Fora difícil Isabelle convencer seus pais de que Catherine iria ficar uns tempos com ela. Mas ela conseguiu. Dirigira rapidamente para casa, tinha de falar com Matthew. Sentia um aperto sufocante em seu coração. “Eu não gosto dele, eu não gosto dele”, Isabelle martelava em sua consciência. Conseguira estragar todos os seus relacionamentos simplesmente porque gostara demais das pessoas. Mas agora era diferente. Tinha de dar um ponto final com Matthew pela sua família. E isso doía.

Abrira a porta de sua casa e encontrara Matthew sentado no sofá, esperando ansiosamente pelo momento que ela entraria pela porta. Ele abriu um largo sorriso ao vê-la. A luz artificial batia em sua pele anormalmente branca e o deixava iluminado. Como um anjo, ela pensara.

- Hei, eu preparei o jantar para você. – Matthew sorria de um jeito carinhoso.

- Matthew, é melhor você ir embora. – Isabelle falara com seu tom de voz mais convincente o possível.

- Por quê? Como assim? – Matthew se levantara e encarara Isabelle como se não entendesse.

- Você sabe! Esse relacionamento não vai dar certo, Matthew. Não temos nada em comum. – Isabelle mentira, e isso doía tanto nela...

- Isabelle, você é o meu único vinculo com o mundo mortal. Não me restou mais nada... Com você me sinto mais... Humano. – Matthew falara baixo. – Eu gosto de sua companhia. Preciso dela.

- Matthew, você é um monstro! Você não percebe? Você não é mais humano e não será eu, nem ninguém que lhe fará ser de novo! Vá embora! – Isabelle gritara e seus olhos marejaram. Matthew a olhara. Sua expressão e saíra porta a fora. Ela sentia um aperto forte no peito. Um sufoco. Estava matando-a.

   Matthew abrira a tão conhecida porta por ele e seus olhos puderam enxergar a figura de Catherine parada em frente à janela, de frente para ele. Trajava um curto vestido negro e sua maquiagem pesada a deixava com um ar engraçado. Como se fosse uma menina brincando de mulher. Ele caminhou devagar até Catherine e parou em frente à mesma, vendo o sorriso da menina aumentar. A luz da lua batia fraca no canino pontiagudo dela, fazendo um brilho diferente. Matthew aproximara sua boca dos lábios da garota, encostando devagar. Separara logo em seguida e ouvira a voz delicada e cheia de lúxuria de Catherine falar:

- Seja bem-vindo de volta ao lar, meu amor.