Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 12
Executando o plano diabólico de um Flint


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde Senhores e Senhoras. É o seguinte, vocês estão com raiva de mim?? Olha, tudo bem, não sou a melhor autora, mas mancada isso de quase 40 visualizações e nem um unico comentário no ultimo capitulo! Sabe que eu vou fazer? Postar tudo pela metade! Já que vocês, como leitores, estão fazendo tudo pela metade também!
Só que me faltava, agora ter que cobrar comentários! Af, muito decepcionada com todos vocês.



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Capitulo 12 — Executando o plano diabólico de um Flint

— Oh droga... — Resmuguei completando mais uma volta pelo quarto pela quadragésima terceira vez. Eu já estava cansada de esperar. — Isso só vai dar merda... Não vai dar certo, Jonathan! É simplesmente estupido!

Jonathan, que estava sentado na beirada da cama, encarando o pedaço do ceú cinza que exibia da janela, revirou os olhos para mim, me encarando tediosamente enquanto dava a minha quadragésima quarta volta no quarto.

— Para de repetir isso que se não vai acontecer.

— Mas é a mais pura verdade. — Eu disse me sentindo muito preocupada com o que poderia acontecer se um deslize acontecesse — Você sabe que é só humano e eles LOBISOMENS, certo?

— Eu sei. Não vai acontecer nada, relaxa! — ele falou na maior tranquilidade, repetindo aquilo pela milionésima vez e se jogou na cama, deitando de bruços e escondendo o rosto.

Ele podia até ter tanta confiança, mas eu não. Eu não poderia arriscar a vida dele e ter que ir ao um enterro. Ele morto — ou até mesmo muito machucado — estava fora de cogitação.

Eu era contra aquele plano no inicio, mas agora, depois de montado, e imaginando os resultados ótimos que traríamos — e também influenciada pela mente maligna de Jon —, eu concordara a ajudar. Eu havia voltado atrás umas dez vezes na ultima hora e ele parecia cansado daquele lenga lenga meu..

— Ok, Jon. Tudo bem, vamos fazer isso logo. — eu murmurei um tanto desanimada e fui para a janela, onde eu deixara a Flor Solitária. Ela tinha naquele momento apenas oito pétalas, tendo em vista que havia gasto um vindo para cá e outro com o imprinting.

Já havia amanhecido á muito tempo. Algumas horas antes havíamos visto Seth pular sua janela — eu mencionei que é no segundo andar? — e sair correndo pela floresta, apenas de bermuda. Desde então, nós o aguardávamos chegar para iniciar o plano, torcendo para que ele não só aparecesse apenas quando anoitecesse.

Na noite anterior, havíamos ficado a noite toda discutindo os detalhes e prevendo cada ação do que aconteceria para o plano funcionar corretamente. Claro, que teríamos que gastar alguns desejos, não havia como não faze-lo, mas por final, nós conseguimos reduzir os desejos para apenas um. Mas que agora de pouco, por motivos de eu não querer um enterro de meu melhor amigo, se tornara dois.

Peguei o vaso da Flor Solitária e fui até a cama onde Jon estava e sentei ao seu lado. Fechei os olhos, puxando a pétala de uma só vez e fazendo meu pedido silencioso de uma conta no banco com um milhão de dólares.

Depois da intensa discussão sobre como os desejos funcionavam, eu estava mais temerosa ao realizar este. Havia aquele monte de histórias sobre pessoas que haviam ganhado ‘desejos’ e que se deram mal por não dizer corretamente.

Com aquela nova perpectiva, meu pedido foi longo e extensamente especifico.

E como sempre acontecia quando um desejo era realizado, o mundo pareceu de girar, as coisas ao redor estavam borradas enquanto aquela voz fantasmagoria e ao mesmo tempo tão... imperial soava ao meu redor, fazendo parecer que o chão tremia a cada silaba.

Vi um brilho alaranjado e estranho em algum lugar do quarto borrado e apostaria que foi perto da cômoda, lugar no qual, pedi para que aparecesse um cartão.

E quando o mundo começou a voltou a girar, eu me perguntei se um desejo como aquele funcionaria tão normalmente quanto os outros.

Então com um piscar de olhos, Jonathan voltou a se mexer ao meu lado, respirando pesadamente. Ele me olhou nos olhos e eu o encarei de volta, sabendo que a mesma pergunta revirava nossa mente de ponta cabeça.

