Stand Down escrita por Juu Mixer


Capítulo 14
Wings


Notas iniciais do capítulo

AI MEU DEUS! Isso é sério?? SIM, ISSO É SÉRIO! A dona Ju voltou depois de exatamente UMA SEMANA! EU MEREÇO PALMAS OU TOCANTINS INTEIRO?!?

Okay, parei!

Mas eu to falando sério pessoal! Quando eu disse que queria voltar o mais rápido possível eu falei seríssimo! Menos a parte que voltaria antes que minhas aulas tivesse começado, já que elas começaram hoje! Que Deus me proteja agora no segundão! Isso aí gente, agora segundo ano do ensino médio botando pra fuder geral! Me desejem sorte! E desejem sorte para si mesmos, por que agora as postagens serão mais difíceis, mas tentarei ser mais pontual do que o ano passado! ~ eu espero! ~

Mas quem aí tá animadasso pro capítulo de hoje?? Eu sei que eu to! Sabem por que??? ~ não Julia, nós não sabemos por que você ainda não contou por que! ~ Então eu vou contar! Eu, sinceramente, de todo o meu coração, adorei esse capítulo! Tanto quanto escrevê-lo, tanto quanto lê-lo! E eu espero mesmo que vocês gostem! To falando sério hein!

Eu quero agradecer as pessoas que tiveram um tempinho para deixarem um comentário no capítulo passado, mas parece que meus apelos não estão funcionando, mas isso a gente conversa lá embaixo! Muuuuito obrigada aos leitores novos que resolveram dar as caras! E aos velhos também né! Amo vocês meus idosos! Mas enfim, eu ainda não tive tempo de responder os comentários pelo simples fato de estar correndo com o capítulo! Mas vou responder logo logo! Prometo!

Anyway, eu espero que vocês gostem do capítulo! Fiz com carinho! E com um balde de mel do lado, se é que vocês me entendem!

Então, a gente se vê lá embaixoooooow!

PS --> Coloquem a música para tocar para ouvirem a voz e acompanharem com a letra! ;)



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Assopro pela quinta vez a mecha de cabelo que escapou do meu coque e insiste em cair em meu olho. Já não basta estar morrendo de cansaço e suando feito uma cabra. Nem sei se cabras suam mas esse não é o ponto. Eu não vou conseguir continuar nem por mais um segundo.

— Eu desisto! - Solto exausta, levantando os braços para o alto.

— Kat...- Mad tenta.

— Não! Nem vem! Vocês não vão conseguir me obrigar a fazer isso! - Aponto para as três que não estavam muito diferentes de mim. Vermelhas feito um tomate. 

— Você estava quase lá! - Ann suspira.

— Não! Eu não estava não! Eu estava quase lá há três horas! Até o Haymitch desistiu de mim, vocês não vão me forçar a nada! - Me jogo dramaticamente no chão de madeira e fecho os olhos. 

Ouço no escuro seus suspiros derrotados. Okay, quando eu disse que eu era péssima quando o assunto era dança, eu menti. Por que eu sou muito pior do eu pensava que era. Eu não tenho conserto. Se nem um dos melhores coreógrafos do país consegue colocar um ritmo no meu corpo, nada vai! 

Essa semana foi extremamente exaustiva. Nós conseguimos escrever nossa canção. Tivemos uma aprovação brilhante do professor Beetee, que nos disse que seria um single que estouraria no mundo todo, caso ele fosse publicado, mas isso não iria acontecer até que saíssemos. A gravamos no dia seguinte da aprovação e agora ela está pronta. E até chegou no momento que eu mais odeio. 

A coreografia.

As meninas insistiram que essa canção deveria ter uma coreografia. Eu gastei argumentos e muita saliva pra tentar convencê-las que a música estava ótima e só nossos vocais estariam de grande tamanho. Mas como sou só uma Katniss contra uma Madge insistente, uma Annie convincente e uma Clove teimosa, eu obviamente ia perder. 

E aqui estamos, desde as duas da tarde, o que resulta agora, seis horas de ensaio. Mad deixou agendada uma das salas de ensaio hoje e avisou Haymitch que era hoje que precisaríamos da aula. Não foi a melhor coisa que fizemos. Pra mim, no caso, por que foi um dos piores dias da minha vida. Segundo o belíssimo professor, a música era ótima. Bem, foi o um dos dois elogios que recebi dele. Depois só vieram esculachos. 

Ele realmente gostou da canção, mas disse não teríamos muito tempo para uma coreografia muito trabalhada. Dei graças aos céus quando disse isso. Mas não adiantou muito. Era uma canção cansativa vocalmente, então ele fez o mínimo de movimentos que nos matassem antes do fim dela. Mas esse mínimo para mim era o mais que máximo. Eu sempre fiz exercícios físicos durante a minha vida, mas nada que precisasse de tanta coordenação motora como a dança. Cantar e dançar, para mim, era mais difícil que pular de paraquedas sem o paraquedas e não morrer. Ou seja, impossível.  

Nosso dia não foi tão péssimo para as meninas. Enquanto ele criava a coreografia, Haymitch usou Clove de exemplo. Descobrimos que ela é uma ótima dançarina. Ela fez toda a coreografia com perfeição enquanto eu não conseguia nem mover o braço na direção certa. Mad e Ann se destacaram também, a primeira por consegui se movimentar com a graciosidade de uma princesa e a outra por requebrar muito bem. Esse é um ponto que eu ganhei também, por um dos passos ser meio que um rebolado para baixo. A única coisa que consegui fazer o dia todo. 

— Docinho, você tem sorte de ter uma bela voz. Por que você se mexe feito uma lesma morta! - Haymitch gargalhava toda vez que tentava me colocar na coreografia.

Eu devia denuncia-lo por rir de um aluno. Mas provavelmente ele iria rir mais com a ameaça. E por me chamar de docinho! Isso é um crime! Eu até aquela hora não tinha desistido de tentar, mas depois daquilo, meu corpo caiu e me impossibilitou de acompanhar o resto. Foi aí que recebi o segundo elogio. Eu pelo menos tinha muito fôlego. A música realmente em algumas partes exigem da minha extensão vocal. E fazer isso e ainda dançar era desgastante. Sinto um líquido gelado cair no meu rosto.

— Porra Clove! - Grito me levantando com pressa, limpando a água que ela havia jogado.

— É pra você parar com essa palhaçada! Katniss, você não desiste e não vai desistir! Está me escutando? Você vai conseguir e se nós dissemos que você está quase lá é por que você está quase lá! - Clove retruca, apertando mais seu rabo de cavalo. 

— Mas...

— Mas nada! Kat, você já conseguiu, só precisa respirar fundo! E não importa se você se perder, por que as pessoas vão se perder na sua voz! E não ligue para o que eles vão dizer. - Annie recita um pedaço da canção e eu rio.

— Tudo bem... Eu só... só acho... acho que preciso de um tempo. - Passo a mão pelo rosto e coloco alguns fios de cabelo que ainda insistiam em cair sobre ele no topo da cabeça. 

— Pra pensar? - Mad senta do meu lado e apoia sua cabeça em um dos meus ombros.

Como elas conseguem ficar tão bonitas mesmo que todas suadas? Penso comigo mesma e sorrio com a pergunta.

— É... Já são - me arrasto até meu celular que estava carregando - oito e vinte. Vocês já podem ir indo, eu vou ensaiar mais um pouquinho. 

— Tem certeza? - Clove me olha duvidosa.

Balanço a cabeça - Os garotos devem estar se matando de perguntas por que não aparecemos no jantar. Você ainda nem viu o Gale direito hoje Mad. - Olho para a loira que sorri de lado - Podem ir. Volto pro dormitório antes das dez, prometo.

— Nós não vamos conseguir te convencer do contrário, então... - Nego com a cabeça rindo da afirmação de Annie - Se não der notícias antes das dez, eu vou colocar o Gloss atrás de você! Sabe que ele pode te encontrar.

