Someone To Love escrita por Mrs Blackthorn


Capítulo 2
Meu Amado Monitor... Ou Não


Notas iniciais do capítulo

Então, gente olhem quem deu o ar da graça! Primeiramente, eu to muito feliz com os reviews que vocês deixaram no cap passado, então esse capítulo é dedicado a Lua Farias, Mi, Lady Dramione e a minha mana perfeita, Scamander!
Aos fantasmas, que tal fazer como eu e dar o ar da graça? e.e
Sobre a playlist desse cap: Pra escrever Scorose eu não saio da Lista de Reprodução de Arctic Monkeys, e pro começo do cap eu sei que deve ter ficado meio melosinho, mas culpem Taylor Swift haha.
Enfim, cap aqui, perdão qualquer erro pois não tive tempo de revisar.
Nos vemos lá embaixo...



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Com uma montanha de roupas da nova coleção da Prada amontoadas na cama, Lily Luna Potter já não sabia mais o que vestir para aquele dia em especial. A pequena ruiva revirou os olhos, olhando para a Torre Eiffel da Prada em sua cama no dormitório, apenas pegou o conjunto do topo da pilha. Uma blusa soltinha cinza com um desenho de mustache e uma calça jeans justa azul-marinho.

Depois do banho colocou sua roupa e sorriu pensando como o bigode que seu avô deixara crescer, se parecia com o da blusa. Com um sorriso bobo no rosto pálido por falta de sol em Londres, Lily saiu do dormitório da Grifinória.

Descendo as escadas, deu de cara com Albus, que cantava uma garota qualquer de tantas outras.

— Sabia que ainda tenho o seu perfume na minha capa, July? — o irmão do meio falava em sua voz rouca e arrastada. Lily não deixou de sorrir ao se dar conta do enorme erro que ele cometera.

A garota morena ainda sorria bobamente, quando o Potter caminhou até sua irmã. Com aquele jeito de andar de garotos, ele chegou até Lily que o encarava divertida.

— Hey, mana! Por que esse sorriso besta?

— O nome dela é Sandra.

— O que? Qu- Ah, que mancada! — Albus olhou para Sandra Roberts que acenou com um sorriso, quase babando no moreno de olhos azuis claros. O garoto deu seu melhor sorriso molha calcinhas. — Juro que nunca vou entender as garotas.

Lily revirou os olhos, mas sorriu.

— Você deveria parar de iludi-las.

— Elas querem ser iludidas. Acham que tudo é como nos livros, flores e corações. O cara perfeito aparece, mas ele é galinha. — ele suspira e continua. — Estão todas esperando que elas sejam a garota que mudará o bad boy. Mas meninos bons são apenas meninos maus que nunca foram pegos!*. Entenda mana, pau que nasce torto morre torto.

Lily não queria, mas as palavras do irmão a fizeram se sentir incomodada. Saindo de sua vista, ela apenas atravessou as portas recebendo alguns xingamentos da Mulher Gorda e tratou de se apressar para chegar no horário marcado por ele.

Ele. Há quanto tempo eles saíam juntos afinal? Mais ou menos um ano, a mente da ruiva ralhou.

Um ano. Um ano em que ela havia suportado tudo aquilo. Suportado as meninas se insinuando enquanto ela não estava por perto, e mesmo quando ela estava. Suportado cada risada com segundas intenções, suportado seus primos a chamando de encalhada e futura titia. Lils se sentia impotente naquela situação. Ela sabia que era amor. Puro e verdadeiro, o que sentia. Mas ainda não sabia se ele sentia o mesmo.

Talvez se soubesse os reais sentimentos dele, esse seria o estopim para aquela relação escondida que eles sustentavam há um ano.

Virando o último corredor e chegando a entrada do jardim, ela sorriu quando a silhueta em formato de um triângulo invertido foi ficando evidente embaixo da árvore deles.

Sentindo o vento balançar seus cabelos, os fazendo bater no próprio rosto, os sintomas foram ficando evidentes talvez pela centésima vez. Mãos suando, borboletas no estômago, e respiração ofegante.

Aproximando-se de seu alvo, ela sorriu quando notou que ele observava o Lago Negro.

— H-Hey — ela soltou se amaldiçoando por ter gaguejado, mais uma vez entre tantas outras. Ele olhou para a garota a seu lado e deu um sorriso torto. Os cabelos dele batiam em seu rosto, e teimavam em tampar sua visão. Os tirando dos olhos irritado, ele encarou sua pimentinha.

— Hey.

As folhas do grande carvalho batiam perto da cabeça dela, então a ruiva se forçou um pouco mais perto do garoto a seu lado.

Era meio impossível não imaginar ele como sendo o cara. Qual é, ela tinha feito dezesseis a apenas duas semanas, não era certo achar o cara naquela idade. Qualquer coisa poderia separá-lo dela. Trabalho depois de Hogwarts, uma faculdade trouxa que ela sempre sonhou e... Seus nomes. Ela tinha que admitir que seus nomes não eram de grande ajuda. Era meio proibido, por assim dizer.

