Escolhas ruins... consequências piores escrita por Lilian


Capítulo 5
Mudanças...


Notas iniciais do capítulo

Falei que ia voltar ainda esse final de semana. Aê, ontem foi aniversário do RDJ espero que ele tenha muitos aninhos de vida.



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Nos dias que se seguiram ela tentou não pensar nas coisas ruins que rodeava seus pensamentos, mas isso era impossível. Notando o semblante abalado de sua filha, Sara questionou Pepper sobre a verdade e então ela resolveu comunicar não só a sua mãe, mas também a sua família o verdadeiro resultado dos exames, quando a notícia foi recebida houve medo e comoção, mas também houve incentivo de todos que diziam que ela ia vencer as dificuldades que a doença impõe e superar mais esse desafio.

O tempo corria em disparada e para Pepper isso era uma contagem regressiva, as sessões de quimioterapia continuaram e o tratamento para combater a infecção começou, vê-la cabisbaixa era algo rotineiro, mas todos sempre achavam um jeito de ajudá-la. A proximidade da família e de amigos ajudava e muito, mas os pensamentos negativos e os efeitos colaterais do tratamento não, ela tem o nível de estresse sempre elevado, enjoos frequentes, um eterno cansaço e sérios problemas pra conseguir dormir e muitas vezes isso deixava os nervos dela em frangalhos.

