My Remedy-Percabeth escrita por Smiling Cat


Capítulo 4
Capitulo 3- Razão de viver = Sorvetes.


Notas iniciais do capítulo

CAPITULO NOVO, ALELUIA!
Primeiramente eu quero pedir desculpas porque acho que dessa vez eu demorei mais, porém eu tenho alguns motivos. Alguns são meia bocas, outros são motivos reais. Vou explicar, então se você não quiser saber pule para onde escrito ENTÃO grandão assim.
Meu avô estava doente. Ele estava com câncer, no pâncreas e dai ele veio passar uns dias aqui porque ele morava sozinho e tals, isso foi acho que no inicio de junho. Antes disso, eu estava realmente sem tempo, e minha mãe não parava em casa por conta do meu avô. Quando ele veio, ele ficou no meu quarto e eu fui dormir no do meu irmão. Meu computador fica no meu quarto e naquele tempo o computador do meu irmão estava quebrado. Dai ele foi internado e tals, e eu entrei em semana de provas. Quando eu estava no sexto ano, eu tinha notas realmente muito boas, do tipo nove e dez, e minha mãe acha que eu vou supeeer inteligente, então ela não aceita menos do que oito, isso faz com que eu tenha que estudar bastante, mas existem matérias (história, química, física...) que não entram na minha cabeça (é a vida kkk). Dai eu também fiquei de recuperação em educação física kkkk e tive que ir em jogos de vôlei (minha mãe é arbitra) e tive que anotar tudo o que acontecia -_-. Bom, meu avô, nesse período, chegou a falecer, e o clima não estava muito legal para ninguém, então dei uma pausinha. Depois eu até tive tempo para escrever, mas esse tempo eu usei para escrever os textos de produção de texto. Tem umas historias fofinhas, tipo uma que é um romance impossível entre um demônio e um anjo, se quiserem eu posto ^__^ . Foi isso. Eu demorei, mas acho que o próximo sai mais rápido. Ah, e eu também estou trabalhando em uma short de Percabeth, e uma de lobisomens *o*.
ENTÃO.
Esse capitulo está meio pequeno, maaaaaaaas eu prometo que o outro vai ser maior. Outra coisa, me perguntaram quando o Percy e a Annie vão ficar juntos. Então, vai demorar um pouco porque, cara, eles se conheciam, mas se separaram por anos. Quando ele voltou os dois mudaram muito, é como se eles fossem estranhos conhecidos, e eu nunca tive experiência em namoros, mas tenho certeza que não três dias depois que você "conhece" a pessoa que você vai começar a namorar ela kkkkkk, então se alguém espera isso, tenha um pouco de paciência por favor kkkkkk.
PRA QUEM LÊ A FIC MY GIRL:
EU NÃO ABANDONEI ELA! Eu tenho uma preguiça enorme de escrever ela porque é muita coisa, mas o próximo capitulo está chegando! AH, e me perguntam assim também: Por que o nome é My Girl se fala de mistério e perseguição? O prólogo não tem muito haver com o que acontece... Então sobre isso... Vocês vão entender um pouco o por que do nome no próximo capitulo, eu acho. E o prólogo tem haver sim, eu ainda não cheguei no capitulo que vai fazer um pouco de mais sentido.



