Before - League of Legends II escrita por Ricardo Oliveira


Capítulo 14
Kristofer - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Por motivos de força maior, Before - League of Legends II volta dia 10 de julho.



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– E-Eu t-também… - Gaguejei baixo, espumando sangue pela boca. Sivir se aproximou para ouvir, com as duas mãos segurando a faca cravada em mim. Poucos centímetros nos separavam. – Eu também sou muito bom em mentiras!


Exclamei, dando-lhe uma rasteira lateral enquanto ela girava impotente no próprio eixo, erguida ao ar. Pus a mão no bolso para retirar um pequeno trapo branco. Enrolei-o ao redor do meu tronco, cobrindo a ferida, que parou de sangrar com uma leve ardência. “Certo, a bandana de mercúrio funciona”, pensei comigo mesmo, enquanto olhava Sivir se levantando.


Sem mais conversa ela tentou me socar com tanta força que eu jurava que, se aquele soco acertasse uma parede de pedra, a parede quebraria antes de sua mão. Desviei o segundo soco utilizando o meu antebraço. Ele era rápida e forte, claro que era. Durante o último ano, ela lutara contra diversos oponentes nas partidas da Liga enquanto eu construía Prismas Equilaterais para Pilhas Secas.


Com um rápido saque, ela pegou a sua arma de quatro pontas que alternava suas funções entre bumerangue e arma extremamente mortal. Eu preferiria a primeira, se pudesse escolher. Mal pude me abaixar enquanto sentia a arma levar alguns dos meus fios de cabelo embora. A arma simplesmente deu meia volta, retornando para me atacar pelas costas.


Girando o meu braço, coloquei dois dedos no centro vazio das lâminas de Sivir, segurando a sua lâmina bumerangue antes que ela me atingisse. A corrente elétrica emitida me fez largá-la, caindo ao chão atordoado, como um bebê engatinhando:


– Você não achou que podia pegar nela, achou? – Ela ironizou, rindo. – Reconhecimento isomórfico, aplica duzentos e vinte volts em qualquer um que não seja eu. E, convenhamos, eu sou única.


– Certo, certo. – Arfei, tentando recuperar o fôlego. Minhas mãos tremiam muito, e eu não sabia se era raiva ou o fato de ter sindo eletrocutado. – Você ao menos sabe por que está fazendo isso?


– Oh, eles chegaram. – Ela anunciou, observando os invocadores que se aproximavam, a apenas dois prédios de distância. – Por que eu estou fazendo isso? – Repetiu, me levantando com as duas mãos pela camiseta. E então, subitamente abaixou a voz: - Eles têm olhos em todos os lugares.


Olhei ao redor. Pelo menos três câmeras nos cercavam, sobrevoando os prédios. Olhei de volta para ela, que me deu uma piscadela enquanto deslizava algo pela minha roupa. Dessa vez, ela nem sussurrou, se limitando a imitar as palavras com os lábios: “Me derruba”.


Os invocadores estavam muito próximos para que eu pudesse discutir a questão. Antes do meu punho tocar o rosto dela pela primeira vez desde que nos conhecemos, ela sorriu, como uma criança que fez uma travessura muito boa. As mãos dela me soltaram assim que ela caiu no chão, aparentemente inconsciente.


Abandonei-a, voltando a pular entre telhados. Eu precisava chegar na torre. Tateei minha camisa enquanto corria, até encontrar um pequeno fone de ouvido sem fio. Pluguei-o em um dos meus ouvidos para então ouvir uma voz familiar:


– Testando, testando, bife, batatas, ei, isso tá funcionando?


– Isabel? – Perguntei, mais surpreso do que nunca, se é que isso era possível. – O que você…? Como?


– Noticiário. Você está encrencado, então eu pensei “ele provavelmente vai precisar da minha ajuda”. Porque, afinal, eu sou sua parceira mirim, certo? Eu fui até seus maiores amigos na Liga, eles pareceram satisfeitos em ajudar. – Ela respondeu, quase sem fazer pausas. – Ok então, Brandon Beck, do que você precisa?


– River e Vayne? Elas estão bem? – Indaguei, me aproximando cada vez mais da Torre de Doran.


– Yap! – Ela prometeu, entusiasmada. - Bem, não exatamente. Elas estão lutando bravamente, olha. – Duas projeções de tela irromperam na minha frente, mostrando as lutas de ambas através das câmeras. Anotei mentalmente para mudar meus sistemas de vigilância, Isabel não parecia ter dificuldade para invadi-los. – Elas vão sobreviver.


– Ótimo. – Suspirei, aliviado. – Eu preciso tirar alguém da prisão, você acha que consegue me ajudar?


– Não acho. – Ela respondeu. – Eu sou Isabel Adhit, você é Brandon Beck. Tenho certeza de que nós conseguiremos.


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