As Linhas Que O Destino Escreveu (Anjos e Humanos) escrita por Háryta13


Capítulo 7
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oieee !!! Quero agradecer a nova leitora Yue Sakura Sama, que comentou quase todos os capítulos , e por isso te adoro linda ! Espero que gostem desse capítulo gente, eu fiz com muito carinho, comente e logo postarei o próximo ! Boa leitura !



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No dia seguinte Elisa despertou e percebeu que havia adormecido nos braços de Arthur. Os dois acabaram dormindo no sofá do hall de entrada. Ele tinha um sorriso tranquilo no rosto e a apertava com carinho. 


— Arthur!_ Sussurrou o encarando.

— Oi!_ Abriu os olhos sonolento._ Isso tudo é destino.

— O que?

— A gente, é a segunda vez que acordamos abraçados. Significa que o destino nos quer juntos.

— Você acredita em destino ?_ Perguntou intrigada.

— Em Deus que não vou acreditar né!

— Mas você morava com Deus, por que não acredita nele?

— Não é ele que faz as coisas, é o seu filho! Deus só dá as ordens. Por isso eu acredito nas pessoas que fazem o trabalho para ele. E o destino...eu acredito nele sim.

— Entendi, eu acabo não acreditando em nada disso._ Arthur acariciou as bochechas dela.

— Acredite em mim!_ Puxou o corpo dela pra mais perto.

— Eu acredito em você. _ Fechou os olhos e beijou o rosto dele.

Arthur sorriu e Elisa retribuiu.

— Voltando ao primeiro assunto. Nós precisamos ficar juntos.

— Talvez. Mas não tenho certeza.

— Ok. Eu vou esperar até que esteja pronta. _ Seu sorriso era doce e o amor transbordava em seus olhos._ Você tem que ir pra aula né?

— Ainda tá cedo, vamos ficar mais um pouco.

— Por que você fica assim comigo?

— Assim como?

— Sentimental. Você gosta de mim né?

— Sim, mas não tanto quanto você.

— Hum! Verdade, as coisas estão indo muito rápido, nem deu tempo de você pensar. _ Ela assentiu e se levantou.

Se ficasse mais tempo ali iria soltar a língua. Subiu pro quarto e tomou um banho rápido. Vestiu uma calça jeans preta com suspensório, uma blusa de zebra cavada por dentro da calça, um coturno vermelho sangue e um chapéuzinho combinando com o sapato. Pegou sua mochila e desceu.

Arthur estava arrumado também, usava uma blusa social branca com as mangas dobradas, calça jeans preta com correntes e um all star. Seus cabelos estavam molhados.

— Vamos tomar café da manhã perto da escola._ Disse Elisa enquanto escovava o cabelo.

— Ok._ Ela largou a escova na bancada da cozinha e saiu com Arthur. _ Você sempre deixa suas coisas em qualquer lugar?

— Sim, mas eu guardo depois. Tem algum problema com isso?_ Seus passos eram tranquilos.

— Não. Se eu achar uma calcinha ou qualquer coisa do tipo vou pegar pra mim.

— Pff! Tá. _ Revirou os olhos sem dar importância. _ Você vai me levar de carro, ou de moto se preferir.

Ela abriu o enorme portão de aço da garagem com um controle e o queixo de Arthur caiu. Era muito carro só pra três pessoas. A maioria era conversível de marcas e cores diferentes. Tinham limosines, alguns carros de luxo e outros importados. As motos eram todas altas, com tanques grossos e motores potentes.

— Escolhe Arthur. _ Bateu seu ombro no dele.

— An? Escolher? _ Olhou pra ela assustado.

— É, pode ser qualquer um, não vai fazer falta. Esse aqui é da minha mãe _ Apontou para um carro de luxo prateado. _ Esse é meu_ foi até um conversível azul marinho com estofado bege de couro._ E esse é do meu pai._ Apontou pra um conversível vermelho com capota.

Arthur assentiu e foi até uma moto.

— Vamos no seu carro e depois eu decido com seu pai qual a melhor moto pra mim._ Piscou e foi até o carro.

Elisa pulou a porta e se sentou no banco do passageiro. Arthur entrou e o olhou encantado, depois deu a partida e saiu da garagem. O carro era muito rápido mesmo a 40 por hora.

Elisa foi indicando o caminho pra escola e logo chegaram. Foram pra lanchonete ao lado e pediram o café da manhã.

— Como é sua escola?_ Perguntou.

— Hum...Ela tem armários no corredor, os alunos decoram a portinha do jeito que quiser. As salas são dos professores e a gente troca  toda vez que bate o sinal. O pátio é grande e tem umas mesas. Tem quadra de basquete, campo de futebol, pista de corrida, quadra de tênis e uma área verde. O refeitório é legal e nas mesas cabe a turma toda. Minha sala é o big hell, mas eu gosto dela. Ah, e a comida não é tão ruim.

— Legal, não vejo a hora de entrar pra faculdade.

— Não fala assim porra!

