Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 9
Dois coelhos, uma cajadada


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meu queridos leitores!!
Ah, vocês são uns anjos, eu já disse né? Muito obrigada pelos reviews! Eles são demais! Só por isso eu postei de novo. Mentira, eu postei porque eu estou tentando ser uma garota de palavra e se eu disse que postaria, então aqui estou eu postando. Eu juro que estou tentando me esforçar!
Sem enrolação, espero que gostem deste capitulo, que apesar de ter POV's demais, até que é bem legalzinho.
Boa leitura!



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Capitulo 09 — Dois coelhos, uma cajadada.

POV Seth Clearwater

Eu não estava sentindo minhas pernas. Havia como aquilo ser real? Eu tinha certeza que eu estava delirando.

Não eram nem cinco horas da manhã quando finalmente voltei para casa após eu quase ser pego observando Anna na porta de seu quarto. Agora eu estava parado na porta do MEU quarto, com a melhor visão do mundo: Ela dormindo em minha cama.

Mais cedo, eu havia estado a espiando da porta do seu quarto, com o coração na mão. Ela havia caído no sono nos braços de Jonatan aquela noite e dormiu quase a noite toda ali. Não parecia desconfortável e estava tranquila em seu sono. Eu podia ver tudo daquela maldita fresta da porta e mesmo tudo aquilo me fazendo um terrível mal, não conseguia parar de olhar.

Não importava quantas vezes me atrasava para as rondas e Jacob ralhasse comigo por estar indo por para o caminho sem volta que era o amor não correspondido, era impossível não parar um segundo, mesmo no cenário de ela dormindo nos braços de outro e não observar o seu rosto sereno dormindo.

Mesmo que isso sempre estraçalhasse meu coração.

Mas agora... Ela não estava dormindo no quarto de Leah, com o garoto ao seu lado, acariciando os seus cabelos. Oh, não, ela estava deitada em minha cama, dormindo no meu quarto.

Ah, aquilo era doce como apenas um sonho poderia ser! E se realmente fosse um sonho aquilo, pelo amor de Deus e por tudo que é mais sagrado no mundo, não queria ser acordado.

O simples fato de ela estar ali, deitada em minhas cobertas, agarrada ao meu travesseiro era fato o suficiente para meu coração bater rápido de esperaça e apagar todas aquelas imagens deles dois juntos.

Eu caminhei entre as cobertas jogadas no chão, sentindo um tanto de vergonha pela bagunça em meu quarto, e sentei no chão ao lado da cama, perto de onde a cabeça dela repousava.

Meu coração estava aos pulos quando me aproximei lentamente.

Sua expressão tranquila enquanto ressonava me afetou quase como um soco. Era como observar um anjo ou algo tão perfeito quanto. Impossivel não ficar a olhar. Eu me posicionei de forma a ficar a poucos centímetros do seu rosto, podendo sentir sua respiração tranquila bater em meu rosto.

Ondas de calor desprendendo de sua pele e vindo em minha direção. Não pude evitar levantar a mão e acariciar levemente o seu rosto.

Macia. Eu tinha certeza que ela era, mas prova-la agora me fez formigar.

Fiz o contorno de seu queixo com o colegar, perdendo o meu olhar em sua boca. Viajando entre os fios de seus cabelos e acariciando-os como eu havia sonhado algumas vezes em que havia parado em sua fresta de porta.

Eu nem me permitia respirar direito enquanto deixava meus dedos correrem por ela. Sentindo a textura. Deiando o perfume dela se desprender de seu corpo.

Por mais cansado que estivesse, por mais horrível que poderia ser a ideia de acabar dormindo sentado daquele jeito desconfortável, eu ficaria aqui, o resto da noite, a observando de perto, apreciando a deliciosa sensação que era a esperança de que havia um motivo romantico para ela estar em meu quarto. Deitada na minha cama, com as pernas enroladas no meu travesseiro.

Não havia como meu coração não explodir de felicidade, vendo ela agarrada ao meu travesseiro.

