Stand Down escrita por Juu Mixer


Capítulo 9
Photograph


Notas iniciais do capítulo

Oeeee minha gente maravilhosa!
Quem estava com saudades de mim?!? o/
~ desviando das facas ~
Gente, sou muito jovem pra morrer! Pensa assim, eu demorei, mas se vocês me matarem, não vai ter outra Juu pra continuar a fanfic aqui! Yeeeey! Virei imortal! Ai, brinks!

Então gente! Já faz mais de um mês né? Só pq eu falei que não ia demorar! ME DESCULPEM! SERIO!! É que as aulas começaram e eu nem tive tempo direito pra pensar na fanfic, muita matéria, muitas aulas e muitas provas! Aposto que vocês passam ou passaram por isso também, é bem complicado! E sabemos que sempre a escola vem primeiro! MAS, eu juro! Eu pensava todos os dias em vocês! Já me desculpando por que eu ainda não respondi os reviews, mas juro que irei responder todos amanhã!

MAS AGORA MEU DEUS! Eu estou muito feliz de anunciar que... Tantantantan... STAND DOWN RECEBEU SUA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!! ~ autora piradinha desde o final de julho ~ Maria Mellark Odair, minha linda! Muuuuuuito obrigada pela sua recomendação, fiquei muuuuuuuuito feliz quando eu vi ela na minhas notificações! Não vou mentir hein, tem gente de prova, eu comecei a escrever esse capítulo no momento em que eu me acalmei do meu xilique de autora chorona! Massss, eu demorei mais do que esperava! Milhões de beijos minha leitora maravilhosa! ( Sigam o exemplo dela viu gente, eu deixo! ;) )

E falando de reviews, como já disse, vou responder todos ainda! Mas muuuuito obrigada gente, vocês me orgulharam bastante! Amei cada palavrinha! Vocês são demais!

Então pra compensar esse blá blá blá todo e todo o tempo que eu demorei, aqui está o capítulo de vocês, big enorme e grotesco! Eu, sinceramente, não queria que tivesse ficado tão grande assim, mas fazer o que, não rolou! Ta beeeeeem mel, então preparem os remédios pra diabetes e se possível, saquinhos de sal pra deixar menos doce esse capítulo aqui!

Pra quem tava insistindo pra ter Peetniss... Aqui vai um capítulo especial pra Katniss e pro príncipe Peeta!

Até lá em baixoooooow



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NOTAS INICIAIS IMPORTANTES!!!

Duas e vinte e oito.

Ele não vai se importar se eu chegar dois minutos mais cedo e ficar esperando, não é? Fala sério, por que eu me preocupo se ele vai se importar ou não?

Rolo os olhos quando olho para o horário no meu celular pela trigésima sexta vez. O fato é que, eu não vou chegar adiantada. Estou no meio do campus, olhando para os studios de edição e impaciente. Parece que ninguém nesse campus sabe onde é a sala três de instrumentos. Eu já havia visitado a sala dois, quando estava entediada. Clove disse que tinha ido na sala um para pegar um violão, pra extravasar sua raiva com canções. Mas ninguém nesse inferno de escola, digo isso por que ta um calor horrível, sabe onde é a sala três.

Não vi nenhum monitor nos quinze minutos que estava rodando pelas trilhas de tijolos coloridos.

– Kat?

– Gloss! Ah meu Deus! Você é a minha salvação.

– É, algumas vezes me disseram que pareço um Deus grego, mas ouvir isso de você levanta minha autoestima! - Ele sorri e lhe dou um tapa no braço. - Oww!

– Preciso da sua ajuda!

– Sabia que seu tapa dói? Porra Katniss, dói muito! - Ele diz esfregando o braço.

– Sabe onde fica a sala três de música? - Seguro-o pelos ombros, tive que ficar na ponta dos pés pra fazer isso.

– Ta ficando vermelho! Você é um monstro. Não sei por que ainda falo com você.

– Por que você é meu melhor amigo! - Ele faz uma cara confusa, mas sorri - Ou algo assim. Você sabe onde é ou não?

– Claro que eu sei onde é!

– Então me mostra! Agora!

– Você ainda acha que vou te ajudar depois de quase arrancar meu braço com o seu tapa?

– Fala sério! Você deve ter uma meia tonelada de músculo e vai chorar por causa de um tapinha? Marica!

– Mas doeu...

– Sério?! Ta, eu me viro sem a sua ajuda! - Desvio do grandalhão mas ele logo segura meu braço.

– Ta eu te levo!

– Obrigada, obrigada, obrigada! - Abraço seu braço. Foi bem estranho.

– Se...

– Argh, e eu pensando que você era um amigo legal e por livre e espontânea vontade ia me ajudar.

– Sou legal okay? - Levanto uma sobrancelha e cruzo os braços - Mas eu quero saber o que você vai fazer lá!

– Bem eu... O que as pessoas fazem em uma sala de música? Ótimo, já sabe, agora me leva.

– Criança apressada!

– Bebê chorão!

