Fatal escrita por Rafa


Capítulo 4
Capítulo 4 - Caos


Notas iniciais do capítulo

E ai, povo?
Voltei
uahusuahsuhuas
Espero que gostem do capítulo
Boa leitura



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Estava concentrado no alvo a sua frente enquanto ouvia os vários disparos ao seu lado. Mesmo que o som fosse parcialmente abafado pelos grandes fones, que lhe protegiam os ouvidos, ainda conseguia ouvi-la.

Rukia parecia incansável enquanto acertava perfeitamente todos os pontos vitais na figura a sua frente se esquecendo de sua presença ali.

Já faziam dois dias que estava cumprindo seu papel com maestria, mas tinha algo nela que o intrigava e fazia com que perdesse o foco por alguns instantes.

Sentia-se atraído a descobrir o que a fazia ser tão centrada e rígida. Quase nunca se falavam direito, a morena dava ordens e ele obedecia, despejando comentários sarcásticos — que ela aprendera a ignorar nesse pequeno espaço de tempo —, e tudo seguia seu ritmo.

Talvez aquele tempo na sala de treinamento fosse um tipo de válvula de escape para Rukia da mesma maneira que era para ele.

Ali ele podia extravasar através dos tiros e de quebra, observar as curvas bem-feitas do corpo de Rukia através da camisa branca e da calça colada, que ela usava naquele dia.

Ela era extremamente sexy e ele não conseguia negar aquilo, nem mesmo que quisesse.

— Capitã. Oficial — saudou uma loira chamada Matsumoto, que possui um grande e lindo par de seios um tanto quanto chamativos. — Hitsugaya-taichou pediu para avisar sobre o interrogatório dos detentos da nossa última operação — completou.

— Certo. Já estou a caminho. Obrigada, Matsumoto — respondeu a morena livrando-se instantaneamente dos fones e dos óculos protetores.

Com apenas um gesto, Grimmjow seguiu as duas mulheres admirando-as.

— Já conseguiram fazer o Stark falar? — questionou a Kuchiki passando as mãos pela camisa, um pouco amarotada pelo treinamento.

— Não. Ele parece motivado a ficar calado — respondeu a loira discretamente.

— Não vai conseguir se manter assim por muito tempo.

— Hitsugaya-taichou estava pensando em manda-lo para a equipe de Mayuri-taichou.

Um desconforto se apoderou de Grimmjow ao ouvir aquele nome, tão conhecido em seu meio. Não conheci muito Stark, mas já começava a sentir pena dele e de qualquer um que caísse nas garras do Kurotsuchi.

— Rá. Extrair informação é com ele mesmo, mas não acho que chegaremos a esse extremo, Matsumoto.

— Era só uma ideia do Taichou. Também acho um exagero — defendeu-se Matsumoto erguendo as mãos em forma de rendição.

— Sei. Mudando de assunto, o que fizeram com a menor que estava com o Stark?

— Ukitake-san está com ela sob custodia. Ainda não foi decidido o que será feito com ela. — A loira passava todas as informações com clareza e Grimmjow chegou a pensar que talvez ela fosse o caminho mais fácil para a conclusão de sua missão, mas esses não eram os planos de Aizen e ele não poderia contraria-lo se quisesse sua liberdade.

— Certo. Obrigada. — agradeceu Rukia parando a porta da sala do outro capitão. — Nos falamos depois. Venha, Grimmjow.

— Sim, senhora — ele respondeu piscando para a loira ao passar por ela, que o ignorou.

Fechando a porta com força, Rukia o encarou parecendo furiosa e tudo o que ele fez foi sorrir sacana para ela, que bufou revirando os olhos.

— Kuchiki — saudou Hitsugaya. —Espero que Matsumoto já tenha lhe deixado a par dos assuntos.

— Sim. Em que posso ser útil?

— Cheguei à conclusão de que Stark não irá abrir o bico, então estava querendo tomar medidas drásticas. O que acha?

Respirando fundo, a morena massageou as têmporas. Rukia parecia cada vez mais cansada, mas não se abalou e prosseguiu:

— Sou contra aos métodos de Mayuri. Stark é meu prisioneiro e não vou o sujeitar a isso, Toshirou. Mesmo os piores não merecem aquilo.

— Ousa o que tenho a dizer. Ele pode saber algo a respeito de Ichigo...

— Não! Não meta o nome dele nisso — vociferou, batendo a mão sobre a mesa com força para interromper o outro.

— Certo. Perdoe-me. Mas peço que apenas pense no assunto enquanto eu ainda trabalho no interrogatório do meliante — consentiu.

Um silencio tenso se instalou na sala e Grimmjow estava doido para sair dali.

