Endless Love escrita por STatic


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Eei mores!!
Então, eu fiquei feliz demais que vocês gostaram do último capítulo, eu adorei escrever! Sério, é legal demais ver que consigo reações tão lindas de vocês, obrigada! E obrigada Mandy e Pati que favoritaram!! Sem contar os comentários que foram incríveis, obrigada pela ajuda!
Enfim, eu estou meio frustrada com esse capítulo... Ele simplesmente não queria ser escrito e ainda não estou muito feliz com ele. Maas espero que gostem!
E geente eu to sentindo falta de umas meninas láa do comecinho nos comentários, espero que não tenham abandonado!
Ta bom, boa leitura!



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Castle POV

Eu estava completamente focado no mundo de Nikki Heat. Nos últimos dias, a maior parte do meu tempo era passado escrevendo. Devido a tudo o que tinha acontecido, eu estava atrasado, e de repente parecia uma ótima hora para colocar a escrita em dia.

Para ser bem honesto, eu havia passado toda a noite no escritório, mergulhado na história. Kate havia ido para cama cedo, e depois de fazer companhia para ela por algum tempo, logo fui forçado a voltar para minha tarefa, as palavras girando um minha cabeça, me impossibilitando totalmente de dormir enquanto não as colocasse para fora.

E foi o que eu fiz, e me sentia perfeitamente bem. Com um pouco de sono, talvez, mas bem.

Eu tenho certeza que mal teria notado que amanhecera, não fosse o som tímido dos passos de Kate entrando no escritório. Levantei a cabeça para olhá-la, observando enquanto ela se aproximava deliberadamente devagar, ambas as mãos na barriga. Seus olhos pareciam vazios, como se ela estivesse em outro lugar, concentrada em uma outra realidade da qual eu não fazia parte.

Eu começava a me preocupar, mas o fato dela não parecer se sentir mal me tranquilizava um pouco. Mas voltei a me apavorar novamente quando ela continuou andando, parando exatamente na minha frente, e eu afastei o notebook do colo, abrindo os braços instintivamente, e ela se sentou em meu colo, se aconchegando ali como uma criança pequena.

Eu não disse nada, apenas a segurei contra meu peito por um longo tempo, tocando seus cabelos, ora com meus lábios, ora com minhas mãos. Depois de alguns minutos, abaixei a cabeça para olhar seu rosto, surpreso de o encontrar molhado. Ela estava chorando, e eu não tinha a menor ideia do motivo.

—Tudo bem? - perguntei, secando seu rosto com a ponta dos meus dedos, e ela balançou a cabeça positivamente. -O que houve?

Uma de suas mãos estava repousada ainda sobre a barriga -que havia crescido um pouco mais, o que nós mostrávamos orgulhosamente- e outra segurava o tecido da minha blusa firmemente.

—Eu acho que... Acho que senti o bebê se mover. -respondeu em uma voz pequenininha.

—Você... -parei, sem saber o que dizer.

—Foi bem sutil e... Lindo. -ela suspirou. -Tem toda uma pessoa aqui dentro. -ela riu, outra lágrima solitária descendo por seu rosto.

—Como foi? -perguntei me mexendo um pouco embaixo dela, e minha saiu exatamente do modo que eu me sentia: Maravilhado.

—Hã... -ela pensou por um segundo. -Como bolhas... Não, um passarinho, com as asinhas batendo aqui dentro. Eu não sei! -ela riu um pouco. -Acho que me assustei.

Então ela finalmente levantou o rosto e me olhou, e de repente o sorriso iluminava todo o seu rosto, tão linda que parecia saída de um sonho. Eu podia imaginar que eu não parecia muito diferente dela.

—Eu estou com tanta inveja! -disse e ela riu alto, ainda me olhando e eu achei que meu coração podia parar a qualquer momento agora.

—Eu acho que ainda não da para você sentir.

—É, ainda é muito cedo. -concordei e voltamos a ficar em silencio. -Por outro lado, acho que vamos ter certeza de que essa pessoinha é uma menina ainda hoje!

Eu estava animado com essa perspectiva. Dentro de apenas algumas horas nós tínhamos uma consulta que possivelmente nos daria um sexo... Eu mal podia esperar, para ser honesto.

—Você acha que vai dar para ver? -ela perguntou, também animada.

—Se ela se comportar... -disse, Kate fazendo uma careta. -É, não vai dar.