Nós rimos e começo a segui-lo. O engraçado era que eu não estava nem um pouco longe da sala. Apesar de que, quando nos encontramos, estava quase saindo da AMA de tanto que eu andei.

– Gloss, o que estava fazendo aqui? Digo, quando me encontrou perdida.

– Estava procurando a minha irmã. Ela me mandou mensagem, precisava falar comigo urgente! - Ele dá ênfase na última palavra. - Está entregue.

– Muito obrigada! Te devo uma.

– Só uma? - Ele sorri travesso e eu apenas abro um sorriso. - Minha irmã deve estar pirando agora, tenho que ir. Manda um oi pro Peeta! - Abro a boca quando ele me da as costas.

– Como você...

– Sei mais do que você pensa, girl on fire. Usem camisinha.

– Cala a boca idiota! - Grito enquanto ele se afasta. Ainda tinha um sorriso estampado no rosto.

Me viro para a porta de vidro. Tinha um vilão estampado nela. Pego o celular e vejo o horário.

Duas e trinta e cinco.

Empurro a porta devagar, fazendo-a ranger. A sala era um pouco escura, parece ser antiga. De frente com a porta há um grande balcão, mas ninguém está atrás dele. Na parede, letras em mogno, Artists Mackers Academy estava escrito. Atravesso o balcão e passo por uma das entradas. Há um grande lustre no teto, fazendo a sala ficar um pouco mais iluminada. Vários violões estavam pendurados na parede. Uma grande estante com instrumentos pequenos ficava na parede oposta à janela. Uma grande bateria estava em um suporte redondo no meio da sala. Várias guitarras estavam devidamente colocadas em seus suportes. Amplificadores alinhados ao lado de cada uma e meio a fios embaraçados. Perto de uma grande janela, onde abaixo dela havia um banco, estava um grande piano branco.

Não penso duas vezes em caminhar até ele. Passo os dedos lentamente pelas teclas, fazendo algumas reproduzirem um som suave.

– Atrasada.

Olho para trás e o vejo largado confortavelmente em um puf amarelo, com um violão no colo.

– Pontualidade britânica? - Arrisco.

– Finnick tem uma leve culpa por isso - Ele se levanta e vem até mim - Obrigada por vir.

– E eu deveria perguntar, por que estou aqui? - Cruzo os braços e fico encarando seus olhos azuis brilhantes. Maldito sol que fica batendo nessa carinha de anjo de asa quebrada deixando esse panaca mais gato.

– Paciência, shiu! - Ele aproxima o dedo indicador da boca e me manda ficar quieta.

– Peeta, eu não estou para...

Shiu!

– Ei, não me...

Shiu!

– Não...

Shiiiiu!

– Ah ta bom!

– Vamos ficar pouco tempo aqui Katniss. Não gostou da sala? Deu uma bela olhada nesse piano.

– Ele é lindo! - Olho para o piano e passo a mão pela cauda brilhante.

– Você toca?

– Dou pro gasto.

– Talvez um dia você possa me ensinar, já que nunca me afeiçoei com esse gigante de madeira.

– Talvez um dia... É um belo Bösendorfer 290! Meu pai tinha um desse em casa, mas não tão bonito. As oito oitavas perfeitas e as teclas em marfim e ébanos não danificados. O una corda e sostenuto em perfeitas condições e parecem que nem foram tocados. Um clássico em perfeitas condições, daria minha vida para ter um desse em casa.

– Eu não entendi uma palavra sequer que saiu da sua boca nesse minuto! - Esbraveja rindo - Tirando a última parte, claro. Você tem sorte, já que tem ele em casa agora.

Eu entendi o que ele quis dizer. A AMA é minha casa agora, mesmo que seja difícil aceitar ficar longe da minha família.

– Foi por isso que me chamou? Para ver um piano antigo e ficarmos nos encarando sem motivo nenhum?

– Tira essa carranca, nervosinha. Nossa tarde ainda nem começou! Só preciso pegar o violão e...

– Você toca?

– Dou pro gasto. - Não posso deixar de sorrir da sua cara de bobo.

Há há! Sério Mellark, já pensou que posso ter mais coisas importantes pra fazer e você só esta tomando meu tempo?

– Eu sei que não tem Everdeen, e sei que suas amigas " forçaram " você a vir aqui. Só que nós dois sabemos que você viria de qualquer jeito.

– Eu não sei se te dou um belo tapa por jogar coisas na minha cara ou só saio e não digo nada, isso pode ser torturante, não acha?

– Será uma honra ser torturado por você! - Ele vem se aproximando em passos vacilantes e com um sorriso sacana no rosto.

– Tenho certeza que a Delly deve torturar tão bem quanto eu! - Corro rapidamente para o outro lado do piano, vendo-o grunhir. - Ela sabe que está aqui loiro? Não devia estar apertando a bunda dela?

– Não quero falar sobre isso! - Ele estende um braço em minha direção, apontando - Não agora, tudo tem o seu tempo.

– Menos a minha paciência...

– Você vai ter que me ajudar com umas coisinhas. Prefere o violão ou as caixas?

