Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 61
Se joga!!


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE O NYAH VOLTOU, então eu vou postar porque eu revisei tanto capitulo que já estamos no final. Preparem os corações porque o capitulo "The End" está aí



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Capitulo 62 — Se joga!!

“A sociedade está dividida entre dois tipos...”

Acordar porque caiu da cama durante o sono já é ruim, imagine acordar quando alguém te joga de cima de uma lancha até o chão... Pois é, não é confortável... Ainda mais quando você cai em cima de alguém, que no caso seria Leah Clearwater.

Eu estava confusa com o tempo em que fiquei inconsciente. A ultima vez que vira o sol, ele nem ao menos aparecia por trás das nuvens por conta da chuva de La Push, e agora lá estava ele, já no fim do horizonte, se pondo atrás do mar azul.

Leah resmungava em baixo de mim, mas mesmo parecendo extremamente nervosa e as mãos amarradas, se levantou com agilidade e me ajudou a levantar. Eu percebia agora que não tinha forças para fazer aquilo sozinha.

Logo em seguida Renesmee pulou do barco com o objeto prateado em mãos, apontando diretamente para mim. Leah rosnou ao meu lado, ganhando em troca um sorriso cínico de Renesmee.

— Você já sabe as regras, cadela. Um movimento errado e a preciosa Anna terá uma bala na cabeça. — Ela sorriu sem tirar os olhos de mim enquanto falava. — Claro, não seria tão divertido mata-la desta forma tão ridícula, mas ao menos é efetivo. Agora vamos! Andando!

A areia da praia era fofa e macia. O som da agua colidindo com as pedras era relaxante. O cheiro de terra e de arvores era revigorante... E seriam muito melhores se eu não andasse amarrada em direção de uma casa que seria aparentemente meu ninho de tortura, com o corpo machucado, na companhia de uma loba quase entrando em sincope e uma meia vampira psicopata.

Para melhorar eu podia sentir o frio cano de uma pequena arma em minhas costas.

Eu sempre imaginei aquela ilha no livro de um jeito que só havia em filmes como Piratas do Caribe: Com areia para todos os lados, branca e fofa, no meio da pequena ilha, uma floresta densa e com verde vibrante, cipós e barulhos de passarinhos desconhecidos e o cheiro de terra molhada. E por final, praticamente escorada na maior arvore de toda ilha, uma casa linda branca, que parecia mais uma mansão de filmes Hollywoodianos.

Como a ilha realmente era? Uma montanha encoberta de arvores, uma floresta densa e no pé da montanha uma areia branca, aninhando um casarão de madeira escura, que em sua maioria ao invés de paredes havia vidros. Uma varanda grande de madeira na frente e moveis rústicos, a maioria das coisas era de brancas e simples, dando um toque que lhe fazia você se sentir em casa.

Eu não sabia o que exatamente me movia para continuar andando até lá. Me sentia muito fraca, quase como se tivesse preguiça de mover meu corpo e praticamente não conseguia manter o meu corpo em pé, como se ele fosse um saco vazio.

— Sintam-se em casa. De qualquer forma será o ultimo lugar que vão pisar mesmo — Riu Renesmee assim que colocamos os pés do lado de dentro — Como é a sensação de saber que morrerá da pior maneira possível nessa casa?

Leah mandou um olhar mortal para Renesmee que só riu novamente, pressionando a arma com mais força em minhas costas, e depois de sentir aquele cano frio me cutucar novamente eu sabia que estava morrendo de medo.

Admitir que você pode morrer é uma coisa... Aceitar que irá morrer é outra. Parecia impossível eu não tremer agora.

“Um são os que nasceram para ser as vitimas, não importa quanto tente não ser...”

A luz que iluminava os cômodos estava todas apagadas apesar de a casa em si já estivesse escuro o suficiente para que se acendessem as luzes, porém Renesmee não pareceu remotamente preocupada em fazer aquilo.

O sol já quase se abaixara completamente quando ela nos fez entrar em uma sala de TV cheia de filmes nas prateleiras e me obrigou a sentar novamente em uma cadeira de madeira no centro do local e jogou Leah no outro canto.

— Eu tenho que cuidar de algumas coisinhas antes de acabar com vocês, ok? Se comportem e se eu souber você saiu dessa sala cadela, eu não vou me importar nenhum pouco de te dar de comida para os tubarões!

Leah riu desdenhosamente enquanto se ajeitava para se sentar no canto da sala em que Renesmee havia lhe jogado.

— Como você é hilária. Você acha mesmo que vai conseguir o que quer fazendo isso? Tenha um pouco de senso de realidade pelo menos uma vez na sua vida de merda Renesme! Nos matar não vai trazer Jacob para você. Na verdade, não há nada que possa fazer agora, todos já sabem o que você fez até agora. Você já era!

Renesmee olhou desgostosa por um segundo antes do meio sorriso aparecer novamente em seu rosto.

