Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 6
Tão Próximos


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Então, acho que vou acabar postando todo dia ou segunda/quarta/sexta, vou decidir entre esses dois. Na verdade, eu fiz uma análise mental dos acontecimentos futuros da história e sinto informar que a fic está caminhando a passos largos para o seu fim :(
Pois é. Eu achei duraria mais. Eu não acho que a fic vai chegar ao capítulo 15. Eu sei. Está meio longe ainda, mas eu já tenho mais dois capítulos já escritos, só falta postar e depois não vão ter muitos mais.

Aproveitem o capítulo!!!



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KARINA

Algum tempo depois eu cheguei na praia. Tirei a garrafa do que quer que fosse do meu casaco e sentei, olhando para o mar. Eu não tinha percebido que tinha passado tanto tempo no hospital, já estava anoitecendo. Eles me achariam, uma hora ou outra, eu querendo ou não; então eu abri a garrafa e tomei um gole. A minha garganta queimou e eu me engasguei, mas continuei tomando. Fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo (como se eu já não tivesse pensado o bastante). Eu ficava lembrando de todos os momentos que podem ter sido falsos ou não. Várias perguntas rondavam a minha cabeça: Será que o Pedro realmente gostava de mim? Afinal, eu era filha de quem?

No meio de tantos questionamentos eu comecei a chorar. A minha cabeça doía. Eu não sabia como eu estava fazendo aquilo...tipo, beber na praia. Eu não sabia mais o que eu faria, então eu não pensei e só continuei bebendo o que quer que fosse aquilo.

COBRA

Eu não tinha conseguido dormir durante a noite, queria ver como a K estava, mas eu tinha que trabalhar. Quando eram mais ou menos 13:00 eu fechei o QG (horário de almoço) e fui até a casa da Karina. Bati na porta várias vezes e ninguém atendeu, entendi que eles não estavam em casa e voltei para o QG. Fiquei o dia inteiro olhando para a casa da K e ninguém chegava. Quando eram mais ou menos 19:00 o Gael chegou desesperado, estacionou o carro de qualquer jeito e entrou correndo na casa. Depois a Bianca e o Duca saíram do carro, mas eu não vi a K. Fui até lá, já meio preocupado.

Quando eu entrei a Bianca estava no sofá e o Duca andando de um lado para o outro. — O que aconteceu? — eu perguntei. Os dois me olharam, mas me ignoraram. — Eu só quero saber onde a Karina está. — eu disse meio irritado. — Nós não sabemos ­— o Gael falou enquanto ele brotava do nada na sala. — Como assim? —

Eles me explicaram tudo o que aconteceu. Assim que eles terminaram eu soube onde ela estava. —Ela tá na praia— eu disse e eles me olharam confusos.

FLASHBACK ON

K: Que droga. Essas coisas sempre acontecem comigo. Eu estou com vontade de ir para a praia, entrar na água e ir embora nadando até onde der.

C: Não fala assim K, vai dar tudo certo.

K: Espero que sim. Obrigada.

C: O que eu fiz?

K: Exato, você não fez nada além de me apoiar e é provavelmente a única pessoa com que realmente posso contar nesse momento.

C: Eu vou estar aqui sempre que você precisar.

K: Vou lembrar disso.

FLASHBACK OFF

— Só confiem em mim, ok?

KARINA

Estava tudo estranho e mexendo, mas também estava tudo engraçado. Eu estava bebendo fazia algum tempo e faltava muito pouco para a garrafa ficar vazia...eu, definitivamente, estava bêbada. Terminei a garrafa. Já estava de noite e a praia estava vazia. Fiquei com vontade de entrar no mar, mas eu queria entrar para sair nadando para bem longe, e eu faria isso. Assim que pisei na água eu fui tomar um último gole da garrafa, mas ela estava vazia. Fiquei com um ódio repentino da garrafa e quebrei ela no meu joelho. Sorte que eu estava de calça. De repente uma tristeza me invadiu, eu levei um pequeno choque de realidade e lembrei de tudo o que estava acontecendo. Eu ainda estava bêbada, mas eu já não era uma bêbada feliz. Comecei a chorar e a entrar no mar mais ainda. Não estava ligando para as ondas batendo em mim e me derrubando, ou para o fato de que a água estava me congelando, nem para as minhas roupas encharcadas e nem psrs os meus olhos que estavam ardendo pra caramba por causa daquela água salgada, eu não ligava pra nada disso, só queria ir embora. E eu continuei andando e chorando. Quando a água estava na minha cintura e uma onda estava prestes a me engolir, eu fui agarrada e arrastada para fora da água. As ondas me afundavam e como eu estava desorientada eu me afogava um pouco a cada uma delas, mas, quem quer que estivesse me segurando, não me soltava e estava me levando para a areia de novo, mesmo contra a minha vontade.

Quando eu cheguei na areia, vi quem era. Eu estava me debatendo. — Me deixa voltar! Eu quero ir embora! — eu gritei. Ele me deitou no chão, ficou em cima de mim, com uma perna de cada lado do meu corpo e segurou os meus pulsos na areia. — Vai ficar tudo bem. — Ele disse em um tom calmo perto do meu ouvido.

