Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo especial.

Boa leitura,



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Maria Joaquina narrando

Depois que voltamos pra nossa cabana depois de passar o dia inteiro fazendo trilha e anotações em cadernos, eu estava realmente "esgotada", se é que assim que se pode dizer, estava tão cansada que quando voltei pra cabana, não tive forças pra ir até meu quarto e pegar uma roupa limpa pra trocar na hora de tomar banho, eu simplesmente fui até o chuveiro e liguei. A sujeira que estava grudada em meu corpo era tanta que o chão ficou marrom. Depois de uns trinta minutos, saí e foi só aí que percebi que havia esquecido a roupa no quarto. Então, quando cheguei no corredor vi Daniel sem camisa, com uma toalha e uma roupa limpa em suas mãos e ombros, encostado na parede. Fiquei corada dele me ver ali, só de toalha e fui correndo pro quarto me trocar. Depois, sem perceber, peguei no sono.

Daniel narrando

Acordei no dia seguinte sem atraso nenhum, pois daquela vez, não havia perdido a hora. Levantei, fiz minhas higienes matinais e tomei um banho pra despertar mais rápido, desci e peguei uma maçã, estava sem vontade de comer aquele cereal infantil inútil. Quando voltei à sala, Maria Joaquina já estava descendo as escadas.

–Bom dia.- eu disse.

–Bom dia.- ela respondeu.

Ela também pegou uma maçã e fomos andando pela floresta até chegarmos ao acampamento, onde o Professor Renê e a Professora Suzana nos esperavam para a próxima etapa.

–Bem crianças, o que você farão na prova de hoje vai ser o seguinte: por toda a floresta, nessa direção aqui, espalhamos várias bandeiras, de várias cores diferentes. Vocês deverão correr por toda a floresta e encontrar as bandeiras, a dupla que encontrar o maior número de bandeiras será a vencedora. Estão prontos?- disse o professor.

–SIM!!!- todos disseram em coro.

–Então vão!- disse a professora Suzana soando um apito indicando que era pra começar.

No que o apitou soou, todos nós corremos, mas como Maria Joaquina não era acostumada a correr, tive que ajudá-la puxando-a levemente pela mão. Logo nos primeiros metros, encontramos uma bandeira, tive que ajudar Maria Joaquina a subir segurando-a pela cintura pra que ela alcançasse a bandeira e pegasse. Quando ela pegou, vimos que o tempo que levamos pra pegar a bandeira fez a gente ficar pra trás, nessa hora eu torci pra que algo acontecesse e os outros acabassem não vendo as bandeiras. A próxima bandeira que encontramos foi pendurada em um poste de iluminação que ficava ao lado de um pequeno banquinho de madeira, eu com um pulo consegui pegar, mas assim que voltei ao chão, senti alguém me empurrar, quando cheguei ao chão, vi que Jorge me derrubou.

–Isso é nosso!- disse ele, mas logo Maria Joaquina o empurrou e tomou a bandeira das mãos dele me ajudando a levantar.

–Isso é trapaça viu?- disse ela, fazendo Jorge a olhar como quem diz: "não me diga" e voltamos a correr sempre com ele atrás da gente. Depois de conseguirmos mais cinco bandeiras, vimos que uma cerca enorme atrapalhava o caminho, o que indicava que era pra voltarmos. E assim fizemos, voltamos dessa vez caminhando e logo entregamos as bandeirolas para os professores, que guardaram em uma sacola e conforme os outros foram chegando, guardavam as bandeiras e por fim, fizeram a contagem, meu coração estava a mil.

Maria Joaquina narrando

Depois que todos os alunos do acampamento sentaram naquele banco, a professora Suzana e o professor Renê começaram a contar as bandeiras e eu suava de nervoso, mas senti Daniel pôr sua mão sobre a mim pra me passar segurança.

–Relaxa.- ele disse, mas aquilo não foi o suficiente.

Quando eles pararam de contar, fizeram um suspense antes de falarem quem ganhou, aquilo me irritou.