— Eu sei - Rio e elas me acompanham - Relaxem. Só vou ficar aqui até "pegar" mesmo a coreografia. Avisem os meninos que hoje não vou estar presente no jantar. Eu como alguma coisa na cafeteria depois que sair daqui.

— Então okay, menina petulante! - Clove vai até uma das barras e pega seu casaco - To morrendo de fome, vamos logo piranhas! 

— Logo atrás de você, baleia - Ann cantarola, bagunçando meu cabelo e sai saltitando atrás da morena.

— Peeta não vai ficar feliz com a notícia - Mad sussurra e pisca para mim antes de se levantar.

— Não é problema meu! - Levanto às mãos para o alto e ela ri.

— Claro que não. É culpa dele por gostar de uma garota tão teimosa! - Antes que eu possa dar uma resposta, ela passa pela porta e me deixa sozinha na sala.

Rio comigo mesma e o eco se instala na sala. Pego meu microfone que estava jogado a uns metros de mim e o ligo. Bato algumas vezes antes de falar nele.

— Okay... - Me levanto e miro o gigante espelho que ocupava uma parede inteira. 

Solto todo o ar do pulmão e coloco as mãos na cintura. Observo estreitamente minha imagem no espelho. Cabelo desgrenhado, top vermelho molhado, legging preta apertando minhas pernas e tênis vermelho. Até não tá tão ruim. Não comparado a minha dança. Pego o pequeno controle que liga o som e ligo.

Deixo só a música tocar, não canto, mas posiciono o microfone perto da boca enquanto fazia os passos. Realmente não era muito difícil. Apenas no refrão havia uma sequência certa de passos, por que durante os solos nós só trocávamos de posição no palco. Fazer tudo aquilo sozinha era assustador. Eu acredito que fizeram a coisa certa de nos colocar juntas, por que sem elas não dá. Fico imaginando se eu fosse uma solista. Toda a atenção seria voltada para mim e apenas um errinho já me condenaria para o resto da vida. 

Quando vejo que meu corpo não suporta que mais um pingo de suor escorra pelos meus poros, decido parar. Pego a toalhinha que Mad nos obrigou a trazer e seco todo o líquido que escorre. Vou até meu celular e olho a hora. 21:05. Bem, acho que já deu, seja o que Deus quiser amanhã. Abro minha bolsa e espirro desodorante por todo o corpo. Guardo meu microfone dentro dela é visto meu casaco vermelho. Fico de frente para o espelho e solto meu cabelo do coque já não mais tão apertado. Minhas ondas castanhas caem perfeitamente sobre os ombros e eu dou apenas uma sacudida no topo. 

— Até que tá apresentável... - Murmuro para as paredes.

Pego o pendrive com nosso single dentro e vou em direção à porta. Apago as luzes e fecho a porta. Um vento gelado bate em meu rosto levemente corado pela dança. Tranco a porta e guardo a chave para entregar mais tarde para algum monitor do campus. 

O jantar já foi servido há horas, então o que me resta é ir na cafeteria e rezar que esteja aberta. Caminho silenciosamente, com as mãos nos bolsos do casaco, pelas trilhas de tijolos coloridos até encontrar um prédio aceso e com pouco movimento dentro. A cafeteria era um lugar aconchegante, com mesas envoltas de sofás acolchoados, luzes fracas e grandes janelas que deixam a luz do sol passa durante o dia e dão uma bela visão do céu estrelado de noite. Tudo que vende lá dentro vem do Starbucks, alguma parceria da AMA com a cafeteria mais famosa do mundo. Mas aquilo tudo me lembra o Central Perk, do Friends

Empurro a porta e um sininho anuncia minha entrada. A garota do caixa me olha sorridente e apenas aceno com a cabeça e dou um leve sorriso sem os dentes. Vou até a fila enquanto olhava as pessoas que estavam lá dentro. Um casal dividindo um milkshake e sorrindo um para o outro, dois garotos perdidos em seus celulares e uma garota com grandes fones de ouvido e os olhos desviando do computador na frente dela e o chocolate quente em sua mão.

— Boa noite! O que vai querer? - A garota do caixa, que podia ver que seu nome no crachá era Liza, pergunta ainda sorrindo.

— Oi, eu vou querer um Caramelo Frappuccino grande e um Muffin de Blueberry... E um Donut de morango! - Acrescento e ela solta um risinho. Ela deve estar me achando uma gorda sem fundo.

— Pra viagem? - Ela pergunta enquanto apertava botões no computador.

— Não, vou comer aqui mesmo. 

— Tudo bem! Tudo deu... vinte e cinco dólares e trinta centavos.

— Okay... Só um minuto, minha carteira... Oh não! Não, não, não! - Vasculho minha bolsa atrás da minha carteira mas não encontro em lugar nenhum - Droga!

— Algum problema senhorita? - Liza me olha curiosa.

— Não é que... merda! Você pode cancelar o pedido, eu esqueci minha...

— Adicione um Baunilha Latte grande e um Roll de canela. - Fecho os olhos quando ouço sua voz e sorrio balançando a cabeça negativamente.

— Senhor? - Quando abro os olhos, Liza está olhando receosa para a pessoa atrás de mim. Eu já deveria saber! 

— Acrescente isso com os dela. Eu pago. - O loiro vem para frente e fica do meu lado no caixa.

— Você não precisa fazer isso Peeta. - E finalmente encaro seus olhos brilhantemente azuis e seu sorriso torto.

— Eu não preciso. Mas eu quero e eu vou - Ele, sem parar de me olhar, entrega um cartão de crédito para a garota que ainda nos olhava um pouco desnorteada. - E olha só, eu já paguei! 

— Os nomes, por favor. - A garota do caixa fez com que nós olhássemos para ela. Logo que Peeta pousou os olhos nela, o rosto da garota adquiriu um tom de vermelho explícito. Efeito Peeta Mellark, simples.

— Katniss e Peeta Mellark. - Ele responde sorrindo gentilmente fazendo a garota ficar mais corada. Vai explodir feito um vulcão se ela continuar a avermelhar.

— Everdeen - corrijo mesmo sabendo que ele fez de propósito.

— Quando nos casarmos não será mais não! - Ele cantarola, pegando o cartão de volta e colocando na carteira.

Reviro os olhos e ele sorri mais abertamente. Esse garoto é impossível!

— Os pedidos de vocês já vão sair, só aguardem aqui do lado. - Liza nos informa entregando um papel a Peeta.

— Obrigado! - Peeta sorri gentil e eu apenas balanço a cabeça.

Ele aponta uma mesa com dois sofás de frente um para o outro. Concordo e me sento de um lado e ele do outro. Agora que consigo observá-lo melhor, parecia que tinha saído de um comercial de roupas. Não é atoa que aquela garota ficou toda envergonhada de ficar encarando o loiro. Seu cabelo bagunçado caia em seu rosto pálido, o que destacava sua boca vermelha. Estava com um casaco azul escuro que apertava levemente seus braços bem definidos e uma calça jeans escura. E eu aqui, parecendo que tinha corrido uma maratona e fedendo a desodorante. Abro a câmera do celular e checo se meu rosto ainda estava uma pimenta. Não! Pelo menos isso!

— O que está escrito aí? - Apoio meu rosto em uma das mãos, me inclinando para ver o papelzinho em suas mãos.

— O que você acha? - Ele sorri de lado e joga o papel para mim.

— Ah claro! Como não desconfiei antes? Aquela garota estava te dando maior mole! - Dobrei o papel com o número de telefone e o deslizo pela mesa até que chegue em suas mãos novamente.

— Katniss, ao contrário do que você pensa, eu não fico com qualquer uma. Eu não sou o tipo de " pegador " que você acha que sou! - Ele diz sério, me olhando diretamente nos olhos, me deixando desconfortável.