Por mais que ela tivesse um namorado e eles tivessem deitados juntos enquanto dormiam e realmente demonstrassem que se gostavam... Ela estava, de alguma forma ali, parecendo balançada por mim. Eu pensei que tinha visto isto antes no seu olhar, apenas um vestígio de interesse, no qual eu não coloquei qualquer esperança, mas com aquela confirmação não era possível não pensar sobre.

Afinal... Caramba, não havia como ela confundir o quarto e acabar deitada no meu, agarrando meu travesseiro, tinha?

Havia chances grandes para mim no seu coração. Eu acreditava naquilo agora e nada me impediria de lutar por aquele pequeno espaço que ela abrira.

Jonathan que se cuidasse.


POV Jonathan Flint

Eu estava sangrando.

Vê-la ali deitada na cama dele, após adormecer nos meus braços era como levar um grande soco no estomago.

Ela saiu da minha cama, do meu lado, dos meus braços, e foi diretamente para ele, sem pestanejar, sem nem ao menos considerar como eu poderia me sentir ao acordar e não encontrar ela em lugar algum.

E pensar que o amor dela era todo dele, que o coração dela era totalmente e inteiramente dele, me fazia ferver de raiva. Era como lava derretida, me imundando e me fazendo borbulhar.

Eu queria tanto bater nele! Deixar minha mão voar e impactar contra seu rosto... Ao menos causar algum tipo de dor!

A dor que eu sentia agora em meu peito.

Se eu tivesse falado que eu a amava naquele jardim, se eu tivesse conseguido terminar a minha frase, nada disso aconteceria e agora, estaríamos naquele jardim, nos amando como nunca! Nunca teríamos vindo para essa terra imaginaria daquela autora ridícula.

Nunca eu estaria preso em uma promessa que eu não queria cumprir.

Minha cabeça parecia que pulsava tamanha a raiva que eu sentia enquanto assistia ele acaricia-la como se fosse um tesouro precioso.

Não, eu não podia deixar por aquilo. Apesar de ser uma mentira nosso relacionamento, ela era minha. E eu podia até ter dito que a ajudaria a ficar com ele, mas eu percebi naqueme momento o quanto aquilo era impossivel.

Empurrei a porta do quarto já respirando forte.

Eu faria no minimo um escarceu ali, se não acabasse mesmo em uma briga com aquele lobo de uma figa.

Afinal, ela ainda era minha namorada!


POV Anna Scavattine

Eu sentia minhas pernas forçarem ao máximo enquanto eu corria por entre as arvores da floresta, que de alguma forma, eu tinha certeza que era de La Push.

Eu sabia que estava fugindo de alguém, mas não estava com medo. Sentia meu peito subindo e descendo depressa com a corrida.

— AHA, te peguei! — Gritou Seth ao mesmo tempo em que me alcançava facilmente e me agarrava pela cintura. Ele me girou no ar.

— Essa garotinha foi muito má. Deveria me obedecer, sabia? — Seth riu, parando de me girar — Não pode sair correndo por aí assim, na floresta. E se um lobo aparece e te pega?

Eu ri ainda seus braços, acompanhando sua risada fácil. Percebi que queria ouvir eternamente sua risada doce e contagiante.

Naquele momento não precisávamos de beijos e carinhos para sabermos o que ambos sentíamos um pelo outro. O amor estava estampado nas nossas ações e escritas em letras garrafais em nossas testas.

Nós pertenceríamos um ao outro e nada poderia nos separ...

Eu acordei com um pulo, sentindo eu quase cair da cama com o barulho ensurdecedor que se deu pelo quarto.

Somente depois de alguns segundos, quando finalmente consegui organizar meu cérebro, foi que eu notei o que havia feito tal barulho. A porta sacolejava ainda, pelo impacto contra a parede.

Não tive tempo para eu mesma perguntar o que acontecia.

— O que está acontecendo aqui? — Sussurrou Jon pausadamente por entre os dentes cerrados.