COBRA

Eles resolveram acreditar em mim e nós fomos para a praia. Logo eu vi a Karina. Ela estava com uma garrafa de bebida alcoólica na mão, pude ver que já estava vazia. O Gael começou a ir em até lá, mas eu o parei. — Deixa que eu vou. — Achei que ele não deixaria, mas eu fui antes que ele pudesse protestar. Fui andando, com calma. A K começou a entrar na água. Só consegui chegar nela quando ela já estava com mais da metade do corpo dentro da água. Com dificuldade (por causa das ondas) eu a levei para a areia, mas ela não parava de se debater. Eu tinha que segurá-la, então eu fiquei em cima dela e a segurei. Falei que ficaria tudo bem e ela se acalmou.

Nesse momento eu pude ver que ela estava chorando muito. Ela estava sofrendo. Peguei ela no colo e fomos até o carro. A Bianca estava chorando, o Gael estava preocupado e o Duca chocado, mas ninguém falou nada. O Gael foi dirigindo, o Duca foi na frente eu fui atrás com a K ainda no meu colo e a Bianca foi do meu lado. Eu estava muito cansado, afinal, eu não tinha dormido durante a noite, então eu acabei dormindo no carro.

DUCA

Estávamos em silêncio, ninguém falava nada, mas todos estavam tensos. Já estávamos no meio do caminho quando eu olhei para trás e tive uma surpresa. A K estava dormindo no colo do Cobra, que também estava dormindo. Chamei a atenção da Bi; ela olhou para os dois e fez uma cara de “isso não vai dar certo...”. Pensei em acordar os dois, mas não era melhor deixar eles dormindo mesmo.

KARINA

Não sei bem o que aconteceu. Acordei com o carro parado na frente de casa, acho que tínhamos acabado de chegar. Eu estava com uma dor de cabeça infernal e não lembrava bem o que tinha acontecido. Quando olhei ao redor, vi que eu estava no colo do Cobra, que estava me olhando com um sorriso carinhoso no rosto. A minha pele estava grudenta e com cheiro de mar. Me sentei, ainda no colo dele. — O que aconteceu? — eu perguntei. — Você estava bêbada na praia, entrou no mar e eu te tirei de lá. — ele falou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. — Isso explica a dor de cabeça, a minha pele grudenta e... e o meu pai? — ele devia de estar preocupado comigo, afinal, eu pulei do carro. No segundo seguinte eu percebi que estávamos no carro dele. — Ok, já entendi. Nem precisa falar nada — eu disse para ele. — Karina, no que você estava pensando? — ele perguntou de repente. — Eu não sei direito. Eu estava irritada e não sabia direito o que eu estava fazendo e... — ele me interrompeu — Você pensou como nós ficaríamos se acontecesse alguma coisa? Como o seu pai ficaria? A sua irmã, o Duca... Você já pensou em como EU ficaria? — essa pergunta me pegou de surpresa. — Cobra, não aconteceu nada. — eu disse tentando me justificar, apesar de saber que eu não deveria ter feito aquilo. — Não aconteceu nada, mas podia ter acontecido. Você é a única pessoa que eu tenho — ele disse irritado. — Mas...e a Jade? — eu perguntei um pouco confusa, afinal, eles estavam quase que namorando. — A Jade não conta, ela tem medo da mamãezinha dela. Eu preciso de alguém que realmente se importe comigo e que não ligue para o que as outras pessoas acham de mim. E a única pessoa que eu tenho, que faz isso no momento, é você — Eu fiquei quieta. Ele estava certo. Eu não pensei em ninguém, eu fui egoísta, mas eu estava surpresa por ele estar falando essas coisas para mim. — Você está certo. Me desculpa. — eu disse baixinho. — Só me prometa que não vai fazer isso de novo. — ele disse enquanto me abraçava. — Eu prometo.

Nós ficamos abraçados mais algum tempo até o meu pai entrar no carro e me chamar para entrar. Eu saí e o Cobra também. — Vamos filha — meu pai disse tranquilo demais para ser verdade. — Já vou pai. Eu quero me despedir do Cobra — eu disse enquanto esperava ele entrar em casa, mas ele ficou ali parado. — Pode se despedir, eu espero. — estava demorando para voltar a ser o Mestre Gael. — Vai lá pai, eu já vou. — eu já estava irritada, mas ele entrou.

Eu olhei para o Cobra meio sem graça. — Obrigada. — eu disse meio envergonhada. — O que eu fiz? — ele perguntou meio confuso. — Você me tirou do mar, você está me apoiando. Você é o que está me segurando aqui. — eu disse. — Eu me importo com você, Karina. Na verdade, eu realmente gosto de você. De um jeito especial — ele falou isso meio envergonhado e eu corei. — Bom, eu preciso entrar antes que o meu pai venha aqui me buscar — eu disse mudando de assunto. — Ok, tchau K. — Nós nos abraçamos e na hora de sair do abraço ele parou no meio do caminho. Ele olhou nos meus olhos e eu nos dele. Nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir a respiração dele no meu rosto. Ele se aproximou um pouco mais...


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem!
Não sei bem quando vou postar o próximo. Talvez amanhã ou talvez só depois.

Beijos e até o próximo capítulo!!!



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