— Eu não acho isso de você! - Solto baixinho.

— É claro que acha! Eu sei disso. - Joga as costas no encosto do sofá.

— Quando é que chegamos nesse assunto? É só um número de telefone, você deve receber vários desses! - dou os ombros, cruzando os braços.

— Aí que está! Você age como se eu fosse sair com a primeira que aparecesse. Mas olha a sua volta. Eu estou aqui, você está aqui, a garota está lá! - Ele parecia começar a se irritar e isso me confundiu mais ainda.

— Espera um pouco! Por que estamos discutindo isso mesmo? Eu pouco me importo com o que você faz ou o que deixa de fazer! Então pare de dizer coisas que você acha que eu penso, por que isso tá ficando ridículo! - Solto o que estava preso em minha garganta e seu rosto alivia.

— É esse o problema! Você não se importa! Não importa o quanto eu faça pra atrair sua atenção, você está sempre indiferente a mim! Você não entende que a única pessoa que eu quero perto é você? - Ele não estava mais irritado e sua voz não era tão firme, apenas normal. Mas essa normalidade me deixou com o cérebro pegando fogo e meu coração batendo descontroladamente em meu peito. O que é isso?

Desvio meus olhos dos seus para a caixa de guardanapos que estava no canto da mesa. Ela parecia tão interessante e brilhante... Foco Katniss! Ouço Peeta bufar e escorregar o corpo um pouco no sofá.

— Me desculpe, Kat, não sei o que deu em mim. Eu só... só precisava... preciso deixar algumas coisas mais claras na minha cabeça. - Sua voz é suave e rouca, me fazendo arrepiar. Ainda sem olhá-lo, balanço a cabeça.

— Como me encontrou? - Desvio do assunto, ainda brincando com o porta guardanapos.

— As garotas apareceram no refeitório sem você. Disseram que você ficou ensaiando mais um pouco. Acho que me segurei até bastante tempo até vir até você. Lá não estava tão legal assim. Mad e Gale se agarrando. Annie e Marvel discutindo sobre marcas de instrumentos. Clove devorando um belo pedaço de pizza enquanto Finnick se perguntava como ela conseguia ser tão magra. Não é a mesma coisa sem você lá. Não me aguentei e vim te procurar. - Ele sorri de lado, pegando as pontas dos meus dedos e os abraçando com os seus.

— Então eu só posso dizer obrigada. Se você não tivesse vindo eu teria morrido de fome - Digo risonha, olhando para ele.

— Não precisa agradecer, sabe disso. - Suspira de um modo exagerado e tira o celular do bolso - Você sabe que é minha obrigação salvar minha princesa do perigo, não sabe?

— Pensei que eu fosse o dragão da história.

— É, mas essa história mudou quando...

— Katniss Everdeen e Peeta Mellark! - Um garoto atrás do balcão diz alto. 

— Parece que estão nos chamando para os jogos mortais ou algo do tipo - Comento, me preparando para me levantar.

— Você - Aponta para mim - fique aqui que eu pego nossos pedidos.

— Peeta é muita coisa! - O repreendo, escorregando pelo banco.

— Eu tenho duas pernas, não vai doer nada fazer duas viagens, morena. - Ele segura meus ombros e vai até o balcão. 

Reviro os olhos novamente e rio. Desbloqueio meu celular e vejo uma mensagem de Prim. 

Me liga agora! Urgência feminina!

Sorrio olhando para as palavras de desespero quando Peeta chega com a primeira remessa de comida. Meu café e o dele. Ele pisca para mim de um olho e sai para pegar o resto. Entro no FaceTime e procuro o contato da minha irmã.

— Pra quem está ligando? - Peeta chega com as comidas e se senta do meu lado dessa vez, me empurrando para o lado - Não pensei que fosse tão chato estar em um encontro comigo que você precise ligar para outra pessoa.

— Isso não é um encontro! - Cantarolo e ele ri, se aproximando para ver a tela do celular. Pego meu Donut e dou uma mordida generosa.

— Minha fã número um, já estava com saudades dela - Ele me observa devorar o Donut - Como você consegue ser tão magra? - Ele bebe um pouco do seu café.

— Eu não faço a menor ideia. Se eu pudesse comer um cavalo agora, pode ter certeza que...

— Kat! Aí meu Deus! Você não vai acreditar, o Rory veio aqui em casa para... Ah! Oi Peeta!— Uma figura loira aparece na tela do meu telefone toda sorridente.

— Oi Prim! Senti sua falta! - Peeta acena sorrindo para minha irmã. Reviro os olhos.

— Diga patinha, o que é tão urgente? 

— É melhor dizer logo, antes que sua irmã exploda de tanta coisa que ela tá comendo aqui.

— Você cale a sua boquinha! - Olho para Peeta que parecia se divertir muito com a minha irritação.

— Vem calar! Você sabe muito bem como fazer isso. - Ele amplia ainda mais o sorriso e sinto meu rosto avermelhar.

— Eu vou ali buscar a minha vela e já volto, só um minutinho!— Prim intervém.

Há há! Quando é que você ficou tão insuportável? - indago e ela gargalha.

— É meu dever maninha. Mas enfim, o que eu tinha pra dizer não é mais importante! E pela cena que eu estou presenciando agora, o que vocês me contam sobre isso? - Ela apoia o cotovelo na bancada e o rosto na mão.

— Sobre o que? - pergunto inocente, quando sinto o braço de Peeta passar pelos meus ombros.

— Vocês dois! O que tá rolando? 

— Não está rolando nada que você precise se preocupar! 

— Você também não contou pra ela?!? Estou começando a achar que o problema sou eu! - Peeta diz de um modo exagerado de indignação.

— Contou o que? O que, o que, o que, o que?

— Nada! - Digo firme - Não, eu não contei pra ela!- Me viro para Peeta que me olha com curiosidade - E antes que você me pergunte o por que, eu não sei! Ainda é estranho pra mim estar... Você sabe! Então pare de me cobrar!

— Eu não disse nada! - Ele levanta a mão livre para cima, fazendo cara de inocente - Mas eu acho que sua irmã merece saber.

— Eu mereço! Mereço muito!— Consigo vê-la quase dando saltos pelo quarto.

— Primrose, dá pra você...

— Eu e sua irmã ficamos! - Peeta solta, me fazendo colocar uma das mãos no rosto e grunhir. 

— EU SABIA! Eu sabia, sabia, sabia! Não acredito que você escondeu isso de mim! Peguei mal, muito mal! Agora quando eu precisar de conselhos vou ligar para o Peeta, ele é mais sincero comigo!

— Viu o que você fez? Tirou minha irmã de mim! - digo, ouvindo ambas gargalhadas.

— Eu fiz o que era certo, Niss! - Sinto um beijo em minha bochecha e seu braço me puxando mais para perto.

— Ah, vocês são tão lindos! Você chama ela de Niss! Preciso que tirem uma foto juntos e me mandem! Preciso fazer um quadro! Oh! Falando em mandar. Kat, sua apresentação do single é amanhã, não é? Pelo amor dos meus ursinhos, não esquece de me mandar.

Uma luz se acende em minha cabeça e vejo que Peeta também pensou a mesma coisa. O olho e ele balança a cabeça afirmativamente. É agora ou nunca!

— Prim, sobre isso... - Me engasgo com as palavras.

— Precisamos te perguntar uma coisa - A voz de Peeta é suave, o que me passou certa segurança.

— Se eu aprovo o namoro de vocês? É claro! Eu até abençoo! Em nome de Jesus, eu Primrose Everdeen...

— Prim! Não! Nós não estamos namorando! É uma coisa séria, então por favor, foco!

— Kat, você está me assustando...

— Prim, por acaso, você sabe de algum fã-clube sobre nós? - Peeta vai direto ao ponto.

— Como?

