Meu Anjo 3: Rumo ao Paraíso escrita por Kurosaki Daniel


Capítulo 4
Capitulo 4 - O Anjo corrompido




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Matsumoto se deixa levar por sua raiva e começa a se preparar para enfrentar Gin que simplesmente observa sua amiga pacientemente.

Toushirou sente o ódio de Matsumoto crescendo cada vez mais e se prepara para interferir.

– Hitsugaya-sama, por favor. – diz Matsumoto. – Siga o Ichigo.

– Você ficou louca, Matsumoto. – diz Hitsugaya.

Ele sabe o quanto de influencia Gin possui sobre ela e o quanto ela pode ser afetada por culpa de seus sentimentos, mas ao observar o rosto dela ele nota que não adianta insistir.

– Não se esforce demais.

– Não confia em mim? – diz Matsumoto com um falso sorriso, quase como se quisesse passar um pouco de confiança para Toushirou, e para si mesma.

Os dois tentam passar por Gin que apenas observa Toushirou passando e se protege do golpe de Matsumoto com seu braço e quando ela tenta lhe acertar um chute Gin esquiva indo para trás.

– Parece que deixei um escapar, eu acho que o Aizen ficara decepcionado.

– Não me venha com essa, eu sei que deixou ele escapar de propósito.

Gin continua com seu sorriso vazio em seu rosto e Matsumoto volta a tentar atingi-lo, mas volta a falhar e quando tenta pela quarta vez atingi-lo ela nota algo.

– Por que não revida?

– ... – Gin apenas levanta seus ombros como se não entendesse ou não soubesse responder.

– Esta brincando comigo?

– Saberá a resposta disso se me derrotar. – diz Gin.

– Como quiser.

Matsumoto volta a tentar atingi-lo e quanto mais ela tenta, mais se cansa e não consegue acertar nenhum golpe em Gin que sempre se esquiva e a deixa se desgastar sozinha.

Após muito tentar, Matsumoto começa a se sentir cansada e Gin se aproxima.

– Será que consegue me entender agora?

– Calado...

– Eu estou realmente espero que entenda o meu ponto nessa história. – diz Gin.

Matsumoto se irrita e acerta uma tapa no rosto de Gin tentando afasta-lo. Logo que nota o que acabou de fazer Matsumoto apenas fica parada próxima de Gin.

– Você pelo menos sabe o quanto aquilo me perturba? – diz Matsumoto quase se deixando chorar.

– Não consigo imaginar.

Matsumoto perde a cabeça e acerta um soco direto no rosto de Gin que aceita sem se proteger ou esquivar

– Sabe pelo menos o que aconteceu de verdade?

– Aizen roubou todos os bens da sua família deixando você pobre, sem casa e ainda quando você quis impedir foi molestada e por pouco não foi morta. – diz Gin ainda com seu sorriso vazio.

Matsumoto se impressiona com o quão frio Gin se tornou por mencionar tudo aquilo como se fosse tão normal, tão simples. Tudo aquilo que sempre assombrou seus sonhos e atormentou a sua vida há anos e ele menciona como se não fosse nada demais.

– Você... era especial para mim. – diz Matsumoto se encolhendo enquanto chora.

– Você... – diz Gin levantando o rosto de Matsumoto. – Você ainda é especial para mim.

Matsumoto se enfurece com Gin e puxa um revolver contra ele.

– Não me venha com essa Gin! – diz Matsumoto perdendo a cabeça.

– Não acredita em mim?

Matsumoto da um tiro que passa de raspão no rosto de Gin, como se estivesse respondendo sua pergunta com aquela atitude fria e agressiva.

– Sabe Ran...

– Não ouse me chamar assim!

– Certo. – diz Gin. – Mas sabia que não possui apenas um a forma de chegar até o Aizen nessa mansão?

– O que você quer dizer?

– Seria muito irritante se tentássemos seguir o caminho até nossos postos e acabássemos ativando alguma armadilha, não acha?

– Aonde você quer chegar?

– Cada sala possui um caminho secreto que nos leva direto para a próxima sala, logo existe um caminho secreto para você chegar até o Aizen direto, sem passar por nenhum desafio ou atrapalhar o jogo deles.

– Jogo? Isso o que a vida da Rukia significa para vocês não é? – diz Matsumoto. – Foi isso o que eu signifiquei pra você?

Gin acaba por notar uma brecha em Matsumoto e arranca a arma de suas mãos e aponta contra Matsumoto que simplesmente observa.

– Parece que estou na vantagem agora. – diz Gin.

– Pois bem... – diz Matsumoto abrindo os braços e fechando os olhos. – Atire.

Gin se impressiona com a atitude dela e fica meio apreensivo e não consegue reagir.

– Anda logo Gin. Atire de uma vez e acabe com isso.