– Caixas? Vai se mudar? E se for pra bem longe daqui, eu pago até a passagem do avião.

– Sei que você não aquentaria ficar aqui sem mim então, não, não estou de mudança. São só umas coisas que preciso levar para um lugar e você mocinha, vai me ajudar!

– E o que faz você pensar isso?

– Por que gosta de passar o tempo comigo...? - Ele arrisca com um sorriso torto, indo em direção a uma pilha da caixa de papelão vermelhas tampadas.

– Você fuma? Ou adquire alguma droga meio delirante? Por que você é meio retardado. - Me sento no piano e aperto o pedal sostenuto, tocando algumas teclas da área grave pesadamente. - Ah, eu sei quem deve estar delirando agorinha! Conhece uma garota chamada Delly?

– Espera um pouco! - Ele se vira pra mim com uma sobrancelha levantada - Isso tudo é ciúmes?

– Há, agora você que está delirando. Devia maneirar no consumo Mellark, faz mal. - Cantarolo. - Muito mal.

– Você está sim! Agora me diga por que?

– Você é muito estúpido.

– Ciúmes cai muito bem em você Kat!

– Vá se foder, vai! Eu nunca, jamais, sentirei ciúmes de você e daquela biscate. Você faz o que quiser da vida e se transar com aquela arrombada for seu objetivo de vida, eu não tenho nada com isso.

– Então pra que toda essa raiva, Kat? - Ele sussurra meu apelido de forma sensual. Subconsciente da Katniss, você é meu inimigo agora.

– Eu vou embora ta, não tenho motivos pra continuar falando com você.

– Ah você tem sim! Katniss, não seja durona. Todos nós sabemos que você é mole por dentro. Mas eu não vou desistir fácil assim de você, okay? Você prometeu, lembra?

– Eu prometi que viria, não prometi que ficaria.

– Está tudo no mesmo pacote! - O loiro se vira de costas novamente e ergue as caixas.

– Eu te odeio, sabia?

– Não, você nunca irá me odiar! Não se odeia um príncipe, se ama um.

– Princesas idiotas amam príncipes que salvam suas vidas, eu não sou uma delas.

– Eu sei que não. - Ele me lança uma piscadela. - Pode pegar o violão?

– Ele é seu?

– Não, peguei aqui da sala.

– Podemos tirar os instrumentos daqui? Tipo, sem a autorização de alguém?

– Ninguém vem nessa sala. Ele é uma relíquia da AMA, mas quase inútil. Todas as outras salas tem coisas tecnológicas agora, essa aqui é a única de instrumentos puros e mal tocados. Foram comprados pouco tempo antes de substituírem por computadores. Me da uma mãozinha? - Ele indica uma das caixas que está quase caindo em seu rosto.

– Claro. Como sabe de tudo isso? - Coloco a mochila do violão nas costas e pego a caixa.

– Digamos que fiz algumas pesquisas. Vamos. - Ele vai em direção à porta e eu apenas reviro os olhos e o sigo.

Vejo-o colocando a cabeça para fora e olhando para os dois lados.

– Aonde está me levando?

– Depois o curioso sou eu - Ouço sua risada nasal.

– Não é curiosidade, é precaução! Você é meio doido, então vai que me sequestra, me mata e joga meu corpo em um lago.

– O lago não vai servir para isso.

– Então vai me levar para um lago - Não era uma pergunta.

– Curiosidade mata sabia?

– Há várias coisas aqui que estão para serem mortas - Resmungo.

– Vem, carrancuda! - Ele indica com a cabeça.

– Vou me arrepender tanto disso.- Bufo, segurando mais firme a caixa.

Começo a seguir o maluco em passos rápidos, tentando acompanhá-lo. Ele parece sempre atento para ver se tinha alguém vindo. Andamos por uns dez minutos e meus braços imploravam por um descanso. A caixa não estava tão pesada nem o violão, mas andar por morros de grama com peso não é muito legal. Até que Peeta para bruscamente, e eu como estava desatenta, acabo trombando com ele e quase derrubo a caixa.

– Mas o que...

– Estamos quase chegando. Tudo bem ai? - Ele deve ter notado minha cara cansada.

– Ta, tudo ótimo! - Ironizo colocando a caixa vermelha no chão - Eu só estou carregando uma caixa que eu nem sei o que tem dentro e seguindo um estranho que está me lavando pro meio do nada.

– Não sou um estranho - Ele coloca as caixas dele no chão e vem em minha direção rapidamente. Quase dei um grito quando senti sua grande mão em minha cintura, apertando levemente. Ele aproxima seu rosto do meu e como um estímulo, tento ir para trás - Sou seu príncipe.

– Você tem que parar com essa coisa de príncipe! - Digo com raiva quando ele se afasta rindo da minha reação.

– Não vejo motivo para parar! Eu sou seu príncipe.

– Não! Você não é! Parece que você não conhece muito sobre histórias infantis né? Príncipes são lindos, apaixonantes e idiotas! Posso dizer que você só tem uma dessas características!

