Legado de Uma Paixão escrita por BrinaBella
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal, aí vai mais um capítulo a vcs!!!!
Espero que gostem e obrigada pelos reviews!!!!
ESSE É O PENULTIMO CAPÍTULO!!!!
Mathilde provou ser tão protetora quanto uma mãe dedicada. Aconselhava sempre Bella, mas era óbvio que só queria o bem dela e do bebé.Bella sentia a cintura aumentar na mesma proporção que o cansaço, e era muito grata à ajuda da governanta.
Durante as semanas seguintes à chegada à França, Edward preocupou-se com seu bem-estar, como sempre mas, desde aquela primeira noite, não tentara nenhuma aproximação mais íntima.
Com o passar do tempo, a distância entre eles ficava cada vez maior. O fato de ela saber que aquilo era para seu próprio bem não diminuía o vazio que sentia no peito.
— Preparei o quarto para a enfermeira — avisou Mathilde, entrando na cozinha que, Bella descobrira, era o coração do lar. — A casa ficará completa quando sua mãe chegar. Será que monsieur se mudará para seu quarto então?
— Veremos — disse Geórgia, em um fio de voz. Não podia imaginar que Edward desejasse dividir o quarto com ela e o bebe, assim como as noites em claro e toda a preocupação que traziam.
Bella sentia-se estranha, naquela manhã. Algo estava diferente, algo indefinível. Passara uma hora inteira no quarto do bebé, andando de um lado para o outro, inquieta. Edward tivera tanto trabalho para transformar o aposento austero em um lugar perfeito... Estava lindo, mas faltava alguma coisa ali. Na verdade, após muito meditar, ela descobriu que tudo era impecável. Faltava alguma coisa em seu coração: o amor de Edward.
— Creio que monsieur Edward levou mademoi-selle Tânia para jantar em Les Hirondelles, ontem à noite. — Pelo visto, Mathilde desaprovava a atitude do patrão.
— Era aniversário dela, Mathilde. — Bella esboçou um sorriso que indicava que não se importava nem um pouco. — Eu estava cansada demais para acompanhá-los.
Edward não insistira. Na verdade, parecera aliviado quando ela se desculpara por não ir junto.
— Monsieur voltou muito tarde.
— Ah, é? Não notei — mentiu Bella. Ficara acordada até de madrugada, tentando ouvir o barulho do carro.
Naquela manhã, Edward ainda usava as roupas com as quais saíra na noite anterior e evitara encará-la. Bella não precisava de mais provas para chegar às óbvias conclusões.
— Se vocês dormissem no mesmo quarto, a se nhora notaria.
— Mathilde! — Bella protestou, enrubescida.
A governanta se afastou, ainda murmurando algo em francês, e ela suspirou, aliviada.
Edward ficava pouco em casa. Às vezes era como se não pudesse suportar a companhia dela.
Bella avistara Tânia na noite anterior, antes de saírem. Estava deslumbrante em um vestido preto, curto e justo. Uma olhada no espelho foi suficiente para que Bella compreendesse por que Edward preferia a companhia da outra mulher.
— Madame?
Bella levantou-se da cadeira, com esforço. A governanta insistia naquele tratamento cortês, e já se cansara de corrigi-la.
— Qual é o problema, Mathilde?
— Gaston chegou para me levar às compras, e monsieur ainda não se encontra em casa.
Bella franziu a testa. Edward prometera que voltaria antes que o sobrinho de Mathilde chegasse para levá-la para fazer as compras da semana.
— Não se preocupe, Edward não irá demorar.
— Monsieur ficará muito zangado se eu deixar a senhora sozinha. Além do mais, o telefone ainda não está funcionando.
"Monsieur ficará muito zangado! Por que todo o mundo tem de obedecer e fazer exatamente o que ele quer?"
— Alguns minutos sozinha não farão diferença, Mathilde.
— Tem certeza? Bien...