Eu já era? Olha a situação onde você está garota! Jogada no chão da minha casa! Aguardando a morte que eu irei lhe dar! Quem está por baixo aqui? Não há maneiras de você sair ganhando e com você morta, não haverá mais imprinting entre vocês e eu tenho o caminho livre para ele. Você perdeu e o Jake é MEU!

A porta se fechou com um estrondo e ouvimos quando ela girou a chave, trancando tudo.

“E a outra parte que nasce para ser o assassino...”

Deixei meus ombros caírem e minha cabeça pender para frente. Minhas mãos formigavam demais e achei que se eu não fizesse o sangue dali circular minhas mãos apodreceriam e cairiam.

A monstra do lago Ness estava certa: Fim da linha. The End. Fim. Finis. Adios muchachos. Good bye! Nós estávamos encurraladas como ratinhos em uma ratoeira.

Quem diria que eu morreria assim, como se eu estivesse em um filme de terror? Nunca mais digo nada daqueles filmes idiotas que eu comentava que não dava para ser realidade.

E eu agora acabaria do mesmo jeito que eles. Morta.

Se eu fosse pensar que aquilo era apenas um filme que eu assistia, já sabia até mesmo os comentários que sairiam da minha boca: “Que idiota, por que não pula a janela?” ou “Tira a arma da mão dela e atira!” ou talvez “Se fosse eu saia nadando até o litoral, ou morreria tentando”.

A verdade é que quando é você de verdade na situação, você simplesmente não consegue. Suas pernas tremem demais, sua mente já se prepara para a morte eminente, qualquer reação parece que — não importa como imagina fazer — não irá de forma alguma dá certo e tudo o que você consegue é ter medo... E esperar.

“Tem uma hora na sua vida, que você descobre à qual tipo você pertence...”

Se eu era diferente daquelas vitimas estupidas de filmes idiotas, que entravam na mansão escura, segurando um taco de beisebol e perguntando “quem está aí?”?

Não.

Mas ninguém disse que só havia eu presa naquela bimbóca que muitos chamavam de sala.

O sangue voltou a correr pelas veias das minhas mãos e eu quase ri de alivio. Leah cortara as cordas que me prendiam e estava de pé ao meu lado, parecendo que tinha a perna fraturada pelo jeito que mancando.

No canto que ela estava antes, só sobrara o resto das cordas que prendiam seus braços nas costas, parecendo que foram estouradas com apenas um puxão. Eu devia saber que aquela corda era fraca demais para a força de um lobo.

— Você está bem? — perguntou agitada, segurando os meus dois ombros quando ameacei tombar para o lado, sem forças.

Minha cabeça girava e parecia que eu não comia há dias. Me sentia quente, mas eu tremia de frio. Febre.

Quanto tempo fiquei inconsciente? Há quanto tempo eu não comia?

— Olha, preciso que você aguente mais algum tempo. Vou tirar nós duas dessa e acabar com essa garota.

Eu fiz um esforço para manter meus olhos presos nos dela, buscando o resto de energia para me manter firme.

— Só pule para o lado quando eu disser. — Ela falou lentamente, como se eu tivesse algum problema para entender as palavras que saiam de sua boca.

Eu assenti, incapaz de falar. Minha garganta estava tão seca, tinha certeza que não sairia nenhum som dali.

“E quando esse momento chega, as vitimas são as que descobrem primeiro...”

Leah amarrou novamente minhas mãos, mas de um jeito tão fraco que se eu mexesse um milímetro faria elas caírem no chão.

Eu lutava com todas as minhas forças para me manter acordada e pronta para o sinal que Leah me falara.

Ouvi passos rápidos e ritmados vindo pelo corredor e depois o barulho de uma porta sendo destrancada.

Sentia pela quentura no meu braço direito que Leah estava de pé ao meu lado, provavelmente olhando desafiadamente a porta que iria se abrir e revelar à pequena monstra.

Foi tudo muito rápido e pareceu um borrão na minha frente.

A quentura do corpo de Leah encostado sumiu no mesmo instante que a porta se abriu por completo.

A loba gritou um som alto que irritou os meus tímpanos e me fez ficar mais alerta. Aquilo era o sinal que eu esperava? Aquela era a hora para mim pular para o lado?

Um lobo se materializara na minha frente, investindo na meia vampira que parecia atordoada.

Não esperei para descobrir se aquele grito/rosnado tinha sido o meu sinal, apoiei meus pés no chão em um ultimo gesto antes de impulsionar meu corpo para o lado, caindo no chão duro... Mas não antes de ouvir um disparo da arma.

“Porque elas sempre são as que se ferram primeiro”

Acordar porque caiu da cama durante o sono já é ruim, imagine acordar quando alguém te joga de cima de uma lancha até o chão... Agora imagine, se jogar de uma cadeira em direção ao chão, com seu corpo já todo machucado.

Imaginou?

Imaginou errado.

Uma nova dor alucinante perfurou minha coxa e eu soltei um grito.

Não havia como eu somar aquela dor à tudo o que já sentia. Era impossível para mim. Tudo se apagou naquele instante.

"A não ser que o Heroi surja"


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