– Eu sei que sou lindo, obrigado!

– Argh. - como esse garoto consegue ser tão egocêntrico?

– Pare de resmungar, estamos quase chegando! Vem logo.

Solto mais um grunhido e pego a caixa novamente. Começo a segui-lo, que continuava sorrindo. Ele estava andando em direção a algumas pedras grandes, cobertas por cascatas de folhas, e quando pensei que ele iria bater de cara em uma, Peeta atravessou de costas, olhando para mim. Passo pela cascata e entro em uma espécie de túnel de pedra, não muito comprido, chuto ter uns 20 metros de comprimento. Era bem escuro dentro, mas a luz no final deixava o caminho de galhos e folhas mais iluminado.

Ah ótimo, ele está me levanto para a luz do fim do túnel. Penso quando tento acompanhar os seus passos largos.

– Chegamos! - Ele não olha para mim, apenas para frente e com um grande sorriso no rosto. Seus olhos azuis brilhavam de ansiedade quando ele me encarou

A cena que eu via na minha frente era uma das mais bonitas que eu já vi na minha vida toda. Um longo campo de grama seguia até um lago de águas azuis cristalinas, quase tão claras quanto os olhos de Peeta. O grande lago era cercado por altos morros cobertos por grandes pinheiros. Mas o que realmente chamou a minha atenção foi um vagão de trem abandonado.

Ele era alaranjado e parecia em ótimas condições. Como se tivesse sido tirado de um trem que tinha acabado de ser feito. Ele estava quase na beira do lago e duas grandes portas opostas, ficavam no meio, dando para ver o fundo, que era o lago.

Esse desgraçado me trouxe para o paraíso.

– Sabia que ia gostar. - Ele ainda me encara com os olhos brilhantes.

– É... é maravilhoso! Como encontrou esse lugar?

– Um cara entediado, depois de encontrar seu quarto vazio no primeiro dia que veio pra cá, resolveu dar uma volta. Esse mesmo cara andou até onde essa escola permitia e encontrou aquele muro de pedra no outro lado. Então ele resolveu encostar nas rochas, mas acabou caindo dentro do túnel. Talvez você esteja certa, sou um pouco curioso.

– Um pouco? - Ele dá os ombros - Talvez essa curiosidade não mate, não acha?

– Você ainda nem viu a melhor parte! - Ele corre feito uma criança em direção ao vagão. Apenas rio e vou atrás.

Peeta apoia as caixas no chão do vagão e pula a pequena altura que há entre ele e o chão. Ele me estende a mão para me ajudar a subir e eu aceito. Olhar para o lago de ali de cima era mais encantador.

– Eu precisava trazer essas coisas para cá, pra deixar tudo mais aconchegante - A voz de Peeta me assusta. Ele estava abrindo as caixas.

– Vai ser mudar para cá agora? - Comento quando vejo ele tirar um cobertor e duas almofadas da caixa que eu tinha trazido.

– Não quero que falte nada. - Ele sorri olhando para o lago.

– Por que me trouxe aqui? - Começo a perceber os detalhes dentro do vagão. Dois longos bancos de couro preto de frente para o outro e várias prateleiras em cima de cada um, algumas tinha portas.

– Não gostou? - Um semblante de tristeza passou pelos seus lindos olhos azuis.

– Não! Esse lugar é maravilhoso. Um verdadeiro paraíso, mas... - Hesito um pouco - não faz nenhum sentido. Quero dizer, pra que me trazer aqui?

– Eu pensei que ia gostar de conhecer. Mas se está mesmo arrependida, pode ir embora. - Ele volta a tirar as coisas da caixa.

– Não, claro que não estou arrependida. Mas é estranho, sei lá, do nada você quer me trazer pra um lugar afastado, onde ninguém jamais veio. - Tento chamar sua atenção, já que estava de costas para mim - Você não vai me estuprar, vai?

– E você descobriu o meu plano! - Sua risada era gostosa e contagiosa - Eu só queria um lugar pra fugir do mundo, sabe? Ser eu mesmo quando eu quisesse e não ter ninguém pra me julgar. Mas eu pensei que vir para esse lugar sem compartilhar essa beleza toda com alguém não iria ter graça.

– Mas por que eu? - Levanto a cabeça pra tentar entender direito sobre o que tudo isso se tratava, para ver se tinha algum sinal de gozação em seus olhos.

– Por que eu quero ser eu mesmo com você. - Seu olhar é tão penetrante que chega a ser constrangedor.

Eu não consigo tirar alguma coragem pra quebrar esse olhar. Alguma força inexistente me impossibilita de acabar com esse contato visual entre cinza e azul. E ele parecia que também nem fazia menção em tentar. Só consigo desviar quando sinto sua mão tentar pegar a minha. Ele junta sua palma com a minha e levanta as duas ainda encostadas até a altura do ombro. Sinto ainda seus olhos em meu rosto enquanto eu fico olhando nossas mãos, até que ele a entrelaça nossos dedos. E foi aí que eu senti que nada se encaixava mais do que essas duas mãos. Os dedos se abraçavam de forma carinhosa e suave.