Ela riu. -Vai sim... É um habitante comportado o que nós temos aqui. -olhou pra cima, olhando bem em meu rosto com um sorriso que antecediam provocações. -Além disso, eu estou louca para provar que estou certa!

Espere, o quê?

—Certa?

—É um menino! -exclamou, se remexendo no meu colo até que a deixei ir.

—Não é, nada! -disse chocado.

—Isso nós vamos ver. -respondeu totalmente convicta. -Eu vou nos alimentar, e então vamos saber quem ganhou.

Kate deu de ombros e se virou, logo desaparecendo pela porta, quase dançando de animação.

—E quando eu ganhar, você não... -gritei, mas deixei a frase morrer quando ouvi sua risada cínica vindo da cozinha.

Era um absurdo. Um completo absurdo. Balançando a cabeça, voltei a me concentrar na cena se desenvolvendo em minha tela.

Kate POV

Eu já havia escutado algumas mulheres descreverem, e já havia lido o suficiente para saber o que esperar. Entretanto, descobri que não tinha sido o suficiente. Não havia sido o suficiente porque nada seria capaz de me preparar para aquilo, para aquele movimento tão sutil que poderia ter sido simplesmente uma criação da minha imaginação.

Foi algo tão surreal, tão inesperado e como nada que eu já havia sentido antes, o que não me deixava qualquer duvida sobre o que era. Sorri novamente, pensando na primeira aparição do meu pequeno habitante.

Nada havia sido o suficiente para me preparar para o nível do sentimento que tomou conta de mim lentamente, subindo pelas minhas veias e tomando conta de cada parte de mim. Era totalmente novo, e totalmente maravilhoso.

Eu havia me assustado, mas passado o choque inicial, tudo o que eu queria era correr até Castle e dividir aquilo com ele.

Mas outra coisa havia se mostrado para mim, e foi a constatação de que havia mesmo uma pessoa dentro de mim. Já havia acontecido antes, mas nada como agora. Aquela realização pesada que me provava o quão frágil e preciosa era aquela vida ali dentro, e o quão facilmente meu coração podia se quebrar, e eu ser reduzida a nada. Novamente.

De qualquer maneira, aquilo não me tiraria o sono. Nós estávamos bem, e continuaríamos assim.

Castle brincava com o celular ao meu lado, ainda totalmente convicto de que estava certo, e nós teríamos uma menina. Sinceramente? Como ele ainda podia pensar isso? Não existia toda aquela coisa de intuição materna que era super respeitada? Isso devia contar para alguma coisa. Ele não podia simplesmente aparecer com isso de “intuição paterna”. Nem era uma coisa real.

—Você está pensando super alto. -comentou sem tirar os olhos do jogo idiota.

—Não estou, não.

—Está, e está interferindo no mundo de angry birds.

Revirei os olhos. -Como eu estar pensando pode interferir no seu joguinho?

Ele finalmente desviou o olhar do celular, me olhando e se fazendo de chocado. -Joguinho! -disse, antes de voltar para ele. -Está muito alto, deixa tudo... Confuso.

—Ou talvez você esteja perdendo o jeito! - insinuei. Eu não podia perder essa chance.

Mas ele apenas riu com desdenho. -É, com certeza é você gritando comigo nos seus pensamentos.

Tudo bem, aquela era nova.

—Como você sabia que eu estava ‘gritando com você’? - fiz aspas no ar.

Castle olhou para cima e apenas sorriu. Um sorriso carregado de significado como se ele soubesse de tudo.

—Você está. -disse com certeza enquanto voltava ao jogo.

—Não estou, não.

—Está. Eu posso sentir a irritação irradiar de você... Diretamente para mim.

—É... Talvez eu esteja gritando com você internamente. Senhor sabe tudo. -revirei os olhos e ele desligou o celular. Finalmente.

—E porque está gritando comigo?

O olhei, cética.

—Sério? Não vai nem confrontar o “sabe tudo”? - perguntei e ele apenas deu de ombros, a expressão divertida e eu senti uma vontade enorme de acertá-lo bem naquele sorrisinho debochado. Ou de beijá-lo. Que seja, eram linhas muito tênues.

—Digamos que isso seja algo raro e eu gostaria de aproveitar.

—Certo, tanto faz.

Ele continuou me olhando com ar questionador, esperando que eu respondesse a pergunta anterior.