— O que?

— "Não vejo a hora de entrar pra faculdade "_ Imitou a voz dele._ Parece até um nerds falando! Vai por mim, ninguém gosta de nerds.

— Ah, tá! Então, a faculdade deve ser foda! Vou pegar todas!_ Imitou malandro.

— Tá, melhorou! Mas nem pense em pegar ninguém! _ Puxou a gola de sua camisa e cerrou os dentes.

— Ei, eu tenho olhos só pra você! _ Deu um selinho nela, levando um tapa em seguida._ Ahhh, puta que pariu! Você é louca!

— Isso aí! _ Disse e Arthur ficou com cara de ponto de interrogação. _ Tchau, vou pra aula.

— Tchau...amor!_ Mandou um beijo no ar pra ela.

— Idiota._ Deixou dinheiro na mesa e bateu a porta do café.

Arthur a olhou pela janela, de lá podia ver ela entrando pelo portão da escola e encontrando Andrew.

Ele pagou tudo com o dinheiro que Elisa deixou e saiu.

Andrew

Alô? _ Acordei com o celular tocando.

— Andrew Dennis né?

— Sim. Quem é? _ Era uma voz e número diferente.

— Aqui é o diretor do YouTube. Tô ligando pra dizer que seu canal chegou a um milhão de inscritos e estamos mandando seu quadro.

— O quê?  Chegou a um milhão? _ Fui correndo pro computador e abri o YouTube. Sim. Chegou a um milhão.

— Sim. Parabéns e até mais!_ Desligou.

Nossa véy! Eu não tava preparado não. Quando eu criei esse canal nunca pensei que teria inscritos.

A história é assim, desde pequeno eu vivia cantando todo tipo de música e o povo falava que eu era bonito e minha voz também, mas tipo, eu nem liguei, por que sabia que os adultos só falavam isso pra deixar a criança aqui feliz .

Mas, depois de um tempo meus amigos também começaram a falar isso, aí com uma forcinha da Juliet criei esse canal no YouTube, fim! Não, fim não!  Eu comecei o canal cantando a música de abertura dos power rangers por que eu queria ser um. Sim! Eu cantei essa música. Só que pera! Eu tinha um coleguinha que tocava guitarra, então ficou bem rock n'roll e também foi assim que eu comecei a gostar de rock, ah, eu tinha 13 anos quando criei o canal, ou seja, ele tem quatro anos só.

Com o decorrer do tempo eu comecei a cantar covers das bandas de rock que eu gostava e continuei sendo foda cantando abertura de desenho. Um dia o Ethan chegou em mim e disse: "Cara, canta aquela música daquele anime que eu gosto!", aí eu respondi: " Mas mano, eu não sei japonês! " - Ele virou as costas e esqueceu a idéia, mas eu continuei com ela! Seria uma boa cantar abertura de anime também.

Com isso, eu resolvi aprender japonês nas férias, já que eu não ia fazer nada mesmo. Pode falar, eu sou um prodígio!  Sério, não tô mentindo, em três meses de férias eu aprendi a falar japonês fluente e decorei as aberturas dos animes preferidos do Ethan.

A partir daí comecei a investir no canal. Comprei um microfone proficional, daqueles de gravadoras, sabe? Sabe. Comprei uma câmera mó foda e arrumei um canto no meu quarto pra enfeitar e gravar. Depois disso meu público começou a crescer e hoje tô com um milhão de inscritos. Yeeee!

— Menino! Menino!_ Minha noona tava me cutucando. Ela é a dona do orfanato e me considera seu filho, só que eu chamo ela de noona por que gosto do som da palavra.

— Noona! Meu canal acabou de chegar a um milhão de inscritos e eu vou ganhar uma placa de prata com aquele símbolo do YouTube! _ Ela sorriu e me abraçou.

— Eu sabia que você faria sucesso meu filho._ Se afastou e Afagou meu cabelo. _ Parabéns!

— Obrigado noona!

— Agora vai pra aula!_ Fez sua melhor voz brava e foi pra cozinha.

Ok. Vou tomar banho.

O meu quarto é no sótão, onde tem aqueles lixos e tal, que nem nos filmes, mas na verdade tem minha cama, um criado mudo, o guarda roupa, o banheiro (eu sou chique, meu sótão é suíte), minha mesinha pra fazer tarefa e compor músicas (sim, eu escrevo minhas músicas também), minhas prateleiras de livros (eu tenho livros em várias línguas diferentes, principalmente em japonês, por que tô aprendendo a escrever aqueles risquinhos. Eu sei o nome tá! ) e as paredes, onde tem uns quadros meus com a Elisa e o Ethan, e, que logo vão ter um quadro do YouTube.

Depois do banho vesti uma calça jeans azul clara, uma regata preta(pra mostrar que sou maromba! Mentira, é que tá calor) e um all star de cano longo vermelho. A barra da calça eu dobrei pra aparecer o tênis, não sei se ficou bonito, mas pra mim tá ótimo. Peguei minha mochila e joguei nas costas descendo as escadas correndo.