— Obrigada, Toshiro — agradeceu Rukia parecendo compartilha dos mesmos pensamentos de seu subalterno, caminhando até a porta.

— Não há de que, Kuchiki.

Se despedindo com um breve aceno, logo se viram sozinhos no corredor vazio daquele lado do prédio.

Rukia sentia-se aturdida com a mera menção ao nome de Ichigo e nem conseguia disfarçar isso perante os belos e analíticos olhos azuis de Grimmjow.

— Está tudo bem, capitã? — ele perguntou vendo-a respirar e inspirar várias vezes até parecer recobrar a calma.

— Não poderia estar melhor, oficial. Vamos voltar para a sala de treinamento — declarou refazendo o mesmo trajeto que os levaram até ali.

— Você não me parece tão bem assim, Rukia — rebateu Grimmjow andando lado a lado com ela.

— Pois estou e já te disse para me chamar apenas de capitã ou Rukia-taichou — sibilou olhando-o severamente.

— Certo. Certo. — Novamente um sorriso sacana tomou a face de Grimmjow. — Então, quem é Ichigo?

Todo o pequeno corpo de Rukia paralisou ao ouvir aquela pergunta. Sabia que aquilo já havia virado um Tabu para si, mas ainda assim não conseguia esconder sua dor ao ouvir aquele nome.

— Isso não é da sua conta, Jaegerjaquez. — Seu punho havia se fechado inconscientemente.

— Não precisa ficar tão nervosa, capitã.

— Não estou nervosa... — negou encarando-o. — Só não se meta aonde não é chamado...

O som agudo da sirene do prédio cortou a fala da morena, assustando-a.

— Mas que merda?! — esbravejou correndo para o lado contrário ao qual caminha com Grimmjow e o mesmo a seguiu de perto.

— O que está havendo?

— Saque sua arma, oficial e não morra — mandou ela.

Obedecendo-a, o homem logo pegou sua arma em punho e continuo correndo ao lado dela.

Todo ambiente calmo havia se transformado em um grande campo de guerra quando apenas dobraram um corredor.

Pessoas feridas engatinhavam fugindo das balas perdidas e dos disparos intencionais em sua direção.

— Rukia — um ruivo tatuado agarrou a morena, salvando-a de um pedaço de madeira, que fora lançado contra ela, o qual Grimmjow nem havia se dado conta.

— O que está havendo aqui, Renji? Cadê meu irmão? — as perguntas saíram atrapalhadas da boca da mulher.

— Ainda não sabemos a natureza do ataque, mas pensamos que seja uma tentativa de libertar ou eliminar Stark. — A voz grave do ruivo era abafada pelo só de tiros e ainda sim, Grimmjow tentava ouvir ao máximo.

— E o meu irmão? Aonde ele está? — inquiriu ela, a beira de um ataque ao acertar dois rivais.

Ali era matar ou morrer!

— Ainda não foi visto.

Um desespero silencioso tomou os olhos violáceos da morena e Grimmjow sentiu seu peito pesar, precisava ajuda, porém não tinha nenhum motivo para isso.

Com um estrondo, a força tarefa chegou com o reforço, enquanto o ruivo e Rukia eliminavam o máximo que podiam.

Em poucos segundos a ordem fora reestabelecida e Grimmjow queria agradecer por isso, mas seus olhos ainda estavam colados na pequena, que caminhava apresada a procura do irmão.

Seu desespero era palpável e ele queria fazer alguma coisa!

— Aqui! — uma voz feminina soou em meio ao caos.

Matsumoto parecia ferida, mas ainda assim ajudava o grande Kuchiki a se manter em pé enquanto caminhavam.

Grimmjow pode ver vários ferimentos pelo corpo do moreno, e logo correu ajuda-lo para evitar que a própria Rukia o fizesse.

Tudo acontecera rápido demais, tanto que quando se deu conta, o sangue de Byakuya já se espirava em sua face surpresa.

Um dos bandidos havia acertado o Kuchiki diante de todos antes de ser finalizado.

— Nii-sama! — A voz de Rukia ecoou pelo ambiente, enquanto Grimmjow segurou o corpo do homem, que parecia perder a vida pouco a pouco.

Agora ele entendia o motivo daquilo tudo.

O caos logo tomaria conta da polícia federal sem seu comandante.

Aizen sabia disso e apenas queria facilitar o trabalho de seu subordinado. Mas nada daquilo deixou Grimmjow satisfeito, ainda mais ao ver as lagrimas inundando os belos olhos de Kuchiki Rukia.

Contraditório?

Sim, mas o que fazer quando o verdadeiro caos se instala dentro de si com um turbilhão? Ele não sabia a resposta.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Espero que tenham gostado
Bjus



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