Eu to fodida.

– Hum... - Pigarreio para acordar nós dois - O que tem mais nessas caixas? Além de coisas que você roubou das camas.

– Gale nem vai perceber. - Ele dá os ombros.

– Você pegou tudo isso da cama do Gale?

– O cobertor é da cama dele e as almofadas são do Finnick e do Marvel.

– Isso vai dar muita merda! - Rio. Nossas mãos ainda estão entrelaçadas. - Você trouxe muitas coisas pessoais, não acha? - Solto sua mão para abrir uma caixa cheia de fotos.

– É, eu quero que esse seja um lugar que fique minha memórias. Ninguém vai poder tirá-las de mim. - Ele se abaixa ao meu lado, pegando um foto de dois garotinhos com bonés de beisebol.

– Esse é o seu irmão? O " certinho, queridinho e nerd " ? - Faço referencia ao que ele me disse na nossa primeira conversa na lanchonete. Peeta continuava com os mesmo olhos azuis esperançosos e os cabelos loiros querendo sair do boné azul. O outro era moreno e tinha os olhos verdes escuros.

– Nessa época ele era apenas meu irmão Connor. Agora nem sei mais o que é ter um irmão. - Ele diz baixo, segurando firme a foto.

– O que aconteceu de tão ruim assim? - Ele me olha divertido - Que foi? Eu posso falar da minha irmã que tem leucemia e do meu pai falecido e você não pode falar da sua briguinha com o seu irmão?

– Não é tão simples - Ele senta e pega a ponta dos meus dedos para me fazer sentar ao seu lado. - Ta vendo essa foto? - Ele me da uma foto que parecia antiga, dele e do irmão pequenos e cobertos de farinha e com grandes sorrisos.

– Você era tão fofinho! - Faço uma voz infantil e aperto uma das suas bochechas - Literalmente uma das crianças mais fofas que eu já vi.

– Há há! Nós tínhamos 5 e 6 anos e vivíamos na padaria da minha avó. Sempre a ajudávamos com os doces, ou acreditávamos que estávamos ajudando. Ele era meu melhor amigo e sempre dizia que que eu era seu herói. Até que ele mesmo se tornou seu próprio herói. Meio que se tornou um prodígio na escola. Ele era fantástico. - Ele suspira triste e aperto sua mão incentivando-o - Eu não sei, depois disso minha mãe mal se importava comigo, dizia que meu irmão ia salvar o nome da família Mellark. Meu pai sempre me apoiou, principalmente quando disse que queria jogar basquete. Sério, eu me destaquei, mas não foi o suficiente pra ela. Meu irmão depois de um tempo começou a se envolver com drogas... - Ele respirou profundamente - ... minha mãe me culpou por isso. Disse que Connor perdeu a inspiração por minha causa, por que eu não o apoiava. Ela me obrigou a sair dos treinos.

– Não acha que ela foi meio dura com você?

– Ela foi o de menos - Ele me entrega uma foto - Essa foto foi no dia do aniversário do meu pai, faz uns dois anos, Connor não foi por causa de uma "festa na universidade". Mas ele não foi por minha causa. Ele já não falava mais comigo, me odiava. E eu nunca soube a verdadeira razão.

– Eu realmente não sei o que dizer... Sinto muito Peeta. - Digo sincera, afagando suas costas.

– Você não precisa falar nada. Fico feliz de você ter me ouvido. - Ele vira o rosto pra mim e sorri.

– Não foi nada! - Me levanto - Por que não me mostra o que mais tem nessas caixas?

– Não são muitas coisas interessantes, só o necessário. Algumas roupas, o violão e as fotos. - Retiro um caderno grande do fundo - E isso ai...

– São canções? Você compõe?

– Eu tento...

– E desenhos! Meu Deus Peeta, você é um artista! - Começo a folhear o caderno cheio de desenhos feitos a lápis.

– Isso é um exagero.

– Não, não é! Meu Deus, se o Capitol Boys não for pra frente, você já tem um emprego!

– Mas nós sabemos que isso não vai acontecer, não é? - Ele retira o caderno de minhas mãos e pisca. - Capitol Boys vai ser a maior boyband do universo, já ta escrito nas estrelas.

– A única coisa que sai da sua boca que presta é a voz, por que as palavras... é uma decepção Peeta Mellark.

– Digo o mesmo, Katniss Everdeen! - sorri divertido.

Peeta é um cara legal. Ele me faz sorrir involuntariamente. Eu sempre acreditei que garotos só servem para fazer burradas e quebrarem nossos corações. Mas ele não. Ele é um garoto, muito mais que óbvio, ele faz besteiras, mas algo em mim acaba entregando minha alma à ele sem que meu cérebro queira.

