Diário de intercâmbio - Isabella Bissoni escrita por Autora desconhecida
Notas iniciais do capítulo
E ai galera como vão? Dedico este capitulo a Amanditasouza e a aninha costa que comentaram. tj gente.
Foi naquele momento que a ficha caiu, eu realmente gostava dele. A ponto de não querer vê-lo com ninguém, mesmo se eu não fosse namora-lo. Porque meu pensamento se concentrava apenas no coração partido quando eu voltasse para o Brasil, se concentrava apenas na ferida profunda do coração, na saudade.
Eu sei como é isso, já tive algumas decepções amorosas e não quero para ninguém. A paixão é algo que não vem só de felicidade ela pode doer e quando isso acontece parece que aquela dor não vai passar, aquele vazio horrível que não tem explicação. É algo que não tem cura e que só vai ser tratado com o tempo, porque eu também não acredito nesse negocio de esquecer a pessoa. Ela fez parte de tua vida, viveu bons e maus momentos contigo, com certeza algum deles será inesquecível. Por que tentar esquecer e fingir que nunca aconteceu?
Desci as escadas tentando agir tranquilamente, mas o que eu queria era um lugar sossegado para deixar as lágrimas correrem sem ser julgada. Sai da casa e comecei a caminhar pela rua. Não muito longe ouço uma voz familiar, alguma menina resmungava baixo. Me aproximei com medo de ver alguma coisa que não deveria e o que encontrei foi a Bea.
_Meu deus o que houve?
Perguntei preocupada quando vi a maquiagem borrando o rosto inteiro, era provável que nem o rímel estivesse certo nesse instante.
_Não me machuca, por favor. Eu só to tentando encontrar. – Ela falou com algum tipo de desespero na voz olhando para todos os lados a procura de algo.
_Bea é a Isa, te procurei por toda parte, o que tais fazendo aqui? – Peguei a mão dela e agora ela chorava de alivio. Me abraçou forte e depois começou a apalpar meu rosto.
_Você estava chorando por minha causa? – Respondeu com outra pergunta, e só assim para eu perceber que algumas lagrimas tinham escapado.
_Não troca de assunto. –É claro que eu tentaria fugir do assunto Deutch.
_Eu perdi minha lente, não enxergo nada Isa. – Ela falou se desesperando novamente.
Fiquei em pânico por ela, a menina estava sozinha na rua sem enxergar nada. Procurei pelo chão para ver se encontrava a lente dela, mas não achei. Sem saber o que fazer naquela situação eu a levei para casa, ou melhor, eu tinha a intensão de leva-la para casa. Só tinha um porém, eu não dirigia, não tinha carro, não tinha taxi a esa hora e muito menos ônibus, não dava de ir a pé e o Luke não aparecia de jeito nenhum.
_Pedi pro Noah levar a gente! – Beatrice falou.
Se eu já tinha pensado nisso? É claro que sim. Mas meu orgulho não deixava eu fazer. À essa hora ele devia ta fudendo umazinha qualquer ai e eu que não iria atrapalhar.
Uma hora depois ela me convenceu que os olhos delas estavam em prioridade contra meu orgulho.
_Eu ligo, mas você fala!
_Ta, anda logo que meu olho ta ardendo e to com dor de cabeça já.
Tudo o que ouvi era : Vem aqui fira seu idiota.........ela também ta aqui........ to precisando de ti........ anda logo to cega..........ta falow.
_E então? –perguntei curiosa.
_Ele ta vindo, e falou que tinha te procurado que “não era o que parecia” sei lá, não entendi porra nenhuma.
Agora eu estava irritada e ansiosa, e mais uma mistura de sentimento que não conseguia entender. Demorou apenas alguns minutinhos e ele estava na nossa frente, e VESTIDO.
_Oi, será que tem como levar a gente em casa?
_Ué, vocês não iam dormir aqui? Coloquei até umas coisas em cima daquela cama pra ninguém pegar.
_CLARO QUE EU VOU QUERER DORMIR NAQUELA CAMA. –Falei na mais pura ironia.
Ele tocou no meu braço, mas me esquivei. E mesmo sem intenção pareceu que eu me importava, percebi pelo seu olhar.
_Vocês se brigam depois, primeiro leva a gente em casa.
Ele concordou, e eu arrastei a Bea até no carro. Coloquei ela no banco de trás e fiquei na frente. O silencio reinou entre nós, aquele clima tenso e horrível. Então Noah ligou o som baixinho para descontrair. Chegamos em casa e ele ajudou a Bea a sair do carro enquanto eu abria a porta.
_A gente pode conversar? – Ele perguntou quando percebeu que eu ia fechar a porta na sua cara.
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