Enquanto ficava deitado na cama esperando Alícia destrancar a porta pra que eu pudesse ir ao banheiro, acabei por acaso observando Marcelina dormir. E sinceramente, ela dormia como um anjo, estava parecendo um bichinho indefeso, por isso fiquei com pena de acordá-la, apenas fiquei ali, deitado, esperando a hora certa de sair do quarto.

–Pensativo amor?- ouvi Marcelina dizer, mas tomei um pequeno susto na hora.

–Não, só estou esperando eles destrancarem a porta pra poder sair e tomar um banho.- respondi.

–Ah, mas por quê você não aproveita e fica mais um pouco aqui comigo?

–Tudo bem, só porque você tá pedindo.

–Ai, que fofo.

Nos abraçamos e ficamos ali, por um tempo, até que eu olhei no relógio na cabeceira da cama e vi que já eram 21:00 horas, achei melhor tomar um banho logo. Então, peguei a minha chave do quarto, a chave original e com ela, abri a porta por dentro, pois a chave reserva que Paulo colocou do lado de fora não estava mais lá. Peguei uma toalha, uma roupa mais fresca pra dormir e por fim, entrei no banheiro.

Depois de alguns minutos, saí e voltei ao quarto, percebi que Paulo e Alícia já deviam estar dormindo, porque a sala e a cozinha estavam com as luzes apagadas, mas acredito que Daniel e Maria Joaquina estavam acordados, pois deu pra ver um feixe de luz saindo da porta do quarto deles. Chegando no meu quarto, vi que Marcelina estava lendo uma revista qualquer.

–Que revista é essa?- perguntei.

–De beleza. Aqui tem muitos batons, maquiagens e produtos de beleza.- ela disse.

–Você não está pensando em comprar isso né?

–Sim, por quê não?

–Nada, só acho que não precisa, você já está linda.

–Você que me vê com bons olhos. Mas o lindo é você, com esse corpo todo, me deixa até sem ar de vez em quando.

–Ah é? Então você vai ficar mais sem ar ainda depois que ver o quanto eu tô cheiroso. Caprichei no banho só pra você.

–Jura? Então vem cá, deixa eu ver se você lavou mesmo a sua orelha direitinho.

–Tá vai, dá uma olhada.

Ela fez cara de nojo quando me afastei.

–Ah nem vem amor, para.- eu disse.

–É brincadeira, você tá muito cheiroso.

–Que bom.

–É sério, dá até vontade de morder.

–Ué, sou todo seu , fique à vontade.

–Ah que bom.

Ela mordeu levemente meu braço direito umas três vezes e sorriu pra mim maliciosamente.

–E aí, gostoso?- perguntei.

–É, sim, dá pro gasto.

–"Dá pro gasto"? Então vem cá que eu vou te morder...- ela nem me deixou terminar.

–Não, não, não, era brincadeira Mário, calma!- ela tentou fugir, mas eu a segurei pelos braços pra agarrá-la, mas por alguma coisa que saiu errado, escorreguei e eu caí na cama em cima dela.

–Incrível. Você fica mais linda cada vez mais perto.- eu sussurrei, porque por algum motivo, minha voz não saía.

–Você é muito gentil sabia?- ela disse.

–Gentil? Então vou morder a senhorita pra ver se você também dá pro gasto.- eu disse e ela riu, ela não tinha como escapar, então não pensei duas vezes e mordi levemente seu pescoço.

–É... dá pro gasto.

E voltamos a nos beijar. No começo, estava tudo normal, mas depois ela começou a passar as mãos pelos meus cabelos, bagunçando-os e me causando arrepios, até que caí na real e parei, consciente do que estava fazendo.

–Desculpa Marce. Desculpa mesmo. É que não dá pra me segurar quando eu tô do seu lado, mas eu não quero fazer algo que você não queira.- falei.

–Eu quero.- ela disse.

Aquilo foi o suficiente para mim, voltei a beijá-la, agora com total certeza que ela queria mesmo, já tivemos uma experiência parecida com aquela alguns anos atrás no acampamento, mas dessa vez, iríamos mais longe.

Marcelina narrando

Acordei sentindo um grande alívio misturado com felicidade dentro do meu peito, eu enfim, tinha feito as pazes com Mário. Não sei se ele resolveu me perdoar por pena de mim por ter me visto chorando daquela forma ou se ele realmente estava disposto a me perdoar, mas prefiro acreditar na segunda opção. Abro completamente meus olhos e percebo que ele está ainda na cama, sentado, olhando fixamente para a porta.

–Pensativo amor?- perguntei e ele deu uma leve recuada pra trás, talvez tenha tomado um susto.

