Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 36
Tudo dando errado


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde crianças!
É o seguinte eu fiquei muito receosa de postar esse capitulo. Eu fiquei pensando, posto tudo ou não, mudo isso ou não e enrolei até o ultimo minuto. E ainda assim, mesmo estando aqui postando não tenho certeza. É tanta desgraça num capitulo só que vocês vão ficar desacreditados. Fora que o capitulo está IMENSO! 4 mil palavras! Eu pensei em dividir em dois, mas não faria sentido.
Bom, vocês me digam se está bom ou não.
2beijos e boa leitura



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Capitulo 36 — Tudo dando errado.

POV Pamela

Aquela filha da uma... Não, a mãe dela não deve ser atingida por uma coisa que ela fez. Como ela pode? Eu devia ter feito o que Jon disse... Eu devia não te-la levado!

Mas, não! Eu queria ser cordial com minhas visitas... Ela era minha amiga! Uma amiga que vi dar em cima do meu próprio namorado bem na minha frente.

Eu apertava o volante com força do carro de Jon, apertando o pedal do acelerador com força, sem me importar com os limites de velocidade daquela pequena estrada.

Depois da cena horrível que a Caroline me fez passar, Jonathan correu a trás da garota. Da “Amiga” dele.

Agora me fale: Eu tenho cara de idiota? Eu tenho cara de otária, por acaso?

Se não fosse a IMBECIL da Caroline, ele não teria corrido atrás dela. Ele teria ficado comigo e me amado... Seriamos felizes para sempre. E no fim, toda a culpa é dela. Ela pensou que eu não vi como ela o olhava? Caroline o cobiçava em minha frente!

Aaah, como eu queria ela em meio da estrada pedindo carona... Ah, como ia ficar feliz de persegui-la e atropelá-la!

“Quando foi que ficou tão sádica?” A parte sana da minha mente me perguntava.

“No mesmo momento que por causa de uma Vadia eu perdi Jonathan.”

Ah, mas, eu não deixaria barato. Nem para Caroline, nem para Anna. Eu era boazinha... Quando eu queria e nesse momento, eu realmente não queria.

POV Jacob

Havia como a situação ser pior? Leah aparecer quando Renesmee me agarrava.

Não que eu agarrasse ela também, pelo contrário, eu estava empurrando ela para longe, mas da onde Leah estava vendo, não dava para perceber esse mínimo detalhe.

Detalhe que fazia diferença. Muita diferença. Toda diferença.

Leah me mandou um olhar mortal, bufando e fazendo suas mãos tremerem.

Eu empurrei de vez Renesmee, fazendo ela bater na parede do corredor e sair da minha frente.

— Leah, não é nada disso...

Ela me mandou um olhar mortal, um olhar acusador, junto com um rosnado, que pareceu me cortar por dentro. Não queria ouvir nada, ela estava com raiva. Leah não precisava falar nada, tão pouco. Só naquele olhar estava escrito tudo o que ela estava sentindo.

Uma sensação de dejavú me invadiu, fazendo eu me lembrar de outra garota, com o mesmo olhar, só que o rosto estava todo sujo de sangue e nesse momento, estava em meu quarto, enlouquecendo aos poucos com a dor.

Aquilo me cortou mais por dentro. Eu que causei isso?

Por um segundo, o pensamento de que tudo não podia ficar pior, passou por mim. Mas veio cedo demais.

Uma gargalhada alta, irônica, com um toque maligno veio de trás de mim e eu apertei meus olhos, controlando a vontade de deixar Renesmee inconsciente.

— Você está brincando comigo! Pela Leah? — Ela murmurou entre as gargalhadas — Você me trocou pela LEAH?

Foi o que bastou.

Leah rosnou alto, tendo uma ultima convulsão e pulando em cima de Renesmee, como um lobo gigante, levando junto com ela, metade da casa.

POV Howtheir

No mesmo momento...

— VIRAM O QUE VOCÊS FIZERAM? — Eu berrei, olhando desesperado para dentro do poço.

Jamillie, a guardiã de Anna, parecia mais desesperada que eu. Era a primeira vez, em todo o “Reality Show” que ela parecia tão preocupada.

