Legado de Uma Paixão escrita por BrinaBella
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal!!!!!
Obrigada pelo carinho que todos vcs demonstraram por essa fic.
Obrigada pelos reviews e desculpas pelo tempo que muitas vezes vocês tiveram que esperar aguardando o proximo capítulo!!!
Valeu pelo carinho!
Aí vai o ultimo capítulo dessa linda história, espero que gostem!!!
Bjs
— Está tentando afastar aquele homem? — indagou Reneé, seguindo a filha até a cozinha.
— Mamãe, estou cansada. Então, se quiser brigar, pode esperar até mais tarde? — Bella olhou para a mãe, com ar resignado.
Reneé chegara logo após o nascimento de Rachel, seis semanas atrás, e a situação já estava ficando insustentável. Bella sabia que deveria sentir-se agradecida, e se sentia, mas sua mãe desaprovava abertamente sua relação com Edward e não tinha medo de manifestar seu desgosto.
— Então, quer dizer que está feliz por ele estar circulando pelos campos em companhia daquela... mulher?
— Isso não me incomoda. Não tenho nenhum monopólio sobre o que Edward faz. Ele está sempre por perto para me ajudar com Rachel quando preciso.
— E isso é suficiente?
— Terá de ser, mamãe.
A expressão de Reneé se suavizou, mas ela insistiu no assunto com sua típica determinação:
— Não lhe ocorre que poderia ser um pouco mais... agradável com ele?
— O que sugere? — perguntou Bella, exasperada. Será que Reneé acreditava que a filha precisava de alguém para lhe lembrar das dificuldades de seu relacionamento? — Quer que eu faça a dança dos sete véus na mesa da cozinha?
— Se funcionar...
— Mamãe!
— Bem, você poderia se preocupar um pouco mais com sua aparência.
— Obrigada pelo apoio moral...
— Não tenho paciência com essa sua atitude teimosa, Bella. Se quer o homem, qual o problema em deixá-lo saber disso?
Bella estava ruborizada e pensativa, quando a mãe saiu da cozinha, dizendo:
— Você ama Edward, não é?
— Quanto mais mamãe ficará? — Bella perguntou a Edward, mais tarde. — Ela está me deixando louca. Sei que pareço uma ingrata, mas...
Edward fitou-a, com ar zombeteiro.
— Tome um pouco disto — ofereceu ele, abrindo a garrafa de vinho e enchendo uma taça para ela.
— Acha que devo?
— Meio copo não prejudicará Rachel. Será muito pior para ela se a mãe estiver irritada às três da manhã. Tente relaxar, enquanto pode — observou ele, com sabedoria.
Bella anuiu e bebericou o líquido cor de rubi.
— Nunca pensei que seria tão cansativo — ela admitiu.
— É só o começo. — Edward puxou uma cadeira e se sentou. — Você deveria dormir um pouco. Se Reneé acordar Rachel, de novo, eu a estrangularei e enterrarei no jardim.
O comentário fez Bella rir.
—Sei que estou exagerando, mas nada do que faço está certo, de acordo com mamãe, Edward.
—A mãe de Reneé, com certeza, fez a mesma coisa com ela, Bella. Chame isso de continuidade.
Bella o fitou, surpresa, como sempre, ante a calma que Edward aparentava. Nada o tirava do sério.
— Acho que eu não teria suportado a tensão, sem você, Edward. Tenho muita sorte.
— Não acredito que esteja dizendo isso — observou ele, a expressão cautelosa.
— Mamãe me perguntou quais eram nossos planos.
— E o que disse a ela?
— Que não conseguia pensar no futuro. — Bella olhou para Edward, apreensiva, notando que a resposta não o agradara.
— Entendo...
— Mas temos de decidir o que faremos. Não poderemos ficar assim para sempre. Não seria justo para nenhum de nós.
— Eu pedi você em casamento.
— Sim, é verdade. — O coração de Bella disparou. — Foi num momento muito emocionado. Imaginei que, talvez, houvesse mudado de ideia.
— Isso não acontecerá.
— Seria muito fácil, para mim, dizer sim pelos motivos errados. Não entende?
— A única coisa que entendo é que você quer deixar opções em aberto.
— O que quer dizer com isso?
