. Usava um topete baixo e uma pequena coroa de diamantes atrás do topete.

–-- E então? –indagou Sakura, sorridente.

–-- Está impecável. –disse a mulher.

Sakura deu adeus para as ajudantes e foi em direção a limusine. Imaginou que Laurent estaria bufando. Ela estava verdadeiramente atrasada com aquele chilique de ir ao restaurante de lavanda.

~

Laurent Blanc estava em brasa. Os cliques dos fotógrafos, ainda que só os autorizados, o perturbaram incessantemente quando estava entrando no Château*, mas do que ter que esperar por sua noiva. Ele sabia que ia aparecer em todas as revistas de celebridades do país casando-se com Sakura. Era isso o plano dele, afinal. Então tinha que se comportar de acordo com o plano.

Sorria de canto sem mostrar os dentes e fazia sua melhor cara de sério e soberbo enquanto entrava no castelo com mais ou menos quatrocentos convidados amigos das famílias. Mas já estava esperando fazia meia hora. Os convidados estavam todos acomodados e esperavam a noiva atrasada. Laurent então começou a ficar ainda mais bravo, pois não queria escândalos nas capas.

Sakura estava irando-o.

Francis estava calado naquela noite. Olhava o castelo belíssimo onde o amigo fora casar com um olhar melancólico. O que fazia Cécile sentir-se como um fantasma ao seu lado, apenas sondando-o, sem poder chamar a sua atenção. Então depois pôs-se sentado a esperar para ver o momento em que Sakura ia entrar sobre o tapete vermelho e então o momento em que ela diria sim para Laurent Blanc.

–-- Francis... –murmurou Cécile quando arranjou coragem. –O que você... Tem? –conseguiu indagar.

–-- Nada, Cécile. –disse Francis, notando a presença esmagada da mulher ali.

Ele pensou que Cécile não gostava muito de holofotes e por um instante sentiu-se identificado com ela.

–-- São só esses flashes que nos abordaram quando chegamos ao local... Deixam-me meio tonto. –disse ele, pondo a mão no cabelo, com aquele sorriso fantástico.

Cécile não conseguiu argumentar mais nada, apenas sorriu timidamente.

De repente sinos finos começaram a soar para dar início à marcha nupcial. Francis engoliu em seco e preparou o seu coração, sem fitar o lugar de onde a noiva vinha.

Sakura entrou com o buquê, de braço dado com o seu pai Arthur, que estava todo orgulhoso da beleza infinita da filha. Aqueles olhos já tão expressivos eram maquiados levemente dando um ar de soberba e beleza. E o sorriso singelo dela encantava a todos no salão do castelo. Sakura apenas olhava para frente, sentindo em seu peito grande felicidade.

Ela imaginava que a avó teria casado daquela maneira. Com base nos relatos da mãe sobre como a avó tinha um relacionamento tão bonito com o avô que vê-la morrer de repente tinha feito a mãe ficar profundamente marcada...

Imaginava, ainda que não tivesse conhecido a avó, no que se passaria na mente dela ao vê-la casando.

Ela avistou Nicole, madrinha do seu casamento, piscando feliz para ela, do altar. Deu um sorriso singelo, observando o altar todo decorado com rosas brancas e beges.

Quando chegou ao altar ela olhou Laurent entusiasmada. O castelo era todo decorado de flores rosadas e brancas e uma multidão olhava boquiaberta para a mulher linda em frente e eles. Mas ela só conseguia ver Laurent.

Mas o homem estava apressado e tinha raiva demais naquele momento para fingir uma cara doce. Sakura teve um baque silencioso quando a marcha nupcial de repente parou e seu pai saiu dali, fitando-a ansioso. O casamento transcorreu pálido como Sakura estivesse sentindo a frieza de seu marido assolar seu coração.

Francis Morel conseguiu finalmente olhar para a mulher. Ele a tinha visto passar pelo tapete vermelho indo de encontro ao amigo. Sendo entregue a ele, para amá-la durante toda a eternidade. Mas estava vazio e não conseguiu ser atingido em cheio por aquela realidade.

