Finding You escrita por Kureha


Capítulo 8
É para Isso que Estamos Aqui


Notas iniciais do capítulo

Peço infinitas desculpas pela demora >.< Fiquei sem pc, e juro q tentei postar pelo celular, mas não dá! TT-TT (campanha para o Nyah Fanfiction ter um app para celular, quem apoia? o/) Em, compensação, vou postar 2 caps só hoje! :3 Espero que gostem.



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Kristoff

Os dias nunca foram tão escuros em Arendelle. As pessoas estavam tristes, apreensivas, com medo, dentro e fora do castelo.

"Será que a princesa vai voltar?" "Será que o rei vai continuar vivo até o casamento?" "Será que a princesa ainda está viva?" "Será que o príncipe Frost abandonou a viagem e Elsa nunca mais vai voltar?" "Será que vão vir nos atacar?" eram umas das milhares de perguntas que sussurravam por aí. É incrível como essas pessoas têm tanta criatividade para imaginar tragédias, da pior forma possível.

Só faziam dois dias desde que o povo conheceu finalmente seu futuro rei e já estavam o chamando de "príncipe". Talvez ele seja. Além do mais, ele é noivo de uma princesa. Mas... É estranho... Não consigo vê-lo como um príncipe.

Ele é estranho. Usa roupas estranhas, tem costumes estranhos e come comidas estranhas. Viajei para San Fransokyo uma vez com Anna e comemos hambúrguer pela primeira vez. Odiei! Já minha acompanhante, passou a querer comer toda semana.

Diferente de Anna, eu provavelmente nunca me adaptaria ao clima de uma cidade grande como a do Frost. Pessoas estressadas, barulho para todo lado, poluição (muita poluição!) e... hambúrgueres! Aagh!!

Sempre penso em falar para ela "pare de comer isso! Eles engordam e vão te deixar doente" mas não quero magoá-la. Ela fica tão feliz...

Essa foi a primeira vez que implorei que ela comesse um. Depois das minhas inúmeras tentativas de reanimá-la terem falhado, apelei para o que eu mais odeio.

–Por favor, Anna - pedi - só uma mordida.

– Já disse que não quero, Kristoff! Só me deixa em paz. Quero ficar sozinha...

Era triste ver uma pessoa tão alegre e feliz naquele estado. Espero que Jack chegue logo...

As criadas trouxeram um vestido que elas acabaram de costurar, esperando que ele pudesse animá-la. Mas, como esperado, não funcionou. O rei entrou logo depois numa cadeira de rodas, junto com seu filho caçula Olaf, de dez anos. Fiz uma reverência e baguncei gentilmente o cabelo do caçulinha da família, como eu fazia toda vez que nos víamos.

É estranho. Apesar do rei ter cabelo castanho, a rainha era ruiva, Anna é ruiva, Olaf também… Por que só Elsa é diferente? Talvez ela prefira ser loira e descolore frequentemente, mas mesmo assim… Não me lembro de ter visto a raiz dela crescer de outra cor e, de tantos produtos químicos, não era para ele estar despencando? E o povo? Eles (nós, na verdade) não ficariam irritados em saber que a princesa prefere não se parecer com ao resto da família real? Será que é por isso que a mesma fica isolada sempre? É, eu acho que nunca vou entender as mulheres…

O rei segurou a mão da filha, que já estava de pé. Depois de um longo olhar entre os dois, ela desatou a chorar. Olaf se juntou a eles e compartilharam sua dor com um silencioso e confortável (imagino) abraço coletivo. Sem querer atrapalhá-los, saí do quarto deixando-os à sós. Era assunto de família, e eu não fazia parte dela. Não ainda.

Anna só tem 16 anos (e eu 17), mas quando ela fizer 18, a primeira coisa que vou fazer é pedí-la em casamento. Eu amo demais aquela garota… Não me importo se ela é princesa ou não, eu só quero tê-la ao meu lado para o resto da vida! “Ok, ok, Kristoff. Mas isso não importa agora.”

Passando pelo corredor, vi a Princesa Jujuba sozinha na sala de estar, terminando de fechar o envelope de uma carta.

– Recebeu cartas do seu reino, alteza?

– Oh, não. Eu mesma estava escrevendo uma. Para o Finn.

– Sei, aquele rapaz que foi atrás da Elsa junto com Frost e os outros?