—O quê? Não é nada, só estava pensando sobre... Nossa consulta. Você sabe, o de sempre.

De jeito nenhum eu iria contar para ele sobre minhas dúvidas e pensamentos sobre a tal “intuição paterna” dele. Eu provavelmente teria que ouvir sobre isso para o resto da minha existência.

A médica escolheu esse momento para fazer sua aparição e eu tinha que admitir, que senso de oportunidade soberbo tinha aquela mulher. Nós a seguimos imediatamente, Castle pegando minha mão por puro instinto.

Alguns minutos depois, após todas as perguntas e cumprimentos de praxe, eu estava novamente deitada na cama estreita que havia se tornado estranhamente familiar nos últimos meses.

—E então? Animados? - ela nos perguntou, e era óbvio que se referia a nós sabermos o sexo do bebê.

Nós dois assentimos avidamente.

—Você não faz ideia! - eu respondi, tentando esconder meu habitual nervosismo. Hospitais, não importa o quanto eu vá até eles, não estavam entre meus lugares preferidos.

—Embora eu não veja o ponto. -Castle murmurou ao meu lado, sendo honrado com um revirar de olhos meu e um olhar confuso da médica.

Quando ele não respondeu, senti que era meu dever explicar por que meu marido era um total caso perdido.

—Ele acha que sabe o sexo. - informei, revirando os olhos novamente.

—É uma menina. -ele adiciona quase ao mesmo tempo.

—É, claro. -sacudi a cabeça.

A médica riu. -Então vocês têm preferência?

—Não! - nós dois respondemos juntos, quase gritando, e Castle continuou sozinho. -Sem preferencias. Apenas... intuições.

—Intuições que nos levam a lugares contrários. – murmurei, e a médica parecia se divertir com o diálogo atrapalhado.

Ela mexeu em mais algumas coisas enquanto eu me perdia completamente em meus pensamentos, totalmente ignorando o que estava acontecendo ao meu redor. Depois de alguns segundos, entretanto, o barulho enlouquecedor dos dedos de Castle batendo contra a cama me despertou, e eu o olhei.

Ele demorou alguns segundos para perceber que eu o encarava, mas logo que viu, se endireitou completamente e ficou quieto de vez. Ele parecia uma criança que havia sido repreendida e eu tive que segurar a risada.

—Nervoso? – Perguntei. Metade de mim estava sendo solidária, mas a outra metade estava sendo sarcástica.

—Nervoso para descobrir que eu estava certo o tempo todo? – perguntou, e depois respondeu a própria pergunta. – Não.

Eu ri, por que era mais que evidente que ele estava mentindo.

—Certo. Não importa mesmo o sexo, eu vou ficar feliz seja ele qual for... – eu disse e ele concordou.

—Eu também. Mas vai ser tão bom estar certo alguma vez! – sua voz tinha aquele tom meio desesperado, o que era adorável e hilário.

A doutora acompanhava nossa conversa silenciosamente, se concentrando no que estava fazendo, mas parecia se divertir a nossa custa. Mas é claro. Ela encarou o monitor por um segundo, suspirou, e se voltou para nós.

—Tudo bem, a hora da verdade. – disse, sua voz séria e completamente oposta dos olhos.

Castle e eu nos olhamos imediatamente, ansiedade, curiosidade e animação óbvios, e eu podia notar que não, quem estava certo e quem estava errado não tinham a menor importância dessa vez. Não quando se tratava disso, e definitivamente não aqui. Talvez futuramente, mas não agora.

Castle sorriu para mim, e nós esperamos a médica voltar a falar sem ao menos olhar para ela, sem ao menos respirar. Meu coração martelava forte no meu peito, e eu me sentia completamente idiota, mesmo que não encontrasse força o suficiente para me importar.

—Parece que a nova mamãe é a vencedora. – ela finalmente disse, a voz animada e antecipando nossa reação. Eu realmente gostava dessa médica. – Parabéns, vocês vão ser pais de um menino... Muito saudável, aliás!

Nenhum de nós sequer dignou um olhar para a médica empolgada.

Castle me olhava de uma maneira que me fazia sentir absurdamente exposta -considerando minha atual posição deitada em uma cama no meio do quarto-, uma felicidade óbvia e dominante em seu rosto. Eu só podia imaginar como estaria o meu.