— Um fã-clube, patinha, fatos sobre nossas bandas e coisas assim. - Minha voz sai lotada de receio.

— Vocês têm um fã-clube?!? Meu deus, isso é demais! Eu preciso fazer parte dele!

— Não Prim, nós não temos. Mas alguém criou um site com nossas informações da AMA e está fazendo fama para gente. E isso é proibido. E todas as informações que eles têm lá dentro, bem... a maioria delas... eu passei elas pra você.

— E...?

— Nós queríamos saber se não foi você que o criou. - Peeta diz mais firme.

— O que? É claro que não! Eu sei das regras da AMA! Eu nunca faria nada pra prejudicar vocês! Mas uma perguntinha, se eu for fazer parte dele, vou estar encrencada? 

— Não... bem, eu acho que não mas... Se você conseguir nos ajudar a encontrar quem é a pessoa que criou, será uma grande ajuda! - Peeta sorri gentilmente para ela.

— Sem problemas! Estou com mais tempo livre mesmo, mamãe não deixa mais eu ir para escola depois que... oh...

— Depois que o que, Prim? - Indago preocupada.

— Nada não! Eu preciso ir, ainda não jantei! Tchauzinho meus amores! Amei te ver de novo Peeta! Dá um jeito nessa monga aí! Amo vocês! 

— Primrose, espera! Você precisa me... Merda! - Ela desaparece da tela. - Tenho certeza que tem alguma coisa a ver com alguma visita no hospital! Ela insiste em não me contar sobre o câncer! Preciso falar com a minha mãe.

— Hey, hey, hey! Calma! Às vezes ela só esqueceu - Ele morde seu Roll de canela.

— Ela não esqueceu Peeta! Ela acha que não me contando sobre as visitas no hospital irá me deixar viver a minha vida e me despreocupar com a dela. 

— Ela só está pensando no seu bem!

— Não, não está! - bufo e jogo minha cabeça em seu ombro - Ela acha que está, mas não. Umas das razões de eu estar aqui é por ela. E eu só concordei sair de casa se ela me informasse sempre se algo no quadro dela mudasse. Eu já não sei mais o que fazer.

— Está tudo bem! Nós vamos passar por isso. - Sinto seus lábios depositarem um beijo no topo da minha cabeça - Agora - se vira para mim, com as mãos em meus ombros - vamos esquecer um pouco isso, os problemas e mais problemas que temos em nossas vidas e aproveitar esse momento, tá legal? 

— Okay... - Sussurro.

— Ótimo! Por que você me deve respostas! - Ele bebe o resto do seu café e termina seu Roll inocentemente.

— Eu? Minhas dívidas estão em dia, pelo o que eu sei... 

— Você não sabe de nada, bocó! - Peeta sorri sapeca.

— Eu vou cobrar toda vez que você usar essa palavra! Ela é de minha autoria! Ladrãozinho.

— Ladrãozinho que você ama ter perto. - Ele bate a ponta de seu dedo indicador na ponta do meu nariz, me fazendo fazer uma careta estranha. Ele ri.

— Um ladrãozinho que se acha o centro do meu mundo. Mas coitado do ladrãozinho, mal ele sabe que eu sou uma estrela e não dependo de ninguém.

— A estrela mais brilhante de todas. E a mais teimosa e linda de todas - Como ele consegue dizer essas coisas com tanta facilidade? Eu praticamente engasgo quando tenho que pensar na nossa situação. Meu sorriso some e ele percebe isso. - Vamos aos negócios então... Está preparada para amanhã? 

— Acho que sim... Promete não rir se eu for um desastre dançando? 

— Prometo. Mas se você despencar do palco, me desculpe, mas eu não vou me conter - Antes que eu pudesse lhe dar um tapa bem dado no braço, ele segura a minha mão - Não dessa vez, garota bilíngue! 

— Garota bilíngue, sério? Essa foi péssima, tirando o fato que eu também falo espanhol! Precisa se informar mais, garoto do pão! - Ele gargalha quando o chamo assim. Quando ele me contou que quase virou um padeiro por que sua mãe o obrigou a fazer alguma coisa quando ele se recusou a ir para a faculdade, não pude de deixar de adotar o apelido.

— Quer dizer que minha garota é poliglota? Quando é que você vai me dar algumas aulas? - Ele dá seu sorriso adorável e por alguma razão meu estômago da cambalhotas. Não sei se por causa do sorriso que eu amo ou por ele ter me chamado de " sua garota ".

— Qualquer dia desses. Mas não vai sair de graça. - Seguro seu queixo e balanço sua cabeça de leve.

— Pago qualquer coisa. - Um sorriso malicioso se apossa de seus lábios convidativos. Seguro um suspiro.

Sabendo que estávamos próximos demais e que algumas pessoas ainda estavam na cafeteria, inclusive a garota que deu o número para Peeta, resolvi meio que " cortar o clima ". Tive que fazer isso antes que minha consciência me desse um adeus.

— Eu não... Eu... Quer dizer, olha a hora. As meninas vão me matar. Temos um longo dia amanhã e você sabe né, horas de sono são muito importantes para... tudo não é? - Me enrolo toda, colocando o celular na bolsa e me preparando para levantar. Mas ele tem que sair primeiro, sua anta!

— Tudo bem, eu... você está certa! Precisa descansar a voz e o corpo para amanhã. Eu te acompanho. - Ele se arrasta pelo sofá e me oferece a mão.

— Não! Não precisa! Seu dormitório é aqui perto, não é? Pois é, o meu é um pouco longe. Se você me levar até lá e voltar pode passar da hora de recolher e você pode pegar uma MCR. - Falo tudo enrolado, querendo me livrar daquela situação.

— Katniss, não foi uma pergunta. - Ele solta uma risada nasal - E eu não me importo com essa advertência. Vamos logo.

— Tudo bem então... Mas não diga que eu não avisei! - Aceito sua mão mas logo solto-a quando já levantei.

Sinto sua mão em minha lombar, me guiando para a porta. Vejo o vidro embaçado e com pingos d'água escorrendo por ele todo. Droga! Como eu não vi que estava chovendo? Ah claro, eu estava com a atenção ligada em um loiro gato pra cacete do meu lado. 

— Ah ótimo! - Murmuro quase grunhindo.

— Nós podemos esperar a chuva passar, se quiser...

— Não! Eu preciso ir! As meninas vão ficar preocupadas comigo por causa dessa maldita chuva. Eu vou, se você não quiser ir eu vou entender completamente. - Seguro a maçaneta e começo a girá-la quando sinto sua mão sobre a minha.

— Juntos? - Ele me estende a mão me olhando com expectativa.

— Juntos - Sorrio levemente e entrelaço nossos dedos.

Quando giro a maçaneta, o puxo para fora e saímos correndo o mais rápido que conseguíamos. Quando os pingos gelados caiam sobre meu corpo e leve brisa congelante, que anunciava a entrada do outono, cortavam feito facas afiadas. Quando estávamos a uma bela distância da cafeteria e no meio de um longo campo de grama, e eu rezava para não escorregar e cair de cara na lama que estava se formando em baixo dos meus pés, sinto um puxão anunciando que Peeta havia parado.

— O que está fazendo? - Quase grito, me virando para ele. Ouço um trovão e estremeço.

— Você ainda me deve respostas! - Ele grita de volta, não de raiva, mas a chuva fazia um belo barulho mesmo que estivéssemos apenas a centímetros de distância.

— Você tá brincando comigo?!? Tá chovendo pra caralho e eu não posso ficar resfriada! - Solto sua mão e passo as minhas pelo cabelo ensopado. Dou as costas para ele mas sua mão puxa meu braço, me fazendo colar em seu peito também molhado. Seus braços passam pela minha cintura, me prendendo, e seu rosto fica a centímetros de distância do meu.

— Você não vai fugir dessa vez, Katniss! - Sua voz é firme e me faz tremer em seus braços.