– Alexander Thomas Potts Harris! - ela chamou a atenção do menino que não para quieto. Thomas sofre de hiperatividade e lidar com ele é mais quinhentos, foi diagnosticado como hiperativo quando tinha 3 anos, pois a inquietude do menino ia além do que se é normal para uma criança dessa idade. É um menino inteligente, um geniozinho é como os professores o chamam, mas por ter um excesso de energia física e mental muitas vezes ele não consegue se controlar e tanto atrapalha a si mesmo como ao outros.
– Oi, mamãe.
– Meu filho, fique quieto, eu preciso dormir.
– Desculpa, mamãe, vou ficar quietinho. - mas ele não consegue, Pepper, sabe que ele não faz por mal, mas o estresse que lhe corrói mais uma vez chega junto e ela se desmancha em lágrimas. - Não, mamãe, não chora, por favor. - ele se ajoelhou perto do sofá onde Pepper estava deitada e enxugava as lágrimas que caíam. - Eu vou ficar quietinho, mamãe, eu prometo! Não chora, por favor. - por mais que ele pedisse ela não conseguia parar, então ele levantou a cabeça dela, se sentou no sofá e em seguida apoiou a cabeça dela em seu colo. - Vou cantar pra você dormir. Se essa rua, se essa rua fosse minha...- Thomas cantou a música inteira tão devagar quanto ele conseguia ir, quando viu que sua mãe ainda estava acordada ele começou a contar historinhas e aos poucos Pepper foi pegando no sono assim como ele.
– Querida...- Zack se calou quando viu que ela estava dormindo, ele sabia o quão difícil é pra ela dormir então se virou e antes que qualquer um abrisse a boca ele pediu silêncio. - Francesca.
– Sim, Sr. Harris?
– Há quanto tempo eles estão dormindo?
– Cerca de 30 minutos.
– Ele deu muito trabalho?
– Eu ouvi ela brigar com ele quando vim verificar ele estava desse mesmo jeito e cantando pra ela dormir, achei que não deveria atrapalhar e deixei.
– Obrigado, Francesca. O almoço está pronto?
– Sim senhor, já irei servi-lo. - a governanta saiu e ele foi pegar Pepper para que pudesse levá-la para o quarto, ela estava mais leve era evidente a perca de peso e isso também o preocupava, ao deitá-la na cama ela despertou por poucos segundos, mas logo voltou a dormir e ele saiu do quarto.
– Cadê o Alex? Ele acordou? - perguntou ele ao descer.
– Não, eu perguntei a governanta onde era o quarto dele e o levei pra lá. - explicou Arno que veio visitá-los. - Mel arrastou How e a Cici para o jardim. - adiantou ele.
– É típico dela. Obrigado.
– Não precisa agradecer. Como ela está?
– Mais ou menos. Tem dias que ela parece estar bem em outros nem tanto, às vezes ela me afasta, mas eu sempre dou um jeito de me aproximar de novo.
– Tudo isso está sendo muito estressante, não é?
– Mais pra ela do que pra qualquer um de nós, mas ela é a Virginia, ela passa por cima de qualquer coisa e vai passar por cima disso também. Mas como estão as coisas pra você sendo o presidente das Indústrias Stark?
– Tô colocando tudo em ordem, a empresa tá saindo do vermelho o capital tá começando a entrar e as ações estão voltando a subir.
– Mas você não vai passar isso para o seu irmão, vai?
– Você é maluco? Ter todo esse trabalho para depois passar para o Tony é como nadar até a costa e morrer na praia. - eles riram. - Aquele dali nunca mais assume a presidência das indústrias.
– Como presidente da empresa ele é um excelente super herói.
– Isso mesmo.
– Senhor, o almoço está servido e a Mel e os outros convidados já estão lavando as mãos para a refeição.
– Ah, sim, já estamos indo, Francesca. - os dois atravessaram a ampla sala de estar e rumaram para a sala de jantar.
– Seu jardim é adorável, Zack. É tão fresquinho embaixo daquelas árvores que dá vontade de dormir.
– Já dormi lá muitas vezes. É ótimo deitar naquele gramado a noite e observar as estrelas.
– Papai, e a mamãe e o Alex?
– Eles estão dormindo, meu bem, só será nós no almoço de hoje.- o almoço teve muitas conversas, mas nenhuma abordou algum assunto ruim, horas mais tarde Pepper despertou estava bem mais disposta e menos estressada que antes, quando percebeu que tinha visita ela colocou uma peruca ruiva e desceu.
– Arno, Cecília, como vão?
– Bem. E você como vai?
– Estou indo. Gente, esse é o Howard? - perguntou ela ao ver o menino que dormia serenamente no colo de sua mãe.
– Sim.
– Como ele está lindo.
– Genética, Stark, nós fazemos o que pudemos, mas nossa beleza sempre é passado através das gerações. - as mulheres rolaram os olhos e Zack riu.
– Como você é humilde, Arno. - falou Zack.
– Está convivendo muito com o seu irmão. - falou Pepper.
– Pior é que não. - falou Cecília. - Apesar de parecer com o avô às vezes o ego dele é igual ao do pai e consequentemente a do irmão.
– Pense pelo lado bom ao menos ele funciona no ''às vezes'' já o Tony é 24 horas por dia. - argumentou Pepper.
– Olhando por esse lado isso é maravilhoso, não suportaria que meu marido fosse igual ao meu cunhado.
– Como estão as coisas na empresa, Arno?
– Bem. Estou colocando ela nos eixos. Por falar nisso se não for pedir muito eu queria a tua ajuda. É que eu percebi que o jeito como você administrava aquilo era mais simples como Tony passou a comandar, mas como ele saiu desmembrando essa administração eu não sei bem por onde recomeçar.
– Eu te ajudo, mas primeiro deixe-me comer algo por que eu estou faminta. Cecília, se quiser colocar o Howard em um dos quartos de hospedes ou no quarto do Alex fique a vontade... E por falar nele onde ele está?
– Gastando toda aquela energia no jardim junto com a Mel. - ela os deixou na sala e foi a cozinha se servir de algo, estava com muita fome e sem enjoos o que era uma ótima situação pra ela, depois da refeição ela se enfiou no escritório de seu marido com Arno para ajudá-lo com suas dificuldades na empresa.

3 semanas depois, Pepper, saia da sala do médico e caminhava de volta a recepção com o coração na mão, mais uma vez ela viu seu marido tão nervoso quanto ela e igualmente ansioso por uma resposta.

