Endless Love escrita por STatic


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ooi amores! A internet voltou!! Bom, mais ou menos, as vezes ela da uma pirada mas... Vou levando uhauhah
Eu amei ver as reações de vocês ao último capitulo. Eu tava até meio nervosa, mas saber que voces gostaram tanto me deixou mega feliz. De novo hahhaah Eu quero agradecer MUITO a Bella Caskett, Aline e Lary que favoritaram! Muito obrigada gente, mesmo!!
E a KB... Lele... Menina... Muuito obrigada pela recomendação lindíssima!! Eu nem sei quantas vezes eu já li. Nem me venha com essa de "Não sou muito boa com as palavras" porque eu amei cada palavrinha. Me deixou tão feliz que nem sei explicar, pensando seriamente em tatuar na testa ueuhaeuuhe muito obrigada amorinho, de verdade.
Agora, sobre esse capítulo: nada a declarar.
Mentira, tenho coisas a declarar sim. Eu disse à alguns capitulos atrás que uma cena especifica que me veio a mente me fez começar a fic e tomar coragem pra postar. Então, ela está nesse capítulo!
Lá no finalzinho eu conto pra voces qual é ahhaha boa leitura!! Espero que gostem.



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Castle POV

Havia sido melhor do que eu esperava, no final das contas. Acho que com todo o histórico, eu imaginei logo as piores das reações possíveis pra Kate. Mais uma vez ela havia me surpreendido.

Mesmo estando confusa e com medo, ela havia se mantido forte. Algumas lágrimas escaparam, junto com a confissão de que gostaria de se lembrar da mãe. Me partia o coração vê-la chorar, mas a consciência de que ela havia se soltado, de que não havia se fechado em si mesma me deixava feliz e orgulhoso. Além de cheio de esperança, mais uma vez.

Jim havia tido a brilhante ideia de trazer as fotos, e vendo Kate olhar maravilhada para cada uma delas, não pude deixar de ficar maravilhado também. Estava claro pra mim, mais uma vez, que a ligação de Kate com a mãe era algo além da compreensão. Era algo que somente as duas eram capazes de entender completamente, e era óbvio que nada nesse mundo abalaria isso.

As fotos eram mesmo impressionantes, assim como a sua quantidade. Era lindo e divertidíssimo observar as reações de Kate a cada coisa que via, e eu presumi que ela podia ficar ali por um longo tempo, mesmo que fosse para rever as fotos mil vezes.

Mas já estava ficando tarde, de modo que a chamei par ir pra casa. Ela havia dito sim, embora relutante e Jim havia assegurado que ela podia voltar a qualquer momento que quisesse.

Nos levantamos e Kate hesitou um pouco, antes de estender a mão para uma fotografia que estava por cima na caixa ainda aberta, e perguntar:

–Posso... Posso ficar com essa?

–Claro que sim. –Jim respondeu sorrindo e observando, assim como eu, a foto escolhida. Era uma dos três juntos, quando Kate era adolescente. Totalmente adoráveis.

Ela sorri agradecida e nós vamos em direção ao carro. Ando um pouco na frente dos dois, lhes dando alguns segundos a sós, mas ainda posso ouvir Jim dizer “ela teria muito orgulho de você” enquanto abraçava a filha.

Ela retribui sorridente o abraço e nos despedimos.

Dentro do carro Kate está completamente silenciosa. Pensei em perguntar o que estava pensando, mas me contive. Ela falaria quando quisesse.

Ainda faltavam algumas horas para escurecer, então resolvi desviar o caminho um pouco. Foi só alguns minutos depois que Kate pareceu notar.

–Eu ainda sei o caminho para casa, e não é esse. –diz desviando o olhar da janela pra mim.

–Eu sei. –respondo sorrindo, sem tirar meus olhos da estrada.

–Onde estamos indo?

–Pensei em darmos uma volta... Espairecer.

–Mas onde... –ela começa e posso ver que agora tem um sorrisinho no rosto. –O parque! –diz quando começo a diminuir a velocidade do carro. –Eu me lembro daqui. –Completa, a voz despreocupada.

Quase freio o carro quando a ouço dizer isso, meu coração fazendo uma tentativa quase bem sucedida de sair pela boca.

–Você... Você se lembra? –pergunto e minha voz está tremula e hesitante.

–Sim. –assente- Do primeiro dia... Quando estávamos voltando do hospital.

–Ah! – é tudo o que consigo responder, antes de me virar em direção ao vidro, tentando disfarçar a pequena decepção.

–Eu gosto daqui. –ela diz e olha novamente pela janela.

Deus! Ela gosta daqui! E diz assim, sem nem me preparar.

Paro o carro e nós descemos, caminhando lentamente em direção ao parque. Ela não diz nada, assim como eu então continuamos caminhando em silêncio por algum tempo. Mesmo ainda estando a vários metros de distância, eu os posso ver.

Balançando lenta e solitariamente através da leve brisa de fim de tarde, os balanços que serviram de testemunhas de momentos importantíssimos e memoráveis pareciam apenas esperar por nós.