— Aí meu Deus! - Prego jogando minha cabeça pra trás e rio. - Você é tão impossível!

— Eu só quero saber duas coisas, tá legal? - As gotas de agua escorriam pelo seu belo rosto e a meia luz que nos cercava o deixa incrivelmente sexy com seu cabelo caindo no rostos todo ensopado. 

— Manda aí, já to ferrada mesmo! - Ele sorri e eu acompanho, levantando minha mão até seu rosto e tirando alguns fios que cobriam seus olhos. Os olhos que me encaravam tão intensamente.

— Por que você liga? Por que você se importa com o que os outros vão achar? O que vão achar de nós. - Os olhos de Peeta me exploram de uma maneira tão diferente, tão extraordinária que chega a ser quase constrangedor, parece que estou exposta.

— Eu... eu não... não... eu não sei... - Gaguejo e sinto meu rosto aquecer - Eu não sei Peeta! Eu sou uma idiota. Eu só estrago tudo. É tudo tão estranho, tão novo. Me desculpe, eu não consigo fazer isso. - Tento sair de seus braços mas eles me apertam mais firmemente.

— Você não precisa fazer isso sozinha. Eu estou aqui, sempre estarei aqui, entende isso? - Balanço a cabeça, não olhando em seus olhos - Ótimo, por que agora eu quero saber, o que você sente por mim?

— Como? - Minha voz sai um pouco incrédula.

— Katniss, você não é imune a mim! Eu sei disso, por que do jeito que você mexe comigo não pode ser em vão. Me diz, por favor, que eu não sou o único aqui que está perdendo o controle quando estamos juntos! - Implora com os olhos suplicantes. Uma de suas mãos vai até meu rosto e coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

Certo, eu não tinha nada a perder, não é? Na verdade, nadinha! Eu tinha que deixar tudo claro entre nós e na minha cabeça. Se eu não fizer isso há uma grande probabilidade de eu ficar maluca. Então, agora vai!

— Você não é o único, Peeta. Nunca foi o único - Tentei ignorar a chuva que desabava sobre nós e apenas me concentrar naqueles olhos que me deixavam pirada.

Por um milésimo de segundo eu consegui ver seu sorriso adquirir um brilho ensurdecedor e se ampliar no máximo que um rosto conseguia suportar um sorriso. Mas foi só por um milésimo de segundo mesmo porque seus lábios ficaram mais ocupados quando avançaram sobre os meus. 

Seria muito clichê dizer que esse beijo foi muito diferente do nosso primeiro, no dia em que Clove me deu uns tapas da realidade, mas o que eu posso fazer? Foi diferente é muito melhor, se me permitem dizer. Nossos lábios antes gelados se aqueceram imediatamente com o encontro. Sua mão se estreitou em minha cintura, nos deixando grudados em todas as partes e meus braços passaram pelos seus ombros largos e minhas mãos se apossaram de seu cabelo dourado, enrolando seus fios de ouro e o puxando para mais perto.

O movimento de nossas bocas é tão sincronizado que me faz perguntar, por que é que eu não danço assim? Se o show se baseasse em Katniss beijando Peeta, tenho certeza que ganharia mais e seria muito mais vantajoso para o meu lado. Entreabro os lábios para que se encaixassem melhor com os finos dele mais acabei recebendo outra coisa em troca. 

Sua língua quente invade minha boca sem pedir passagem e já se enrosca na minha me causando sensações estranhas mas ao mesmo tempo deliciosas. Todo meu corpo se aquece em uma temperatura que não deveria ser permitida um corpo esquentar. Quanto mais próximos ficávamos mais efervescente o sangue corria por minhas veias, deixando marcas que não iriam sair tão cedo. As línguas dançavam agitadas mas ao mesmo tempo calmas e coreografadas, o que deixava tudo isso ainda mais descontrolado.  

Isso sim é um beijo de verdade! 

Se uma coisa que eu não posso negar é que Peeta beija bem pra cacete. Não existia mais nada. Nada de chuva, nada de site, nada de coreografia. Apenas nós dois e nossas bocas dançantes e descontroladas. Mas quem disse que eu preciso de controle? Eu só preciso de mais dessa boca na minha vida, fazendo mágica e me encantando cada vez mais. Nunca fui totalmente controlada mentalmente, e quando estou com ele o controle da mente quanto o do corpo se perder no ar.

Tenho certeza que se estivéssemos disponíveis para falar, o que não é o caso já que nossas línguas praticamente de fundiam, um de nós provavelmente falaria que queria congelar esse momento ou guardá-lo em uma fotografia.

Enquanto eu quase arrancava seus cabelos fora, retoricamente claro. Suas grandes mãos passeavam por toda a extensão das laterais do meu corpo, apertando e deixando rastros de fogo. Isso pode ser um problemão se parássemos logo. Uma das grandes vantagens de sermos cantores é o nosso fôlego. Mas ele não é de ferro, então, uma hora teríamos que parar, mesmo que nenhum dos dois quisessem.

O beijo foi diminuindo seu ritmo, meu cérebro foi voltando a ter consciência, a chuva voltou a cair e os relâmpagos iluminavam o céu. Sua boca formou um sorriso quando seus dentes puxaram meu lábio inferior enquanto eu arfava. O formigamento delicioso se apossou dos meus lábios e o sangue voltou a correr por eles lentamente.

O que foi que aconteceu aqui? 

— O que é que você está fazendo comigo? - Peeta sussurrou em meus lábios. Seu nariz roçava calmamente no meu e sua testa estava grudada na minha. Acho que não tem uma parte de mim que não está encostada nele.

Abro os olhos quando sinto seu polegar fazer um carinho na minha bochecha, que com toda certeza está corada de vergonha e de esforço. Seus olhos uma vez azuis como o céu estavam escuros como uma tempestade, quase chegando a cor dos meus, só que mais bonitos e brilhosos. Uma luz que neles emitiam entrava diretamente nos meus eu chegava até lugares desconhecidas do meu corpo. E isso me fez despertar de um sono profundo.

Eu não queria estar em outro lugar que não são os braços dele.

Esse pensamento me fez avançar mais uma vez em seus lábios, prometendo não esquecer que não pertenço a outro lugar que não seja perto de Peeta. 

Um Peeta que recebe muito bem a minha boca na dele.

+_+_+_+

— Então você pegou mesmo? - Mad pergunta pela décima vez naquela manhã.

Reviro os olhos - Sim Madge Undersee, eu peguei a coreografia e farei o máximo possível para não envergonhar vocês!

— Você não nos envergonha nunca Kat! A não ser aquela vez que você quebrou um copo no refeitório e deu como desculpa que um passarinho tinha voado em você. Mas isso não importa! Vamos arrasar. - Ann sorri gloriosa. 

— Você tomou seus remédios direito hoje? Não abusou do chá nem nada? - Clove a olha curiosa. Ann nega com a cabeça ainda sorrindo - E não está nervosa? Nem pirando? 

— O doutor Aurelius me ensinou uma tática para ficar tranquila antes das apresentações! Querem aprender? - Annie para de frente para nós, nos fazendo parar também.

— Qualquer coisa para me fazer parar de tremer! - Digo fazendo uma careta de pânico.

— Primeiro de tudo, respirar fundo! E quando estivermos lá em cima do palco temos que...

— Imaginar as pessoas sem roupa, não é? - Mad a corta, toda feliz. A olhamos estranha - Que foi? Eu vi isso em programas de TV.

— Eu acho que namorar com o Gale tá mexendo com a sua cabeça, Mad. Tá ficando pervertida! - Clove diz e nós rimos.

— Vocês é que estão poluindo a mente da minha namorada, suas monstras! - Gale surge do além sorrindo e abraça a loira por trás - Bom dia, meu anjo. - Se curva para beijá-la.

— Bom dia, meu ursinho. - Ela aceita o beijo e suspira, apoiando a costas no peito dele.