– E então, amor?
– Estou livre da infecção. - ele a abraçou feliz pela a notícia, mas pela tensão ele percebeu que tinha algo mais.
– O que foi?
– Minha cirurgia foi marcada.
– Pra quando?
– Pra daqui a uma semana. - Durante aquela semana ela seguiu a risca as recomendações médicas e fez o máximo pra descontrair e aproveitar o tempo que tinha com os seus amigos e sua família, ela temia que fosse seus últimos dias e temeu ainda mais quando o dia da cirurgia chegou.

♦♦♦

Tony finalmente sairia da reabilitação, ele podia bater o pé e dizer que tudo tinha sido um desperdício de tempo e dinheiro, mas não foi, ele se sentia melhor, se sentia bem consigo mesmo e isso era algo que lhe faltava a um tempo. Ao sair, Rhodes estava a sua espera ele deu um largo sorriso ao ver seu amigo e um demorado abraço quando chegou perto.

– Achei que quem estaria aqui fora seria o Happy ou o Arno.
– Arno está em uma reunião e Happy agora é chefe de segurança da empresa.
– Acho que ele vai se dar bem nessa nova função.
– Segundo Arno as reclamações subiram 400%. - Tony riu. - Mas ele está se saindo bem. E aí, como foi?
– Reflexivo.
– Que bom, eu sinceramente espero que a sua reflexão dure pelo o resto da sua vida.
– Reflexão serve pra quando você está na pior, ou seja, espere eu estar na pior para me ver reflexivo de novo. - Rhodes rolou os olhos. - Mas eu vou tentar não fazer tanta merda.
– Isso é um progresso, creio que é...- o celular de Rhodes tocou e ele prontamente atendeu.- Oi, Amanda... Não, eu vim buscar o Tony... Como ela está? Tá demorando, não é? Não, calma, ela vai sair dessa boazinha você vai ver... Tenta acalmar ele, leva ele pra fora... Não, pera deixa eu falar com ele... Ei, carinha, como você está?... Mas você não pode ficar nervoso tem que ficar tranquilo pra ajudar seu pai, a sua irmã e a sua avó... Olha, se você se comportar direitinho quando eu for aí eu deixo você olhar a armadura por dentro, mas isso vai ser um segredo nosso, fechado?... É isso, aí... Tudo bem e lembre-se tem de ficar tranquilo, tchau... Eu sei... qualquer coisa você me liga, Amanda, tchau.
– É perigoso dirigir e falar ao celular, sabia?
– Coisas piores você já fez ao volante e nunca se preocupou.
– Ponto pra você. Quem é o moribundo? - ele perguntou com graça, mas Rhodes não achou engraçado e o olhou atravessado.
– A Pepper. - ele respondeu por fim.
– Que Pepper? A minha Pepper? - Rhodes aquiesceu. - Mas o que ela tem? O que aconteceu com ela?
– Câncer....
– Câncer? Onde?
– No ovário.
– E como ela está?
– Ela tá sendo submetida a uma cirurgia de risco como é que você acha que ela está, Tony?
– Estou falando da parte física e emocional.
– Ela está abatida, bem mais magra e está usando peruca. Mas eu acho que o que mais pesa é o emocional, ela tá com medo de morrer e deixar o marido e os filhos...
– Filhos?-'' ela já tem um filho um filho meu aliás, então pra quê ela teve outro?'' pensou ele desgostoso com o plural da palavra.
– Sabe, é engraçado, enquanto é só você no mundo você não tá nem aí se vai morrer hoje ou amanhã, mas quando a gente casa e eles aparecem o nosso maior medo é morrer e deixá-los aqui sozinhos em contrapartida nós não queremos que nada de ruim os aconteça e preferimos morrer do quê ver eles partirem primeiro. Zack, me contou que esses dias ela mudou parecia que nem estava doente, vivia sorridente agia normalmente e voltou a interagir com a família.
– Ela quis deixar uma última lembrança caso não resistisse. - constatou Tony. - Quais são as chances, Rhodey?
– 50% de chance de morrer ou viver. - ele esfregou as mãos em seu rosto e suspirou nervoso.