– O que você esta fazendo?

– Estou aceitando a morte. – diz Matsumoto enquanto começa a encarar Gin. - Se quiser me matar faça isso logo. Mostre que você foi completamente corrompido por aquele maldito do Aizen.

– Como vou saber que não esta blefando?

– O que eu ganho blefando? Você esta com a arma, o menor movimento que eu fizer e... BANG! - diz Matsumoto. – Você atira e me mata sem me deixar reagir. Se me permite dizer, se quiser atirar que seja aqui. – diz Matsumoto apontando para seu peito. – Assim pelo menos terminara o serviço.

Gin continua a observar o rosto de Matsumoto e acaba por se aproximar e acerta um golpe contra seu pescoço a fazendo começar a perder a consciência.

– Me desculpe, mas não planejo jamais terminar esse serviço.

Matsumoto acaba por cair sobre o Gin que a deixa deitada no chão e puxa uma carta e a deixa com ela.

– Espero mesmo que possa entender o meu ponto, Rangiku.

Gin observa uma parede perto dele e encosta para abrir a passagem secreta que ele havia mencionado, mas ao entrar ele decide se certificar de uma coisa e nota que a arma de Matsumoto estava descarregada.

– Ela realmente me enganou dessa vez. – diz Gin meio preocupado.

Aos poucos ele começa a se lembrar de alguns momentos sombrios de seu passado. Uma garota loira que chorava ao ver seus bens sendo levados enquanto ela estava sendo segurada por dois homens e um terceiro a observava. Pouco depois a garota tenta se soltar e acaba sendo atingida em cheio em seu rosto o que a joga no chão e ela começa a chorar e implorar para que eles não a roubassem.

– “Isso é tudo o que eu possuo deles”. – diz Gin se lembrando. – “São minhas únicas lembranças dos meus pais”.

Gin se impressiona por lembrar-se das palavras da garota, isso logo antes do terceiro ladrão acabar dando uma ordem que a fez entrar em pânico. Logo depois ela foi arrastada para dentro de sua casa e não se podia ouvir nada além de seus gritos.

Pouco depois de eles irem embora, Gin se lembra de ter entrado na casa da garota e encontrado ela, em uma cena terrível. A garota estava com suas roupas completamente rasgadas, seu corpo cheio de feridas enquanto ela estava desmaiada.

Quando Gin a acorda ela se aproxima dele e o abraça começando a chorar.

Após essas lembranças passarem em sua mente Gin abre seus olhos e demonstra um olhar mais sério.

– Realmente, isso me motivou a me unir a ele. – diz Gin com um tom sério.

Quando ele chega à sala aonde Aizen esta ele se aproxima para dar seu relatório.

– Eu venho aqui avisar que Ichigo acabou de passar por mais um desafio e atualmente está prestes a chegar aqui.

– Então ele já passou por todos os outros desafios?

– Exatamente, mas também quero avisar que Toushirou esta seguindo ele.

– Quer dizer que ele terá alguma ajuda?

– Parece que sim.

– Que bom, se não seria muito fácil, não acha?

Diz Aizen olhando para trás, Rukia esta acorrentada e com suas roupas levemente rasgadas.

– Por que você quis que ela ficasse assim?

– Podemos dizer que eu quero ver o ódio de Ichigo explodir. Veremos o quão perturbado ele ficará de imaginar o porquê dela estar desse jeito.

– Entendo.

– Escute Gin, não tem mais nada que queira mencionar?

Gin se pergunta se deve mencionar sobre a Matsumoto desmaiada na sala, mas ele decide se manter quieto.

– Não. Mais nada.

– Certo. Pode ir então, fique preparado para quando eles chegarem a esta sala.

– Como quiser.

– E tente cuidar dessa ferida. Pode ser apenas de raspão, mas um tiro é um tiro.

Gin se desespera e apenas fica parado enquanto pensa em algo para dizer, até que ele simplesmente deixa Aizen sozinho naquela sala.

Aizen volta a observar a sala enquanto espera por Ichigo.

Enquanto isso, Ichigo continua seu caminho até a sala de Aizen, até notar que esta sendo seguido. Logo que ele para e espera para ver quem o seguia ele nota que era Toushirou.

– Toushirou, o que houve?

– Matsumoto pediu para vir com você e deixa-la sozinha.

– O que? Temos que voltar.

– Não podemos.

– Mas Toushirou...

– Ichigo, assim como a luta contra o Aizen é algo pessoal para você, a chance de derrotar o Gin é algo pessoal para ela. – diz Toushirou mais sério.

Ichigo fica quieto por um momento, ele percebe que Toushirou está tão preocupado quanto ele.

– O que houve entre eles? – diz Ichigo preocupado.