Bléh! Vocês são melosos demais. - Clove resmunga, mas sorri logo em seguida.

— Nisso eu tenho que concordar com a baixinha. - Cato chega acompanhado de Marvel - Vocês são tão grudados quanto chiclete em sapato novo.

— Vocês são tão chatos - Cantarola Madge, piscando seus olhos inocentemente. Vejo Gale abaixar até estar na altura do ouvido dela e sussurrar alguma coisa que a fez rir.

— Será que eu posso continuar? - Ann diz impaciente. 

— Diga ruiva. - Cruzo os braços.  

— Quando estiverem lá em cima, tentem olhar para alguém que traga segurança para vocês. Mesmo que sejam milhares de pessoas, sempre terá alguém que será seu porto seguro.

— É uma boa tática - Ann congela no lugar quando ouvimos a voz de Finnick.

Ele chega acompanhado de Peeta, que sorria de lado. Maldito estômago que decidiu criar borboletas! Os dois se encaixam na rodinha que havíamos formado. O silêncio se apossou e me mexi desconfortável. Peeta vem para o meu lado e passa um de seus braços sobre meus ombros.

— Como estão meninas? Animadas? - Peeta pergunta gentilmente.

— Bem nervosas! - Digo por todas nós.

— Vocês vão arrasar, relaxem! - As covinhas de Finnick surgem em suas bochechas.

— Vão mesmo, vocês são ótimas! Só relaxem e sigam o conselho da Ann. Olhem pra mim, claro, já que eu sou um poço de segurança! - Marvel finge ter cabelos compridos e os joga por cima do ombro. 

— As mais lindas e as mais talentosas de toda a AMA! Vai dar tudo certo - Gale apertou mais a loira, que saiu do chão.

— Boa sorte garotas, vocês vão detonar. - Cato abaixa a bola e acompanha os amigos.

— Um elogio seu? Alguém gravou isso? Me digam que não é uma pegadinha! - Clove indaga fingindo surpresa.

— Pessoal, aqui na frente! - Ouvimos a voz de Cinna de longe.

Ele nos chamava na frente do palco que os meninos se apresentaram na festa de boas vindas. Cinna disse que nossa aula hoje seria diferente, que sairíamos do auditório e que seria ao ar livre. Eu não me empolguei muito com isso, por que já tinha em mente o que ele nos faria fazer. Mas como a chuva de ontem foi das feias, não que eu não tivesse gostado, acho que amo chuva agora, eu imaginei que a aula seria cancelada. 

Depois da tempestade de ontem, Peeta me deixou na porta do meu prédio do dormitório. Bem, ele não me deixou lá. Demorei um bom tempo para subir por que quando se trata de nós dois e uma parede, não pode acontecer coisa boa. E também teve o fato de que eu não podia chegar toda ensopada no quarto e com um sorriso que não cabia no rosto, as garotas não são burras, elas iriam desconfiar. Então tive que implorar para Peeta ir embora, mesmo que contra a vontade de ambos, mas ele entendeu que se iríamos fazer aquilo direito, eu precisava contar para as minhas amigas de um jeito certo. Nossa despedida se posso dizer foi bem calorosa. Mesmo com o frio que do vento e da chuva, nada tirava o calor que tínhamos juntos. É, foi uma despedida difícil. Mas acabei ficando mais uns minutos no hall de entrada do dormitório, andando de um lado para o outro e me dando tapas para tirar a merda do sorriso que estava tatuada no meu rosto. Quando subi, fiz questão de ir correndo para o banheiro, não dando oportunidade para que elas me questionassem por conta da demora.

— Elas desconfiaram? - A voz rouca de Peeta faz cócegas em meu ouvido. Meu corpo todo se arrepia.

— Não - Suspiro - Bem, eu acho que não - Observo eles caminharem em nossa frente. Mad e Gale em seu paraíso particular. Finnick andando abraçado com Annie e Clove ao mesmo tempo. Cato os observando atento e Marvel rindo de alguma coisa no celular. 

— Respira, okay? Vai ficar tudo bem! - Seu braço em meus ombros se estreita e ele beija meus cabelos. 

— Eu vou contar para elas logo, tá? Eu prometo! - Ergo a cabeça para observar seu rosto. Ele abaixa o dele e me encara vidrado e sorrindo.

— Eu sei que vai. - Por um segundo ele olha pra frente como se quisesse verificar que não estivesse ninguém nos observando e logo desce seus lábios para o encontro dos meus em um beijo casto, mas cheio de certeza.

Quando ele se afasta, beija a ponta do meu nariz me fazendo rir. Vamos parando quando todos chegamos perto de Cinna. Ele com seus inconfundíveis óculos aviador, sorria empolgado. 

— Espero que não se importe, mas Cato viu o beijo. - Arregalo os olhos e dirijo meus olhos para o loiro canadense que sorria malicioso mas ao mesmo tempo um pouco orgulhoso.

— Liguei meu botão foda-se hoje de manhã, meu bem. - Dou os ombros e sinto sua risada saindo de seu peito.

— Bom dia pessoal! Hoje é um dia muito especial! Nossas bonequinhas estão com o single pronto! Sabem o que isso significa? - Vejo Glimmer revirar os olhos e cruzar os braços - Mais uma apresentação das Jolies para a nossa felicidade! Ansiosas, minhas meninas? 

— Muito! - Ann sorri radiante.

— Ótimo! Por isso mesmo estamos do lado de fora hoje - Ah não! - Vocês vão se apresentar aqui, onde qualquer pessoa poderia ver e ouvir suas vozes de anjos.

Oh não! Não, não! O que eu menos queria que acontecesse, aconteceu! Mas que merda! Por que sempre comigo. Acho que Peeta percebeu meu desespero, pois seu braço que estava sobre meus ombros desceu até minha cintura e a apertou contra ele.

— Tipo, qualquer pessoa mesmo? - A voz de Mad sai um pouco esganiçada, temendo como eu.

— Qualquer pessoa. Por isso as câmeras. Vocês vão aparecer em todo o campus. Em qualquer lugar. - Cinna aponta para os equipamentos de filmagens que estavam perto do palco. - Não é empolgante? Vou deixar vocês se prepararem. Quando estiverem prontas, o palco é todo de vocês!

Alguém me segura que eu vou desmaiar! Ah, espera, já estão me segurando. 

— Puta.que.paril... - disse Clove pausadamente.

— Tá, sabem aquela confiança que eu estava agora pouco? Então né, ela evaporou! - Annie esbraveja, andando de um lado para o outro. 

— Ann, calma! Olha pra mim, só olha pra mim, tá? - Finnick segura os ombros da ruiva e encara nos olhos. Isso parece que mexe com ele. Os olhos dela, quero dizer.

— Eu não te entendo, sabia? Você me confunde tanto. - Ouço-a murmurar, tirando as mãos de Finnick de seus ombros e indo abraçar Madge.

— Só eu que to tonta aqui? Por que to achando que vou apagar a qualquer momento. - Coloco a mão na testa.

— Você não esqueceu a dança, não é? 

— Nossa Clove, valeu pela preocupação! 

— Você tá achando que eu to bem? O primeiro solo é meu! Se eu travar, fodeu pra todo mundo! 

— Clovinha, relaxa! Tenho certeza que vocês vão arrebentar! Só respirem fundo que nós estaremos torcendo por vocês. - Cato diz com tranquilidade e apoia uma mão no ombro direto da morena.

— Vocês estão bem hoje? Por que essa demonstração de carinho não é muito normal, sabia? - Se até a Madge percebeu isso, como posso negar.

— O amor de você por nós é tão notável! - Marvel comenta e sai andando atrás do grupinho da Glimmeranha.

— O que ele foi fazer com ela? - Pergunto curiosa.