O garoto se sentou, encostando-se a árvore e bateu na grama a seu lado, convidando Lilian a sentar-se.

— Está com frio.

Não fora uma pergunta. Ele passou um dos braços ao redor da garota, e sorriu ao ver como ela era pequena comparada a ele.

— Estranhamente não tem ninguém aqui hoje. — ela disse com um calafrio passando por sua espinha. Mas aquilo nada tinha a ver com o vento, e sim com o calor que ele emanava para o corpo pequeno dela.

Ele concordou com a cabeça e apenas sentiu a cabeça dela pousando em seu pescoço. Descansando sua própria cabeça ali, ele encostou as costas no tronco grosso da arvore.

— São duas da manhã. Apenas pessoas malucas saem às duas da manhã para fora do castelo. Principalmente por conta dos animais que vagam aqui de noite.

Ele sorriu quando ela o encarou com aqueles olhos âmbar arregalados e se apertou contra o corpo dele. Exibindo seu melhor sorriso 32 dentes e levando um tapa no braço, ele se inclinou e iniciou um beijo na ruiva.

O rapaz sabia que não deveria seguir com aquilo. Mas simplesmente não conseguia parar de pensar em como a covinha na bochecha dela aparecia quando sorria, ou como seus olhos castanhos ficavam pequenos quando ela estava curiosa. Muitas coisas o ligavam a Lily Potter.

Coisas que Luke Zabine ainda nem havia descoberto.

**

Rose Weasley mal acreditava em sua sorte. Notem a ironia da frase anterior, pois aquele era o maior desastre que poderia acontecer em sua vida.

Ela, Rose Weasley, a garota brilhante, artilheira do time de quadribol da Grifinória, e atormentada por sonhos inexplicáveis, estava tendo a pior notícia de toda a sua vida.

Pior que quando a mãe lhe contara que ela não poderia comprar aquele dicionário de latim gigantesco, pois ela não precisava de mais uma edição do Aurélio universal. Pior que quando seu pai desmaiara porquê ela havia dado seu primeiro beijo em Lysander Scamander, (e que ocasionalmente, Hugo havia lhe dedurado) e um berrador havia chegado no dia seguinte. Pior até mesmo que o dia que Dominique jogara seus moletons e all stars encardidos fora.

Aquilo era uma catástrofe internacional! O mundo deveria lhe beijar os pés por ela ainda não ter se suicidado com o cadarço de seu all star (esse, não encardido).

Olhando para o papel, sentada à mesa da biblioteca da escola, ela foi sentindo o sangue sendo drenado de seu rosto, milímetro por milímetro. Por um momento, pensou que cairia dura no chão, como uma pedra do aquário de peixes de Roxy.

Olhando em volta com um semblante desesperado, ela ofegou rapidamente quando avistou seu alvo sentado numa mesa no fundo, perto da estante de livros de história da magia.

Sem pensar duas vezes, a ruiva pegou sua bolsa preta estilo carteiro, e andou rapidamente até a mesa que o Senhor Ignorância estava sentado.

Abaixando o livro intitulado “A Revolta dos Duendes de 1895”, que escondia a cara de pau dele, ela o encontrou com um sorriso debochado no canto dos lábios. Como se estivesse aguardando o momento que ela daria um tiro em seu coração.

Sem se afetar por seus cabelos caídos bagunçadamente na testa, ela apenas o fuzilou com os olhos verdes.

— Você viu isso? — ela sacudiu o papel na cara de Malfoy, que apenas cruzou os braços no peito, muito musculoso por sinal, e levantou duas de suas duas sobrancelhas, sem dar uma resposta.

Sentindo o sorriso debochado em seu rosto murchar conforme lia as palavras, o loiro descruzou os braços e afundou uma mão em seu cabelo, apoiando o cotovelo na mesa.

Por que Merlin era tão cruel com ele? Já não bastavam os olhares atravessados que recebia de todos naquela escola? Afinal, ele sabia que a hierarquia imposta ali, era apenas fachada. E que por suas costas, ele era apenas o cara fodido e filho da puta que tinha seu nome manchado na sociedade.

São as aparências, queridos.

E ainda pra acabar com qualquer chance de paz que ele poderia ter, ainda havia aquela ruiva irritante que lhe tirava do sério. Por Salazar, será que ela nunca deixaria de irritá-lo?

Fazendo sua última prece a Salazar, ele encarou aqueles orbes verdes que lhe atiravam o olhar mais gelado que conseguiam.

— Sabia que você viria, mas não por isso.

— Oras, por que mais eu iria dirigir a palavra a você?

— Quem sabe para me difamar, acabar com minha auto-estima, talvez.