Será que funcionou?

Suspirei alto e pulei da cama, andando devagar e relutante até a cômoda e olhando em cima.

Um cartão dourado com meu nome e números quaisquer estavam escritos ali e eu me senti aliviada. Ainda havia um brilho inumano em volta dele quando o peguei na mão para olhar mais de perto.

Jonathan pegou a o vaso de cima da cama e colocou novamente na janela, com a Flor Solitária, agora com apenas sete pétalas, para depois vir até mim.

— Pronto, Jon. Agora você vai poder ir. — Eu falei entregando o cartão para ele. — Você sabe a senha, não é?

—Sim. — Ele repetiu a senha em voz alta, apenas para me acalmar.

— Então, amanhã em frente ao hospital de Forks mais próximo de La Push? — perguntei arrastando ele até a cama e sentar ao meu lado.

— Ás 14h sem falta. Se algum de nós não for, no dia seguinte no mesmo horário. — Ele repetiu o plano com um olhar entediado.

— E caso não der, assim continua sucessivamente. — completei. Olhei deliberadamente para o local onde estava a flor e calculei meus passos.

Jonathan definitivamente seria contra eu fazer aquele desejo, então eu teria que contar com a surpresa e com que seu tempo de reação fosse mais curto.

Quando eu me preparava para me levantar, Jon parecer flagrar meus planos. Cara, ele sabia me ler.

— Nem vem — ele disse ficando no caminho entre eu e a flor — Você nem sonhe em gastar seus desejos comigo. Eu já disse. Se eu ficar sabendo que você usou comigo para tentar criar algum tipo de proteção alienigena, eu vou ficar muito puto com você.

— Ta, ta! — Eu cedi, erguendo as mãos no alto como me rendesse — Mas era algo para o seu bem... Não quero que você se machuque ou algo do tipo!

Ele me olhou no fundo dos meus olhos, como se falasse muito sério e murmurou outro "Não", tirando-me a pontinha de esperança que tinha de ter a certeza que ele ficaria a salvo.

Talvez eu devesse contestar, mas uma movimentação estranha nos jardins da frente me chamou a atenção.

Levantamo-nos e nos penduramos na janela para vermos vários garotos/homens — seminus —, musculosos saindo de uma parte da floresta, rindo um bocado, e vindo em direção a pequena casa. Entre eles, Seth e Jacob.

— Acho que chegou a hora. — ele sussurrou para ninguém escutar, não sabendo dizer quanto da audição deles era extra. — Quando eles entrarem, ok?

Eu balancei a cabeça e fui para o meu lugar perto da Janela, enquanto Jon ficava perto da cama, esperando meu sinal. Fiquei olhando até todos os garotos entrarem na pequena casa de Sue e por um segundo, me senti mal por estar fazendo aquilo tudo na casa de Sue... Eu ficaria com vergonha depois disso.

Assim que o ultimo passou pelo batendo da porta, eu me virei para Jon e pisquei mandando o sinal para ele.

Eu vi ele respirar fundo e então Jon se transformou. O olhar bondoso se transformou em raivoso, as mãos se fecharam em punhos e eu poderia jurar que ele parecia nervoso de verdade ao ver ele bufar ao em vez de respirar.

— O QUE É GIOVANNA? VOCÊ NÃO QUER CONTAR NADA PARA MIM? — Ele berrou de maneira tão alta que tudo ficou muito quieto lá em baixo. — VOCÊ É MESMO UMA DISSIMULADA!

— Há, dissimulada! Essa é nova!

— NÃO SE FAÇA DE ESTUPIDA. VOCÊ FALOU ENQUANTO DORMIA ESSA NOITE INTEIRA! — Gritou Jon, gesticulando exageradamente.

— O que eu disse Jonathan? — Eu falei normalmente, como se quisesse manter a calma. Agora já tínhamos toda a atenção do andar de baixo.

— QUE AMAVA AQUELE CARA. — Ele bufou, parecendo achar aquilo um absurdo.

Eu fiquei em silencio, olhando para meus pés quase como institivamente, enquanto Jon andava pelo quarto todo, bufando e trincando os dentes. Por um segundo eu acreditei que ele estava mesmo bravo.

— Eu sabia que você era uma vadia, mas nem tanto assim. — ele falou olhando para mim como seus olhos pegasse fogo e me atravessassem de forma dolorosa.

Agora foi a minha vez de bufar exasperada.