— Não... Ela não pode enlouquecer... Não... Isso não vai dar certo... — ela murmurava, olhando para a imagem da garota enrolada em algumas cobertas, balançando e murmurando coisas. Jamillie estava tão inclinada para dentro do poço que a qualquer momento poderia encostar o rosto na água.

A maioria deles estavam espantados e com a expressão culpada, mas ainda tinha aqueles que resistiam como Layctéria e James, que pareciam sérios, mas não culpados.

— Vocês sabem que mais um deslize assim, os Deuses vão notar, não é? — Eu perguntei olhando diretamente para James e Layctéria.

— Ela não pode enlouquecer! Temos que fazer alguma coisa! — Jamillie encarou James.

Todos tinham James como um “Líder”, já que a idéia inicial foi dele.

Se a Giovanna enlouquecesse, ela não poderia voltar para casa... e os Deuses perceberiam tudo... E todos estaríamos muito, muito ferrados.

— Mas o que vamos fazer? O que podemos fazer? — Lay andou de um lado para o outro, fazendo seus cabelos voarem de um jeito muito bonito no vento.

— Simples, ela precisa do garoto Clearwater! Se os dois ficarem juntos, tenho certeza de que ele pode a curar! — O guardião dele falou.

— Não! Ela não é dele! Ela precisa do desejo do Flint! — Outro argumentou — Vamos ajuda-lo a encontrar a garota logo!

— O que está dizendo? Ela precisa do Clearwater!

Do Flint!

CLEARWATER!

— FLINT!

— CLEARWATER!

— FLINT!

— SILENCIO! — eu berrei, respirando rápido e todos me encaram. — Parem de se comportar como crianças! Não vêem que não é essa decisão que precisamos tomar?

— Então qual devemos tomar, Howt? — Perguntou Jamillie, com um olhar desesperado.

Jamillie sempre foi calma em relação a essa “brincadeira”, ela sempre dizia que sua garota era forte, que superaria qualquer coisa... Nunca a vi tão desesperada. Para uma guardiã, ela gosta mesmo da garota Scavattine.

— Acho que já mexemos demais com ela. Vamos deixar ela se consertar sozinha... Seguindo a natureza. — Eu murmurei.

— Isso não vai dar certo — Jay comentou como se falasse de um jogo de futebol.

— Se não der... Vocês podem decidir outra coisa. — Eu resmunguei — De a ela uma semana.

Ninguém respondeu e eu aceitei aquilo como um “sim”.

Agora, era torcer para ela conseguir se recuperar e tudo der certo... Só espero estar fazendo a coisa certa.

POV Jonathan

No mesmo momento...

Eu estava dando graças a Deus de eu ter tido a brilhante idéia de pegar a moto na garagem de Anna, porque eu estava dando voltas!

Eu tinha certeza que já passara naquela rua e por aquela arvore, mas ainda sim tinha certeza que a casa de Jacob era por aqui.

O vaso, preso no meio das minhas pernas, as vezes dava umas escorregadas para perto dos meu joelhos, mas eu estava fazendo um esforço extra para prende-lo ali, o que era praticamente uma missão impossível, já que por estarmos na península de Olympic (e parece que é o lugar que São Pedro mais odeia), estava chovendo.

Só para variar.

Mesmo que não fosse nenhum toró, ou fim de mundo, estava difícil segurar o vaso escorregadio sob o banco só com aquela garoa. E minhas preocupação não estavam só no vaso. Elas estavam em uma pessoa em algum lugar por aqui.

O caminho todo, eu estava sentindo algo diferente naquela dor que ainda sentia... Não havia só dor agora... Parecia medo? Desespero?

Tinha algo de estranho e aquilo estava me preocupando.

Entrei por um caminho que tinha certeza que nunca passara, onde tinham arvores mais altas e perto da estrada e uma entrada de terra mais á frente.

Só quando cheguei bem perto da entrada que vi uma casinha vermelha desbotada. Mas não foi isso que me fez parar ali e já saber que era a casa de Jacob.

Era o fato de ter dois lobos de tamanhos de cavalos e uma garota de cabelos bronze brigando!

— MEU DEUS!

Eu desci da moto correndo, desesperado e sem saber o que fazer. Estava óbvio que um lobo tentava agarrar a menina parada no meio de tudo aquilo com os dentes.