Bella teve uma pequena sensação de vitória ao ver Mathilde saindo. Tivera tão poucos minutos de privacidade nos últimos dias que sentiu-se aliviada por, pela primeira vez, ficar só na casa.
Foi até o quarto do bebé e examinou as roupinhas delicadas arrumadas nas gavetas. O que faria quando a criança nascesse? Era incrível, mas não tinha ideia.
Não poderia ficar com alguém que precisava de outra mulher para satisfazer sua natureza sensual, sobretudo quando amava aquele homem. Não faria aquilo nem por seu filho. Será que Edward tentaria impedi-la de partir?
Bella suspirou. Seus pensamentos pareciam caminhar em círculos, sem encontrar uma solução viável.
Estava sentada no chão, apoiada na parede, quando percebeu que a importuna dor nas costas que sentira desde a véspera era mais do que um simples incómodo, havia se expandido para o baixo ventre e foi se tornando cada vez mais aguda.
"Não pode ser", pensou, balançando a cabeça para tentar afastar a ideia. "Ainda faltam duas semanas para o grande dia."
Uma hora mais tarde, após voltar do banheiro, ela soube que era para valer. Falava em voz alta, para afastar o pânico que ameaçava se apoderar dela. Estava ansiosa e assustada.
— Edward chegará em breve. Todos sabem que o primeiro filho demora bastante para nascer. Ai! — Apoiou-se na cómoda para não cair. O mais aconselhável seria deitar-se. Tentou telefonar, mas a linha continuava muda. — Não vou me desesperar.
A voz desafiadora soou muito alta, no quarto vazio, o que, de certa forma, serviu para acalmá-la.
Um ruído, baixo no começo e, então, um pouco mais alto, quebrou o silêncio da fria manhã. Quanto teria de permanecer deitada ali? Não sabia.
—Bella!
Ela ouviu a porta sendo aberta e os passos apressados de Edward.
— Onde está Mathilde? ela abriu os olhos.
— Saiu com Gaston.
— Devia ter esperado até que eu voltasse! Quer alguma coisa?
— Um médico seria uma boa ideia. Acho que é tarde demais para uma ambulância. — Como que para ilustrar o que dissera, Bella agarrou-se à cabeceira de bronze enquanto outra contração a acometia.
— Está dizendo... Impossível! Ainda não está na hora! — Ele suava frio. — Pegarei o carro.
A voz já se firmara. Edward parecia ter se recuperado um pouco da surpresa. Bella abriu os olhos.
— É tarde demais para isso, Edward. Vai nascer agora! — Outra contração, dessa vez, mais forte, a fez gemer de dor. O som, selvagem e primitivo, induziu Edward a agir depressa.
— Está bem, querida. Está tudo bem. Estou aqui agora.
Sem fôlego, Bella jogou-se sobre os travesseiros, aproveitando o intervalo temporário entre as dores para tentar relaxar.
— Você demorou muito. Deus, nunca me senti tão só! Os olhos castanhos brilhavam, decididos.
— Não se preocupe. Já fiz isso várias vezes.
Bella o encarou, a expressão contorcida pela dor.
— Fez?
— Sim, com gado, as ovelhas... As mulheres não devem ser muito diferentes.
O riso de Bella foi interrompido por outra contração, ainda mais forte, e ela concentrou todos os esforços para preparar-se para o que viria pela frente.
Edward conseguiu examinar Bella sem que as mãos tremessem. Havia lido muito sobre partos no último mês, mas sabia que teoria e prática estavam longe de ser a mesma coisa. Percebeu que rezava com muito fervor, fazendo promessas para que tudo corresse bem. As vidas de duas pessoas estavam em suas mãos, não podia falhar.
Bella estivera o tempo todo sozinha enquanto ele se afastara. Sentia-se furioso consigo mesmo. Se algo acontecesse a ela... ao bebê... Edward nunca se perdoaria.
Bella gritou seu nome, e ele tentou acalmá-la.