— VADIA? EU? E VOCÊ E A JASMINE? — Eu soltei um berro que doeu até mesmo os meus ouvidos — Você me traiu com a minha melhor amiga, sua bicha. Não tem o menor direito de falar qualquer merda para mim.

— HÁ! Bicha?! Não era o que Jasmine dizia. — Ele riu desdenhosamente, como se gozasse da minha cara. — Principalmente de noite no quarto de VOCÊS DUAS!

Eu fiz um barulho de nojo misturado com um grunhido de raiva.

— Você não mudou nada não é mesmo? Seu nojento pervertido. — Eu grunhi o olhando de cima — Só porque a “mamãe” te abandonou virou esse monstro.

Ele riu muito alto e desdenhosamente e por um segundo eu me encolhi, com medo dele.

— Monstro? Esse é sua melhor ofensa? — Ele ri fraco e depois murmurou como se aquilo não fosse quase nada: — Definitivamente não serve pra mim. Mas tudo bem, eu só estou te namorando para te comer, sua vagabunda

Eu gargalhei com desprezo.

— É. Foi a vagabunda aqui que te sustentou dois meses quando você não achava emprego e além do mais, você não conseguiu não é mesmo? Eu não sou tão fácil quanto você pensava!

Ele ficou em silencio, me encarando por um segundo. Percebi que se ele continuasse quieto eu começaria a rir. Toda aquela história parecia tão ridícula.

— Quer saber? Isso entre nós não existe! — Ele disse — Vai lá com aquele viadinho que você tanto gosta e me deixa em paz! Eu estou caindo fora!

Eu bufei exasperada e foi a minha vez de apontar o dedo na cara dele.

— De viadinho aqui só tem você seu trouxa! — Eu o empurrei, com as duas mãos em seu peito e pulei em cima dela, fingindo uma briga — TUDO ISSO É SUA CULPA!

Ele tentou me afastar sem me machucar mais, até mesmo de cima das costas dele dava para ver que não estava parecendo de verdade. Dei um empurrão nele com toda minha força, apoiando na parede ás minhas costas e nós rolamos pela porta do quarto, que agora abrira em um baque.

— Saia de cima de mim!. — ele resmungou com ódio me empurrando de verdade e fazendo eu sair de cima dele e cair de costas nos chão.

Não pude segurar um “Outch!” que escapou dos meus lábios ao sentir que caira em cima de um objeto; Ouvimos um grunhido rouco que pareceu um rosnado, vindo da parte de baixo da casa e eu vi a cara de preocupado que Jonathan fez, perguntando silenciosamente com o olhar se estava tudo bem.

Eu assenti rapidamente, me levantando e ele voltou á sua mascara de fúria e descendo as escadas. Houve múrmuros baixos na sala.

— Eu vou embora antes que eu faça alguma bobagem! Fora que não aguento mais olhar na sua cara nojenta. — ele disse enquanto pulava alguns degraus e eu o segui batendo o pé o mais forte que conseguia.

— Pra onde você vai? Você não tem para onde ir, esqueceu? — eu berrei empurrando suas costas enquanto descia a escada e ele cambaleou até o fim.

— O que está acontecendo? — Ouvimos a voz de Sue dizer antes de finalmente aparecermos na sala.

Quando chegamos, eu fiquei paralisada por um segundo ao ver dois garotos segurando Seth — que parecia fazer um barulho estranho que saia de seu peito — e a quantidade de homens-lobo ao redor dele, como se o impedisse de avançar.

— Você ficava me enchendo o saco dizendo que sua vida não tinha graça. Então agora que saímos de casa tem. — Jonathan disse se virando para mim, parando no meio da sala. — Feliz? Porque eu não estou.

Eu fiquei em silencio, sentindo meus olhos arderem. Tinha uma dúzia de garotos gigantes olhando a discussão e por um momento fiquei com vergonha e me senti corar.

— Eu não ligo para o que você está sentindo desde que descobri sobre a Jasmine. — eu falei normalmente, sentindo minha voz embargar.

Santo Deus, isso podia ser mais dramático??

— Então adivinha! Eu nunca liguei para o que você estava sentindo! — ele falou em um tom repugnante e odioso que me fez estremecer de verdade.

Ouvi outro rosnado atrás e me forcei a terminar logo aquela cena. Jonathan corria um serio risco agora. Eu forcei um soluço, mas desta vez, não tão convincente. O lado bom foi que ninguém notara a nota falsa, já que para encobrir eu berrei o mais alto que consegui.