–Bom gente, houve um empate entre quatro duplas.- disse o professor Renê me deixando perplexa, alguém empatou com a gente? Então tomara que a Marcelina e Mário sejam uma dessas duplas, vamos nos divertir muito nas folgas.

–As duplas que empataram foram: Gabriel e Vitória, Matheus e Luana, Mário e Marcelina...- nessa hora, Marcelina quis vibrar, mas pareceu se conter.- E Daniel e Maria Joaquina!!- agora sim a Marcelina veio ao meu encontro pulando de alegria enquanto eu surtei fiquei gritando em seus braços.

Então, nós quatro começamos a comemorar até uma buzina daquelas usadas em festas, nos interrompeu.

–SILÊNCIO!!! Escuta, vocês venceram a primeira prova, mas se quiserem essas folgas, precisarão vencer as outras três, pensa que é fácil assim?- disse a professora Suzana e meu sorriso desapareceu. Então quer dizer que a gente tinha mais atividades pela frente? Que droga.

Mas o importante é que depois daquela atividade cansativa, nós podíamos voltar para a cabana e descansar para o dia seguinte, fiquei com pena de ter que ficar em casa, hoje o dia estava bem bonito, não fazia ideia se era segunda, terça ou quarta feira, estava perdida no tempo. Resolvi olhar no meu celular e que felicidade, era quinta feira, não sei porquê, mas eu sempre adorei as quintas feiras.

Chegando na cabana, Daniel foi direto para a cozinha e pegou uma maçã e mordeu, fiz o mesmo. Ele se sentou no sofá e eu me sentei ao lado dele, sorte que lá tinha uma televisão na estante da sala e ele ligou, começou a passar um seriado de tevê que eu nunca tinha visto antes, mas o Daniel adorava, mas pra mim aquilo estava muito chato. Quando vi, acabei adormecendo com a cabeça no colo do Daniel e ele, assim que viu que eu caí em cima dele, começou a fazer carinho nos meus cabelos. Nossa, como eu amava aquilo, aliás, não conheço ninguém que não goste disso. Sorri de leve e dormi.

Daniel narrando

Poxa, é uma pena que os nossos dias de folga não vão começar a partir de agora, seria tão bom se a gente começasse logo, mas até que por um lado é bom que não comecem agora, porque ficar um mês inteiro aqui e logo depois de apenas alguns dias a gente já ter férias pra depois voltarmos cansados? Não, isso não podia ser. Era melhor deixar pra mais tarde mesmo.

Assim que os professores anunciaram as duplas vencedoras e nos mandaram de volta para as cabanas, encontramos Mário e Marcelina para comemorar a nossa vitória.

– Ai amiga que saudades, mal nos vimos essa semana.- disse Marcelina.

Pois é, a escola sempre nos tirando o prazer!- respondeu Maria Joaquina e eu a fitei com um olhar de reprovação por aquele comentário ridículo que ela fez.

–E você Mário? Novidades?- perguntei entendiado, tentando puxar assunto.

–Não, mas do jeito que a Marcelina está animada, talvez ela tenha.- ele disse e ela o abraçou de lado.

–Acertou meu lindo! Vai ter uma festa aqui mesmo só com a nossa sala!- ela disse e eu fiquei surpreso.

–Festa? Aqui? Quando?- perguntei.

–Essa noite, ali no meio da mata, terá fogueira e tudo!- disse ela, empolgada.

–Ai amiga, eu não perco essa festa por nada!- disse Maria Joaquina e as duas riram. Mário e eu reviramos os olhos.

Depois que nos despedimos, entrei em minha cabana e fui pegar uma maçã na cozinha, Maria Joaquina fez o mesmo. Para passar o tempo, liguei a televisão e comecei a assistir "School of Rock", desde pequeno assisto, até que sinto Maria Joaquina deitar com a cabeça no meu colo. A princípio, achei aquilo muito divertido, pois aquilo poderia significar um passo a mais entre nós dois para voltarmos a ficar juntos, mas logo depois alguma coisa na minha mente me pediu que eu levasse ela para o quarto e foi o que eu fiz. Ela não era pesada, mas como era baixinha para a minha altura, levá-la até o quarto não foi problema, em seguida, fui para meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama, estava realmente esgotado por causa da correria toda da atividade das bandeiras, mas antes de pegar no sono, coloquei meu celular pra despertar uma hora qualquer da tarde que fosse próxima da noite e depois fechei os olhos e dormi.