— Ele insiste que quer uma loira. Fica o dia todo falando que todos nós já ficamos com uma loira aqui dentro e ele não. Gale e Mad, eu e a Glimmer, Finnick e Cashmere e Peeta e a Delly.

— Oh dó! Acho lindo como vocês reciclam vadias! - Meu tom sai emocionado - Menos a Mad, claro.

— Nós vamos pra lá, okay? Nos encontramos na concentração atrás do palco. - Mad diz, puxando Gale para um lugar mais afastado.

— Eu preciso falar com a Johanna. - Saio do abraço de Peeta e vou em direção a morena com mechas vermelhas.

Ela estava sentada em um banquinho que provavelmente Cinna trouxe, mexendo no celular e digitando sem parar. Chego de fininho e lhe dou um susto.

— Caralho Katniss! Só não te mando pro inferno por que não quero te mandar de volta pra casa. 

— Que agressividade, Jojo! - Sento na grama, de frente para ela.

— Você sabe que eu odeio essa porra de apelido! - Ela me dá um peteleco na testa.

— É claro que eu sei! É por isso mesmo que eu uso, minha vaca leiteira preferida.

— Fala logo o que você quer, vadia mirim.

— Eu preciso que você faça uma coisa muito importante pra mim! Tá vendo esse celular? - Mostro o meu e ela me olha com cara de " eu já vi um celular, sua anta " - Eu confio minha vida a você, tá entendendo? Preciso que filme a apresentação.

— Sério isso? Você podia pedir a paz mundial ou até mesmo a morte de uma das piranhas que ficam discutindo cremes depilatórios até as três da madrugada. 

— Eu podia mesmo, mas ainda não é a hora! Você pode fazer isso?

— Não, Katniss! Você é insuportavelmente chata e uma bosta quadrada nas horas vagas, então não! - Sua ironia me faz rir.

— Obrigada, obrigada, obrigada! - A abraço e ela corresponde - Quando eu for planejar meu próximo roubo a banco, pode ter certeza que vou te chamar.

— Você não vai me chamar, você deve! Ah, boa sorte hoje! Solta essa voz de negona presa no corpo de uma branquela magrela. - Ela me dá um tapa na bunda e eu saio rindo. 

Começo a ir em direção a Clove, que engolia a água de uma garrafa em um gole só. Sinto duas mãos cobrirem meus olhos. São inconfundíveis.

— Adivinha quem é? - Gloss sussurra.

— Hummm... Cato? Não espera! Gale! Não não! Brutus!

— Porra Katniss! Cato e Gale eu perdoava, mas o Brutus? Você sabe como destruir meu coração! - Ele cruza os braços e eu gargalho.

— Eu nem conheço o Brutus, só sei que ele é capanga da sua irmã que eu tanto amo. E você é único grandão!

— A Cash não é tão ruim assim.

— Ruim? Sua irmã é uma vadia suprema e você sabe disso! E se você vier protegê-la pro meu lado, minha mão está super disponível para novos tapas! 

— Não, valeu! - Ele abaixa a mão que eu tinha levantado - Eu já tive experiências com essa mãozinha e não foi das melhores. Eu não estou protegendo a Cashmere, é que... - Ele para de falar e fica encarando algo que estava atrás de mim.

— O que foi?

— Kat, eu acho que seu namorado não gosta muito de mim.

— Quem? - Olho para trás de vejo Peeta encarando Gloss com uma certa raiva nos olhos que eu nunca tinha visto - Ah, é só o Peeta. E ele não é meu namorado, você sabe disso. - Cutuco sua barriga musculosa - Ele só está preocupado com o que um cara desse tamanho pode fazer com a " princesa " dele.

— Vou fingir que acredito, bobona. Mas vou me afastar de você agora, você sabe né, eu sou da paz e não quero que uma guerra se inicie agora. - Ele beija minha testa e vai se afastando - E boa sorte lá em cima, vão destruir o coração das invejosas! 

— Valeu! - Grito quando ele já estava longe o bastante.

— Eu não gosto do seu amigo.

Reviro os olhos e sorrio - O nome dele é Gloss e ele é legal! - Me viro pra um Peeta que tinha uma feição muito rígida para o cara gentil que eu conheço - Você deveria dar uma chance a ele, você sabe, ser mais amigável.

— Eu sou amigável! Só que não com caras que dão em cima da minha garota - ele resmunga ainda com a cara fechada.

— Olha só quem está com ciúmes! - Aperto uma de suas bochechas - E Gloss não dá em cima de mim! Ele é meu amigo. Um grande amigo! E tira essa cara feia, vamos, só um sorriso. 

— Como você sempre consegue fazer isso? - Ele abre o sorriso que eu tanto adoro e eu amplio o meu, colocando a mão em seu rosto.

— Mágica da Katniss. Outro dia eu te conto a minha receita secreta. - Seu braço passa pela minha cintura e dou de encontro com seu peito rijo.

— Mal posso esperar então. - Ele avança para me beijar mas eu viro o rosto, fazendo-o beijar minha bochecha - Okay, entendi, só na chuva né? Tudo okay! Mas se você conseguir ficar do outro lado do campus, eu agradeceria.

— Por que?

— Por que só assim vou conseguir manter minhas mãos longe de você, Niss. 

— Kat! Vamos, tá na hora! - Annie me chama com a mão.

— Já vou! Então, se me der licença, senhor Mellark, eu preciso me apresentar naquele palco ali. Então, beijos de luz pra você, loiro. - Saio de seus braços mas eles me alcançam de novo, só que dessa vez em uma abraço muito reconfortante.

— Boa sorte. Estou orgulhoso de você. De todas vocês. - Beija minha têmpora e me liberta do meu refúgio.

— Eu também me orgulho de você. De todos nós, para falar a verdade. E você prometeu não rir! - Aponto para ele, quando já estou andando em direção ao palco.

— Vou tentar me controlar - Ele me lança uma piscadela e eu lhe dou a língua.

Ando até atrás do palco e encontro Clove e Annie colocando seus retornos no ouvido. Casais. Penso quando vejo Mad chegando de longe. Todas sincronizamos os microfones e colocamos as fontes. Formamos nossa rodinha tradicional e damos as mãos.

— Vamos só respirar bem fundo e deixar que tudo de ruim saia, tudo bem? Nós já passamos por muita coisa e isso é só mais uma das que estão por vir! Eu amo muito vocês e prometo tentar acertar o máximo de passos de dança possíveis! - Começo.

— Eu amo vocês demais, minhas irmãs, e nós não temos motivos para ficarmos nervosas ou com medo. Se nós gostamos é isso que importa. A opinião de ninguém é mais importante que a nossa! - Clove diz sorrindo.

— Meu amor por vocês é inquestionável e eu espero que vocês saibam isso! Nós podemos quebrar a perna lá em cima, destruir tudo que estiver perto ou até mesmo despencar do palco, mas o que importa é que estamos fazendo isso juntas! - Ann diz alegre.

— Eu só quero agradecer muito por vocês estarem na minha vida e que sem vocês ela seria fútil e sem graça! Eu amo muito vocês! E nós vamos arrasar, por que nossas asas foram feitas para voar! - Mad finaliza e nós subimos de mãos dadas.

Nos posicionamos para dar início a coreografia. Procuro o único par de olhos que conseguem me tranquilizar nas horas mais difíceis e encontro junto com eles um sorriso reconfortante e encorajador. E a música começa.