O lobo maior e avermelhado parecia tentar empurrar o outro lobo para longe da garota a cada investida, bloqueando o caminho, mas o outro era esperto, já que em um movimento abrupto, pulou pelo lado do lobo e quase cravou os dentes na garota.

Eu comecei a ficar preocupado pela garota, mas então eu notei quem ela era. Aquela era Renesmee e provavelmente o outro lobo era Leah.

Os rosnados começaram a ficar mais altos quando Renesmee pulou por cima do corpo de Jacob, que estava de cotas pra ela, e aterrissou com um chute no meio da cara (ou focinho) de Leah.

Foi como se todos decidiram dar um “Pause”, de tão chocados que ficaram.

Leah parece crescer em câmera lenta, sacodindo a cabeça pelo forte chute e em seguida encarando Renesmee. Depois as patas dianteiras se esticaram ficando muito maior que a garota e por ultimo as patas traseiras.

Um ruído horrível vinha de seu peito. Um mistura de rosnado e ronronar... Que seria até fofo se não houve aquelas fileiras ameaçadoras de dentes bem na cara de Renesmee.

O ruído foi ficando mais alto, enquanto Renesmee dava pequenos passos para trás lentamente, como se percebesse que tinah feito algo de realmente idiota.

E foi um passo em falso de Renesmee desencadeou tudo.

Leah pulou em cima dela, rolando com ela pelo chão, mordendo e tentando alcançar sua cabeça, enquanto Renesmee parecia tentar acertar socos. Vi uma arvore ser derrubada quando Leah-Lobo prensou Ness nela.

Um grito agudo saiu da boca de Renesmee, no mesmo segundo que vi sangue, carne e dentes em conflito. Um trovão perto soou em resposta.

Jacob pulou em cima de Leah, puxando com a boca a perna dela, tentando tirar ela de cima de Renesmee, mas Leah continuou mordendo e balançando, tentando arrancar um pedaço de carne.

Outro lobo cor de areia apareceu, pulando para fora das arvores e ajudando a empurrar Leah, com a cabeça, mas Leah não tinha soltado a mordida.

A chuva aumentou.

Eu corri até lá, deixando em qualquer lugar o vaso que estava em minhas mãos, tentando abrir a boca dela que estava em volta da região da barriga de Nessie. Na minha frente, tinha mais sangue, gritos e rosnados.

Seth parecia latir e ladrar enquanto empurrava e forçava Leah ir para trás, parecendo que estava falando com ela... Mas isso pareceu irritá-la mais e morder mais forte a garota.

O berro de Rensmee pareceu perfurar meus ouvidos e eu entrei em desespero.

— ELA VAI MORRER! PARE LEAH! — Eu berrei, dando socos no focinho dela. — SOLTA!

Então um uivo alto e terrivelmente amedrontador vindo de Jacob, fez Leah soltar um ganido e se afastar de Nessie, mas sem romper os rosnados que vinha de seu peito.

A garota escorregou até o chão, desacordada.

A Loba tinha a cabeça encostada no chão, como se estivesse se curvando diante do lobo-Jacob.

Sem pensar em mais nada, deixei o papo sobrenatural e estranho para aqueles seres e me foquei em Renesmee. A peguei no colo, já vendo minha camisa se encher de sangue, tentando de alguma forma, parar o sangramento.

O lobo areia tinha sumido e Leah estava indo na direção da floresta, mancando com a pata direita, a mesma perna que Jacob tentara puxar ela.

Mesmo eu não conseguindo distinguir as expressões de Jacob naquela forma, eu podia ver em seus olhos o quanto, ver Leah indo para floresta mancando, machucava ele.

Assim que Leah desapareceu de seu ponto de vista, ele se transformou, puxando uma bermuda e vestindo.

— Temos que leva-la para Carlisle... — Ele se aproximou, tentando ver a gravidade de seus ferimentos.

Eu franzi o cenho, encarando ele, que tinha o rosto sem expressão alguma.

— Mas eles... Isso não vai dar em problema? Quero dizer entre vocês e os Cullen? — Perguntei. A Leah atacou Renesmee!

