Under The Sea escrita por Mary


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hi :D
EU SEI QUE EU DEMOREI ;-;
E eu não tenho uma boa explicação para isso além de preguiça =q
Vocês sabem, esse cap já estava escrito,eu só não queria passar para o pc porque da MUUUITO trabalho para o meu ser humano.
Então, loves, perdão mesmo.
Podem me apedreja. E curtam o cap.



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Quando Tadashi acordou, não fazia ideia de onde estava. O céu azul foi a primeira coisa que viu, algumas nuvens pairavam imoveis, mas ele não sentia o frescor do vento, muito pelo contrario, estava com frio. Foi então que notou que, o que cia não era o céu, na verdade era apenas uma pintura.

"Legal, não é?" perguntou uma voz divertida.

O médico virou o rosto para o lado e viu Hiro ali pairando em toda sua gloria de tritão. Sua calda roxa parecia muito mais bonita e...

"Espera. Onde é que estamos?" perguntou confuso. Hiro piscou, parecendo suspreso por Tadashi não reconhecer o local.

"Ah, no fundo do mar. Você está dentro de uma das minhas invenções, - que é basicamente uma bolha de ar oxigênio." explicou o mais novo ao se lembrar que aquele cenário não era o seu habitual, com a mesma animação na voz que sempre continha...

"Como eu vim parar aqui?" questionou levantando uma sobrancelha.

Hiro desviou os olhos, entrelaçando seus dedos e os apertando um pouco, sua face se tornara um pouco rosa quando começou a dizer: "Sobre isso... Você sabe que os humanos falam que sereias atraem os homens com cantos com um 'beijo-da-morte' e comem ele? Bem, é verdade, não a parte de comer vocês, é claro, isso seria extremamente nojento" o tritão fez uma cara desgostosa. "É tecnicamente um truque de hipnotismo, eu nunca tinha tentado o beijo antes. Hey, funciona!" terminou animadamente, agora com as bochechas realmente rosadas.

"Você quer dizer que eu recebi seu... hã, primeiro beijo?" Tadashi perguntou sem jeito, o rosto de Hiro escureceu um pouco mais, sua calda se contorcendo em inquietude.

"Sim." respondeu enfim.

O silêncio pairou sobre eles para um curto momento até que algo clicou na cabeça de Tadashi em pleno entendimento.
"Você me sequestrou e está me usando como cobaia para uma das suas invenções?" questionou surpreso.

"Mais ou menos." confessou o tritão dando de ombros.

Tadashi encarou o outro com um olhar semi incrédulo e confuso, recebendo em trocaram olhar inocente, passaram minutos a fio nume guerra de olhares quando, de repente, Tadashi começou a gargalhar. Hiro apenas observou assustado, não acreditando que o humano estava rindo naquele tipo de situação, ele esperava tomar uma bronca do amigo.

Acabou sendo contagiado pelas vibrações divertidas e se rendeu a risada estonteante. Porque exatamente eles estavam rindo?

Hiro não fazia ideia, mas enquanto Tadashi não vestisse aquela expressão dolorosa outra vez, estaria tudo bem.

●☆●☆●☆●

"Então, porque você me trouxe para cá exatamente?" Tadashi perguntou com um sorriso simpático.

Hiro parou o que estava fazendo e sentiu-se ficar tenso sobre os olhos do amigo. Ele sabia que o humano merecia a resposta, senão, era capaz de Tadashi achar que o tritão estava mentindo para ele e que iria almoça-lo em breve. O jovem tritão suspirou, seus ombros caíram, ele colocou a caixa de vidro que segurava em cima da mesa de pedra e virou-se lentamente com uma expressão cuidadosa, Tadashi o analisou, ficando confuso.

"Não fique bravo?" seu pedido soou como uma questão por conta de sua insegurança, o humano acenou com a cabeça e Hiro suspirou outra vez, tentando relaxar o peso de seus ombros. "Eu queria te afastar de lá." soltou quase num sussurro. "É egoísta, eu sei, mas você parecia quebrado e eu queria... eu não sei... te afastar daquilo, cuidar de você." disse parecendo derrotado. "Você é meu melhor amigo, eu só queria te proteger."

"Hito, tudo bem." Tadashi falou, não querendo que o tritão se entristecesse.

"Sério?" a pergunta pingava incerteza, assim como o jeito que os olhos castanhos enormes e dilatados, o sulco entre as sobrancelhas, assim como o leve beicinho em seus lábios róseos.

