Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 4
Cheguei No Meu Limite


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Então, eu fiquei um tempo sem postar, não é?
É que eu realmente não consegui. Era pra eu ter postado um ontem, mas...sabe como é...dia de Super Bowl.
Mas aqui estou eu e, mais importante do que isso: aqui está o capítulo. Aproveitem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588005/chapter/4

PEDRO

Eu ainda não conseguia acreditar no que tinha acontecido. A Karina foi humilhada na frente da família, dos amigos. Eu não sabia nada sobre o que o primeiro vídeo dizia, por isso eu abracei ela mais forte, para que ela se sentisse segura, mas o segundo vídeo me pegou de surpresa. Até aquele momento a K estava paralisada, só olhava em volta dela, mas ela começou a reagir. Eu soube quando ela ouviu a frase do vídeo que resumia o acordo, pois ela arrancou os meus braços que ainda estavam ao redor dela. Foi horrível. Ela estava com um olhar muito assustador. Ela olhou no meu olho e eu já soube tudo o que ela queria me dizer, por isso eu desviei o olhar. Ela olhou para cada um de nós e depois olhou para o Duca, ele foi corajoso, ele “assumiu a parte da culpa”, olhou no olho dela até o fim. De repente a K ficou pálida e saiu correndo. Eu tentei ir atrás dela, mas o Duca me puxou e disse que não adiantaria nada, era melhor eu esperar. Então eu fui para os camarins da Ribalta e fiquei lá, olhando para o chão.

BIANCA

Foi tudo muito estranho e muito rápido. Eu fiquei muito envergonhada e não tive coragem de encarar a K. Depois que ela saiu correndo e o Duca segurou o Pedro para não ir atrás dela eu fui fazer uma coisa que acho que muita gente queria fazer, mas tinha esquecido no meio da confusão. Eu subi no palco enquanto a Jade estava com aquele sorriso irritante no rosto. Naquele momento eu queria dar um tapa nela, dar um soco, mas eu não fiz nenhum dos dois. Eu simplesmente não liguei para quem estava vendo, baixou a lutadora em mim e, como eu disse antes, eu não fiz nenhum dos dois. Eu fiz melhor. Assim que ela virou eu acertei uma cotovelada certeira no nariz daquela dançarina idiota. Deve ter quebrado, pois o troço ficou com uma aparência bem feia.

Quando o Du falou que a Karina tinha sumido eu fiquei preocupada, não sabia o que ela podia fazer. Eu, a Dandara e o meu pai estávamos na sala preocupados quando a campainha tocou. O meu pai correu abrir a porta, e o que eu vi foi um pouco impressionante, mas eu fiquei meio revoltada com aquilo. O Cobra estava com a Karina no colo, e ela estava dormindo. Por algum milagre o meu pai deixou o Cobra entrar e colocar a Karina na cama dela. Eu fui acompanhando ele até o quarto e saí, mas fiquei na porta observando. Ele colocou ela cuidadosamente na cama, tirou os sapatos dela e cobriu ela com a a coberta que estava em cima da cama. E então, quando eu acho que o dia não poderia me surpreender mais vem aquele ser humano e dá um beijo na testa da K antes de ir embora, ignorando completamente a minha presença ali.

Ele pareceu bem mais aliviado quando “entregou” a K, mas tudo o que é bom dura pouco, pois deu para ouvir o meu pai exigindo uma explicação dele, mas eu não escutei. Eu simplesmente sentei na minha cama e fiquei olhando a Karina dormindo, ela perecia tão tranquila, como se nada tivesse acontecido.

KARINA

Eu acordei com alguém fazendo carinho no meu cabelo. Não lembrei de tudo o que tinha acontecido imediatamente. Sim, eu lembrava dos vídeos e de toda aquela parte, mas não sabia onde eu estava. Lembrei que eu estava com Cobra e me perguntei se era ele que estava ali. Eu virei e vi que era só a Bianca. Comecei a chorar na hora. Ela tentou de explicar, mas eu não queria ouvir a voz dela, por isso eu me tranquei no banheiro e me arrumei para parecer um ser humano e desci ignorando a presença e as palavras da Bianca. Aquele dia seria péssimo. Eu sabia que o Pedro viria atrás de mim. E eu estava certa.

Pouco tempo depois a campainha tocou; eu já sabia quem era. Tentei correr para o meu quarto, mas o meu “pai” me impediu.

G: Você precisa falar com ele.

K: Eu não quero falar com ele, eu não quero olhar na cara dele.

G: Eu sei filha, mas vocês tem que conversar. E nós também, mas isso a gente resolve depois.

K: Ok.

Quando ele entrou nós ficamos nos encarando. A Bianca percebeu o climão e falou que todos deveriam sair. Eu queria acabar com aquilo logo para poder ficar sozinha de novo, então eu que falei primeiro.

K: O que você tá fazendo aqui?

P: K, por favor...

K: Meu nome é Karina.

P: Eu sei.

O silêncio predominou de novo e, novamente, eu que falei.

K: É verdade?

P: Sim, é verdade, mas eu realmente gosto de você.

Nós estávamos "calmos" até aquele momento, mas eu fiquei com raiva. Não sei bem de onde veio tudo isso, mas eu lembrei de todas as vezes que ele disse que não mentiria para mim, lembrei de todas as promessas que ele fez, de todos os momentos m que eu quase descobri tudo. Bom, lembrei de novo; provavelmente pela milésima vez nas últimas horas.

K: Você prometeu! Prometeu que sempre me diria a verdade. Eu não consigo acreditar em você.