– E o tratamento, Rhodes, foi com um médico bom? Ela tomou os remédios que devia tomar?
– Zack procurou o melhor oncologista do país pra que pudessem tratar dela, mas o câncer já estava um pouco avançado por isso a estimativa meio a meio.
– Ela vai sair dessa ela sempre sai, afinal...
– Ela é a Pepper.
– Isso! Quem está com ela?
– A mãe, o irmão, o marido, os filhos e a Amanda.
– Não sabia que ela conhecia a Amanda.
– Foi ela quem me apresentou a Amanda. Devo boa parte da felicidade da minha vida a Pepper... Pronto, Tony, está entregue. - falou Rhodes ao parar na garagem da mansão.
– Obrigado, Rhodey. Qualquer notícia que você tiver dela me avise.
– Eu aviso.- Tony entrou em casa e respirou aliviado por ver um ambiente tão familiar.
– Bem vindo de volta, Sr. Stark.
– Olá, Jarvis, como foram esses meses sem mim?
– Sem muita atividade, senhor.
– Pois é melhor começar a se reacostumar com muita atividade.
– O que deseja fazer primeiro, senhor?
– Tomar um banho, depois eu vejo o que faço. - Tony subiu jogou suas roupas pelo o quarto e tomou um demorado banho.
– Senhor, o Sr. Stark, acabou de chegar.
– Diga que eu já estou descendo. - minutos depois Tony desceu e encontrou Arno no telefone, sorrindo e visivelmente aliviado.
– Sabia!... Mas vai demorar muito tempo pra ela acordar?... O importante é saber que ela está bem... Tudo bem, Zack... Vá lá acalmá-los. Qualquer coisa me ligue, um abraço, tchau.
– É sobre a Pepper? Ela está bem? - perguntou ansioso.
– A cirurgia terminou e foi um sucesso.
– Que bom. - respirou Tony aliviado. - Mas como ela está?
– Ainda está desacordada, mas Zack ficou de me avisar quando ela acordasse.
– Onde ela está internada, Arno?
– Por que?
– Por que eu quero mandar flores.- Arno lhe deu o endereço e Tony pesquisou floriculturas que tinha por perto, fez uma ligação internacional, pediu suas flores e adicionou um cartão com uma simples mensagem que ele mesmo ditou. " O mundo não seria o mesmo sem você, Pepper, espero que fique melhor logo." pediu para que assinassem seu nome no cartão e em seguida solicitou o envio da flores.
– Vamos almoçar, Tony?
– Não tô muito a fim de sair de casa.
– Não, é aqui mesmo eu trouxe comida tailandesa.
– Achei que almoçaria com a Cecília.
– Hoje ela está cuidando do How.
– O que ele tem?
– Gripe. E então vamos comer?
– Vamos. - os dois irmãos fizeram sua refeição em paz e quando acabaram Arno teve a iniciativa de se levantar e recolher todas as garrafas de bebidas que Tony tinha para que pudesse jogá-las. - Não adianta fazer isso, Arno, eu tenho uma adega aqui embaixo.
– Você sempre dificulta as coisas... Jarvis.
– Sim, Sr. Stark?
– A partir de hoje Tony está proibido de entrar naquela adega. - Tony fez cara feia, mas não contrariou a ordem do irmão.
– Essa história de 12 passos é um pé no saco.
– Tony...
– Mas eu vou continuar cumprindo as metas.- ele completou pra não ouvir um sermão.
– Você vai entrar nos eixos agora, Tony?
– Eu já entrei, Arno, eu já entrei.

♦♦♦

A recuperação de Pepper foi assombrosa, mas parte disso se deve a força de vontade que ela teve após saber que estava livre de tumores sejam eles malignos ou benignos fazendo não só ela, mas como todos de sua família respirarem mais aliviados, com o passar do tempo Pepper recuperou a autoestima e seus cabelos, voltou a trabalhar e passou a fazer partes de campanha contra o câncer seja ele qual fosse. Quase 13 anos se passou e muita coisa aconteceu, perdas de entes queridos, crise conjugal, mudanças, crescimento familiar e profissional, ganho de fios branco como é no caso de Zack e ganho de responsabilidade com é no caso de seus filhos.