– Gin e Matsumoto são amigos de infância, parece ele era o único amigo dela e ela começou a sentir muita afeição por ele. Porém... – diz Toushirou se segurando para não se irritar. – Parece que alguns anos atrás Matsumoto foi roubada.

– Roubada?

– Levaram as heranças dos pais dela e destruíram praticamente toda sua casa e quando ela tentou pedir que deixassem as heranças os ladrões acabaram pedindo algo em troca.

– Como assim algo em troca?

– Eles pediram que ela entregasse seu próprio corpo em troca de suas heranças.

Ichigo simplesmente se enfureceu como poderia haver alguém tão cruel e desumano assim? Mas ele preferiu esperar terminar.

– Parece que ela se recusou e logo eles a molestaram e tentaram mata-la, porém, ela apenas ficou inconsciente. Logo o Gin a encontrou e ela tentou esquecer isso. Mas alguns meses depois Gin desapareceu sem dar noticias.

Ichigo se irritou e começou a pensar no que havia acabado de ouvir e logo começa a juntar as peças até que ele decide perguntar.

– Sinto que vou me arrepender da resposta, mas... – diz Ichigo preocupado. – No caso, um dos ladrões era o Aizen certo?

– Exatamente.

– E o Gin disse já o porquê ele decidiu se unir ao homem que trouxe tanta dor a Matsumoto?

– Quando ela perguntou se ele sabia o que ele havia feito, Gin apenas disse que foi exatamente por saber disso que ele se uniu ao Aizen.

Ichigo começa a pensar sobre essa frase e acaba se irritando com Gin, mas ele decide seguir em frente.

– Vamos indo. – diz Ichigo.

– Você parece que sabe de algo.

– Eu sinto que sei o que ele quis dizer, mas se eu estiver certo eu mesmo irei dar uma lição nesse idiota.

Ichigo segue o caminho até a próxima porta e quando chega sua surpresa aparece logo na anotação da porta.

“Finalmente, os portões do paraíso o esperam. Apenas uma tarefa final para decidir seu destino. Céu ou Inferno? O que será?”

Ichigo abre a porta e observa que essa sala possui uma porta no final que logo acaba se abrindo e dela sai Aizen.

– Finalmente resolveu aparecer. – diz Ichigo.

– Na verdade, eu sempre estive aqui, apenas você que demorou muito para chegar.

– Onde esta a Rukia?

– Na próxima sala, mas se quiser vê-la... – diz Aizen e acaba por puxar uma foto e joga-la na frente de Ichigo.

Ichigo perde a cabeça ao ver o conteúdo da foto, Rukia em seu estado atual e totalmente ferida.

– Ichigo, se acalme. – diz Toushirou.

– Pro inferno, Toushirou. Eu não vou me acalmar até arrancar a cabeça desse desgraçado.

Ichigo se deixa levar pelo ódio novamente e parte para cima de Aizen, porém, logo antes de atingi-lo ele ouve um disparo de um tiro.

– O que houve? – diz Ichigo.

– Deveria ser um pouco mais educado. – uma voz surge na sala, uma voz familiar.

Ichigo reconhece a voz de Gin e apenas procura por seu outro adversário até que, de repente, Gin aparece saindo da passagem secreta da parede.

– Gostou do meu truque. – diz Gin.

– Gin, o que você fez com a Matsumoto? – diz Toushirou.

– Bom, ela esta descansando no momento.

Toushirou fica irritado com o comentário de Gin e tenta partir para cima dele, mas Ichigo o impede.

– Gin, me responda. – diz Ichigo. – Qual o verdadeiro motivo de você seguir o Aizen?

Gin solta um sorriso animado e abre seus olhos de forma sinistra.

– Que bom que perguntou. Eu decidi me unir a ele após o que ele fez a Matsumoto. – Aizen começa a ficar meio perturbado pelo comentário. – Eu sempre quis demonstrar minha gratidão.

Ichigo começa a notar seus sentimentos reais e acaba se irritando.

– Sabe que não era a única saída.

– Eu fiz minha escolha Ichigo. E hoje... – diz Gin apontando a arma contra o Aizen. – Vou receber o pagamento pela minha escolha: minha vida pela vingança que eu sempre busquei. Esse anjo corrompido finalmente pode bater suas asas e voltar para sua casa.

– Gin... – Toushirou fica confuso.

– Sabe muito bem que podia ter ajudado ela estando com ela, e não buscando vingança.

– Sabe muito bem que não conseguiria fazer isso, somos iguais nesse ponto Ichigo. Agora vá resgatar sua amada Rukia. Eu tenho contas a acertar com ele.


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Notas finais do capítulo

Finalmente chegando ao climax da história, não sei se o próximo capitulo será o último, porém, se não for será o penúltimo.
Enfim, espero que estejam gostando da reta final dessa fic, logo irei postar o final dela.



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