— Pensei a mesma coisa — disse Seth, que apareceu correndo, saindo da floresta e vindo até onde eu estava parado. — Eles vão te matar se aparecer com ela desse jeito.

— Vocês tem alguma idéia melhor? — Rosnou ele — A culpa é minha se ela se machucou.

Seth bufou revirando os olhos.

— A culpa foi dela mesma. Tenho certeza que ela provocou leah

— Que seja, isso não torna menos minha culpa que ela esteja por aqui.

Então o silencio se fez e a chuva aumentou, parecendo congelar meus ossos, lavando aos poucos o sangue das minhas roupas e da Renesmee.

— Vamos logo ela está perdendo muito sangue. — Jacob a pegou do meu colo indo em direção á garagem logo à frente.

Isso não daria certo... Eles começariam uma guerra. Eu sabia o quanto Renesmee era “preciosa” para os Cullen. Eles não deixariam barato. Tenho certeza que Rosalie não deixaria.

Isso me fez lembrar de quando ela foi atrás de Anna. Aquilo aconteceu sem que Rensmee tivesse perdido um fio de cabelo. Imagine o que ela poderia fazer agora.

Um calafrio percorreu minha espinha.

Todos acreditavam que eles eram bonzinhos, mas apesar de bonzinhos eles tinham um certo poder de destruição. Eles já derrotaram um exercito de vampiros e estavam dispostos á tudo para não encostarem o dedo em Renesmee... Até lutar contra os Volturi. Por que mediriam esforços, ou até parariam para pensar, antes de acabar com um lobo que machucou a sua “preciosa” filinha?

Tenho certeza que até Bella iria querer acabar com jacob se acontece alguma coisa com ela...

— Jacob! — eu corri atrás dele — Isso é loucura! Eles vão te matar e depois vão matar todos os outros...

— Você não entende, não é? — ele rosnou, ainda andando apressado até a garagem “oficina” dele — Não podemos leva-la para um hospital, mesmo ela sendo muito parecida com um humano, ela não é. Eles veriam a diferença... Sem falar que de qualquer jeito os Cullen iriam ficar sabendo.

Seth só seguia, em silencio e ajudou a colocar Renesmee no banco da frente rapidamente, manchando o banco e suas mãos de sangue. Ela estava perdendo muito, muito sangue... Se continuasse assim ela não resistiria.

Eu suspirei.

Anna me mataria por isto.

— Eu já sei como evitar tudo isso e ainda salvar Renesmee.

Ele parou o que estava fazendo para me fitar e Seth o imitou como uma copia menor dele. Levei isso como um “prossiga”.

— A flor. — Jacob pareceu confuso por um segundo, mas no momento seguinte havia uma expressão de compreensão em seu rosto.

— A flor. — ecoou Jacob

— E o que estamos esperando? — perguntou Seth

Eu os olhei uma ultima vez antes de ir correndo até lá fora e pegando a flor ao lado da moto tombada na lama avermelhada. Voltei correndo até a garagem, onde já tinham tirado Renesmee do carro e colocado sentada no chão, ainda inconsciente.

— Pronto, aqui está — Eu estendi o vaso com uma flor com cinco pétalas para Jacob e ele franziu o cenho para mim.

— O que? Por que está oferencendo para mim?

— Você faz o desejo. É só arrancar uma pétala e pensar com muita vontade o que você quer que aconteça. — Eu deixei nas mãos dele o vaso.

— Por que eu?

— Só faça logo!

Ele me olhou por um segundo, mas não questionou novamente. Estendeu a mão, hesitante, e puxou a pétala de olhos fechados, parecendo concentrado.

Vi Renesmee brilhar por uma fração de segundos antes de Jacob abrir os olhos, arregalando-os.

— Aquele... Aquilo... Era um semi-deus falando... Era Howtheir, tenho certeza!

Eu sabia do que ele se referia... Aquela voz estranha e fantasmagórica que sussurrava depois de cada desejo.

— O que? — Seth pareceu não entender

— Vocês não escutaram?

— Eu acho que só quando estamos segurando a pessoa que fez o desejo ou quando nós mesmo fazemos é que dá para escutar... Pelo menos é o que eu acho. — Isso fazia sentido, já que todas as vezes que ouvi eu estava segurando Anna.