Todo mundo tava enchendo o pandú e eu quase fiquei sem nada! É muita criança, meu Deus!

— Que po..._ Vovó me fuzilou com o olhar. Esqueci que aqui só tem criança e não posso xingar!  Isso que dá ser mais inteligente que seus pais. Ninguém quis me adotar só porque eu sou lindo, inteligente e talentoso! (não tô brincando) _ Que pobrezinho sou eu, vocês vão comer tudo e não deixar nada?

— Não adianta Andy! A gente sabe que você ia falar po..._ Kate tampou a boca de George.

Haha, essas crianças! Vou dar no pé se não sobra pra mim! - Peguei uma maçã  e saí.

— Andrew Dennis volte aqui!_ Minha noona puxou minha mochila. FO-DEU! Foi bom conhecer vocês, vou me lembrar dos bons momentos e..._ Nós vamos ter uma conversinha mais tarde!

— Conversinha, hein? Não precisa noona, eu já sei o que é uma camisinha._ Sorri me soltando dela.

— O que eu faço com você garoto?

— Me deixa ir pra escola, vai!_ Apertei as bochechas dela fazendo voz fofa.

— Vai logo! Mas vê se lava essa boca lá! _ Pisquei e respondi.

— Não vai dar não! _ Acenei.

Corri até o metrô e entrei em um trem. Me sentei e coloquei os fones no ouvido. Depois de um tempo eu desci e voltei a correr. - Cheguei na porta da escola e não encontrei Elisa, então entrei e fui pro meu armário. Peguei umas coisas e guardei outras.

— Oi Andy!_ Argh! Essa puta de novo!

— Oi Alexy._ Cuspi as palavras.

— Cadê sua namoradinha? Será que ela te largou?! _ Deu uma piscadela.

— A Elisa? Há, ela não chegou ainda se você quer saber._ Me virei, mas ela me puxou e olhou em meus olhos.

— Vai ter uma festa lá em casa sexta à noite! Você tá convidado gostosão!_ Me puxou pela nuca e beijou meu rosto, saindo em seguida. Cara, não dá pra fazer nada! Ela é gostosa pra Caralho, mas a chatice supera, então...

— Valeu, mas eu tenho outro lugar pra ir._ Saí e ela fez uma careta.

Ô Deus! Essa garota não larga do meu pé, que inferno! - fui pra fora e encontrei Elisa.

— Como se sente Andy?_ Perguntou sorrindo.

— Bem, mas por que a pergunta?

— Seu canal chegou a um milhão de inscritos Ué! Temos que comemorar._ Me abraçou e eu retribuí.

— O que vamos fazer pra comemorar?

— Sei lá!  Até sexta-feira a gente decide._ Eu assenti e ela deu uma olhada pra lanchonete ao lado da escola. Quem está lá?

— Quem está lá Elisa? _ Coloquei minhas mãos uma de cada lado de sua cabeça e a olhei nos olhos.

— Arthur. Eu estava lá com ele._ Piscou e fechou os olhos.

— O que tá rolando? _ É a curiosidade!

— A gente se gosta, mas eu não tô segura pra namorar ele agora._ Entramos na escola.

O quê?  Não entendi! 

— Você tipo, sente "borboletas no estômago "?_ Fiz as aspas com os dedos.

— Borboletas?! Onde ouviu falar isso? _ Deu uma risada. _ Meu coração bate mais forte, e sei lá, tenho vontade de beijar ele toda hora.

— Eita, isso aí tá sério!  Ele já disse que gosta de você né, então fala pra ele o que você sente._ Dei uma piscadela e Elisa sorriu. Então é assim que o povo fica quando tá apaixonado? Só vou entender quando acontecer comigo!

Mas espera! Eu já senti um negócio assim. Me lembro muito bem! Quando eu era pequeno, tinha uma amiguinha no orfanato, o nome dela era Juliet Yamamoto (sim, era japonesa) e quando eu tava perto dela meu coração batia forte, eu queria beijar ela e abraçá-la o tempo todo. Foi ela que me ajudou com o canal e me apoiou.

Ela nasceu no Japão, mas seus pais morreram aqui, então ela veio pra cá. A noona colocou ela em uma escola pra japoneses, por que se um dia ela quisesse voltar pro país dela, já saberia a língua. Mas quando eu tinha sete anos e ela seis, uma família veio pra adotá-la. Ver ela sendo levada foi o fim do mundo pra mim, eu queria ela, queria dizer o que sentia, mas fui muito covarde e só consegui dizer um adeus, seja feliz!

Andy! Andy!! Andyyy!!!_ Ela tava gritando e abanando as mãos na minha cara. Ela ficou esse tempo todo aqui enquanto eu pensava na Juliet?  Por que eu ainda tô pensando na Juliet? Ela foi embora seu mané! Já te esqueceu. Me esqueceu? _ O sinal já bateu Andy! Estamos atrasados.







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Notas finais do capítulo

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