— Que, agora que tem Rachel, não há nada que a impeça de continuar de onde havia parado com James. — Ele a observava, com curiosidade.
A irracionalidade daquela acusação deixou-a furiosa.
—É muita ousadia sua, ainda mais após passar a noite com Tânia, antes do nascimento de Rachel!— Bella tentou não se lembrar daquela fase ausente de Edward, mas a lembrança dolorosa estava sempre presente.
Ele pareceu confuso por alguns momentos e, então, um leve rubor coloriu-lhe as faces.
— Isso foi há muito tempo — observou, com secura.
Nem se preocupou em se defender, ela pensou, mordendo o lábio. "Não chore, Bella", pensou, engolindo um soluço. "Não o deixe perceber que está magoada."
— Se eu lhe assegurasse que serei fiel quando nos casarmos...
— Eu riria. — Bella ergueu o queixo. Edward se retesou diante do comentário sarcástico.
— Por que não me disse que foi até a Cullen’s, aquele dia, para encontrar Mary, e não James May?
O inesperado da pergunta a fez empalidecer.
— Como soube, Edward?
— Tive uma conversa muito interessante com Mary quando ela ligou, logo após o nascimento de Rachel. Estava aliviada por tudo haver corrido bem. Coitada! Sentia-se responsável por haver se atrasado naquela noite.
Então, ele sempre soubera! Bella o fitou, tentando decifrar a expressão no rosto impassível.
— Por que não me disse nada, Edward?
— A pergunta certa seria: por que você não me disse nada? Eu teria matado aquele canalha. — Com os punhos fechados, Edward parecia tomado por uma fúria violenta. — Quando penso no que ele poderia ter feito...
— James me assediou — confessou Bella, tentando parecer casual. — Não consegui evitá-lo. Nunca imaginei que...
— Sua experiência sexual, antes de mim, consistia apenas de algumas tentativas com Mike, não é, Bella?
Ela esboçou um frágil sorriso.
— Algumas, não. Duas.
Edward fechou os olhos, meneando a cabeça.
— Por que não me contou?
— Para dizer a verdade, não poderia. Você não queria ouvir e, eu não tinha motivos para imaginar que estivesse interessado.
— Eu disse coisas horríveis a você — falou, por entre os dentes.
— Acho que Rachel está chorando. Tenho de ir.
As necessidades imediatas da filha eram prioritárias. Edward não tentou impedi-la de se retirar. Ficou ali, parado, com uma expressão agoniada no rosto.
Assim que Bella terminou de amamentar a filha e a colocou, de volta no berço, Edward entrou no quarto. Bella endireitou-se e pousou o indicador sobre os lábios, pedindo silêncio.
— Vamos para outro aposento, Bella. Precisamos conversar.
Ela o seguiu.
— Você está certa. Não podemos continuar assim.
Ela sempre soubera que aquele momento chegaria, que ele não aguentaria sua presença. Mas ouvi-lo dizer aquilo era a coisa mais difícil do mundo.
— Tenho certeza de que podemos chegar a um acordo civilizado, Edward.
— Civilizado! Quem quer ser civilizado?!
— Bem, você quer, não é? Já me explicou sua ideia de casamento perfeito, e isso não me satisfará.
— Essa deveria ser a melhor época de nossas vidas, Bella. Diga-me o que a satisfaria.
Uma lágrima solitária escorreu pela face dela. Bella chorava por tudo o que deixaria de desfrutar ao lado dele.
— Diga-me o que quer!
— Quero você e Rachel! — Bella rangeu os dentes e cobriu a boca com a mãos, arrependida do que dissera. — Não, não! Finja que eu não disse nada disso.
Virou-se de costas para ele, mas Edward a segurou pelos ombros e forçou-a a encará-lo.
— Repita o que falou.
Ela fez um débil esforço para se libertar.
— Não torne isso pior do que já é, Edward. .
— Pior para você? Tem alguma ideia do inferno no qual tenho vivido? Todas as noites sem poder tocá-la... — Parou de falar, a voz entrecortada pela dor. — Droga, Bella! Não me provoque com frases como essa, para depois afastar-se de mim.
— Não estou provocando você, Edward — protestou, chocada com a injustiça da acusação. — Desculpe-me, mas me apaixonei por você. Entende agora por que não poderíamos nos casar?
Ele permaneceu imóvel, como que paralisado.