Seu sussurro fora tão pesado que me deixou confusa por alguns segundos.

Eu só percebi quando olhei pela segunda vez, o que acontecia. Eu havia dormido no quarto de Seth e ele estava ali. Jonathan tinha entrado no quarto com um chute na porta, me tirando do meu sonho perfeito. Mas, tudo isso, por que?

— Jon? O que esta... — Eu comecei a dizer com a voz mansa, mas ele me olhou de forma tão estranha e raivosa que eu parei de falar no mesmo segundo.

Eu nunca vira Jonathan tão bravo como naquele segundo.

Seth estava parado no canto do quarto, alternando as olhares entre mim e Jonathan várias vezes seguidas, com os punhos cerrados. Ele estava se segurando?

— Não vai falar nada Clearwater? — perguntou Jon ameaçadoramente. O rosto sombrio foi substituído por um sorrindo irônico — O gato comeu sua língua agora?

Eu revirei os olhos, travando meus dentes. Ok, ele podia estar bravinho por qualquer coisa, mas não tinha o direito de tirar com a cara de Seth.

Tentei tomar o controle da situação antes que eu pirasse de vez e acabasse entregando tudo ali mesmo.

— Jon, eu que vim para cá sozinha. — Eu disse me levantando da cama e me aproximando dele e de costas para Seth. — Não é culpa de Seth. Eu vim sem ninguém ver.

Assim que fiquei de costa para Seth, comecei a sibilar vários palavrões para Jonathan, querendo não estar falando palavrões, mas sim, acabando com sua raça naquele momento, sentindo a raiva se apossar de mim com força, por saber que talvez, se ele não tivesse feito isso, eu ainda estaria com Seth, sozinha em seu quarto... Afinal, O que ele estava pensando? Ele disse que me ajudaria com Seth e me faz perder uma oportunidade dessas? Fora essa atitude toda bravinha, ridícula. Era o que? Ele é meu dono agora?

Jon por um momento fez uma careta ao ver minha raiva, parecendo mais calmo do que quando acordei. Eu fiquei um pouco aliviada internamente, por ter visto aquele brilho insano de raiva que eu ainda não entendera daonde viera. Mas o alivio não durou muito tempo.

Eu assisti um sorriso brotar em seus lábios. Não um sorriso normal. O maldito Sorriso Diabólico dos Flint.

.

Caso o Sorriso Diabólico de um Flint aparecer, saia correndo do lugar e fuja o mais rápido possível.

Há possíveis possibilidades de morte ou explosões. Ou se for de seu melhor amigo, Jonathan, grande possibilidade de micos, carros quebrados e castigos por um mês.

Obs. Em caso de acontecer em um Prédio, entrem em baixo da mesa e peçam perdão pelos seus pecados.

.

— Não, não. Você é sonambula, não estou irritado com você. — Ele fechou a cara antes de olhar Seth novamente. — Eu quero saber o por que de ele estar perto de você enquanto dormia.

Eu reprimi um bufo de raiva. Por que merda ele estava fazendo aquilo? Eu não era nem perto de uma solambula! Eu quero tanto socar essa cara branquela...

— Eu... — Ouvi Seth dizer á minhas costas. — Eu me abaixei para acorda-la, mas fiquei com pena. Ela parecia estar dormindo bem.

Pena?

Eu virei, encontrando o seu olhar calmo. Senti a felicidade anterior, de estar sozinha com ele no quarto se esvair de uma vez.

Eu ter vindo deitar na cama de Seth só havia causado problemas. Eu tinha um Jonathan vingativo na minha frente e um Seth incomodado comigo às minhas costas.

Havia abatido dois coelhos com uma tacada apenas.

Que bela merda.


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Notas finais do capítulo

Eu até tentei eliminar todos esses POVs e fazer de um ponto de vista apenas, mas percebi que teria que ter tempo para reescrever tudo e eu estou tentando postar varios capitulos, lembram?
hehe



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