Seth pareceu que ia fazer outra pergunta mais se calou quando ouvimos um “Plosh Plosh” do lado de fora, vindo na nossa direção.

— É a Claire. — Jacob sussurrou um segundo antes dela entrar na garagem com uma capa de chuva amarelo ovo.

— Aah, vocês estão aí! — Ela parecia agitada — Vocês sabem on...

Claire parou de andar, ficando como uma estatua, encarando Renesmee desacorda no chão, cheia de sangue em suas roupas. No mesmo segundo tomei consciência de quão estávamos sujos de sangue.

Ela estava de olhos arregalados e deu um passo para trás, com suas pernas tremendo.

— Claire, calma... Não aconteceu nada. — Jacob andou devagar até ela

— O-o que... O que aco-aconteceu? — Percebi como as mãos dela tremiam

— Um mal entendido... Mas ela não está mais machucada. — Jacob respondeu rápido, transmitindo confiança e Claire pareceu acreditar nel.e

— Mas porque todo esse sangue? Foi tão grave assim? — ela pareceu preocupada, mas não ousava chegar perto da Renesmee.

— Nada com o que se preocupar Claire, tudo isso sai em um banho e roupas novas — Jake deu um meio sorriso e ela assentiu.

— O que você faz aqui, Claire? Não soube que Quil está de Patrulha hoje? — Seth começou a limpar as mãos em um pano imundo. Estranho que depois de toda aquela algazarra, Seth parecia como se nada grave tivesse acontecido. Limpava o sangue das mãos como quem limpa tinta.

Claire pareceu lembrar de alguma coisa e voltou a ficar agitada, como estava antes de Ver Renesmee e todo aquele sangue.

— É que eu não estou achando a Anna! Vocês sabem onde ela está? — Ela tinha a expressão preocupada

No mesmo segundo eu também comecei eu voltei a minha preocupação anterior. Toda aquela confusão havia tirado o meu foco. Olhei para Seth e ele parecia tão ansioso e preocupado quanto eu ou Claire.

Vasculhei meu corpo, atrás da Dor de Anna, que me fazia lembrar que ela ainda estava ali, mas tinha alguma errada...

— Ela está no meu quarto — Jacob pareceu relaxado.

O que ela estava fazendo no quarto dele?

— Não está não. Eu olhei na sua casa toda, então achei que talvez ela estivesse aqui na garagem...

— Não tem como. Quando a deixei lá, ela estava quase inconsciente. — Jake franziu a testa — Foi lá que eu a deixei antes de Renesmee aparecer!

Claire o olhou atônita. Eu e Seth nos encaramos um segundo antes de sair correndo até o quarto de Jacob. Jake pegou Renesmee e Claire correu junto com nós.

A porta da frente tinha uma boa parte quebrada e tivemos que pular uma mesa em pedaços para chegar ao quarto.

Seth escancarou a porta, entrando desesperado no quarto, comigo em sue encalço.

Vazio.

As cobertas estavam reviradas, como se alguém tivesse acabado de usá-las e tinha uma parte lisa que poderia ser onde ela estava antes.

Ver aquele quarto vazio pareceu me encher mais de desespero, fazendo eu vasculhar mais e mais meu corpo, procurando a Dor familiar que Anna estava me causando... Mas eu não estava encontrando nada!!

Minha respiração começou a acelerar, como a de Seth, que agora agarrara as cobertas e colocara perto do rosto, tentando sentir o cheiro.

— Ela estava aqui. — murmurou Seth

— Onde ela está? Ela não pode ter saído... Ela não conseguiria... — Jacob agarrou as cobertas e aproximou do rosto, como Seth.

— Por que ela não conseguiria? — Claire pareceu confusa e eu agradeci por ela perguntar, porque eu também queria saber.

Jacob nos encarou meio hesitante, parecendo ponderar se contava ou não.

— Desembucha Jacob. — Seth falou sério, de um jeito que eu nunca o vira antes.

— É que... Ela não estava bem, ok? Ela estava falando sozinha sobre ela saber, não deu para entender direito, mas no fim, tudo que fez foi se encolher e por mais que eu falasse com ela, Anna não me respondia! Tremia como se tivesse frio e não parou de chorar. Ela não conseguiria sair, tenho certeza.

