não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 25
A possessão


Notas iniciais do capítulo

RESUMO: Carrie acaba de descobrir a mente por trás dos atos de Masami, e agora tem de lidar consigo mesma para liderar um plano arriscado de resgate...[...]

*capítulo postado em dia, uhuull!
Tentei caprichar nesse capítulo, pois tinha muita coisa para ser detalhada aqui, então, já sabem, he-he.

espero que gostem, e boa leitura *-*



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Carrie POV

 

Agora as coisas estavam finalmente fazendo um pouco de sentido, pelo menos em parte. Isso explicava o porquê de ela saber tanto de mim, embora ainda ficasse em aberto essa história de favorita, afinal, desde quando que o meu pai sai de mundo em mundo visitando minhas contrapartes? O pior disso é que não tenho tempo de chamar a minha “maninha” para ter uma conversa de família, já que a Penny está em perigo graças a ela.

Darwin: então... Alguém faz idéia do que ta acontecendo? – ele olha para Gumball e para mim.

Gumball: não olhe assim, é a Carrie que está ali dentro, digo, a outra Carrie.

Darwin: então... Tem algo pra falar, Carrie? Por que, sei lá, ela parece conhecer você.

Carrie: Ta esperando que eu diga o quê?Que eu sabia dessa história toda do meu pai? Pois adivinha, to tão perdida nisso quanto você.

Darwin: ok, então... Idéias pra salvar a Penny, pelo menos?

Carrie: bom... Na verdade me veio uma na cabeça, mas é uma idéia arriscada.

Gumball: não importa qual seja, a gente vai fazer! – diz ele, determinado.

Darwin: a gente? Bem, Eu não disse nada, mas é bom saber que você voltou a contar comigo. – ironiza ele, meio que numa hora errada.

Gumball: ta me dizendo o quê, que não ia ajudar?

Darwin: calma, eu tava só..! – interrompo os dois.

Carrie: eu não disse que o plano incluía vocês... –  digo, parando a discussão.

Darwin: calma, como assim, o que pretende fazer? – ele agora parecia preocupado.

Carrie: bem, eu posso tentar possuir a Masami.

Gumball: sério, da pra você fazer isso? – parecia um plano promissor para ele.

Carrie: sim, Mas fazer isso com outro fantasma dentro dela pode ser algo... ruim. – pelo meu tom de voz, eles puderam notar que era algo sério.

Darwin: mas a gente pode chamar a atenção dela!

Carrie: o problema não é ela, eu estou falando é de quando eu estiver dentro de sua mente, essa que será a parte difícil. Serão as duas contra mim, vai ser algo terrível pra minha cabeça lidar, e as histórias que eu escutava sobre esse tipo de coisa, nunca terminaram bem...

Gumball: tá, mas, na pior das hipóteses, o que pode acontecer de ruim?

Carrie: aí que está, eu não sei o que acontece quando dois fantasmas tentam controlar o mesmo corpo, nunca um fantasma saiu de algo assim para dizer como foi! – digo preocupada.

Darwin: ...mesmo assim, você ainda vai arriscar tentar? - diz ele, cabisbaixo, temendo pelo que poderia acontecer.

Carrie: bom... A gente não tem idéia melhor, tem? Agora eu só preciso que chamem a atenção dela... – eu não estava confiante, mais estava determinada.

 A garota nuvem observava a nós três, ao mesmo tempo em que checava o topo da caverna, que continha uma pequena abertura. Estranho a sua ação, e faço os meninos adiantarem o plano, pois com toda certeza ela estava tramando algo.

Masami: se vão perder tanto tempo assim discutindo, então acho que não vou precisar mais desse seu amuleto.— diz ela, olhando fixamente para a fenda no topo da caverna.

 Gumball pega uma pedra próxima a ele e à joga para chamar a atenção dela.

Masami: uma pedra de novo? Acha mesmo que isso vai me machucar?— ela começa a se aproximar dele.

 Darwin, que estava do outro lado da caverna, arremessa outra pedra em direção a ela, deixando- a furiosa.

Me teleporto para trás dela, sem que ela se dê conta, mas antes que eu avance para possuir Masami, uma luz branca bate em meu rosto, que me chama a atenção. Era a fenda que ela tanto olhava, ela dava uma visão direta para o céu da noite, que por conveniência, não estava nublado, e ainda por cima dava para ver um pedaço da lua, que pouco a pouco, iluminava cada vez mais a caverna. Com certeza aquilo não era um bom sinal. Eu tinha que fazer isso o quanto antes, para evitar que ela pusesse o seu plano em prática, seja lá qual fosse esse plano.

Masami: já chega, isso é ridículo!— diz ela, preparando dois tufões para arremessar em Darwin e Gumball. Pelo visto ela ainda não tinha sentido a minha falta.

 Antes que ela pudesse atacar, eu adentro no corpo de Masami e tomo parte do controle dela, fazendo o corpo dela repousar de pé, por um segundo.

Masami: o que é isso, o que pensa que está fazendo aqui?!— diz ela, desesperada, abrindo os olhos de Masami e falando através dela, mas ainda mantendo-a imóvel.

Masami: eu queria muito dizer agora que você é uma idiota, por cair nessa armadilha, mas você sou eu, então, né. — digo, zombando de minha contraparte, tomando dela a posse sobre a voz.

Masami: você também é uma idiota, você faz idéia do que vai acontecer agora, com nós duas aqui dentro?! ­ — diz a contraparte, ainda brigando por espaço no controle da voz.

Darwin: ... Cara, quais dessas vozes bizarras é a Carrie? – diz ele, confuso.

Gumball: bom... as duas, eu acho.