Mário narrando

Depois que voltamos à cabana, Marcelina e eu dormimos para descansar pela correria das bandeiras e tal, quando acordei, o céu já estava escuro e percebi que provavelmente a festa começaria em pouco tempo, então, tratei de me arrumar logo, vesti uma camisa xadrez azul e por dentro uma camisa cinza, uma calça meio surrada preta e um Chuck Taylors cinza.

Fui para a sala e quando peguei meu celular na mesa, vi Marcelina entrando na sala e estava linda, vestia uma camisa preta com um desenho em paetê branco, uma jaqueta jeans e calça de moletom azul escura, além de botas com um salto pequeno, ela havia acertado em colocar aquela roupa porque estava muito frio naquela noite, o que é comum em lugares como aquele.

–Vamos?- perguntei tentando fazer uma voz sexy e rouca, mas não deu.

–Vamos.- ela riu com a minha fracassada tentativa de fazer uma voz sexy e saímos pela porta rumo à festa.

O lugar estava bem bonito, uma fogueira no meio, varias pessoas sentadas em troncos, marshmallows pra tudo que é lugar, não preciso nem dizer que fiquei com água na boca com a ultima parte né, umas luzinhas para iluminar melhor e o melhor de tudo. Uma mesa cheia de comida de acampamento como: sanduíches, refrigerantes, doces, bolos, alguns cereais, frutas e tinha até pizza. PIZZA! Desculpem o jeito exagerado, mas eu simplesmente AMO pizza.

Sentamos nos únicos lugares que tinham, dois troncos de árvores, um de frente para o outro, eu fiquei ao lado do Matheus, de frente para Daniel enquanto Marcelina ficou ao meu lado de frente para Marcelina, enquanto Gabriel ficou de frente para Matheus e ao lado de Daniel.

No começo, tudo ficou normal, começamos a comer e conversar sobre o acampamento, às vezes até ríamos bobamente, quando escutei a voz de Clementina dizendo:

–Gente! A primeira coisa que vamos fazer aqui é...VERDADE OU DESAFIO!! -Ah, que ótimo, só faltava essa.

Eu sinceramente não gostava de jogar isso, eles fazem você passar vergonha ou contar seus maiores segredos ou até pior, fazem você contar alguma coisa errada, por isso odeio, mas não tinha outra escolha. Mas, até que por outro lado era bom, talvez se eu escolhesse desafio poderia tentar beijar Marcelina, será?

Marcelina narrando

Eita povo maluco, drogado dessa escola tem o que na cabeça? Vento? Que negócio é esse de Verdade ou Desafio? Se eu soubesse disso, nem teria vindo ou chamado Maria Joaquina pra vir, ela odeia esse jogo tanto quanto eu, mas não podíamos deixar de jogar.

Eu simplesmente gelei no lugar, as pessoas – as garotas para ser exata – cochichavam perto de mim algo do tipo: espero que eu possa beijar o Daniel, ele é tão gato! Ou quem sabe o Mário também?

– Quem vai ser a primeira ou primeiro a girar a garrafa? - falou Clementina com um sorriso dos mais maliciosos nos lábios.

Todos, exceto eu, Mário, Daniel e Maria Joaquina, gritaram loucos, qual é? Me ajudem a não tacar vocês nessa fogueira. Bem, todos ficaram quietos quando a garrafa girava na terra, – não sei como girava, mas girava– , eu estava feliz aquela coisa que faz as pessoas passarem o pior momento de suas vidas ainda não tinha parado em mim, nem em alguém que queira fazer algo a mim. Mas não tinha jeito, alguma hora cairia em mim, não tinha como evitar, Quando a garrafa de vidro ou plástico imitando vidro, parou em mim e na Alícia, senti uma pontada de alivio por saber que era minha melhor amiga. E ela nunca ousaria me fazer mal correto?