Ainda caminhando sem uma direção certa através do parque, nossas mãos balançando delicadamente entre nós sem se tocarem e eu imaginava o quanto gostaria de pegar suas mãos agora. Estava uma paz e tranquilidade, e o parque estava praticamente vazio.

Eu estava tentando não imaginar coisas e apenas acompanhar Kate pra onde ela estivesse indo, de modo que inicialmente ignorei para onde estávamos caminhando, me concentrando apenas em caminhar e observá-la pelo canto do olho às vezes. Mas quando ela parou exatamente a dois metros dos balanços, não fui mais capaz de ignorar.

Olhei para o seu rosto e ela estava com uma expressão de neutralidade e até com certa concentração. Não parecia muito presente, simplesmente estava parada ali, parecendo perdida em pensamentos e sensações, de maneira que não quis interromper.

Ainda fica quieta assim por algum tempo antes de dar alguns passos e se sentar em um dos balanços. Ela não parecia ter nenhuma consciência de minha presença ali, então simplesmente me sentei no balanço ao seu lado, minha mente sendo imediatamente invadida de lembranças... Momentos e conversas decisivas que haviam acontecido bem ali.

–É bonito aqui. –Kate fala pela primeira vez desde que saímos do carro, levantando a cabeça e sorrindo em minha direção. –Familiar.

Não consigo pensar em nada muito apropriado para responder, então apenas fico a olhando, provavelmente um sorriso bobo no rosto. Fico observando o modo como ela se balança fracamente pra frente e pra trás, o modo como o vento levantava seus cabelos, alguns fios voando delicadamente em volta de seu rosto, o sorriso fraco e distante... O modo como ela era linda.

–Como você está? –Pergunto por fim.

–Estou bem. –Diz e como a conheço bem, sei que aquela é uma resposta quase automática, então espero que ela termine. –Não muito. –Admite e olha para longe. Respira fundo algumas vezes antes de recomeçar. –Você já deve estar cansado de ouvir sobre como isso é confuso e complicado...

–Ei. –a interrompo. –Não diga algo assim. Eu sei que é difícil e complicado sim, mas eu disse que estaria aqui. E vou continuar, mesmo que você queira dizer isso vinte vezes por dia até o fim de nossas vidas. Eu vou escutar, e vou entender. Não duvide disso, tudo bem? –Minha voz é pouco mais alta que um sussurro e me precipito e pego a mão que está mais próxima. Ela aperta meus dedos com força.

Kate sorri e assente com a cabeça, e posso ver que está tentando não chorar.

–Obrigada. – ela faz uma pausa e aperto sua mão novamente, incentivando-a a continuar. –É só estranho... Não, não é estranho. É triste, e frustrante e...

–Confuso. –completo sorrindo de maneira fraca.

–E machuca. –Ela diz em sussurro quase inaudível. Ouvir aquilo traz lágrimas aos meus olhos e eu pego sua mão com as minhas duas, em uma tentativa de aquecê-las. – Em muitas maneiras diferentes, isso machuca. Machuca não me lembrar dos meus amigos, da minha vida... Machuca não me lembrar da minha mãe, não me lembrar de você. De nós. –Ela completa e agora tinha lágrimas rolando livremente por seu rosto. Ela olhava pra baixo, e a cena partia meu coração. Me levanto do meu balanço e me abaixo bem na sua frente, levantando um pouco seu rosto e fazendo-a olhar pra mim.

–Eu sei. Sei que machuca, mas você é forte. Já superou tanta coisa Kate, muitas vezes sozinha! Vai conseguir dessa vez também... E você não está sozinha, mas você já sabe disso. –Passo a mão por seu rosto limpando algumas das insistentes lágrimas.

–Obrigada. –sussurra e pega minhas mãos, apertando-as fortemente.

Ficamos em silêncio novamente e mesmo não estando exatamente confortável abaixado ali, eu não me movi. Apenas fiquei lá, deixando-a chorar baixinho e segurando suas mãos.

–E se eu nunca me lembrar? E se eu nunca for eu novamente? A Kate que todos amam, que você ama?

Ela parecia mesmo atormentada com essa possibilidade. Era tão absurdo!

–Nós amamos a Kate. Você é a Kate, então nós amamos você. E mesmo sem se lembrar, você é a mesma pessoa incrível que nós amamos. A minha Kate. –Ela sorri um pouco através das lágrimas restantes. –Minha Kate, só um pouco mais desmemoriada. E nós vamos dar um jeito, você vai ver.

Um último soluço escapa antes que ela se jogue em meus braços, me pegando completamente de surpresa. Ela joga os braços ao redor do meu pescoço e me abraça fortemente, quase me jogando no chão então coloco meus próprios braços ao redor de sua cintura e nos levanto da posição meio agachada que estávamos.

No momento em que estamos de pé, tão engalfinhados daquela maneira, ela se afasta alguns centímetros de mim e sem soltar seus braços à minha volta, olha em meus olhos e volta a se aproximar, tocando meus lábios com os seus. Imediatamente a puxo pra mais perto, retribuindo surpreso seu beijo.

