Castelos escrita por The Green


Capítulo 2
Olhos de Medo




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Ela estava frente a frente com o chefe dos exércitos, não imaginara que era tão atraente. Ele estava confortavelmente sentado no seu trono, o ipê mágico reluzia, acentuando a formosura do rei.

Tinha longos cabelos negros com uma mecha branca que ficava na direção do olho direito onde tinha uma cicatriz, um arranhão feito pelas garras da poderosa Flora, a mãe de todos os híbridos.

Aquela cicatriz representava a grande vitória de Mendragon, por isso hoje os híbridos são escravos . Avelar era filha de uma vampira e um híbrido, mas herdara os poderes de caça da mãe.

Ele a olhava calado, observava sua respiração. Ela certamente estava apavorada, qualquer movimento errado ou palavra dita de forma ofenciva e ela saíria de lá morta. Seu coração pulsava muito forte, a sala muito bem iluminada estava cercada de soldados e ela estava sozinha no centro, o silêncio começou a sufoca-la, quando respirou fundo e perguntou: “Senhor Mendragon, chefe dos exércitos, poderoso nas batalhas, qual o motivo de chamar essa humilde serva em sua presença?” Ele levantou-se com um leve sorriso, desceu dois degraus de uma escada com dez que ficava a frente do trono e disse levantando os ombros: “Achei que ficaria muda para sempre o que seria uma pena, pois eu teria que matá-la logo... E desceu os outros degraus diracionando-se a frente de Avelar que tinha a respiração ofegante e não conseguia olha-lo nos olhos. Ele tocou no queixo dela para faze-la levantar o rosto e olhar nos seus olhos e lhe disse suavimente: “Você não tem por herança o direito de participar do torneio, não poderá nem ao menos aprasentar-se aos juizes. E olhou apara ela com dó .“Você tem sangue de escravo.”

Agora ela respirava mais fundo ainda, ele apenas olhava quando ela propôs: “Posso ter sangue de escravo, mas o que predomina em mim é o poder de uma caçadora. Eu posso lhe provar, seja o Senhor meu juiz?!” Ela estava desesperada, muitas lágrimas rolavam do seu rosto, porém estava com o fisionomia neutra, não esboçava nenhuma reação.

Mendragon parecia furioso quando disse, puxando o punho dela com tanta força capaz de arrancá-lo: “ Você é realmente muito audaciosa como dizem, você quer me provar algo.” Então soltou e virou-se de costas e andando em direção ao trono continuou: “Mate todos os soldados presentes nessa sala, são duzentos no total, se conseguir” Sentou-se no trono e pegou um cálice que estava ao lado, tomou um golhe, dirigiu para ela um olhar malicioso: “Estará no torneio, pois eu fui seu juiz!

Ela olhou em sua volta, viu todos os soldados a encarando, não podia perder aquela chance, se sua vida era tornar-se uma Adaga, não seria vão arriscá-la para conseguir realizar seu maior sonho. Então ela desamarrou o nó que prendia sua capa, lanço-a no chão dizendo, olhando profundamente nos olhos de Mendragon: “Eu aceito o desafio.” E tranformou-se.

A face ganhara um fucinho com pelagem branca, os dentes afiados a mostra, os olhos avermelhados, todo o corpo se tranfigurou na figura de um lobo sobre duas patas. As mãos ganharam enormes garras e nas palmas um buraco de onde emanava poder telepático.

Quando Mendragon percebeu que a transformação tinha acabado, levantou a mão direita e estalou os dedos, tão logo o centro da sala tornou-se um campo de batalha. Era difícil ver o que acontecia exatamente, a imagem do lobo tinha sumido, imersa pelos soldados, também transformados. Tudo o que Mendragon conseguia ver eram feixos de luz branco que vinham do centro e sangue que espirrava por toda parte. Quando um Murtiço morre ele instantaneamente torna-se pó, logo a sala tinha um chão de areia e no centro só restava Avelar, de joelhos extremamente exausta, segurava o braço esquerdo, pois estava quase decepado.

Mendragon estava impressionado, levantou-se e aplaudiu, mas a peeira não resistiu muito e caiu sobre a areia. O rei assustou-se um pouco, não esperava que a menina morresse assim, logo depois de mostrar-se tão forte. Poderosamente ele desfilou sobre o pó, passou indiferente por Avelar, abriu a grande porta de ouro e disse ao soldado que a guardava: “Vá chamar minha filha Ithely.”


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