— Posso ser um pouco estúpido, mas não, não entendo! Talvez, pudesse me explicar.
— Não posso ser pragmática e sensata! Eu sentiria ciúme e... não seria o tipo de esposa que você deseja.
— Quer dizer que a ideia de outra mulher em minha vida a deixaria louca, Isabella? Faria com que agisse com irracionalidade? Como fiz quando pensei que estava com James May ou, pensando bem, como faria se soubesse que estava com qualquer outra pessoa, além de mim?
Bella piscou, perplexa por ouvir aquilo com que sempre sonhara, mas que nunca imaginara ser verdade.
— Este é o momento certo para dizer que te amo? — Bella, esperançosa, umedeceu os lábios ressequidos.
— É perfeito — sussurrou Edward, uma chama de triunfo brilhando nos olhos verdes.
O beijo foi longo e doce, como se nunca houvessem se beijado antes.
— Não acredito nisso — murmurou Bella, quando ele afastou os lábios dos dela. — Você me odeia.
— Isso não é verdade. Tenho um preconceito quanto ao amor à primeira vista. Você conhece minha história. Mas me apaixonei por você no momento em que a vi usando aquele chapéu esquisito. — Riu, erguendo os ombros. — Sempre fui determinado a nunca me tornar uma vítima de meus desejos. Então, naquela noite, naquele hotel, me apaixonei perdidamente. Nem sequer consegui lutar contra a força daquele sentimento.
Bella permaneceu em silêncio, feliz demais para encontrar as palavras certas para se expressar.
— Meu primeiro pensamento, quando acordei naquela manhã, foi como conseguiria fazê-la aceitar o fato de que eu a levara para a cama com falsas pretensões. Não saberia explicar-lhe que era o temido sobrinho de Aro. Mas você tirou esse fardo de meus ombros, pois, quando acordei, não estava na cama, nem no quarto, nem no hotel.
— Pensei que fosse se sentir aliviado com minha partida. Sabia que não poderia agir como se aquilo não houvesse significado nada para mim, então, me pareceu melhor...
— Fugir.
— Senti tanto medo quando soube que estava grávida! Queria contar para você, mas pensei que fosse suspeitar que era apenas mais uma de minhas tramas maquiavélicas. — Bella enterrou o rosto no ombro protetor.
— Não posso culpá-la por pensar assim, querida. Quis matar James quando pensei que o filho fosse dele. E quando soube que era meu, eu... Odiei-me por havê-la deixado passar por tudo sozinha.
— Pensei que quisesse apenas Rachel, e não a mim também. Precisava tanto que você me amasse!
— É irónico. Ambos estávamos imersos em nossos mundos de solidão. Se houvéssemos dito, um ao outro, como nos sentíamos, teríamos evitado meses de amargura. — Edward abraçou-a com força. — Mal posso esperar para exibi-la a todos em Wollundra. Mamãe ficará encantada em conhecer a nora maravilhosa e a linda netinha. Espero que você não se importe se nos casarmos com nossa filha no colo.
— Não está sendo um pouco precipitado? — provocou, feliz. Aquele era o melhor momento de sua existência.
— Já fui paciente demais, querida, e paciência tem limite! — Edward beijou-lhe nos lábios.
— Para dizer a verdade, também estou um pouco impaciente. — Ela o encarou com os olhos repletos de desejo.
— Pais devem aproveitar todas as oportunidades para relaxar e descansar. Li isso em algum lugar.
— Parece-me uma ótima ideia. Não desejo apressá-lo, mas bebés não dormem muito, muito menos Rachel.
— Então, não percamos tempo — disse ele, em voz rouca, pegando-a nos braços e deitando-a sobre a cama.
— Mal posso esperar. — Bella mergulhou nos braços do homem com quem passaria o resto de seus dias, desfrutando a verdadeira felicidade.
FIM
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E o que acharam?
Gostaram?
Mais uma vez obrigada pelo carinho, se quiserem, podem acompanhar minhas outras fics
''A Cabana'' e ''Sempre Você'', esta é uma história que também fazem parte o meu casal preferido:Edward e Bella.
Mais uma vez obrigada por tudo e quero saber só o que acharam do final.
Beijos
P.S. Pode ter epílogo, vai depender se vcs quiserem.