Só depois de Laurent tê-la beijado, Francis a olhou. Seus olhos arregalaram ao perceber, depois de uma apatia anormal no início do casamento, o quanto ela estava bonita. Ele queria de repente poder dizer a ela como se sentia. Mas seu coração ficou calmo de repente. Estava percebendo que se acostumara a ideia de deixá-la para Laurent. De que o sorriso dela o deixava calmo.

Os noivos beijaram-se e foram para fora, aproveitar a festa ao ar livre. Que contava com um “teto” pois ainda nevava.

Laurent então depressa avistou o amigo. Tinha decidido que era bobagem o seu medo de que o amigo estivesse verdadeiramente apaixonado por Sakura. E que mesmo que fosse verdade, ele já estava casado com ela àquela altura. Nada poderia quebrar o que ele tinha conseguido. Ele estava ainda amargo pelo fato de Sakura ter se atrasado para o casamento, mas guardara aquela raiva para depois.

–-- Olá, Francis! –disse Laurent em voz alta, chamando o amigo que estava de braço dado com Cécile, bebendo algo.

Ele queria conversar com o amigo. Distrair-se. Olhar para Sakura dava vontade de discutir com ela pelo atraso.

Francis viu Laurent acenar e andou até ele, determinado a passar pór cima de s ua ansiedade para chegar perto daquele anjo em que Sakura estava transformada sem ter impulsos de beijá-la.

–-- Olá, Francis! –disse Sakura rapidamente, acenando com um sorriso que deixou Francis aliviado por um instante.

Ela sentia-se confortável em ver aquele rosto. O homem a tinha ajudado afinal, quando ela estava se sentindo desnorteada. Além disso ele ajudava Laurent a relaxar. O que era um milagre. E ela se sentia agradecida por ter Francis ali perto. Suspirou feliz.

Francis procurou dar um sorriso simplório para Sakura, sem deixar transparecer sua curiosidade de olhar a beleza dela. Então direcionou-se ao amigo.

–-- Olá amigo casado. –disse Francis, procurando distrair-se, acostumar-se, brincar.

Os dois começaram a jogar conversa fora. Francis estava disposto a conversar e criar mais e mais conversa com o amigo, a fim de evitar perguntar a Sakura como ela estava, ou conversar com ela. Ele sentia uma imensa vontade de falar com ela.

A noite passou como uma eternidade para Francis. Sakura no entanto estava muito feliz e queria mais, a noite havia durado pouco para ela. Chegando ao hotel luxuoso onde Laurent e ela passariam a noite de núpcias, ela o olhou bem, nos olhos.

–-- Laurent... Querido... –disse, com uma voz sôfrega.

Sakura viu que o homem, que estava virado para Paris olhando a janela de vidro e havia passado a viagem calado, estava estranho.

–-- O que você quer? –indagou ele, irritado com a voz dela. –Você foi naquele restaurante, Sakura, você se atrasou demais para o nosso casamento. Como se ele pouco importasse para você, não é? Eu nem posso pensar em como os jornais vão retratar isso! –gritou ele e Sakura se encolheu.

–-- Laurent... –murmurou ela.

–-- Eu vou tomar banho. Acho melhor para esfriar a cabeça. E também... –disse ele, com os olhos negros fitando-a, furiosos. –Eu tomo banho sozinho. Depois que eu for, você vai. –disse ele, suspirando.

Ele tinha um tom melhor no final da frase, mas Sakura já estava quebrada como um cristal. Ele estava menos nervoso e resolveu dar um beijo em Sakura, para tentar acalmar o olhar nervoso que viu nela. Mas ele ainda não podia falar com ela normalmente. Laurent tinha acessos de raiva que o deixavam irritado por um dia e achava melhor evitar as pessoas nesses tempos. Passou por ela, dando um beijo frio em sua testa, indo tomar banho.

Os olhos de Sakura encheram-se de lágrimas salgadas e gélidas, que pareciam virar gelo puro quando saiam de seus olhos, depois que o homem saiu de perto dela.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? (:



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