Só Deus sabe o quão enganada e iludida eu sou.

–E então Marcelina? Verdade ou Desafio?- sabe aquele tom sinistro de quando um vilão captura a mocinha e faz herói escolher entre ela e a cidade, mesmo sabendo que ele vai destruir os dois. E era exatamente esse tom sinistro que ela perguntou, na mesma hora percebi que ela ia me mandar fazer algo que eu não queria.

– Eu...hãn...- droga! Pensa Marcelina, se você escolher verdade ela vai te fazer contar algo MUITO humilhante da sua vida, mas, se eu escolher desafio vou fazer uma coisa mais humilhante ainda. Merda!

– Escolhe logo Marcelina! - me apressou e eu como uma idiota que sou escolhi...

– Desafio então, vai! - me matem com bazuca. Eu preciso morrer.

– Certo! Seu desafio será...- odeio infinitamente quando ela faz suspense, principalmente com esse sorriso macabro no rosto. – Beijar o Mário Ayala.

Mas que droga! Até Maria Joaquina ficou espantada, pelo menos eu algo estávamos de acordo.

–Eu... vou ter que... o quê? falei recuperando o ar perdido.

– Isso mesmo, e não é qualquer beijinho mixuruca não ok? - fiz uma expressão confusa, ela entendeu, rolou os olhos e continuou – Vai ter que no mínimo ser assim. Ela simplesmente agarrou o pescoço do Paulo e o beijou, não um beijo normal, um beijo bem molhado daqueles que aparecem nos cinemas que te fazem gritar de alegria. - E vê se anda logo, não temos a noite toda! - me apressou limpando os cantos da boca de um batom que nem estava borrado.

Agora não tinha mais jeito, se eu me recusasse a fazer aquilo, teria que pagar um castigo que seria bem PIOR do que aquele desafio que ela me deu, então, virei meu rosto de frente para o Mário e ele não falou nada, nem sequer fez uma cara de alegria, espanto nem nada, apenas uma cara como se fosse a coisa mais normal do mundo, nisso eu até entendo, mas não precisa jogar na minha cara lavada. Eu tentei ignorar a multidão de olhos que estavam sobre nós e me concentrar no momento.

Ele segurou minha cintura me puxando para perto e colocou a outra mão na minha nuca, ele se aproximou de mim, enquanto eu ficava feito uma boba parada e sem reação. Ele vinha se aproximando mais e mais, estava com os olhos fechados, mas se você se pergunta se eu estava nervosa, na verdade não. Não estava mesmo, mas é que eu não imaginava que depois de tudo aquilo que eu passei quando o Mário me enganou daquela forma, eu acabaria voltando a beijá-lo. Para não olhar em seus olhos e acabar perdendo a concentração e rir, respirei fundo para relaxar, fechei meus olhos e aproximei meus lábios dos seus. Quando eles se tocaram, uma grande sensação de euforia me invadiu. Nossa, era tão bom poder sentir aqueles lábios macios e quentes nos meus novamente, eu senti muita falta do beijo dele, mas não havia percebido porque estava o odiando, claro que eu não vou contar pra ele depois né, mas eu realmente gostei, tanto que, em um descontrole mental, deixei que ele invadisse minha boca com a língua e minhas mãos foram parar em seus cabelos, e puxando-os levemente, depois eu pude ouvir o pessoal em volta gritar assim como você grita quando seu time de futebol favorito marca um gol, ou quando o seu cantor favorito entra no palco para começar mais um show, de qualquer maneira, aquilo estava tão bom que eu estava amando e não queria parar, a falta de ar é que nos separa.

Voltei a olhar pra frente, mas pode ter certeza que eu amei. Vi Maria Joaquina olhar pra mim batendo palmas e Daniel fazia o mesmo com Mário, que estava sorrindo timidamente, mas dava pra ver a alegria nos olhos dele.

Depois, voltamos a nos concentrar no jogo.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, espero que tenham gostado, o próximo será postado pelo Matheus. Até lá.



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