— Querida, a cabeça está saindo. Vamos lá, Bella! Só mais um pouco de força. Você está indo muito bem.
Na verdade, Edward só acreditou naquelas palavras quando tudo terminou, e ele pôde pegar a criança recém-nascida nos braços trémulos.
— Temos uma filha e ela é perfeita! — Edward estava tomado pela emoção. Sentiu os olhos se encherem de lágrimas quando o choro da menina ecoou pelo quarto, como um jorro de vida.
Quando pegou a criança no colo, Bella mal cabia em si de orgulho e emoção.
— Nós conseguimos! Conseguimos! — Comovida, tocava os minúsculos dedos do nené, maravilhada com o milagre em seus braços.
— Você conseguiu — corrigiu Edward, o olhar solene. Cortou o cordão umbilical e, afastando-se, o corpo inteiro tremendo, ficou observando enquanto a garotinha se aninhava nos braços da mãe.
Uma hora mais tarde, Mathilde retornou. Abriu a porta e engasgou, os olhos quase saltando das órbitas.
-— Gaston! — gritou, desesperada. —Le docteurl
— É um pouco tarde para isso, Mathilde — observou Bella, com complacência, olhando para a filha com o rosto repleto de amor.
— Chame-o, Mathilde! — ordenou Edward, levantando-se.
— Não precisarei ir para o hospital, não é?
— Deixemos que o doutor decida.
Incapaz de tirar os olhos das feições delicadas da criança adormecida, Bellaa anuciou.
— Ela é linda, não é?
— Maravilhosa! Posso... segurá-la?
Bella o fitou. Edward parecia inseguro, receoso de que ela não permitisse.
— Claro que sim, Callum. E sua filha. Não sei o que faria se você não tivesse chegado.
Edward segurou com firmeza o bebê enrolado na manta.
— Aposto que teria conseguido, mesmo sem minha ajuda.
A expressão de Edward ao observar o rosto da criança fez o coração de Bella palpitar de emoção. Ele estava tão orgulhoso, tão envaidecido por aquela vida que ele próprio ajudara a trazer ao mundo... Naquele momento, Bella teve certeza de que nunca poderia privá-lo da presença da filha.
— Você sabia que seria uma menina. Pensou em um nome, Edward?
— Está pedindo minha opinião? — Edward sabia que aquela concessão era parte de uma decisão muito maior que Bella acabara de tomar. — Gosto de Rachel.
— Rachel Swan... Hum... Adorei!
— Rachel Cullen!
Bella encarou-o, apreensiva.
— Não precisa dizer nada agora, mas pense no assunto. Deve estar cansada.
— Quer fazer isso pelo bebê... por Rachel?
— Ela precisa de nós dois.
Bella fixou o olhar no rosto tenso de Edward, a mente confusa. Tudo o que tinha era chantagem emocional e objetividade, quando o que queria era amor e paixão. Por enquanto, tudo parecia tão perfeito, duas pessoas compartilhando do fruto do amor, mas Bella só vira o que desejara ver. Rachel não mudaria o que Edward sentia por ela, ou melhor, o que não sentia. Tudo o que ele lhe pedia era que fizesse as mesmas concessões que, de certo modo, ele estaria fazendo. Como poderia recusar aquele pedido, apesar de toda a dor que lhe causaria?
O som estridente do choro da criança tirou os pais de seus devaneios. Devolvendo Rachel a Bella, Edward observou, com ar fascinado, enquanto a garotinha se deliciava com o leite materno.
Edward sentou-se na cadeira, ao lado da cama, pensativo. Se Bella houvesse olhado para ele, naquele momento, teria notado a expressão inquieta nos olhos verdes. Ela não percebeu quando ele se levantou e saiu do quarto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam?
Gostaram?
LEMBRANDO: ESSE É O PENULTIMO CAPÍTULO!!!!
Emoções finas dessa história, comentem para saberem o final...rsrsrs
REVIEWS = CAPÍTULO FINAL!!!!
Bjs