Estava bastante claro que eu estava certa: Não importava. Não importava por que nós iríamos ter um bebê, e ele era saudável e estava completamente seguro. Um garotinho. Um garotinho lindo, com os cabelos cheios e bochechas rosadas, com dedinhos gordinhos que se agarrariam nos meus, um sorriso angelical com covinhas... Talvez os olhos de Castle, aquele azul tão apaixonante que eu sonhava com tanta frequência.

—Um menino! – ele disse baixinho, se abaixando até ficar da minha altura.

—Eu sei! – respondi, e de repente nós dois tínhamos lágrimas nos olhos. Será que algum dia conseguiríamos sair dali sem termos chorado como dois idiotas? Eu duvidava.

—Oh, isso é demais! – Castle falou mais alto dessa vez, claramente animado. -Quer dizer, é tão... Uau, um garoto.

Eu ri de sua empolgação, depois me sentei na cama, arrumando minha roupa. Ele desviou o olhar do monitor e olhou para mim, e droga, aquele sorrisinho novamente.

—Então você estava mesmo certa!

Meu sorriso ficou ainda maior e eu tive que me conter. -É, parece que estava.

Ele se aproximou, se abaixando novamente e encostando a testa na minha, e depois me beijou docemente.

—Eu posso viver com isso. – disse.

—E vai ter. -concordei e ele riu, até que a médica pigarreou, chamando nossa atenção para o fato de que sim, ela ainda estava ali.

Castle e eu nos afastamos imediatamente, olhando para ela chocados como se estivéssemos esquecido completamente de sua presença. O que nós tínhamos mesmo.

Ela riu novamente de nossas expressões, e depois disse mais algumas coisas, nos felicitando e nos liberou.

Castle andava muito animado ao meu lado, tagarelando o tempo inteiro, como uma criança com excesso de açúcar. Certo, talvez aquilo fosse normal para ele, mas ainda assim... Ele falava tanto, que quando ficou em silêncio por alguns segundos eu me preocupei. Me preocupei com o que estava passando na mente dele, que era o suficiente para fazê-lo guardar para si mesmo.

—Você acha que devemos comprar outra arma? -perguntou e eu ofeguei.

Tudo bem, então eu tinha mesmo motivo para me preocupar.

—O quê?

Ele então notou minha expressão, e se apressou em se explicar.

—De laser tag! – disse chocado, como se eu tivesse dito algo absurdo. – E todas as outras coisas, você sabe.

Oh, mas é claro. Por que eu estava tão surpresa de que a primeira coisa que ele queria comprar seria uma adição aquele jogo? Não devia estar.

—É meio cedo, mas eu acho que sim. -concordei quando estávamos chegando ao carro. -Acha que eles têm um tamanho menor? Tipo, bem menor? – e de repente eu estava tão empolgada quanto ele.

—Com certeza... Ah, isso vai ser fofo. -disse e eu ri.

—A maioria das pessoas normais estaria pensando em roupas e mobília... – sacudi a cabeça enquanto entrava no carro e ele ia para o outro lado. Eu o deixaria dirigir dessa vez.

—Laser tag é mais empolgante. -disse como se não fosse nada, e depois completou rapidamente. -Quer dizer, nós vamos fazer isso também, é claro, eu vou amar... Eu amo você!

Tentei não rir dele se embolando com as palavras. Ele então se esticou no banco, se aproximando e colocando uma das mãos sob minha barriga. Era desconcertante como meu coração batia mais forte toda vez que Castle fazia aquilo.

—É um menino. -sorriu para mim, seus olhos brilhando outra vez.

—É um menino! – o imitei.

Depois de acariciar minha barriga uma última vez, ele ligou o carro. Eu não estava pronta para ir para casa ainda.

—Será que podemos ir em um lugar? -perguntei, deixando claro que eu já tinha esse lugar em mente.

—Seu desejo é uma ordem! -fez charme e eu sorri.

Eu já tinha exatamente o que desejava. Até mais.


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Notas finais do capítulo

Então?
Gente eu comecei uma história nova junto com outra autora daqui que eu sei que todo mundo adora, então quem ainda não leu e quiser... Nos contem o que acharam hheheh https://fanfiction.com.br/historia/675492/Tell_You_A_Story/

E sobre esse capítulo? É um menino!!! Amaram, odiaram? Me deixem saber!
Beejo amo vocês!