The Past Must Be Forgotten escrita por Cold Girl


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, está não é a minha primeira fic, portanto eu espero ter melhorado minha escrita :)
Pode parecer um pouco confusa a historia agora, mas no próximo capítulo ela vai se encaixar melhor. Aguardem.
Essa fic, assim como as outras, é movida a comentários e recomendações. Posso ser eu a escrever, mas são vocês que a levam para frente.
Espero que gostem. Boa leitura.



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–Finalmente! – Eu digo, atirando a ultima mala de tecido claro no chão ao lado da minha cama.

Passados três horas eu finalmente havia conseguido terminar de tirar todas às seis malas do meu carro e trazê-las para o meu quarto. Eu estava, oficialmente, morando em outro lugar. Claro que foi difícil deixar meus pais e a minha avó, minha melhor amiga, mas era mais do que preciso. Eu precisava deixar de ser o “bebezinho” da casa de alguma maneira, mesmo que seja deixando minha cidade e todos os meus amigos para trás. Uma garota de cabelos escuros entra na porta carregando apenas duas malas pretas. Deve ser minha colega de quarto.

–Olá, eu sou Kat. Muito prazer. – Eu digo, esticando a mão em sua direção.

Seus olhos são de um verde incrível, quase como esmeralda. Ela olha para minha mão por alguns segundos antes de pegá-la e dar um sorriso forçado. Encaminha-se, então, para a cama no fundo do quarto. Larga as malas ao lado da sua cama e atira a bolsa na cama, me olhando.

–Prazer, Johanna. Agora que já nós conhecemos, que tal darmos uma volta por aí?

Eu dei um sorrisinho nervoso e olhei em direção as minhas coisas, todas ainda encaixotadas e amarrotadas. Johanna pareceu notar minha duvida, vindo até mim e pegando a minha mão.

–Deixa disso, você vai ter a noite inteira para arrumas as suas coisas. Falando nisso, meu deus, quanta coisa. – Ela disse, rindo baixinho.

Senti o alto das minhas bochechas corarem e acabei seguindo ela sem questionar. Era uma determinação minha: ser completamente o oposto do que eu era Portland. Mesmo que isso significasse ser impulsiva e ter atitudes perigosas, algo que eu não fazia ideia de como agir. Felizmente, minha colega de quarto parecia experiente no assunto. Ela me levou por um tour completo pelo campus, do refeitório à biblioteca, apontando de longe locais onde normalmente casais se encontravam e espaços próprios para festas.

–Nossa, como você sabe tudo isso se é caloura como eu?

–Minha irmã mais velha. Ela se formou aqui ano passado, portanto eu não tinha escolha sobre qual faculdade ir. Por mim, iria para NY ou Miami, aproveitar a vida de verdade.

Concordei com a cabeça e continuei caminhando. Johanna me contou sobre sua família que mora na cidade, sobre sua irmã, que está noiva, sobre seus vários namorados e sobre como quer arranjar alguém para levar para o casamento, dali a seis meses. Ela comentava sobre os garotos pelos quais passávamos e cumprimentou algumas pessoas pelo caminho, me apresentando também. Poucos foram interessantes o suficiente para eu conseguir lembrar seus rostos.

–E você, Kat? Conte um pouco da sua vida super agitada. – Ela fez um som de desdém ao pronunciar super, me fazendo levantar a sobrancelha para ela.

–O que quer dizer com isso?

–Nada, só que uma garota bonitinha como você, de vestidinho claro e botas, não me parece alguém muito aventureiro. Talvez eu esteja enganada, mas você veio para a faculdade para mudar esse jeitinho inocente que você tem, vindo da proteção constante que seus pais têm sobre você, certo? Acha que isso aqui é a liberdade pela qual você tanto ansiava e, portanto, pretende arranjar namorados, beber álcool pela primeira vez e transar até se cansar enquanto se forma. Errei alguma coisa?

Em seus olhos não havia maldade, apenas a pura verdade. Não tinha certeza sobre a ultima parte, mas até então ela estava certa. Eu era vista como a bobinha da escola e queria mudar isso. A raiva gerada pela forma como ela me desvendou em tão poucos minutos me fez me afastar dela, andando a passos pesados e tentando me lembrar de como voltar ao dormitório. Aquela porcaria de campus parecia um labirinto e eu não havia ido muito longe quando ela me alcançou, pegando no meu pulso e dando, outra vez, um sorriso forçado.