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Alguns pressentem a chuva; outros se contentam em molhar-se. Já ouvi pessoas dizerem algo como: Se a tempestade não passar, aprenda a dançar na chuva. Às vezes sinto inveja das pessoas que exercem esse pensamento, mas então eu me lembro de que tenho um também: Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Algumas pessoas não gostam de chuva, já eu acho-a necessária. Para mim ela serve de equilíbrio entre os dias de calores e os dias de frios, pois tudo pode estar ótimo ou pode estar péssimo, mas se você reparar, tudo sempre voltará a ficar na média.
O dia hoje está tão frio que quando eu chego perto da janela, fechada, posso sentir minha pele congelando, fazendo-me sentir como a Anna, no final do filme Frozen. Tudo o que eu pretendia fazer hoje era ficar perto da lareira olhando para a enorme janela de minha sala de estar. Olhando a chuva cair, desejando que não estivesse tão frio e que fosse possível sair de casa e me molhar inteira, esquecer-me dos meus problemas, dançar e cantar com um guarda chuva perto do poste, como no clássico Dançando na Chuva.
— Annabeth? — chamou minha mãe. — Está aí na sala? Pode vir aqui um segundo? — minha mãe estava me chamando. Meu plano para hoje foi por água abaixo, hora de subir e fingir que não escutei.
Conforme subia as escadas, devagar para que o Boy não viesse atrás de mim, escutava minha mãe me chamando. Eu não vou descer de novo e escutar as palhaçadas que ela tem para falar; e eu também não sou muito de ajudar. Vou fazer o que faço de melhor: ficar quieta em meu canto, fingindo que nada aconteceu.
Joguei-me em minha cama bagunçada. Parece que depois que você já acordou, a cama fica mais confortável. Meu quarto estava tão aconchegante. Era impossível sentir frio ali. O cheiro que meu quarto tinha era único. Bom, talvez não seja, mas até hoje eu não descobri ninguém que jogue perfume canino no quarto. Eu admito que não gostava quando as pessoas me chamavam de estranha, mas uma coisa eu não posso negar: eu sou mesmo estranha.
— Annabeth? — minha mãe apareceu na porta de meu quarto. — Seu pai está no telefone. Ele quer falar com você — seu semblante parecia sério.
Bufei. Meu pai não havia me ligado desde o dia em que ele nos abandonou.
— Não quero falar com ele. Mande-o ir conversar com a família dele — disse, de forma fria.
Atena suspirou e sentou-se ao meu lado. Era meio sufocante quando eu conversava com ela deitada, então sentei ao seu lado. Ela brincava com os anéis em seus dedos, parecia pensativa. Era como se ela estivesse tentando me dizer alguma coisa.
— Annie, eu gostaria muito que você voltasse a falar e ver seu pai.
— Mãe, ele nos abandonou...
— Não — ela disse com firmeza na voz, surpreendendo-me. — Ele me deixou. Você não sabe da história.
Ajeitei-me melhor na cama e olhei para minha mãe. A história que eu soube foi que ele tinha uma vida dubla e assim que descobrimos minha doença, ele se mandou e foi morar com a outra família.
, então conta — pedi.
A morena coçou a nuca e fechou os olhos por alguns segundos. Ela não iria me contar, conheço os gestos dela. Ela se levantou e seu vestido cinza girou, fazendo com que sua saia batesse em meu rosto. Apesar do frio, minha mãe vestia um vestido sem mangas, com saltos e claro, seus assessórios. ((roupa da Atena))
— Todos temos segredos Annabeth. Sei que você me esconde coisas também, assim como eu também escondo de você.
Tenho de admitir que fiquei surpresa. Será que ela sabia de algo sobre mim? Impossível.

*******

Segurei o telefone com minhas mãos trêmulas. Não sei por que estavam assim. Não sabia exatamente o porquê, talvez fosse nervosismo, pois não falava com ele há tempos, mas eu podia estar zangada também, afinal, de um jeito ou de outro, ele me abandonou.
— Alô? — minha voz saiu despreocupada, como se eu não ligasse para meu pai. Agradeci aos céus por isso.
— Filha? — escutei a voz me meu pai. Faz um tempo, talvez dois anos, mas a voz dele não mudara nada.
Eu estava morrendo de vontade de perguntar como ele estava, ou o que ele fez durante esses anos, mas perguntar isso demonstraria fraqueza de minha parte. Ele não podia simplesmente me ligar do nada e me pedir desculpas. Desculpas são apenas palavras, pelo menos para mim, elas não mudam o que a pessoa fez ou disse.
— Não. Aqui quem fala é a Annabeth. Você seria Frederick Chase, estou certa? O que você quer de minha pessoa? — tentei ser o mais fria possível, acho que deve ter funcionado.
Ouvi uma risada abafada e melancólica.
— Sua mãe não te falou nada, não é? Bem, podemos sair para almoçar no domingo e eu te explico tudo. O que acha?
Meu pai queria almoçar comigo no domingo, se eu aceitasse poderia ser um sinal de que eu estava rendida, porém, agora que eu sei que minha mãe me esconde algo... Tenho que tomar as rédeas desse jogo. Eu vou ganhar, eles vão perder e mais um segredo entra para minha coleção.
— Podemos ir ao Minetta Tavern. Você adorava ir lá — continuou ele.
— Está bom — desliguei o telefone antes mesmo de ele terminar de falar.
Eu iria descobrir esse segredo inútil.
Queria saber a verdade sobre o fim do casamento deles.