 Estava cada vez mais difícil manter o controle do corpo de Masami, o esforço já conseguia causar dor de cabeça em nós três, embora a outra Carrie ainda parecesse estar firme. Começo a ficar exausta, enquanto a dor de cabeça aumenta cada vez mais. Quando a exaustão chega ao ápice, perco o controle de Masami, e vejo apenas um esbranquiçado tomar conta do meu campo de visão.

??????: Parece cansada, me pergunto quanto tempo você ainda agüenta fazendo isso.— diz ela, com a voz alterada, mais que eu ainda reconhecia como sendo a “minha”.

Carrie: o que é isso? Por que só enxergo esse branco a minha volta, você me tirou do controle da visão dela? – digo nervosa.

#Carrie: seria interessante se fosse, mas não. — estava difícil identificar de onde a voz vinha.

 Estendo as minhas mãos e às enxergo, provando a mim mesma que eu estava em algum lugar físico, e não sob controle de um corpo.

#Carrie: bem vinda à mente da Masami.— desta vez reconheço a voz vinda de longe.

Carrie: porque eu... Estou aqui. – pauso devido a dor de cabeça e a exaustão, que se mantinham.

#Carrie: é o que acontece quando mais de uma mente tenta controlar um corpo, elas são enviadas para o campo de consciência.— a voz se aproxima lentamente.

Carrie: campo de quê?? Espera, vamos ficar presas aqui dentro? –tento reconhecer a direção de onde vinha a voz, mas era difícil me manter focada, a pressão que eu estava sentido era enorme.

#Carrie: sim, pelo menos até que... — ela não completa a frase, e fica em silêncio.

 Sinto que algo se aproxima, viro de costas e olho para todas as direções, tentando encontrá-la, mas nada vejo além de um vasto campo vazio, pelo menos até eu voltar para onde eu estava e vê-la na minha frente, que me surpreende com um susto, me fazendo ir para o chão.

#Carrie: ... reste apenas uma para tomar conta do corpo!— completa ela, se aproximando de mim.

 Ela caminha devagar em minha direção, me encarando com insanidade no olhar, pronta para acabar comigo. Eu apenas a observo, parada, sem reação, tentando compreender as ações dela, que até agora eu não conseguia assimilá-las a minha personalidade. Essa loucura não batia com a Carrie que eu julgava ser, esses olhos verdes só espelhavam um ódio sem sentido sobre mim. calma aí ... Esses... Esses... Olhos... Verdes?!

#Carrie: do jeito que está exausta, só preciso esperar você apagar e...— começo a rir, o que a interrompe e a deixa confusa.

#Carrie: hein? Por que está rindo? — diz ela, sem entender.

Carrie: como eu... Não notei os olhos verdes. –apoio meus braços no chão para me levantar, com dificuldade e com minha habilidade de levitar comprometida.

#Carrie: meus olhos?— ela ainda não tinha entendido, e estava recuando.

Carrie: agora esse seu jeito até que faz um pouco de sentido. – me levanto, cambaleando, mais ainda consciente.

#Carrie: do que está falando? — eu retorno a rir, e ela volta a ficar com raiva.

Carrie: onde eu fui me meter? Primeiro, conheci uma Carrie gótica, depois, um projeto de Carrie chamada Catty, e agora, uma versão desiludida de mim. – digo, zombando dela.

#Carrie: desiludida?! — ela se irrita.

Carrie: logo eu, que fui cair nessa. Quer dizer, eu não, você. – digo com ironia para ela, o que a deixa irada.

#Carrie: está brincando com a minha cara, não é? ­ - ela estava ficando mais insana.

Carrie: A última coisa que eu imaginaria vinda de mim, seria sentir ciúmes. – desta vez ela que recua, enquanto eu a intimido, dando um passo a frente.

#Carrie: c-ciúmes?— sua insanidade dá lugar a confusão.

Carrie: qual é, eu sei que está ai dentro, não se faça de idiota! – digo, olhando nos fundos dos olhos verdes dela.

#Carrie: dentro?  Do que... Ai, minha cabeça!— ela se “ajoelha no chão” e coloca as mãos sobre a testa.

 Dou mais um passo a frente e minha visão volta a embaçar, devido ao desgaste, mas eu não podia desistir a essa altura. Continuo me aproximando dela, lhe intimidando, com a expectativa de que eu só precisava insistir mais um pouco para que a mente dela entrasse em colapso.

Carrie: parece que não tem tanto controle assim sobre ela, não é mesmo?

#Carrie: eu tenho controle sobre ela! Quer dizer, sobre mim!— a mente dela parecia estar em um caos maior e bem mais complexo do que o de Masami.

Carrie: não... Não tem, você só está sendo covarde como sempre, se aproveitando... Do que ela passou. – digo, pausando devido a dor de cabeça, que voltara.

#Carrie: eu estou... Não está... Eu quero... Não... Não quero... rgrgrh! Saia da minha cabeça!!! — ela grita alto, com as mãos cobrindo o rosto.

Carrie: viu... Eu disse que... Não estava...  – não consigo pronunciar as últimas palavras, mas sinto um alívio mesmo assim.

 O meu corpo acaba ignorando a dor de cabeça, enquanto pouco a pouco eu perco a consciência, até o ponto em que meu corpo para de levitar, e começo a cair lentamente, até tocar o chão. Sem mais forças para me mexer e com minha visão voltando a enturvar, consigo apenas ver minha contraparte aos gritos, enlouquecendo, ao tempo em que mais uma vez um esbranquiçado toma conta da cena.

 Acho que agora tudo havia acabado, embora ainda não estivesse claro para mim se eu tinha conseguido cumprir meu objetivo, ou se eu estava derrotada. Mas pelo menos, de um jeito ou de outro, eu podia dizer que... Tentei.

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Carrie, a fantasma que mais se assusta do que assusta...

*comenta o que gostou para dar aquele ánimo, he-he.



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