–Me desculpe. É que eu sou assim, falo as coisas sem pensar muito nos outros e acabo sempre causando uma má impressão. Meus amigos normalmente demoram a me entender, mas eu devia ter pensado antes de falar.

Seus olhos brilhavam e ela queria ser minha amiga. Suspirei e puxei meu pulso da sua mão, olhando em volta.

–Tudo bem. Agora, como eu faço para voltar ao maldito dormitório?

–É uma boa ideia. – Ela segura a minha cintura e nos gira, me levando na direção contraria. – Enquanto você se afastava eu recebi um convite para uma festa de boas-vindas mais tarde. Vai ser bem legal e você vai poder conhecer o pessoal, além de começar a riscar a sua lista de desejos.

Revirei os olhos para ela, mas acabei sorrindo, que foi retribuído pelo primeiro sorriso verdadeiro que vi em seu rosto.

–Tudo bem, mas amanha bem cedo eu vou começar a desfazer as malas.

–Kat, meu bem, você recebeu um premio do destino quando nos colocaram juntas. Não o desperdice tão rápido.

Eu dei uma risada junto dela enquanto voltamos aos quartos.

~

Eu estava há uma semana já na faculdade. Havia tido poucas aulas até agora, mas eu estava encantada com todos os professores, assim como Johanna. Nossa amizade estava crescendo conforme o tempo passava, mesmo depois dela ter me feito beber tequila como primeira experiência alcoólica. Eu passei mal e ela teve que me trazer para o quarto escondida, antes que algum supervisor visse, e enquanto eu vomitava tudo que tinha dentro do corpo, ela ria e dizia que era assim mesmo que se começava a vida. Ela ainda me pagaria por essa. Eu tinha um período livre, então decidi usá-lo para ligar para os meus pais, atualizá-los sobre como eu estava antes que eles decidissem aparecer no campus. Fui até um local calmo em meio as arvores e me sentei num banco, ligando para o numero de casa.

–Alo?

–Filha! Como você está? Por que não tem atendido ao telefone? Como está tudo aí?

Eu suspirei e tentei reunir toda a minha paciência para falar com a minha mãe.

–Está tudo bem, mamãe, eu só estive muito ocupada desfazendo as malas e me adaptando ao local. Mas eu estou ótima, até amizades eu já havia feito.

Era verdade. Graças a Johanna e sua incrível habilidade de ser educada quando bebia, a maioria das pessoas nos conhecia agora. Eram amizades distantes, mas ainda eram amizades. Normalmente comíamos com dois amigos seus de escola e uma garota roqueira chamada Mandy, que reclamava sobre quase tudo da cidade. Ela era legal, apesar disso. Conversei com minha mãe durante quase uma hora e, só após prometer ligar mais frequentemente, sem nenhuma intenção de cumprir, pude desligar. Estava me levantando para voltar para quarto quando um garoto moreno me abordou. Ele era incrivelmente alto e muito bonito, seus olhos azuis brilhavam contra o escuro gerado pelas arvores e eu fiquei sem palavras.

–Kat?

–Co... como sabe o meu nome?

–Eu estava procurando por você. – Ele deu um pequeno sorriso, o que só aumentou minha timidez. – Você é Katherine Everdeen, certo? – Eu concordei com a cabeça, ainda incapaz de falar. – Eu... bom, eu conheci a sua avó.

–Do que você está falando? - Eu disse pela primeira vez alerta.

–É uma longa historia, mas se você puder, por favor, eu gostaria de explicar.

Eu olhei em seus olhos e algo neles me fez concordar. Ele poderia ser um assassino ou estuprador, mas eu não estava muito preocupada com isso no momento.

–Bom, o meu nome é Peter Mellark e eu tenho certeza que isso aqui pertencia a sua avó. – Ele segurava um envelope de papel pardo amassado e entregou-o a mim.

Eu peguei o papel e o desenrolei até tirar de dentro uma espécie de agenda. Ela tinha a capa de couro azul e parecia muito velha. Com cuidado, abri a primeira pagina e ali havia a autoria da minha avó, a sua bela assinatura, e alguns pingos pequeninos de sangue próximos à borda.

–Eu não entendo. Como você tem isso aqui? E por que está sujo de sangue?

–Pode parecer estranho, mas a sua avó e o meu avô se conheceram, mais ou menos quando tinham a nossa idade.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem muito para eu postar o próximo capítulo logo.
Caso alguém queira ler a minha outra fic, ela se chama "Pagina 10", também inspirada no mundo da Katniss/Peeta.
http://fanfiction.com.br/historia/480919/Pagina_10/
Até a próxima.