*********

Ouvi um barulho em minha janela; como se alguma coisa pesada tivesse batido ali. Olhei para a mesma e vi Percy. Ele segurava um caderno escrito algo que eu não consegui decifrar. Obriguei-me a colocar meus óculos para poder enxergar e acabei lendo: iuqa mev. Claro! O caderno estava de ponta cabeça.
Ri e fiz um gesto com a mão para que Percy virasse o caderno. O moreno demorou um pouco para perceber o que eu queria dizer, mas acabei conseguindo ler direito: vem aqui. Olhei em volta a fim de encontrar um caderno para escrever. Provavelmente eu tinha um em meu closet, mas iria demorar demais, então apenas assenti.
Dirigi-me até meu closet e troquei o meu pijama por uma roupa mais quente ((roupa da Annie)). Enquanto escovava meus dentes, percebi que olhava para um pacote de algodão. Eu precisava comer um. Eu não tinha força física para correr por ai tentando emagrecer e, por mais que eu aguentasse, passar fome não era uma opção. Peguei uma bola de algodão, sem pensar mais um pouco, e fui em direção da cozinha.
Coloquei suco em um copo e mergulhei o algodão. Uma vez, eu li na internet que ingerir algodão fazia mal, mas eu não podia continuar gorda e ridícula pelo resto da minha vida. Não pense, apenas coma; meus pensamentos insistiam, e foi o que eu fiz.

********

— Com qual objetivo você me convida para vir até sua residência? — disse adentrando a mansão da família Jackson.
— Eu teria que ter um motivo em especial? — Percy pergunta, arqueando a sobrancelha direita.
Respiro fundo antes de começar a falar. Entrelaço minhas mãos em minhas costas e continuo a andar em direção a enorme escadaria, do tipo que me fazia lembrar-se do clássico A Bela e a Fera.
— Claro, ao menos que você queira ficar parado me encarando a tarde inteira.
Ele riu pelo nariz e passa a subir as escadas, segurando o corrimão dourado.
— Não seria má ideia, mas, na realidade, eu te chamei aqui para conversar.
— Fiquei decepcionada.
— Pelo o que?
— Achava que iríamos jogar amarelinha.
Percy riu com a minha piada, mas eu continuei com, como diz minha mãe, cara de morta.

*********

— Eu não sei como você vai reagir a isso, mas espero que não se zangue — diz Percy, sentando ao meu lado, em sua cama.
— Você é drogado? — indago, com a voz indiferente.
Olho para ele esperando uma resposta e ele parece surpreso com a minha pergunta. Achei que ele tinha senso de humor. Aquilo fora uma piada, porque toda vez, pelo menos eu acho, que quando alguém diz a você “Eu não sei como você vai reagir a isso” é coisa ruim. Abro um sorriso desajeitado e forçado.
— Foi uma piada.
— Você não é boa com isso.
Desmancho o sorriso e dou de ombros. Ele distancia o seu corpo do meu, fazendo com que seu ombro se desencoste do meu, e se senta na outra ponta da cama com colchas azuis. Acho que ele ficou com medo do meu sorriso, pelo menos agora eu sei o que fazer caso um dia eu for abordada.
— Vou te fazer algumas perguntas — disse decidido. Não dei resposta alguma, apenas olhei para ele como olho para todo mundo: sem expressão. Ele pigarreou e solto a bomba. — Você se mutila?
Sem querer ou pensar antes, soltei uma risada completamente ridícula. Sério que ele iria fazer esse tipo de pergunta? Não, eu nunca me mutilei. Não é porque eu sou depressiva que eu me mutilo, até porque existem vários tipos de depressão. Mas não custava nada me divertir com aquilo.
— Sim.
Ele me olhou surpreso, mas logo desfez essa expressão.
— Já tentou suicídio?
— A última vez foi semana passada.
— Tem alguma outra doença?
— Anorexia.