Diferente de ontem no restaurante, esse não foi um beijo cheio de conflitos de sensações. Haviam claro muitos sentimentos e sensações envolvidos, mas dessa vez era tudo mais claro, mais conhecido e familiar. Ainda havia certo desespero, desejo por mais e uma necessidade de jamais nos separarmos, mas o carinho, o amor e o comprometimento eram sobressalentes dessa vez.

Quando nos separamos ela não se afasta. Simplesmente continua ali, encostada em meu peito, meus braços ainda a rodeando. Eu tinha a sensação de que poderia ficar ali pra sempre.

–Rick? –Ela diz baixinho e levanta um pouco a cabeça pra me olhar.

–Sim...

–Eu não quero estar incompleta pra você. –sua voz é apenas um sussurro novamente e parece fazer um pequeno esforço para continuar. –Não quero ficar com você sem saber quem sou exatamente, não quero te decepcionar, nem magoar você. Nunca.

–E não vai. Kate, você não está incompleta. Você pode não se lembrar, mas eu me lembro e sei exatamente quem você é. E vou te ajudar a saber também.

–Ai meu Deus! Por que você é assim? –ela ri fraquinho e abaixa a cabeça novamente, se aconchegando em meu peito. A aperto mais forte.

–Eu sei, eu sou maravilhoso! –quase posso ouvi-la revirar os olhos. –Eu sinceramente não sei o que seria de você sem mim.

–Eu também não sei. –Ela ri. –Estaria perdida, mais ainda.

–Mas por outro lado, eu também não sei o que seria de mim sem você, de modo que estamos quites, acho.

–É, acho que estamos. –ela responde em um suspiro.

Ficamos parados assim durante um tempo, e de repente pude sentir seu corpo enrijecer junto ao meu, e logo depois relaxar novamente. A sequência se repetiu por algumas vezes, como se ela quisesse dizer algo mas desistisse logo depois.

–Você pode dizer Kate.

–Você é tão sabichão! –ela suspira e eu sorrio, esperando. –É só que... Lá no hospital. Eu não me lembro de quando, sei que ainda não tinha aberto meus olhos, mas me lembro de você dizendo algo...

–O que? –pergunto surpreso.

–Você disse algo sobre “me proibir de mudar de ideia” - aliás, foi o que me fez apertar sua mão da primeira vez. Minha intenção era um soco, mas foi o que saiu. Um apertão- mas o que você quis dizer? Qual era “aquele nosso assunto” que você disse?

–Primeiro, ai! Nem tinha sequer aberto os olhos e já queria me agredir!

–Eu fiquei irritada! –Ela ri - Com essa historia de “me proibir”. Era ridículo ouvir alguém me proibindo de algo...

–Sei... Viu só? A mesma teimosa, irritadinha e dona da razão controladora de sempre, até mesmo em coma.

–Rick! Eu não sou nada disso. –Fez uma pausa. –E não enrola.

–Nem um pouco teimosa. –resmungo. –Tudo bem, eu conto. Mas não quero que você surte ou fique triste, nem culpada... Já foi um dia e tanto o de hoje. Promete?

–Você está me assustando agora.

–Kate.

–Tudo bem, prometo.

–Ótimo. Era sobre filhos. Você disse que queria um bebê. –Digo calmamente.

–Ai meu Deus. –ela diz bem baixinho.

–É... Foi alguns dias antes do acidente. Você disse que achava estar pronta, mas que estava com medo. Eu disse que era normal sentir medo... Mas que a recompensa era muito maior. –Ela não respondeu nada, então continuei. –Você disse que talvez eu tivesse razão e que podíamos tentar. E bom, você pode imaginar como a conversa acabou.

–Eu posso. –Ela responde em um sussurro.

–Nós não falamos muito mais sobre isso, mas nem tivemos muito tempo. E depois...

–Eu sinto muito. – Sua voz ainda era um sussurro.

–Foi o que aconteceu... Mas podia ser pior, pense só. Você está aqui, isso é o que importa.

–E ainda temos tempo. –Ela diz simplesmente e eu juro que pensei ter ouvido errado. Ela havia mesmo dito aquilo? A cada minuto que passava ela me enchia de esperanças novas. Esperanças de que ficaríamos bem, de que teríamos um futuro longo e lindo pela frente... Esperanças de que faríamos dar certo, como sempre.

–Ainda temos. -Concordei.


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Notas finais do capítulo

Algum fã de Twilight aqui? o Se sim, reparou a frase que me inspirei em twilight? Me contee.
E então? Só quero dizer que não tem graça brincar com vocês, porque acertaram desde o começo o que era o "nosso assunto" huahuuah ta, não foi tão dificil u.u
A cena que eu me referi foi a do balanço, a conversa mais no comecinho... Voces gostaram?
Eu tenho que admitir que pensei em reescrever o finalzinho e acabar com fic aqui, mas não estou pronta pra ficar sem voces e sem a Kate desmemoriada heheh :*
Mas enfim, me digam o que acharam do capítulo! Eu estou amando mais que tudo os comentários de voces. Os leitores fantasminhas: Comeeentem, eu queria e vou amar saber quem são!
Chega de falação ahuuauha me contem o que acharam amorinhos!!
bjooos



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