Sei o quanto é difícil deixar o passado para trás, ele nunca abandona. Eu sofri muito quando meu pai morreu. Não achava justo que tirassem ele de mim assim, o único homem que eu amava e sabia que seria recíproco em qualquer circunstância foi tirado de mim da forma mais brusca possível. Minha família precisava dele, minha mãe não sabia mais como respirar. Ela se atolou em trabalho por dois anos, me deixando criar a pequena Prim. Amadurecer era a minha única opção. Quando nossa família estava começando a se unir novamente, Prim foi diagnosticada. Eu ainda me pergunto como a vida pode ser tão injusta a esse ponto. Uma luz que apareceu no meu caminho, que me tirava da realidade drástica que passava na minha frente, me abandonou quando as coisas ficaram mais difíceis.

Eu só não queria que algo tão bom quanto Peeta ao meu lado nesse momento, a sua simpatia, o seu carisma, seu sorriso, seus olhos, a sua voz fossem arrancados de mim, como todas as coisas boas que um dia já surgiram na minha vida.

– Por que não mostra uma das suas canções? - tento disfarçar meus pensamentos.

– Claro, mas... - Ele levanta a caixa de fotos - Você vai ter que me ajudar a pendurá-las.

Dou um sorriso preguiçoso e pego algumas fotos para colocar no espaço acima do banco do lado esquerdo. Elas estavam com uma fita dupla face atrás. A maioria delas eram dele com a família, com os avós, com o pai, algumas com sua mãe e apenas três com seu irmão. Eu não me imaginaria perdendo Prim, nem para a morte nem mesmo para uma briga. Mas Peeta parece bem receoso quanto ao irmão, sempre olhando com um pouco de indiferença para as fotos, mas eu sei que ele não o odeia, caso contrário, Connor não estaria em seu pequeno mural.

– Agora só falta uma! - Olho para a caixa vazia e uma expressão confusa surge em meu rosto. Ele abre um grande sorriso e abre outra caixa e tira uma pequena máquina fotográfica, no modelo polaroide, que a foto sai na hora - Esse lugar é nosso, então, vamos oficializar!

– Eu estou morrendo de inveja da sua câmera agora Peeta! - Ele me acompanha na risada. - Você é fantástico - quase me dou um tapa por causa das palavras que saíram sem querer.

Seus olhos brilham como nunca vi antes - Sorria Katniss!

Ele posiciona a câmera em direção ao lago, onde o sol bate em nossos rostos. Ele me puxa pela cintura, deixando nossos quadris colados e uma parte das minhas costas em seu peito. Abro um sorriso até que sinto o fraco flash bater em meus olhos.

A foto sai negra e Peeta a pega e balança. A imagem vai aparecendo aos poucos até que fica totalmente colorida. Eu estava sorrindo olhando diretamente para a câmera, o sol fez com que meu rosto ficasse mais iluminado e meus olhos cinzentos adquirissem um brilho surreal, que eu nunca o vi neles. Peeta não olhava para a câmera durante a foto, ele sorria e olhava para mim. Seus olhos brilhavam em um azul tão cristalino que me fazia querer mergulhar neles.

Essa imagem valia muito mais que mil palavras.

– Eu adorei - Sussurro ainda olhando para foto, sem coragem de olhar para ele.

– Vida.

– Como?

– A legenda para a foto. Vida. Essa é a nossa vida agora.

– Achei ótimo. - Ele pega uma caneta permanente dentro de uma caixa e escreve Vida no espaço em branco abaixo da imagem. Coloca uma fita atrás e colou em seu mural, bem no meio.

– Perfeito! Agora, o que quer fazer? - Ele sorri curioso.

– Não sei... tem alguma coisa interessante pra fazer nesse lugar além de ficar olhando pra essa vista maravilhosa? - brinco, sentando do " meu lado " do vagão.

– Ainda não bolei muitas atividades para nós dois! - Ele dá ênfase no atividades e eu rio - Mas por enquanto vamos só sentar e conversar. - Ele senta do meu lado e passa o braço por cima dos meus ombros. Involuntariamente apoio minha cabeça em seu peito.

Um peito bem musculoso. Consciência cala a boca!

– Então, sobre o que quer conversar senhor Peeta Mellark? - Levanto a cabeça e nossos olhos se encontram.

– Que tal sobre suas futuras musicas?

– Que tal sobre uma tal loira chamada Delly? - tiro seu braço de cima dos meus ombros e sento em cima de uma das minhas pernas, olhando pra ele.

– Você vai ficar me perturbando sobre isso até eu contar, não é? - Ele diz olhando pra frente e rindo.

– Aham!

– Merda! - Ele ri e se vira pra mim - O que você quer saber morena?

– Por que ficou com ela? Quer dizer, você fica com quem quiser mas... ah sei lá! - Ele gargalha - Você mesmo disse que não foi do jeito que eu pensei hoje mais cedo.