— Você não tem auto-estima, Fuinha. O que você tem é um grande poço de fezes de hipogrifo no cérebro, com uma pitada de sarcasmo e egocentrismo. — Rose soltou as palavras lentamente, com seus cabelos caindo em uma cortina vermelha ao lado de seu rosto, ela apoiou as mãos na mesa.

Embora não quisesse admitir, ele estava deixando a garota intrigada, afinal. E como ela odiava precisar de Scorpius Malfoy até para responder-lhe alguma pergunta, apenas se sentou na cadeira em frente a ele e abaixou o livro que ele tinha colocado na cara outra vez.

— Qual é, garota? Você vem aqui, na minha mesa, tira meu livro, me insulta e fica me encarando desejando meu corpo nu. Espere sentada Weasley, eu nunca daria em cima de uma garota como você.

Ele cuspiu as palavras com puro asco e ergueu seu livro novamente, fingindo ler as pequenas palavras. Mas por que não conseguia sair da primeira linha do capítulo 1? Ah, a garota ruiva agora quase soltava fogo pela boca.

— Primeiramente Malfoy, eu nunca desejaria “seu corpo nu” — ela fez aspas com os dedos e ele ainda a encarava com tédio. — E depois, eu nunca encostaria um dedo na sua pele podre. Estou aqui somente por essa maldita lista.

Scorpius sabia que ela viria assim que soubesse que ele era o novo Monitor Chefe da Sonserina. Mas ainda estava digerindo o que estava escrito no papel, agora amassado com tanto ódio na mão da garota.

— Olha, nós pegamos o mesmo turno de monitorar as masmorras, e daí? Quem disse que temos que fazer isso, Weasley?

— Quem disse? — sua voz saia em um murmúrio baixo e rouco, com os dentes trincando. — Minerva McGonagall disse! Disse isso no começo do ano. Mas é claro que o Senhor Auto Suficiente não sabe.

Rose ainda se lembrava das palavras da diretora dentro do Expresso de Hogwarts, no mês passado: “Qualquer monitor que não cumprir com seu dever de monitorar, terá pontos tirados de seu currículo escolar.”

— Olha Malfoy, não pense por um segundo que estou contente com isso, mas não posso perder pontos.

Após dizer isso, a garota se levantou bruscamente da mesa e recebendo alguns olhares irritados de Madame Pince, saiu da biblioteca em direção ao Salão Comunal. Ainda teria que conversar com McGonagall às oito horas da noite, e tinha que tomar um banho para se sentir psicologicamente preparada para tal fato.

Scorpius já não sabia mais o que fazer sentado naquela biblioteca, então guardou o livro emprestado na mochila e saiu dali em passos rápidos até o Salão Comunal da Sonserina.

Sussurrando a senha “sangue-puro”, ele entrou no salão com decoração vintage e escura. As cortinas verde-escuras ondulavam com o vento que o por do sol trazia e os sofás negros de couro estavam ocupados com alguns alunos conversando.

Malfoy odiava não ter sua própria privacidade. Dividir o quarto com Luke era como o apocalipse zumbi das séries de TV trouxa. A única coisa que o mantinha ali era a necessidade de manter o olho em Lauren, que vira e mexe aprontava alguma e era vitima de alguns garotos maldosos. Garotos maldosos que se borravam de medo quando viam a carranca brava do loiro.

E como ele esperava, Lauren Parkinson estava ali, com um cara enchendo sua cabeça mais uma vez.

— Licença? — Scorpius perguntou com uma voz calma, mas por dentro estava se segurando para não meter um bom chute nos picos de testosterona de Sean Fabray.

O cara se apressou em sair dali e Scorpius viu um sorriso se insinuando no rosto de Lau.

— Será que você nunca vai parar de arrumar confusão? Não tenho cara de irmão mais velho. — ele disse com uma curva no canto direito dos lábios.

— Na verdade, tem. Fica aí afastando todo mundo de perto de mim, Scorp.

— Lauren, você tem que entender que esses caras só querem uma coisa. — ele estendeu seu dedo indicador e continuou dando bronca na morena atraente em sua frente.

Uma coisa que nunca terão.

Se convencendo das palavras de Parkinson, ele subiu as escadas até o dormitório e tratou de se enfiar em uma ducha fria, pois o sorriso insinuador de uma loira gostosa com uma bunda empinadinha do corredor ainda estava em sua mente. E em seu pau, como ele diria.

Colocando suas roupas casuais, calças negras e camisa branca social, Scorpius Malfoy terminou de secar seu cabelo loiro com uma toalha, de qualquer jeito.

Afinal, tinha que se encontrar na sala de Minerva às oito horas.


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Notas finais do capítulo

*Garotas boas são garotas más que nunca foram pegas - trecho de Good Girls de 5 Seconds of Summer.
Então, Luke e Lily ~cara de maníaca~ XD
Altas tretas gente, mas vamos com calma. Cap veio rapidinho né?
E aí, mereço reviews?