– Sim, ele mesmo. Acredito que eles já estejam chegando ao Reino de Fogo.

Jujuba parecia acabada. Estava com os olhos sonolentos e olheiras abaixo deles, o que revelava que ela provavelmente passara a noite toda sentada ali, escrevendo aquela carta. Seu vestido rosa estava amarrotado e seu cabelo (rosa também) todo despenteado. Mas não a culpo. Além do mais, eu também não consegui dormir direito naquela noite.

Anna pediu que eu ficasse com ela durante a noite. Ela estava com medo, eu não pude dizer não. Dormimos de conchinha (juro que não aconteceu nada além disso!!), mas apesar da cama super confortável do quarto dela, não dava pra dormir ouvindo-a chorar baixinho à cada cinco minutos. A única coisa que eu podia fazer era abraçá-la forte e sussurrar: “Vai ficar tudo bem”, mesmo sabendo que poderia não ficar.

– É Kristopher, não é? - disse a princesa de cabelo rosa, me tirando dos meus pensamentos.

– “Kristoff”.

– Kristoff, pode me fazer um favor?

– Claro, alteza.

– Pretendo voltar ao meu reino em breve, mas avise ao rei que pode contar comigo para o que precisar - ela se levantou - Tome cuidado. Eles precisam de você.

Olhei de relance para a janela atrás dela por acaso e, de repente, vi uma nuvem negra cobrir o céu. São… Flechas?!?!

– Mas o que…?!

Um guarda adentrou correndo e gritando:

– Senhor - disse ele, ofegante - estamos sendo atacados!

Droga! Droga! Droga!

Eu não estava no comando, mas tinha que tomar uma atitude.

– Mande quantos guardas forem necessários tomarem conta do quarto da Anna! Ela, o rei e Olaf estão lá. Princesa Jujuba, pode ficar lá com eles? Ficará mais segura.

O guarda disse que mandou todos os que estavam no castelo irem até uns porões secretos que foram construídos especialmente para a segurança da família real em ataques rebeldes, e pediu que eu e a princesa o seguíssemos até lá. Pedi à Jujuba que fosse, pela segurança dela, mas eu não iria.

– Ah, mais uma coisa - falei, já saindo da sala - Tem uma armadura sobrando pra mim?

Jack

– Frost?! - disse a estranha, assim que nos viu - Nossa, quanto tempo! Como vai o Abraham?

– Alteza! O que faz em Ooo? Meu irmão está bem, e seu reino?

– Estão bem. Eu estava cavalgando por aqui, mas o Angus se assustou com uma aranha e me derrubou.

– Angus... É aquele seu cavalo, não é?

– É sim. Ele...

– PERAE! - interrompeu Hiro, que até o momento só observava a conversa - Vocês se conhecem de onde?!

Ele fica meio emburrado quando é deixado no vácuo.

– Deixa eu apresentar - comecei - Hiro, essa é Merida, primogênita do Rei de "". Não fica muito longe daqui.

– Isso aí. Nós nos conhecemos no meu noivado, há um ano atrás. - concluiu ela.

Ao contrário de mim, meu amigo asiático estava sem palavras:

– J-Jack?!?! Você foi noivo e não me contou?! E Elsa? Em que mundo eu estou que não to sabendo de nada, meu Deus!!

– Hahahaha, calma, Hiro-kun! - intervi, antes que ele infartasse - Lembra do meu irmão do meio, o Abraham? Ele era o noivo dela.

– Também não me lembro dele ter se casado.

– Bom, na verdade ele era um dos noivos - era a vez de Merida intervir - Minha mae queria que eu escolhesse um marido, então selecionou 3 noivos. Mas acabei não escolhendo nenhum e cancelei o casamento.

– Então... Você é lésbica? Alteza...

– Não, só não queria me casar. Eu só tinha 15 anos. Prefiro curtir a vida!

Depois de um tempo conversando, Merida começou a insistir que queria lutar conosco. A princípio, eu neguei. Não queria colocá-la em risco. Mas de tanto implorar, acabei dizendo que podia, contando que ela não se arriscasse muito. Hiro ficou a maior parte do tempo em silêncio.

Saímos todos da barraca e continuamos a viagem, desta vez, com Merida ao nosso lado. Ela ficou lá no meio conversando com GoGo, enquanto eu fui falar com Hiro.