–Não, só estou esperando eles destrancarem a porta pra poder sair e tomar um banho.- ele respondeu.

–Ah, mas por quê você não aproveita e fica mais um pouco aqui comigo?

–Tudo bem, só porque você tá pedindo.

–Ai, que fofo.

Nos abraçamos e ficamos ali, por um tempo, até que ele decidiu se levantar. No começo, estranhei, mas quando o vi pegar uma roupa nova no armário e uma toalha, vi que ele estava indo tomar um banho, foi aí que descobri que o quarto não estava exatamente trancado. Porque a chave que Mário pegou abriu facilmente ela. Então, provavelmente Paulo deve ter tirado a chave do lado de fora da porta, mas aquilo não importava, ele fez o certo.

Para me distrair, resolvi pegar algo para ler enquanto Mário não voltava, então fui até a sala pegar uma revista para ler e percebi que Paulo e Alícia já deviam estar dormindo, porque a sala e a cozinha estavam com as luzes apagadas, mas acredito que Daniel e Maria Joaquina estavam acordados, pois deu pra ver um feixe de luz saindo da porta do quarto deles. Quando peguei a revista, conferi se era a mesma que eu queria e era. Deitei-me na cama e comecei a ler, tá certo que aquela revista era da Maria Joaquina e que eu não me interessava por aquelas coisas tanto quanto ela, mas eu precisava de algo que me fizesse passar rápido o tempo, consegui me distrair por algum tempo até que vi Mário entar no quarto novamente já com a roupa nova, uma toalha nas costas e os cabelos molhados.

–Que revista é essa?- perguntou ele.

–De beleza. Aqui tem muitos batons, maquiagens e produtos de beleza.- eu disse.

–Você não está pensando em comprar isso né?

–Sim, por quê não?

–Nada, só acho que não precisa, você já está linda.

–Você que me vê com bons olhos. Mas o lindo é você, com esse corpo todo, me deixa até sem ar de vez em quando.

–Ah é? Então você vai ficar mais sem ar ainda depois que ver o quanto eu tô cheiroso. Caprichei no banho só pra você.

–Jura? Então vem cá, deixa eu ver se você lavou mesmo a sua orelha direitinho.

–Tá vai, dá uma olhada.

Resolvi brincar com ele e fiz cara de nojo pra ele, mas ele percebeu.

–Ah nem vem amor, para.- ele disse, com um tom de chateação na voz, mas deu pra ver que ele estava sorrindo de canto.

–É brincadeira, você tá muito cheiroso.

–Que bom.

–É sério, dá até vontade de morder.

–Ué, sou todo seu , fique à vontade.

–Ah que bom.

Apesar da minha vontade de mordê-lo ter sido grande, mordi levemente seu braço direito umas três vezes pra não machucá-lo e sorri pra ele maliciosamente.

–E aí, gostoso?- perguntou ele.

–É, sim, dá pro gasto.- eu disse.

–"Dá pro gasto"? Então vem cá que eu vou te morder...- eu sabia que ele estava sendo sarcástico, mas tive medo de ele exagerar e tentei não deixar que ele me mordesse.

–Não, não, não, era brincadeira Mário, calma!- eu tentei fugir, mas ele segurou pelos braços me impedindo de fugir, mas não sei se foi de propósito ou se ele escorregou mesmo, só sei que em uma fração de segundo ele estava caído na cama por cima de mim.

–Incrível. Você fica mais linda cada vez mais perto.- ele sussurrou.

–Você é muito gentil sabia?- eu disse, mas era verdade, ele foi fofo.

–Gentil? Então vou morder a senhorita pra ver se você também dá pro gasto.- ele disse e eu ri, não tinha como escapar, pois suas mãos estavam nos meus braços, então ele mordeu levemente meu pescoço, me causando arrepios.

–É... dá pro gasto.

E voltamos a nos beijar. Eu correspondi com vontade, pra mostrar o quanto eu queria, baguncei seus cabelos levemente de propósito, ele ficava tão lindo com o cabelo bagunçado, imagina quando eles voam com o vento, nossa, fico hipnotizada. Mas acabei ficando confusa quando ele parou e se virou para o meu lado.

–Desculpa Marce. Desculpa mesmo. É que não dá pra me segurar quando eu tô do seu lado, mas eu não quero fazer algo que você não queira.- ele falou.

–Eu quero.- eu disse, esperei tanto por aquele momento. Então, ele voltou a me beijar, com a mesma intensidade de antes, nós chegamos perto lá no acampamento anos atrás, mas naquela época ele sabia que eu não queria, porém, agora ele sabe que eu quero e por isso, finalmente nós conseguimos ir mais fundo.