Melanie é uma bonita garota de 16 anos que desperta a atenção dos rapazes, é tímida, mas quando se solta se torna uma ótima companhia e às vezes por ser tão tímida faz de tudo para se enturmar e foi assim que acabou entrando em uma grande confusão, para se enturmar novamente com suas amigas, já que ela morava nos Estados Unidos com sua mãe biológica por conta da faculdade, Melanie resolveu ir a uma boate local para se divertir e passou a experimentar as bebidas que lhe ofereciam e como as garotas se juntaram a um grupo de intercambistas americanos acabaram tomando absinto bebida legalmente comercializada se estiver de acordo com os padrões de fabricação, mas como essa era de fabricação caseira e continha grande quantidade de tujona, uma substância psicoativa parecida com o THC, ela acabou ficando sob os efeitos negativos da bebida, o episódio ficou marcado também por uma tentativa de abuso que foi impedida pelo os amigos de Thomas que também estavam no local, tirando-a de lá ela foi levada ao hospital e depois de algumas horas de observação foi liberada para ir embora, ela implorou para que eles não contassem sobre o infame acontecimento aos seus pais, mas eles contaram não só aos pais dela como também para Thomas, o ciumento e protetor irmão que jurou que iria atrás desses rapazes para tirar satisfações.

Thomas, cresceu, tem agora 18 anos e virou um belo rapaz, seus olhos castanhos tão comuns e ao mesmo tempo cativantes atraem garotas que muitas vezes ele não dispensa, sendo filho de quem é ele não fugiu das raízes se formou muito cedo e um de seus cursos foi feito nos Estados Unidos, ele foi considerado o mais jovem formando na área de psicologia criminal e o mais jovem integrante da divisão de análise comportamental do FBI que fica em Quântico, Virginia, sua paixão pela profissão, no entanto, se apagou um pouco quando ele passou a se interessar em geneticismo outro curso que ele concluiu só que dessa vez na Itália, gostou tanto do que aprendeu que logo arranjou um emprego em um dos melhores laboratórios do país e desde então esse é o seu principal foco.

– Tem certeza que vai fazer isso, Tom? - perguntou Giovanni primo e um dos amigos inseparáveis dele.
– Eles drogaram a minha irmã é claro que vou fazer.
– Tom, é melhor conversar. Tudo se resolve no dia...
– Vittorio, eu sei que vocês padres sempre tentam amenizar as coisas, mas eles não iam usar o dialogo com a minha irmã caso o Pietro e o Marco não tivessem impedido. Vocês não precisam ir comigo eu resolvo isso.
– Que é isso somos os três mosqueteiros, lembra? Um por todos e todos por um. Além dos mais sua irmã é minha meia-prima então eu também tenho que acertar as contas com esses caras. Olha, eles tão saindo.
– Gente, isso não é uma boa ideia.
– Fica aí, Vittorio, nós voltamos daqui a pouco. - seguindo os 5 rapazes com o olhar, Thomas e Giovanni viram eles se aproximarem da porta lateral que dá acesso a um beco e sem pensar duas vezes os dois os seguiram. - Ei! - gritou Thomas atraindo a atenção deles.
– Tá falando com a gente?
– Não, tô falando sozinho.
– Vai procurar a tua turma, cara.
– Soube que vocês gostam de absinto caseiro.
– Deve ser o cliente que o teu amigo disse que ia nos encontrar aqui.
– Do que mais você soube?- perguntou um dos integrantes curioso.
– Que vocês gostam de drogar garotas pra depois abusar delas. - falou ele se aproximando. Observando calado, Giovanni pegou uma barra de ferro e ficou a espera do momento da briga.
– Drogar garotos não faria sentido, não acha? - ele riu um coro de risos o acompanhou e Thomas sorriu debochadamente.
– É, não faria. - Giovanni jogou a barra de ferro para Thomas que sem hesitação acertou um deles e com isso se iniciou a briga.