P: Mas se não fosse por aquele acordo eu não teria me aproximado de você. Foi errado, eu sei, mas eu precisava do dinheiro.

K: Como assim “não teria me aproximado de você”?

P: Karina, é que...

K: Você admite que não gosta de mim de verdade? Foi só pelo dinheiro mesmo?

P: Deixa eu explicar. Você era uma bruta, só me batia, eu nunca conseguia conversar com você. Eu sempre apanhava, talvez se você fosse um pouco menos “esquentadinha” eu teria me aproximado de você sem precisar receber dinheiro nenhum.

Aquilo tinha doido bastante. Eu sabia que era verdade, mas eu não conseguia acreditar que ele estava tentando jogar a culpa em mim. Aquela discussão tinha ido longe de mais. Eu sabia que ele estava estressado, mas eu também sabia que era exatamente isso que ele achava.

P: Desculpa, não foi isso o que eu quis dizer.

K: Sai daqui.

P: Mas K...

K: Sai! E não volta mais.

Acho que ele percebeu que não tinha jeito e foi embora. Eu já estava chorando sem parar. Não sabia onde os outros estavam, mas não me importava. Eu fui para o meu quarto e, não sei o que deu em mim, mas eu enlouqueci. Comecei a quebrar tudo o que eu via pela frente e gritar. Não sei por quanto tempo eu destruí o quarto e nem o que eu destruí. Eu só parei quando o Duca entrou e me abraçou. Eu não sei bem o motivo, mas eu aceitei o abraço. Quando eu olhei ao redor eu vi livros no chão, o espelho quebrado, vidro quebrado no chão (provavelmente perfumes da Bianca). A minha cabeça doía e as minhas mãos ainda mais. Descobri o motivo assim que olhei para elas. Tinha muito sangue no chão, as minhas mãos estavam cortadas em vários lugares. Eu tinha soltado tudo o que eu sentia, que não dava pra soltar chorando.

DUCA

A K tinha chegado em casa, o Cobra levou ela. Eram mais ou menos 1:00 quando o Gael me ligou avisando. No dia seguinte eu acordei me sentindo uma droga, mas mesmo assim eu levantei e fui viver. Tinha acabado de sair do meu quarto quando alguém bateu na minha porta, na verdade, bateu desesperadamente na minha porta. Abri preocupado e vi que era a Bianca. Ela realmente estava desesperada.

D: O que aconteceu? Pra que bater na porta desse jeito?

B: Rápido vem me ajudar. O meu pai saiu e a K enlouqueceu, ela tá quebrando tudo lá em casa.

Bastou chegar perto que eu já podia ouvir os barulhos e as pessoas olhando curiosas. Eu entrei correndo na casa e, quando eu cheguei no quarto, a dor de cabeça foi quase instantânea. Estava tudo quebrado e a Karina pareceu não reparar na minha presença. Descobri a origem da minha dor de cabeça: A K tinha quebrado todos os vidros de perfume da Bi, e não eram poucos.

Ela continuava quebrando tudo e eu não sabia bem o que fazer, não poderia simplesmente me jogar em cima dela; eu só fui tomar uma atitude quando eu olhei para as mão dela. Estavam cortadas e sangrando muito, provavelmente por causa da imensa quantidade de vidro que ela tinha quebrado, mas ela parecia nem reparar. Fiz a primeira coisa que veio na minha cabeça: abracei ela e eu me surpreendi quando ela aceitou o abraço. Ela olhou para baixo e finalmente viu as próprias mãos e pude ver que ela fez uma cara de dor.

Assim que eu acalmei um pouco a K eu levei ela para a sala. A Bianca estava sentada no sofá com uma cara assustada e foi direto abraçar a irmã, que olhava para as mãos sangrando e não retribuiu o abraço. Na verdade, ela nem pareceu notar a presença da Bianca.

D: Bi, a gente tem que levar a K para o hospital. Ela fez muitos cortes.

B: Ok, pega o seu carro. Eu vou avisar o meu pai.

BIANCA

É óbvio que o meu pai enlouqueceu quando soube da notícia. Ele chegou no hospital antes que a gente. A K logo foi atendida e quando voltou estava com as mãos enfaixadas e com um gesso no pulso direito. A doutora mandou ela sentar e foi falar com o meu pai sozinha. Eu sentei do lado da Karina, que olhava fixamente para o chão.

GAEL

O dia anterior já tinha sido péssimo e agora a Karina vem com essa história de querer arrancar fora as mãos. Depois que a K voltou a doutora me chamou para conversar com ela em particular.

Dr: Então, o quadro da sua filha é um pouco preocupante, por isso que eu quis falar com o senhor.

G: Como assim? Os cortes foram tão ruins?

Dr: Eu não estou falando do físico dela, estou falando do psicológico.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Comentem aí para que eu saiba o que vocês estão achando. Acredito que amanhã eu respondo os comentários e quarta eu posto mais um.
Algumas pessoas me perguntaram (por mensagem privada) se eu mudaria a fic para Perina. NÃO. Aqui é Cobrina e NO SPIRIT E SOMENTE NO SPIRIT é Perina. As duas histórias são iguais até o oitavo capítulo (mais ou menos) e depois elas tomam rumos diferentes. Agora, aqui eu estou postando os capítulos aos poucos para que eu saiba se os leitores da "versão antiga" estão achando a fic, e no Spirit eu postei todos os oito capítulos existentes de uma vez, mas lá eu não tinha leitores.
Muito obrigada Doladoavesso, Suellem R e Giovanna, que são as pessoas bonitas que favoritaram a história.

Beijos e até o próximo capítulo!!!