O humano sorriu.

"Sim, tudo bem."

Os orbes do tritão se iluminaram como lâmpadas e ele sorriu presunçoso, correndo para uma área fora da vista de Tadashi, remexendo em alguns caixotes rapidamente, quando pareceu achar o que procurava, soltou um som agudo como um golfinho. Puxou a coisa para fora revelando um pequenino baú de madeira com talhados em outro e outros muitos detalhes delicados.

Hiro se aproximou balançando a cauda animadamente, ele sorriu para o rosto confuso de Tadashi e riu levemente.

"Tadashi, esta..." ele colocou uma mão na parte de cima do baú enquanto a outra o segurava. "... é a mais poderosa magia do nosso mundo, ela pode transformar humanos em tritões! Eu nunca vi, mas alguns do nosso povo antigo tinham parceiros humanos e..."

"Hiro."

"Você poderia morar comigo, eu não ficaria mais sozinho, seria muito divertido! E poderíamos..." Tadashi ofegou e Hiro levantou os olhos para o rosto estupefato do humano, "O que?" perguntou, meio surpreso.

"O que você quis dizer com 'não ficaria mais sozinho'?" questionou.

Hiro desviou os olhos lentamente, só agora notando o que estava derramando sobre o amigo, ele procurou uma saída em sua mente, com as engrenagens girando, então sorriu e voltou a olha-lo.

"Eu não disse isso." falou, virando-se de costas para Tadashi.

"Sim, você disse." insistiu.

"Nah, você ouviu errado." ele pôs o baú na mesa.

"Hiro, foi isso que você disse."

"Eu não disse isso!" gritou, batendo as duas mãos na pedra, apoiando-se nela logo em seguida.

Tadashi assustou-se onde estava, sentindo seu coração dar um salto e começar a correr. Os ombros do amigo tremiam e ele estava de costas para si, ele o observou por alguns momentos, acalmando a si mesmo com um suspiro.

"Pensei que você tinha dito que seu povo era uma família unida." disse suavemente.

Hiro não lhe respondeu de imediato, ele estava ocupado demais tentando parar o terremoto interno que seu corpo estava tendo, fungando uma vez antes de passar a mão no rosto.

"Eles são. Mas algumas vezes existem casos especias que precisam ser isolados." falou, cuspindo a palavra como se lhe desse gosto ruim à boca. "Eles acham que, se seu conhecimento é avançado demais, você é uma ameaça. Eles dizem que... Me disseram, quando meus pais morreram - meus únicos parentes sanguíneos -, a dor passaria com o tempo." ele fez uma pausa. "Mas isso nunca vai passar." gritou. "É a mesma dor! A mesma ferida!" o tritão se virou para Tadashi, seus olhos que sempre eram enormes amêndoas doceis estavam avermelhados e deles subia um fluido roxo que flutuava e sumia como fumaça.

Hiro chorava.

Hiro, o tritão extrovertido, estava sofrendo pela dor que lhe corroía o interior de sua alma.

"Hiro... por quanto tempo você tem estado...?"

"Alguns anos, talvez décadas, o tempo é estranho." respondeu sem humor.

O coração de Tadashi quebrou.

Ele queria abraçar Hiro. Fizer que tudo ficaria bem e que o protegeria. Queria beijar-lhe a testa e enconde-lo de todos, queria ficar e cuidar dele da maneira que o tritão merecia, porém...

"Hiro, eu não posso ficar com você. "Tadashi viu a mágoa brilhar nos olhos amendoados. "Eu sou o único médico da área. Pessoas vão morrer sem mim..." explicou.

O amigo não respondeu, nem parecia tê-lo escutado depois das primeiras palavras, parecia perdido em pensamentos demais para uma cabeça pequena demais.

"Eu entendo." sussurrou Hiro, o peito subia e descia com velocidade. Estaria ele com falta de ar? "Eu... preciso ficar sozinho agora. Você vai acordar na superfície logo."

Hiro pegou um frasco e o derramou sobre a bolha onde Tadashi estava, um cheiro estranho dominou o ar do interior e a visão do humano começou a embaçar, assim como seus sentidos.

"Hiro..." murmurou.

"Boa noite."

Tudo ficou escuro e os sons começaram a ficar mais baixos, ele sentia cada vez mais frio, antes de apagar completamente ouviu as três palavras curtas serem ditas e um soluço abafado.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço pedras néh? Eu sei.