Eu paralisei em meu lugar, encarando a janela aberta sob a cama.

Não... Minha Giovanna era forte... Ela conseguiria agüentar, não é? Mas... Ela havia fugido. O que isso significava? Porque ela fugiria? Aonde ela poderia estar?

— Você não acha que ela tenha...

— Ficado louca? Sim. Eu apostaria minha vida que Anna não está psicologicamente bem.

Seth arfou ao meu lado e se apoiou na pequena estante ao seu lado. Ele tinha os olhos bem apertados.

Vi que Claire começou a chorava baixinho ao meu lado, apoiada no batente da porta, assustada com aquela constatação quanto todos nós dentro daquele quarto.

Anna não poderia estar tão mal assim, poderia? Não foi hoje mais cedo que a vi sorrindo e me abraçando tão fortemente? O que havia acontecido para que o dia tivesse se tornado tão negro de uma só vez?

Uma coisa branca em cima da cama me chamou atenção. Quando me inclinei para pegare percebi que na verdade, era um papel, amassado, com uma caligrafia redonda e bonita, provavelmente de uma garota, escrito com caneta vermelha.

Jacob franziu a testa ao ver o que eu pegara em cima de sua cama.

— Isso não é meu. — Ele disse chamando a atenção de Seth e Claire para a folha em minhas mãos.

.

Peguei emprestado sua amiguinha louca, tudo bem?

Mas não se preocupem, eu vou devolve-la... Assim que eu dar um jeito nela.

Afinal, todos merecem ser enterrados pelos parentes, não é?

xoxo

.

Eu arregalei os olhos, cambaleando dois passos para trás e trombando em alguma coisa. A folha de papel caiu da minha mão e eu não fiz questão de pega-la.

Alguém havia sequestrado Giovanna e iria mata-la...? Aquilo era irreal. Não era possível que pudesse estar acontecendo... Não. Não!

Jacob pegou a folha e leu rapidamente, deixando a boca cair alguns centímetros.

— O que está acontecendo? — Seth perguntou agitado, olhando para Jacob

Jacob olhou de mim para Seth, com pena estampada no rosto.

— Levaram ela... Sequestraram Anna enquanto eu estava ocupado com Renesmee — Ouvir isso em voz alta pareceu piorar tudo.

Eu escorreguei até o chão encarando o nada.

— Não... — Seth pareceu não acreditar, pegando o papel da mão de Jacob. Ao meu lado Claire teve uma crise de choro.— NÃO! Como isto é possível? Quem poderia ter feito algo assim? Isso é ridículo!

— Eu não consigo pensar em ninguém que possa não gostar de Anna além de Resnesmee e os Cullen.

— Você acha que possa ser Rosalie?

— Mas o que Anna fez desde que foi parar no hospital para provocar ela? Se quer foi atrás para tirar satisfações.

— Claro que ela não foi. Anna já sabia que foi sua culpa que ela foi parar no hospital!

Eu me ofendi.

— Olha aqui, Clearwater, só porque você é grande e um lobo, não significa que pode ser folgado assim não.

— Vocês dois querem parar com essa briguinha besta? — se irritou Jacob — Temos algo de mais importante aqui. Temos que achar Anna, ela não está em um bom estado para passar por algo assim agora.

Nisso eu e Seth concordávamos. Temos que ir atrás dela!

— Temos que falar com os outros... — Jacob falou determinado — Vamos acha-la, nem que tenhamos que revirar Washington inteira!

Seth assentiu voraz, tão determinado quanto Jacob.

— Sim. Vamos encontra-la. — Eu afirmei, encarando os dois, brandamente. Aquilo era o começo de uma trégua entre mim e Seth, eu tinha certeza.

Por um momento, antes de começarmos a agilizar as coisas, eu parei sentido um comichão em meu estomago. Por algum motivo eu tinha certeza que toda aquela situação era só à ponta do iceberg e que, por mais que não houvesse ligação nenhuma que apontasse isso, eu tinha a certeza que Caroline estava totalmente envolvida nisso.

Sim, eu tinha certeza que sim.


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