Socos, chutes, voadoras, era uma típica briga de rua com direito a desvantagem, o que ele não contava era que um dos rapazes estivesse armado e que ele apontasse a arma justamente para seu primo, seu primeiro reflexo foi estancar e depois agir, as coisas aconteceram com rapidez, o rapaz estava de costas pra ele e quando ele viu o desfecho que essa história poderia tomar agiu por impulso e pegando a barra de ferro que deu inicio a tudo ele deu um único golpe no pescoço do rapaz quebrando-o de imediato, quando o corpo já sem vida caiu no chão todos pararam, trocaram olhares assustados e assim como crianças que tem medo do monstro do armário correm pra longe do quarto eles correram pra longe dali, cada um pegou um rumo diferente, Thomas nunca achou que pudesse correr tanto e tão rápido quando ele finalmente parou se encostou na parede de um estabelecimento qualquer e tentou se acalmar, mas a recordação do que fez estava fresco em sua mente e ele não conseguia conter a ansiedade que veio de brinde com o pacote da hiperatividade, seu coração tinha um ritmo acelerado, ele suava frio, suas mãos tremiam e nenhuma tentativa de controle de respiração parecia funcionar.

– Moço, moço. - uma mulher o tocou e ele se esquivou. - Você está bem?- perguntou ela ao vê-lo acuado.
– Eu... Eu... Eu tenho crise de ansiedade... Preciso... Preciso ir pra casa.
– Tudo bem, se acalme, eu vou chamar um táxi pra você. Você se lembra onde é sua casa? - Ele assentiu e a mulher ficou ao seu lado até um táxi apontar na esquina, o colocando no veículo ela explicou o pouco que sabia ao motorista e pediu para que o levasse em um hospital caso o endereço que ele desse não existisse ou não fosse o correto, mesmo hesitante pela corrida incerta o motorista o aceitou dentro de seu carro e o levou para o endereço dado e se surpreendeu ao ver a mansão em que o rapaz vivia, agora mais calmo ele conseguia raciocinar melhor e checou seus bolsos a procura do celular, chaves e carteira, os três objetos se encontravam em sua posse e ele respirou aliviado, pagou a corrida e entrou em casa.
– Isso são horas! - Zack falou alto o assustando.
– Pai... Achei que estivesse dormindo.
– Agradeça por que sou eu pois se fosse sua mãe nesse momento você estaria perdendo a orelha. Você tá bem, Alex? Tá meio pálido.
– Tô bem... Mas acho que comi alguma coisa que me fez mal. Vou beber água e vou dormir. Boa noite, pai.
– Boa noite, Alex. - ele falou desconfiado, Thomas caminhou lentamente para a cozinha e Zack permaneceu na sala esperando por ele que estava demorando demais pra voltar.
– Ninguém te viu, né?... Mas eles não sabem nossos nomes... Eu sei que eles podem fazer retrato falado... Mas que merda foi essa que eu...- ele se virou para colocar o copo em cima da pia e deu de cara com Zack visivelmente intrigado. - Te ligo depois, tchau.
– Que história é essa de retrato falado, Alex?
– Que retrato...
– Não venha me enrolar. O que você fez pra que alguém lhe reconheça com um retrato falado?
– Matei um cara.
– Fez o quê?!
– Ele ia atirar no Giovanni, pai, eu não podia deixar então eu bati com uma barra de ferro no pescoço dele e ele morreu. - Zack passou as mãos nervosamente por seus cabelos e passou a andar inquietamente de um lado para o outro.
– Alguém viu?
– Quatro pessoas. - ele bateu a mão em sua testa e respirou fundo pra se acalmar.- Mas esses quatro era da turma dele quando viram o que aconteceu correram.
– Tudo bem. Me conte o que aconteceu. - Thomas relatou a seu pai tudo desde o motivo por ter começado a briga até o momento em que ela chegou ao seu fim.- Nós vamos ter de procurar um advogado. Ligue para seu primo e mande ele contar essa história para o Peter.
– Mas o tio Peter está...
– Agora! - obedecendo a ordem lhe dada ele ligou para seu primo e mandou ele fazer o seu pai disse.