— SAIA DAQUI! — Eu berrei — SAIA JÁ!

Ele me olhou de cima em baixo com cara de nojo.

— Eu não aguentaria ficar aqui nem se eu quisesse, estou com vontade de vomitar só de olhar pra sua cara.

Então eu estremeci novamente. Mais dessa vez com receio por Jon, pois agora vários rosnados vinham de todos os lados da sala, um sendo refletivo pelo outro e eu fiquei estática em meu lugar, percebendo como Jon estava em um nível de perigo muito, mais muito alto.

Eu me senti arrepender por não ter puxado a maldita pétala e feito o pedido de proteção para Jonathan. Se algo acontecesse com ele... Eu não sabia o que faria...

— Olha, é melhor você maneira no modo que fala — Disse um cara alto e mais insubmisso que os outros. — Se não você vai ficar com nojo é de quando olhar pro espelho de tão quebrada que vai estar sua cara.

Fico claro que aquilio foi mais do que efetivo em Jon, já que ele quase correru porta a fora. Eu o segui rapidamente.

Jon já estava andando, indo para longe da casa quando eu ouvi o sim de algo caindo, seguido de vários gritos de protesto, outro de apoio.

Como se um furação passasse por mim, eu vi algo se mover rápido em direção á Jonathan.

O mundo pareceu ir mais devagar e eu podia até ouvir o meu coração pular para quarta marcha, amedrontada. O que eu mais temia estava acontecendo.

— SETH! NÃO! — Eu gritei, começando a correr o mais rápido que conseguia atrás dele. Vi Jonathan dar dois passos e tropeçar em alguma coisa e cair, paralisado de medo.

Porra! O que mais temia estava MESMO acontecendo! Ah, eu sabia que havíamos exagerado nos palavrões!

Senti o vento bater contra os meus cabelos devagar o ricocheteando em minha pele, enquanto Seth chegava rápido perto suficiente de Jonathan para lhe acertar um soco. O corpo inteiro tremendo como se vibrasse.

— SETH PARE AGORA! — Eu berrei, pulando rápido e agarrando seu braço. Ouvi Jacob criar algo atrás de mim.

Seth paralisou no mesmo segundo, com o braço meio estendido e eu me pendurei nele, ficando entre ele e Jon, enquanto Seth bufava tremendo para burro.

Vi ele mandar um olhar irritado para Jacob, que berrava para mim sair de perto de Seth, e depois me olhar com uma magoa ressentida, como se eu o privasse da melhor coisa do mundo.

— Parar? Esse cara foi um babaca com você!

— Eu sei, mas...

— Mas??

Percebi que ele queria que eu lhe desse um motivo convincente para não quebrar Jonathan ao meio e eu respirei fundo, prendendo o ar. Eu e Jon não havia planejado nada para esse tipo de situação, então eu estava por conta própria.

Havia uma grande plateia agora, na frente da casa. Sue tinha a mão sob a boca. Naquele momento, somente uma ideia veio á minha cabeça e eu sabia que não era uma das melhores,

— A única que pode bater nele sou eu. — Anuncei incerta e me virei para um Jonathan completamente surpreso.

Eu me aproximei lentamente, lhe enviando um olhar de desculpas e eu vi que ele estava se segurando para não rir da minha imitação de raiva. Droga, ele não ajudava em nada fazendo aquela careta!

Respirei fundo.

— Xinga a minha mão seu idiota. — eu murmurei antes de virar um soco bem entre os seus olhos. Não foi realmente com muita força, mas mesmo assim ele cambaleou, e acabou por cair no chão.

Pessimo ator. Eu quase revirei os olhos.

Pensando que não havia mais nada a ser feito, eu virei as costas para Jonathan e voltei para dentro da casa, o mais rápido que podia.

A vergonha foi imediata, ao ver todo aquele bando parado bem na porta da casa. Eu subi para o meu quarto correndo, como se estivesse fugindo da minha sombra.

Sentindo minha mão latejar, enquanto minha mente se perguntava se tudo havia dado certo, eu ouvir do lado de fora da casa a voz rouca de Seth gritar “FORA” uma ultima vez, me protegendo de alguém que nem existia.


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Notas finais do capítulo

Depois os autores ficam putos e param de escrever e neguinho vem encher o saco. Mereço u.ú



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