O tempo em que corri não avistei nenhuma viatura, estava um pouco aliviado, até que avistei dois policiais caminhando na calçada em minha direção, me apavorei de imediato me virei bruscamente e joguei a arma em um beco escuro.

Comecei a andar rápido ao sentido contrario do que eu vinha.

–Ei ei aonde você vai com tanta pressa garoto?.Perguntou um dos policiais vindo rapidamente atras de mim.

–Me lembrei que esqueci meu celular na casa de um amigo meu, e estava indo buscar...Falei meio gaguejando.

–Claro e eu sou o bozo né? O que jogou ali? Perguntou ele irritado.

–Foi só um papel senhor. Falei já entrando em panico.

–A é? Então vamos lá pegar o seu papel. Respondeu ele segurando me pelo braço.

Estávamos nos direcionando ao beco quando o segundo policial falou.

–Olha o que temos aqui...

Agora sim estava perdido, aproveitei um momento de descuido e sai correndo, eles eram gordo, não iriam me alcançar nunca, eu realmente estava certo, mas não podia contar com um terceiro policial, esse ouviu o grito dos outros e me pegou, não tive tempo de desviar.

–Não sei o que você aprontou ou iria aprontar, só te digo que agora você esta ferrado. Falou ele me levando para a viatura.

Me levaram para a delegacia fizeram algumas perguntas, mas não respondi nenhuma, logo alguns exames me relacionaram ao atentado de assassinato a família Freitas (meus tios).

Fui levado para a fundação casa, conhecida como febem, não sabia o que aconteceria dali em diante, estava muito assustado mas não quis demonstrar isso, aquele lugar parecia um inferno, tinha meninos com idade entre 13 a 17 anos mais ou menos, sempre estavam fazendo rebeliões, perdi a conta de quantas vezes apanhei lá dentro e quase morri, fiquei por lá durante um ano e meio, e no dia 28 de julho estava saindo pelo portão da frente, e agora como farei se não tenho para onde ir, pensei por um instante e fui para casa de Marco, mas infelizmente meu amigo morreu fazia alguns meses, havia sido cruelmente assassinado por traficantes, foi torturado para entregar Zé... que hoje está preso, por brigas de território a policia conseguiu localiza lo e encontraram seu esconderijo.

Passei em frente a casa onde morei com meus tios, na porta uma placa de vende-se, não sabia se meu tio havia morrido ou não, também não sabia o que aconteceu com minha tia.

Como não havia mais para onde eu pudesse ir, fiquei zanzando pelas ruas até que passei em frente uma mercearia e lá tinha uma placa de emprego, parei ali mesmo pensando no que devia fazer, e foi quando entrei.