*

 

TODAS

 

Mama told me not to waste my life

Mamãe me disse para não desperdiçar minha vida

She said, "Spread your wings, my little butterfly"

Ela disse, "Abra suas asas, minha pequena borboleta"

Don’t let what they say keep you up at night

Não deixe o que eles dizem a mantenha acordada à noite

And if they give you, "shh"

E se eles te dizem "shh"

Then they can walk on by

Depois eles podem continuar andando

 

*

CLOVE

 

My feet, feet can’t touch the ground

Meus pés, meus pés não podem tocar o chão

And I can’t hear a sound

E eu não consigo ouvir o som

But you just keep on running up your mouth, yeah

Mas você ainda continua falando bobagens, sim

*

 

MADGE

 

Walk, walk on over there

Vá, vá pra lá

‘Cause I’m too fly to care, oh yeah

Porque eu sou muito superior para dar importância, oh yeah

*

TODAS

 

Your words don’t mean a thing

Suas palavras não significam nada

I’m not listening

Eu não estou ouvindo

Keep talking, all I know is

Continue falando, tudo que eu sei é

 

Mama told me not to waste my life,

Mamãe me disse para não desperdiçar minha vida

She said spread your wings my little butterfly

Ela disse: Abra suas asas minha pequena borboleta

Don’t let what they say keep you up at night

Não deixe eles dizem a mantenha acordada à noite

And they can’t detain you

E eles não podem te deter

‘Cause wings are made to fly

Porque asas são feitas para voar

And we don't let nobody bring us down

E nós não deixamos ninguém nos derrubar

No matter what you say – it won’t hurt me

Não importa o que você diga isso não vai me machucar

Don’t matter if I fall from the sky

Não importa se eu cair do céu

These wings are made to fly

Estas asas são feitas para voar

 

(Hey, hey, woo!)

(Hey, hey, woo!)

 

*

 

KATNISS

 

I’m firing up on that runway

Eu estou disparando naquela pista

I know we’re gonna get there someday

Eu sei que nós vamos chegar lá algum dia

But we don’t need no “Ready. Steady. Go!”, no

Mas nós não precisamos de "Preparar. Apontar. Já", não

 

*

ANNIE

 

Talk, talk turns into air

Fale, fale com o vento

And I don’t even care, oh yeah

E eu nem me importo, oh yeah

 

*

TODAS

 

Your words don’t mean a thing

Suas palavras não significam nada

I’m not listening

Eu não estou ouvindo

Keep talking, all I know is

Continue falando, tudo que eu sei é

 

Mama told me not to waste my life,

Mamãe me disse para não desperdiçar minha vida

She said spread your wings my little butterfly

Ela disse: Abra suas asas minha pequena borboleta

Don’t let what they say keep you up at night

Não deixe eles dizem a mantenha acordada à noite

And they can’t detain you

E eles não podem te deter

‘Cause wings are made to fly

Porque asas são feitas para voar

And we don't let nobody bring us down

E nós não deixamos ninguém nos derrubar

No matter what you say, it won’t hurt me

Não importa o que você diga, isso não vai me machucar

Don’t matter if I fall from the sky

Não importa se eu cair do céu

These wings are made to fly

Estas asas são feitas para voar

 

I don’t need no one saying hey, hey, hey, hey

Não preciso de ninguém dizendo ei, ei, ei, ei

I don’t hear no one saying hey, hey, hey, hey, hey, hey, hey, hey

Não escuto ninguém dizendo ei, ei, ei, ei, ei, ei, ei

You better keep on walking

É melhor você continuar andando

I don’t wanna hear your talking, boy’d

Não quero escutar você falando, garoto

You better keep on walking

É melhor você continuar andando

I don’t wanna hear your talking, boy’d

Não quero escutar você falando, garoto

 

Your words don’t mean a thing

Suas palavras não significam nada

I’m not listening

Eu não estou ouvindo

*

KATNISS

 

They’re just like water off my wings

Eles são apenas como agua fugindo das minhas asas

*

TODAS

 

Mama told me not to waste my life,

Mamãe me disse para não desperdiçar minha vida

*

KATNISS

Oooh – ooooh

Oooh – ooooh

*

TODAS

 

She said, "Spread your wings, my little butterfly"

Ela disse, "Abra suas asas, minha pequena borboleta"

*

KATNISS

My little butterfly

Minha pequena borboleta

*

TODAS

 

Don’t let what they say keep you up at night

Não deixe eles dizem a mantenha acordada à noite

And they can’t detain you

E eles não podem te deter

*

MADGE

You

Você

*

TODAS

 

‘Cause wings are made to fly

Porque asas são feitas para voar

And we don't let nobody bring us down

E nós não deixamos ninguém nos derrubar

No matter what you say, it won’t hurt me

Não importa o que você diga, isso não vai me machucar

*

KATNISS

Oooh – ooooh

Oooh – ooooh

*

TODAS

 

Don’t matter if I fall from the sky

Não importa se eu cair do céu

These wings are made to fly

Estas asas são feitas para voar

And we don’t let nobody bring us down

E nós não deixamos ninguém nos derrubar

No matter what you say, it won’t hurt me

Não importa o que você diga isso não vai me machucar

Don’t matter if I fall from the sky

Não importa se eu cair do céu

These wings are made to fly

Estas asas são feitas para voar


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Notas finais do capítulo

E EU VOLTEEEEEEEEI! Das trevas? Da luz? Do final do arco-íris com um pote de ouro na mão?? Sei lá de onde eu voltei, mas o que importa aqui não sou eu, e sim vocês, migas e mitos seus locos! E Yeeeeeeeeeeeey! A maioria de vocês descobriu qual seria o single antes de ser lançado! Vocês parecem até videntes! THIS WINGS ARE MADE TO FLYYYYYY! Sou apaixonada por essa música! É também foi o primeiro single da Little Mix, minhas rainhas, então nada mais justo dos que isso!

E entaaaaaaaaaaao?!?!? O que vocês acharam hein, hein, heeeein?!? Eu preciso muito saber por que foi um dos meus preferidos, aí quero saber se pode ter valido a pena escrever tão rapidinho. Se eu não receber minhas respostas podem apostar que vou ficar super, hiper, mega chateada! E se eu demorar muitão pra postar, a culpa vai ser totalmente de vocês, seus bocós de argola!

Eu vou fazer as minhas perguntinhas aqui, belezura??
—- Será que a Katniss conseguiu colocar ritmo no corpinho dela?
—- Quem quer que o Peeta pague um café pra você?? o/
—- E aquela ceninha de uma suposta briga que os dois armaram, o que será que foi aquilo?
—- E a Prim, o que será que ela está escondendo??
—- Já tem mais palpites sobre quem criou o site??
—- E ESSA PEGAÇÃO NA CHUVA MEUS AMORES?? Vocês estão em uma escola queridos! Es-co-la!
—- Será que as meninas já suspeitam do caso Peetniss??
—- E o Finnick, confunde vocês também?? No próximo capítulo vamos descobrir mais sobre ele ( DICA -- para descobrirem é só comentar! )
—- E o casal Gadge, puro mel, não?
—- E esse Cati sendo mais gentil? Aonde isso vai dar?
—- E a amizade Johanniss e Gloniss? Quem adora? o/
—- E esse ciúmes do pamonha do Peeta?? Eu não sei vocês, mas eu adooooooro!
—- E por fim... WINGS ARRASA OU DETONA??

Nossassinhora, quantas perguntas! Lembrando pessoal, as perguntas são só para ajudar alguns leitores que as vezes se sentem inseguros de comentar a fanfic! Mas eu digo mais uma vez, não precisa! Eu não mordo e prometo te receber com leite e cookies! ~ talvez essa parte não seja verdade ~ Eu sou leitora também gente, às vezes eu estou acompanhando uma fanfic a tanto tempo que fico com vergonha de aparecer do além! Mas eu não me importo! Não sei se vocês são autores também, mas alguns me entendem, e ver gente lendo a sua estória e não deixando a opinião nos deixa sem rumo e é muito frustrante! Então, eu até imploro aqui, deixem um " gostei " ou um " amei "! O que importa é a sua participação! Entendidos?? E eu também to aceitando recomendações... Eu sinto falta delas!

Então foi isso pessoal! Espero que tenham gostado mesmo! De coração! Até a próxima e espero que seja logo!

Bjoookas da Juu!



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