Eternity escrita por sallyssong


Capítulo 27
Anatomy.




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    Isabelle descera até a cozinha para pegar um copo d’água e escutara o barulho da luz se acendendo.

- Bel! – Catherine dissera sorridente. Isabelle correra até a sala e Catherine revirara os olhos, andando devagar até ela. – Quer brincar de esconde-esconde? Isabelle onde você está... – Catherine cantarolava como uma criança enquanto andava a curtos passos até a sala. Isabelle revirara o móvel que ficava do lado do sofá tentando achar algo de prata. Achara um velho crucifixo e virara estendendo-o na direção de Catherine.

- Faça-me o favor, tanto tempo convivendo com vampiros e você ainda não aprendeu que isso não adianta? – Catherine revirara os olhos parando a alguns metros de Isabelle. – Tudo bem, vamos lá. Você tem fé Isabelle? Pelo o que eu te conheço... Não. Talvez se você tivesse um pouco de fé eu poderia sair correndo daqui. – Catherine sorrira e Isabelle tremera dos pés a cabeça. Catherine em um movimento rápido jogara Isabelle contra o sofá fazendo-a bater com as costas brutamente no mesmo e tomara o crucifixo da mão da mulher. Catherine o observara e ficara girando-o entre os dedos. – Se você tivesse fé em uma caixa de sapatos ela te ajudaria. Mas você não tem. Que seja... – Catherine puxara uma cadeira, deixando o crucifixo cair no chão, e colocara a mesma de frente para Isabelle no sofá. Sentou-se e sorrira para a menina.

- Você achou que aquele dia que lhe chamei, você conseguiria me matar ou o que quer que fosse? – Catherine dera um riso debochado. – Não... Eu deixei você me pegar propositalmente. Se eu quisesse seu pescoço já estaria quebrado antes de você entrar pela porta. – Catherine agora estava séria, mas logo abriu um sorriso. – Devo lhe confessar que errei com você Isabelle. Errei... Não deveria ter matado seus pais. Do que adiantou? Você sofreu por uns dias e ainda acha que poderia se vingar de mim. Deveria ter acabado com você antes. Sempre soube que você seria perigosa, desde o primeiro dia que lhe vi no ninho de Kurt. Adolescente rebelde, revoltada com os pais. Queria desafiá-los... Tsc. Ainda chora pela morte deles. Sabe o que você é? Uma falsa moralista. – Catherine sussurrara as últimas palavras, abrindo um sorriso no final. Isabelle encarava a garota seriamente.

- Mas, não estou aqui para isso. Não tem nada para fazer essa madrugada, está um completo tédio. Que tal aprendermos anatomia juntas? – Catherine levantara-se da cadeira batendo palminhas, satisfeita com a própria idéia.

- Matthew jamais lhe perdoará se fizer algo contra mim. Sabe porque? Porque ele gosta de mim. E é isso que você não suporta. Não é Catherine? – Isabelle sorrira de lado ao ver que havia atingido Catherine. – Você quer Matthew só para ti. Mas não é assim... Ele está dividido. Sabe que eu posso dar a ele algo que você nunca dará. Eu sou humana, serei capaz de ensiná-lo o amor. E você? Você nunca amou ninguém além de si mesma. Ou melhor, acho que você nem tem amor-próprio. – Isabelle falara e um silêncio se instalara na sala. As palavras dela pareciam ferir Catherine como tapas. Alguns minutos depois, Catherine sentou-se ao lado de Isabelle.

- Algo de que eu gosto muito é a jugular. Ela fica bem aqui... – Catherine ignorara tudo que Isabelle falara e pressionara sua unha sob a jugular da mulher, que estremecera. Catherine segurara o pescoço de Isabelle com força, dominando-a e obrigando-a a incliná-lo. Suas presas foram expostas e ela aproximara a boca delicadamente da jugular de Isabelle, perfurando devagar, ouvindo um grito seco da mulher. Sugara um pouco o sangue e larga em seguida, vendo Isabelle botar a mão no local da mordida, sujando-a totalmente de sangue. – Ah, é uma delícia! Você tinha de provar isso um dia. Tome, prove. – Catherine tirara a mão de Isabelle bruscamente e sujara sua própria mão de sangue, esfregando nos lábios da garota. – Não é uma delícia? – Catherine puxara o braço de Isabelle e cravara a unha na veia exposta do pulso da mulher. – Aqui é simplesmente encantador. – Catherine aproximara os lábios e sugara um pouco do sangue que saía rapidamente do pulso da mulher. Catherine voltara para o pescoço da mulher, apertando com força o local. - A pressão sanguínea aqui, na artéria carótida, é muito grande. Espirra longe. E te deixa com aquela cara de bobo que se sujou com o molho de katchup! – E com isso Catherine perfurara a veia da mulher, que nesse momento estava com a cabeça apoiada no encosto do sofá, totalmente entregue e sem forças. Catherine se levantara e sorrira para Isabelle. – Oh, olhe só as horas! Tenho de ir, logo amanhecerá. Foi ótimo lhe ensinar Isabelle, poderemos nos ver novamente, quem sabe... Isso, claro, se você sobreviver às hemorragias. – E ao falar isso Catherine dera um aceno e sorrira, andando calmamente para seu lar.


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