**********

A cada resposta que eu dava para as perguntas dele, era uma expressão de surpresa misturada com medo. Era engraçado. Até que eu não aguentei mais. Eu ri como nunca tinha rido já fazia anos. E ele apenas me encarava perplexo.
— Eu estou brincando — disse ofegante por conta da risada. — Eu não me mutilo e nem tenho anorexia — desmancho o sorriso e continuo. — Nunca tentei suicídio, mas já pensei nisso, afinal quem nunca pensou em suicídio?
Sem mexer a cabeça ele olha para a direita e depois para a esquerda.
— Bom, eu acho que não é normal as pessoas pensarem em suicídio.
Não era?, dei de ombros. No meu mundo era.
— Por que você pensou em suicídio? — o moreno pergunta, arqueando a sobrancelha.
Como explicar para ele? Não é uma coisa que eu já tenha explicado para alguém. Na verdade isso não estava claro nem para mim. Não era como se eu tivesse pensado em me matar, eu só não enxergava motivo para viver. Encaro a enorme televisão em minha frente.
— Eu... Não exatamente que eu tenha pensado em suicídio — tento explicar. — Só acho que não tem necessidade de viver.
Percy me olha como se eu fosse louca.
— Como assim “não tem necessidade de viver”? — pergunta, indignado. — Annie existe sorvetes.
— E daí?
— E daí que sorvetes são uma ótima razão para viver. Se você morrer, como vai experimentar todos os sabores que existem?
Sorvetes? Eu achava que eu era idiota.
— Você tem sonhos? — olho para ele pedindo por explicações. — Tipo, você não quer ser médica, cantora, estilista, arquiteta, sei lá algo do gênero?
— Quero ser coveiro — respondo brincando, mas sem mesmo mudar minha feição.
Ele pensa por um momento e olha para os lados.
— Foi uma piada de novo? — pergunta apontando o dedo para mim.
Sorrio forçado em resposta, e ele se encolhe um pouco. Depois disso ficou decidido, preciso parar de tentar sorrir. Não quero que meu único amigo tenha medo de mim.
— Mas você...
— Vamos jogar X-box? — pergunto assim que avisto o aparelho, ansiosa para mudar ta de assunto.
— Okay... — o moreno estreita os olhos na minha direção, mas ogo muda de feição. — Qual jogo? — aponta para uma estante de jogos.
— Tem algum do Call of Duty? — pergunto cuidadosamente. Não sabia jogar muitos jogos, mas esse era um dos únicos que eu sabia.
— Mas é claro que sim — disse como se fosse óbvio. — Gosta do avanced warfare?
Balanço a cabeça positivamente. Percy vai até o aparelho e insere o disco.
— Então vamos lá...

***********

— Eu vou pra casa, antes que a chuva volte de novo — digo olhando pela janela.
— Tudo bem.
Nós descemos as escadas e caminhamos até a porta em silêncio. Percy abriu a porta para mim e antes que eu saísse cutucou meu ombro.
— Annie, quer ir a uma lanchonete amanhã? — o olho com um olhar morto. — Sabe, como eu voltei marquei com meus primos e alguns amigos de vê-los amanhã.
— Sabe que não gosto de ver ou conversar com pessoas — lembro-o.
Isso soou meio irônico, porque eu conversava com algumas pessoas e não abominava.
— Eles são legais — insiste.
— Você acha a Hazel legal...
— Ok. Passo na sua casa ás seis — disse cortando minha fala.
Eu o olho torto. Percy não havia perguntado nem se eu queria ou não.
— Eu espero você entrar na sua casa para fechar a porta — escuto a sua voz e começo a andar continuando a olhar torto para ele. — Ah, e nem tente ir contra mim. Se for preciso eu te arrasto para fora de sua casa — ele me olhava sorrindo vitorioso.
Percy era muito irritante.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostam? Odiaram?

Bjs, Cat



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