– E realmente não foi do jeito que você pensou. Eu não queria ficar com ela, não fui pra festa com essa intenção, na verdade, eu queria ficar com outra garota naquela noite - Ele dá um pequeno sorriso olhando para o banco. Minha barriga gelou - mas não deu muito certo, sabe? Ai depois que eu e os caras nos apresentamos Glimmer, Delly e Finch estavam na escada nos esperando. Glimmer foi pra cima de Cato, e segundo ele, ela disse umas sacanagens no ouvido dele, mas eles só ficaram, nem foram pra cama - Abri os olhos surpresa, Clove vai gostar de saber disso - Finch foi pra cima do Gale, mas ele foi atrás da Madge, acho que você deve ter visto. - Afirmei sorrindo - E Delly estava lá me esperando, Finnick saiu para procurar alguém - Cashmere ou Annie, penso - Marvel foi pra onde Deus quis e só sobramos nós dois. Eu estava indo procurar você e ela me agarrou.

– Ah ela te agarrou? - Começo a rir - Qual é Peeta, ela podia ter te agarrado, mas você não beijou ela tão inocentemente pra um beijo roubado.

– Ué, não podia não retribuir! Tenho uma fama, falou? Não posso estragar um bom moço, e além do mais, gosto de deixar uma boa impressão! - ele pisca de um olho.

– Você é um babaca! - Soco seu braço fracamente enquanto ele gargalha.

Ele ri e me abraça, me prendendo em seu peito - Um babaca que você ama!

– Vai sonhando!

– Por que não ficamos aqui? Pro resto das nossas vidas? Não sentir nossa falta - Ele diz, olhando pra o lago.

– Seria uma boa ideia, se nós não tivéssemos família e amigos que precisam da gente.

– Ninguém precisa de mim. - Prendo minha respiração por um momento, pensando para falar a coisa certa.

– Não ouse falar isso outra vez, loiro.

– Mas é...

– Shiu! Eu preciso do meu príncipe, okay? - Ele ri pelo nariz - Não vamos falar sobre isso, vamos só... viver o momento!

– Tudo bem... - Ele sussurra e joga a cabeça pra trás.

Ficamos ouvindo o som do vento do lado de fora do vagão e eu escutando as batidas de seu coração em seu peito. Sinto minhas pálpebras pesarem e o sono me invadir por completo.

+_+_+

– Hey - Sinto me balançarem - Kat, acorda. Quero te mostrar uma coisa.

Abro os olhos lentamente, vendo os olhos azuis de Peeta me encarando esperançosos - Hum?

– Levanta dorminhoca! - Percebo que estou deitada no banco e Peeta esta agachado na minha frente. No outro banco, há várias folhas de papel espalhadas e lápis. - Olha ali!

Peeta aponta para o lago, onde o sol estava descendo aos pouco, encontrando com as águas e as árvores. As cores espalhadas pelo céus eram de uma maravilha indescritível. Tons de laranja forte perto do sol, laranjas claros se desfazendo em curvas e se transformando em raios rosados e até que então encontrando com o resto de azul do céu.

– É meu momento preferido do dia! - Ele sorri enquanto olhávamos para o sol. - E minha cor preferida também.

– Laranja?

– Sim. E a sua?

– Não acho que tenho uma preferida...

– Não! Impossível! Todos temos uma cor preferida, nem mesmo que seja aquelas que gostamos quando criança. Qual é Katniss, sei que tem uma aí dentro.

– Acho que... que verde - Ele me olha entusiasmado - Que foi? Eu sempre gostei de verde. Não é tão bonito quanto a cor do pôr do sol, mas é a cor que eu via todos os dias quando morava no Brasil. Minha casa era uma no pé de uma serra, com vários campos para correr e gritar.

– E cantar, acredito - Sorrio e concordo, ainda olhando para o lago - Devia ser demais.

– E era... Sinto falta daqueles tempos. Meu pai aqui, minha irmã saudável, minha mãe sorrindo o tempo todo. Queria tanto voltar no tempo - E finalmente tiro coragem para olhar diretamente nos seus olhos.

– Eu também... - Ele sussurra, me encarando profundamente.

Estava quase mergulhando em suas orbes azuis, enquanto raios de sol iluminavam ambos nossos rostos. Sentia nossas respirações se encontrando e desviar esse contato visual não eram nenhuma opção.

E era nesse momento que eu não queria que o tempo voltasse e nem fosse mais rápido. Queria apenas congelar esse momento como uma fotografia, e mantê-la guardada para sempre.

Sentindo como estávamos próximos demais, uma luzinha acendeu em meu subconsciente - que ainda era me amigo nesse momento - e me fez acordar e raciocinar o que estava prestes a acontecer.

Não, não pode e não vai acontecer. Eu não posso.

– Eu acho que já está tarde, preciso voltar para meu quarto - Viro meu rosto rapidamente, nem pensando em como seria grosseria e me levanto, pegando meu celular que estava no banco onde estava dormindo - As meninas devem estar pirando.

– Tudo bem, eu... já está tarde mesmo. Esqueci que você tem três mães muito exigentes que devem estar querendo minha cabeça nesse momento. - Ele ri sem graça, sem esconder a expressão decepcionada. Eu sou uma idiota.

– Você vai ter que lidar com uma morena rabugenta, uma loira curiosa e uma ruiva elétrica. Desejo que toda sorte do mundo esteja do seu lado, Mellark.