– Você gostou dela, não foi?

– Eu? De onde você tirou essa ideia?

– Ah, não minta. Você não pára de olhar pra ela - sussurrei, esperando que ninguém tenha ouvido.

– E-eu... Ah, ela é bonita.

– Hahaha, sabia!

Há essa hora, já tínhamos entrado na floresta, porém distante da estrada.

– Jack! - ouvi alguém me chamando.

Quando me virei, vi Finn e Jake vindo em minha direção. O garoto foi o primeiro a falar:

– Queríamos falar com você. O que iremos fazer quando chegarmos ao Reino Gelado? Atacar direto? Não estamos muito longe de lá.

– Hum... Talvez fosse melhor apenas conversar.

Silêncio.

– Conversar?! - disse ele - Majestade, você entende que o Rei Gelado é louco?

– Mas talvez ele só queira uma recompensa. Vamos negociar com ele e ver o quanto ele quer por Elsa.

– Jack, entenda. Ele não quer nada em troca dela. Ele nunca vai querer devolvê-la. Ele só quer casar com ela.

– É por isso que viemos falar com você - continuou Jake, o cachorro falante - Se continuarmos com esse ritmo, podemos chegar tarde. Eu e Finn podemos ir na frente e abrir caminho. Posso ir mais rápido do que qualquer um.

Vi o mesmo fazendo uma gravata borboleta só com sua pele na igreja, no dia do casamento. Não faço a menor ideia de como ele fez isso, mas talvez ele consiga fazer uma mochila a jato. De repente me deu uma vontade de ver isso. Pensei um pouco, e respondi:

– É uma boa ideia, mas ainda tenho a impressão de que apenas conversar seria a melhor opção. Será que você poderia me levar direto ao castelo dele? Vou manter contato com Hiro pelo celular se alguma coisa acontecer.

Escutei algumas pessoas cochichando "Celular? Que diabos é isso?!". Foi quando eu lembrei que estou lidando com pessoas totalmente diferentes das que eu estou acostumado. Mostrei meu celular (que estava com a bateria quase no zero. Tenho que economizar) para eles e Hiro e GoGo mostraram os seus.

– Está pronto? Pode subir - disse Jake.

Sentei em cima dele, me sentindo um pouco incomodado.

– Não estou te machucando? Eu sou meio pesado.

– Hahaha, imagina!

– Tem certez...AAAAAAHHGG@TG$!!!

De repente, o cão falante aumentou seu tamanho em dez vezes e começou a correr sobre a floresta. Sim, correr sobre a floresta. No meio do susto eu quase caí, mas ele me segurou e me colocou dentro de uma bolsa que moldou com sua barriga, como se fosse uma mamãe canguru.

– J-Jake... - tentei falar, com dificuldade. Não sabia que um cachorro correndo se sacudia tanto - eu queria saber por que o Rei Gelado quer tanto se casar com Elsa.

– Ele quer se casar com qualquer princesa.

– Mas ele não é rei? Não tem nenhuma princesa que o queira? Existem tantas por aí...

– Ele é louco, majestade. Se sua noiva se casar com ele, ela vai ser tratada pior do que uma escrava. A vida dela vai ser horrível. Sei disso porque já aconteceu uma vez.

– Então ele já se casou antes?

– Já... - respondeu, de cabeça baixa - Eles tinham oito filhos. Dizem que ela morreu de tristeza e ele ficou mais louco do que já era. Colocou a culpa nos filhos, dizendo que eram eles que não alegravam-na e os transformou em pinguins.

– Isso... É...

– É horrível, eu sei. Mas nós vamos resgatar Elsa. É para isso que estamos aqui, não é?

Sim, é para isso que estamos aqui. À cada dia que passa, o Rei Gelado fica mais esdrúxulo do meu ponto de vista. Talvez tenha sido uma ideia melhor ter ouvido Finn e ficado com o grupo...

Não! Já cheguei até aqui, não vou voltar atrás. Aguente firme, Elsa. Estamos quase lá!


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Notas finais do capítulo

No dia 28 (ou foi outro dia? Sla, não lembro huhu) eu fui ao cinema ver Cinderella e assisti aquele curta do Frozen (na vdd eu so fui p assistir o curta msm hahahah :3)... e gnt



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