Pouco tempo depois do sol raiá, Peter e seu filho estavam na casa da família de Pepper os quatro estavam em um comum acordo de não contarem nada por enquanto para o resto da família, a possibilidade de legítima defesa seria contestada dando em vista que tudo ocorreu por vingança e como a vítima era estrangeira isso encabeçaria um crime internacional e daria tanto a Thomas quanto a Giovanni uma pena sem precedentes. Minutos depois de Peter ter montado uma defesa e de eles estarem se aprontando para irem a delegacia, Zack recebeu uma ligação que mudou totalmente o rumo das coisas.

– Mudança de planos.
– Como assim, Zack? Se não formos a delegacia...
– Eu sei, Peter, mas temos de mudar os planos.
– E o que você sugere?
– Já está na hora de olhar o negócio da família de perto, Alex. Você e seu primo vão para os Estados Unidos.
– Zack...
– Eu sei o que tô fazendo, Peter, não colocaria nossos filhos em uma enrascada. Pode confiar.
– E quando nós vamos? - perguntou Giovanni.
– Hoje mesmo. Já falei com o Phil ele disse que ia ficar de olho em vocês enquanto estiverem sem nós por perto.
– E a mamãe?
– Darei um jeito. Trate de falar com a Lucrezia também, Peter.
– Ainda não entendi isso, Zack.
– Depois você vai entender. Vá arrumar suas coisas, Alex.
– E o meu empre...
– Dou um jeito em tudo o que precisar, agora, vá! - mais uma vez ele acatou a ordem e subiu para arrumar suas malas, quando desceu seu primo e seu tio não estavam mais, mas em compensação seus pais estavam brigando.
– Como é que você planeja tudo isso e não me comunica, Zachary?!
– Desculpe, você estava tão ocupada com a sua última coleção e nós não quisemos atrapalhar então fomos decidindo entre nós.
– Não tem desculpa. Vocês tinham de ter falado comigo! Como é que você planeja viajar pra participar dos negócios do seu pai e só me avisa no dia, Alexander Thomas Potts Harris?!
– Desculpa, mãe, mas é que eu despertei um grande interesse pelo os negócios do papai e quando ele demonstrou interesse em me repassar isso eu agarrei essa ideia.
– Mas você não disse que ser geneticista era a sua vocação, menino.
– Disse, mas a senhora sabe como sou mundo de interesse como mudo de roupa.
– Amor, isso vai ser um aprendizado pra ele. Olha, ele vai na frente e daqui a alguns dias nós vamos também.
– E por que ele não vai com a gente?
– Por que tá acontecendo umas coisas na empresa que eu quero que ele participe. Isso tudo vai ser dele e da Mel um dia e já que ele demonstrou interesse quero que ele aprenda.
– Meu bebê vai pra longe. - falou derrotada.
– Ah, mãe, não fique assim daqui a alguns dias vocês me encontram lá. Pai, Giovanni está pronto?
– Ele também vai?
– Ele acabou de se formar em Direito e quer estagiar nada melhor do que estagiar na empresa do tio, não acha? Peter e Lucrezia acharam uma ótima ideia.
– Eu não, mas não posso impedir. - desde esse segundo até o momento em que foram levar eles ao hangar onde estava o jatinho, Pepper não parou de abraçá-lo e de dizer que ia sentir saudades e sendo o filho manhoso que é ele adorou a atenção, despedindo-se de seus pais, Thomas e Giovanni embarcaram para as terras do tio Sam sem fazer ideia do que tinha acontecido para que Zack tomasse essa decisão.


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Notas finais do capítulo

Com vocês... Thomas. Ficou aí, né galera? Por que quando eu visualizo o capítulo aparece a foto dele.



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