– Tendo você do meu lado já é uma grande sorte, Katniss.

Sorrio sem mostrar os dentes e coloco meu celular no bolço do short. Peeta desce do vagão e me ajuda a colocar os pés no chão. Caminhamos silenciosos até meu prédio do dormitório, sem trocar uma palavra é só se ouvia nossas respirações leves. O campus estava pouco agitado, estavam fechando as lanchonetes e os alunos saindo de seus programas da tarde. Peeta se ofereceu para subir comigo. Posso dizer que ficar no elevador com ele, onde só se ouvia uma musiquinha irritante, foi muito constrangedor.

– É aqui! Quarto 74!

– Está entregue. - Ele dá um sorriso de lado e coloca as mãos nos bolsos da calça.

– Não quer entrar um pouco? Provavelmente Annie fez chá e Clove trouxe café pra implicar com ela, sempre temos de sobra.

– Não acho que seja uma boa ideia. - Dou os ombros - Não querendo ser grosso, claro. Mas já está tarde e se me pegarem ai dentro depois da hora estaremos todos em grande problemas. E os caras devem estar achando que eu fui sequestrado ou algo parecido.

Rio um pouco - Para um bad boy, você cumpre muitas regras, Peeta.

– Algumas vezes é necessário, não acha? - Ele dá um de seus milhares de sorrisos e se aproxima de mim, fazendo com que eu encoste na porta. O corredor não ajuda muito, já que ele não é lá muito largo.

– Queria agradecer pelo dia de hoje, foi ótimo!

– Não precisa agradecer, uma hora ou outra você teria que conhecer nosso lugar.

– Nosso?

– Só nosso! - Ele apoia uma das mais na porta, por cima do meu ombro direito. - Obrigada por acreditar em mim e... e me ouvir.

– Não há de que. Estou aqui sempre que precisar.

– Obrigada Niss - Sorrio tristemente. - Algum problema?

– Meu pai me chamava assim.

– Me desculpe, eu não...

– Tudo bem! Eu gosto.

– Eu também. - Ele se aproxima mais seu rosto do meu e me permito fechar os olhos.

Senti um toque singelo de seus lábios em minha bochecha, onde senti logo esquentar pelo fato de ter corado.

Mas como sempre, um momento como esse não se passa despercebido. Sinto que perco o apoio da porta quando já estou no chão, esparramada, olhando para quatro pares de olhos claros.

– Annie!! - Clove e Madge gritam com a ruiva, que está com as mãos cobrindo a boca, assustada.

– Ai meu Deus! Me desculpa Kat!

– Vocês estavam escutando atrás da porta?! - me levanto rapidamente e encaro as três com uma fraca frustração.

– O que?! Claro que não Katniss! - Clove diz de braços cruzados, mas vacilando no sorriso.

– Talvez... - Mad fica vermelha.

– Muito provável... - Ann abraça seus próprios braços.

– Estávamos... - Clove finalmente admite.

– Eu não acredito!

– Eu acho que já vou indo... - Me esqueci por um momento que o loiro de olhos claros ainda estava ali - Obrigada pela companhia, Katniss. Boa noite garotas!

– Espera! - Ele se vira e é surpreendido pelo abraço que lhe dou - Muito obrigada, por tudo!

– Boa noite, Niss. - Ele beija minha testa e sai.

Me volto para as outras três curiosas e cruzo os braços. - Posso saber por que as três estavam fuçando atrás da porta?

– Não antes de nos contar sobre o seu dia, Niss! - Clove pula pra uma das cadeiras, com uma almofada no colo.

– Não vão me ganhar tão facilmente, branquelas! - Resmungo alto.

– Que tal nos contar sobre o seu dia, enquanto comemos uma big gigante pizza de pepperoni? - Mad sugere.

– Okay, me ganharam!


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Notas finais do capítulo

VORRRRRRTEI!
Quem acreditava que as minhas meninas não iam aparecer, se danou bonito, elas não perdem uma pra zoar a Kat... ou Niss né... Hehehehehe

O que acharam minha gente linda?? Muito mel? Muito açúcar? Muito dos dois? Uhuuuul, cumpri minha meta então! Mas eae, curtiram?!? Deixem suas belas opiniões aqui em baixo meus amores, elas são muito importantes para o desenvolvimento da fic!

E LÁ VEM AS PERGUNTAS DA JU!
Quem curte o Gloss?
— Quem acha que a Katniss ta caindo pelo Peeta?
— Quem acha que o Peeta já ta caidinho pela Kat?
— Quem acha que eles deviam ficar juntos logo?
— Quem acha que a Delly é uma rouba beijo muito FDP?
— Quem ama o apelido de Niss? o/
— Quem acha que as meninas são demais?
— Quem ama pizza?? o/
E MAIS IMPORTANTE!
— QUAL É O PRÓXIMO CASAL QUE VOCÊS QUEREM VER DESENROLANDO?

Me respondam essas perguntinhas pessoal! Muito importante! Obrigada pela atenção de todos e
QUEM QUER DINHEIRO???

Bjookas da Juu



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